sexta-feira, 26 de abril de 2013

A noite escura da alma




Há momentos em que a noite trevosa desce sobre a nossa vida e os horrores do inferno bafejam nossa alma. Sentimos uma opressão do inimigo, com seu hálito pesado vindo sobre nós. Nossa carne treme, nossos ossos são abalados e nossos olhos se enchem de lágrimas. Não escapamos desses ataques. Não vivemos blindados. Estamos expostos ao sofrimento. Na verdade nos importa entrar no reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14.22). O próprio Jesus saiu do cântico no Cenáculo para o pranto no Getsêmani. O autor da vida suou sangue no Getsêmani (Lc 22.44) e derramou sua alma na morte na cruz (Is 53.12). Ele começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse a seus discípulos: "A minha alma está profundamente triste até à morte" (Mc 14.34). Nenhum homem tinha experimentado tristeza tão profunda e ninguém jamais a enfrentaria no futuro. Num sentido único, Jesus foi "um varão de dores". Aquela fatídica noite no Getsêmani era a noite escura da alma, quando Jesus travou a mais renhida batalha da humanidade. Naquele momento, ele ficou só, dobrado sobre seus joelhos, com o rosto em terra, com forte clamor e lágrimas (Hb 5.7). Ali, submeteu-se à vontade do Pai, foi consolado pelo anjo e saiu vitorioso para caminhar para a cruz, como um rei caminha para a coroação. Na cruz, o Filho de Deus foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. Agradou ao Pai moê-lo. Ali, suspenso entre a terra e o céu, sorveu cada gota do amargo cálice da ira de Deus. Na cruz, carregou sobre seu corpo todos os nossos pecados e suportou o juízo de Deus que deveria cair sobre nossa cabeça. Na cruz ele satisfez todas as demandas da justiça divina ao fazer-se pecado e maldição por nós. 
Na cruz, porém, Jesus adquiriu para nós eterna redenção. A noite escura da alma não foi um acidente na vida de Jesus, mas uma agenda traçada na eternidade. Essa noite desceu sobre sua alma, para que a luz bendita do céu invadisse a nossa vida. Ele bebeu o cálice amargo da ira de Deus, para nos oferecer a água da vida. Ele suou sangue e chorou para que nós pudéssemos experimentar uma alegria indizível e cheia de glória. Ele morreu para nos oferecer a vida eterna. 
Saiba que, se a noite escura da alma chegou em sua vida, Deus é poderoso para transformar essas trevas em luz e o seu sofrimento em prelúdio de glória. O apóstolo Paulo, homem que enfrentou apedrejamento, açoites, prisões e naufrágios, afirma com entusiasmo, que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com as glórias porvir a serem reveladas em nós. Disse ainda que a nossa leve e momentânea tribulação produz, para nós, eterno peso de glória, acima de toda comparação. 
O sofrimento aqui é inevitável. Ainda não chegamos ao paraíso. Aqui não é o céu. Porém, o sofrimento não hasteará sua bandeira em nosso lar eterno. Lá Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. Lá a dor não mais açoitará nosso corpo. Lá desfrutaremos da bem-aventurança eterna. Aqui cruzamos vales escuros, marcharmos por desertos tórridos e atravessamos pântanos perigosos. Mas, lá receberemos um consolo eterno, uma alegria sem fim, uma glória que jamais se contou ao mortal. 
Não se desespere diante dos dramas da vida. Não perca a esperança diante das circunstâncias adversas. Não duvide do amor de Deus por causa da dor que assola seu peito. Deus nunca vai desamparar você. Ele está do seu lado como seu refúgio e fortaleza. Você vai caminhar para a pátria celeste de força em força, de fé em fé, sendo transformado de glória em glória. Deus segurará firme a sua mão até receber você na glória. Então, a noite escura da alma desembocará na manhã gloriosa de uma eternidade de gozo e paz!

Rev. Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sergio Lopes na Igreja Presbiteriana de Arcoverde - PE


COMO DEVO OFERTAR E PORQUE?


Djalma Oliveira



O destino de nossa oferta está empobrecido de valores de generosidade e misericórdia, isso porque a mensagem não tem alcançado o propósito de esclarecer a dimensão do serviço da oferta na vida do meu próximo, esta mensagem não produz piedade e afetividade para com os caídos deste mundo, mostrando somente o quanto ela é capaz de prosperar com isso, com muita clareza a igreja está parando de ofertar pensando no seu próximo, e pensando mais no que vai lucrar. A grande ênfase está no retorno daquilo que se coloca no gazofilácio, como grande fonte de lucro. Pregadores fazem promessa aos... mais »