sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vozes vindas do céu

Rev. Hernandes Dias Lopes

Referência: Lucas 3.21-22 – 9.35 – João 12.27-30

INTRODUÇÃO
1.Que Jesus é o verdadeiro Messias de Deus, pode ser provado por várias razões:
a)Pelas centenas de profecias que apontaram para a sua vinda ao mundo – O VT é uma preparação para a sua vinda ao mundo.
b)Pelos seus milagres extraordinários – Os cegos viram, os paralíticos andaram, os leprososo eram purificados e os mortos ressuscitavam.
c)Pelos seus ensinos excelentes – Suas palavras são espírito e vida. Ninguém jamais falou como ele. Ele ensinava com autoridade.
d)Pela sua ressurreição – Ele venceu a morte.
e)Pela voz celestial – Três vezes o Pai quebrou o silêncio e falou audivelmente do céu, testificando que Jesus era o Seu Filho amado, o Messias.

I. VEJAMOS QUANDO AS VOZES DO CÉU FORAM OUVIDAS
1.Os anjos proclamaram o seu nascimento. Os sábios viram a sua estrela, mas a voz do céu não foi ouvida durante os trinta anos da sua vida. A primeira voz veio no começo do seu ministério, em seu batismo. A segunda voz veio no meio do seu ministério no Monte de Transfiguração. A terceira no fim do seu ministério, quando estava à sombra da cruz. Jesus ouviu a voz do céu no começo, no meio e no fim do seu ministério. Seu ministério públicou começou, continuou e terminou sob o divino testemunho do Pai.
2.Todas as três vezes que a voz do céu foi proclamada foi no contexto da morte de Cristo. A primeira vez, no Jordão, Jesus foi apresentado como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O Cordeiro foi imolado para a nossa redenção. A segunda vez, foi no Monte de Transfiguração, quando Moisés e Elias falavam para Jesus sobre a sua partida para Jerusalém, o seu seja, sua caminhada para o Calvário. A terceira vez foi no Templo, na mesmo momento em que Jesus falava que tinha vindo ao mundo para morrer pelos nossos pecados.
3.Todas as três vezes que a voz do céu foi ouvida foi também no contexto de oração. No Jordão o céu se abriu porque Jesus orou. Ele orou, o céu se abriu, o Pai falou e o Espírito Santo desceu. Na Transfiguração, Jesus orou, o seu rosto transfigurou-se, a nuvem de glória apareceu e o Pai falou. No Templo, Jesus orou e o Pai falou dizendo que estava sendo glorificado no Filho e que ainda seria mais glorificado em sua morte. A vida de Jesus era o palco onde se manifestava a glória de Deus.
4.A primeira vez que o Pai falou dizendo que Jesus era o seu Filho Amado foi antes da TENTAÇÃO NO DESERTO. Ele providencia para nós poder, consolo e segurança antes de nos permitir passar pelos desertos da tentação. O diabo quis colocar dúvida no coração de Jesus sobre sua filiação, mas Jesus já havia ouvido o testemunho do céu, antes de ouvir a voz tentadora de Satanás.
5.A segunda vez que o Pai falou foi antes da grande jornada dos setenta discípulos na grande cruzada de evangelização das cidades. Os doze já tinha curado enfermos, expulsado demônios e feito muitos milagres portentosos. Mas agora a obra precisa enlarguecer-se. Mais obreiros precisavam ser envolvidos. Os céus deram a Jesus uma prova de sua Filiação antes do Senhor estender suas agências de misericórdia. Assim, também, quando o Senhor nos chama para trabalhos maiores, mais arrojados, nós devemos também nos colocar a parte em retiro de oração e então recebemos conforto e capacitação para fazer a obra.
6.O terceiro testemunho celestial veio para o Senhor exatamente antes do seu sofrimento e da sua morte. Naquela semana ele seria preso, torturado, castigado, ultrajado, condenado, crucificado. Naquela semana ele seria cuspido, ferido, e levado diante do Sinédio, do Palácio romano, da multidão e exposto ao espetáculo público no Gólgota. Naquela semana Jesus iria dizer: “Minha alma está profundamente triste até a morte” e também “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Mas de passar pelo calvário Jesus recebe a confirmação do Pai de que sua vida e sua morte estavam trazendo glória para o seu nome.
7.A primeira voz veio a Jesus quando ele estava numa atitude de OBEDIÊNCIA. Ele não precisava ser batizado. O batismo de João era para arrependimento. Ele não tinha pecado. João entendeu isso: “Eu é que preciso ser batizado por ti.” Mas Jesus obedeceu o Pai e identificou-se conosco. E como nosso fiador e representante, ele assumiu o nosso lugar. Levou sobre si a nossa culpa, o nosso pecado e foi batizado por se identificar conosco, para cumprir a lei e satisfazer a justiça divina. Quando você está no caminho da obediência filial você ouve a voz do céu dando testemunho que de fato você é filho de Deus.
8.A segunda atestação vinda do céu veio ao Jesus quando ele estava num RETIRO DEVOCIONAL DE ORAÇÃO. Jesus subiu o monte de Transfiguração para orar. Ele tinha fome de Deus. Ele tinha prazer e deleite na vida de oração. Para ele a comunhão com o Pai era mais importante que o sucesso do ministério. Nós jamais poderemos triunfar em público no ministério se nós não tivermos intimidade com Deus em oração. Ouvimos pouco a voz de Deus, porque temos poucos retiros devocionais para estarmos a sós com o Pai.
9.O terceiro testemunho veio ao nosso Senhor quando estava engajado nas lides do MINISTÉRIO. Ele estava pregando no Templo, quando o Pai respondeu a sua oração. Precisamos entender que a obediência e a oração não anula a necessidade de estarmos engajados na obra da pregação. O ministério público é tão aceitável a Deus como as horas secretas de oração. Não negligencie a obediência, não negligencie a oração, mas não se esqueça de fazer a obra de Deus. Quando obedecemos ao Senhor, ouvimos sua voz e fazemos sua obra ouvimos a sua voz.

II. VEJAMOS PARA QUEM AS VOZES DO CÉU FORAM PROCLAMADAS
1.Na primeira vez, no BATISMO a voz do céu veio apenas para Jesus e João Batista. João era o amigo do noivo que anunciava a chegada do noivo. Ele dizia para as multidões: “Eu batizo com água, mas após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” Apenas João ouviu aquela voz, mas através dele ela foi ouvida por toda a Judéia.
2.Na segunda vez, na TRANSFIGURAÇÃO o testemunho teve um círculo mais amplo. Pedro, Tiago e João estavam presentes. Também estavam Moisés e Elias, representantes da lei e dos profetas. Assim, a lei, os profetas, os apóstolos representando a igreja cristã, todos estavam ouvindo o testemunho do Pai de que Jesus era o Seu Filho, o seu eleito, e que todos deveriam ouvi-lo.
3.Na terceira vez, no TEMPLO a voz do Pai foi ouvida por uma multidão. A multidão ouviu, mas não discerniu. Uns pensaram que a voz de Deus foi apenas um fenômeno natural: Um trovão. Outros pensaram que a voz de Deus foi uma manifestação mística: Um anjo. Na verdade o testemunho que Deus dá a respeito do seu Filho está se expandindo.
4.Os três testemunhos foram dados da seguinte maneira: O primeiro testemunho do céu foi dado ao maior de todos os homens: “Entre os nascidos de mulher ninguém foi maior do que João Batista”. Mas a voz revelava alguém maior do que ele. O Filho do Deus eterno. O segundo testemunho foi ouvido pelo melhor dos homens: o grande legislador, o grande profeta e os mais nobres dos apóstolos. Mas a voz deu testemunho de alguém maior do que eles: O Filho de Deus, o eleito de Deus, a quem eles deveriam ouvir. O terceiro testemunho ecoou no mais santo lugar, o Templo, mas a voz deu testemunho de alguém que era maior e mais santo do que o templo mais santo. Em todos os três lugares: No Jordão, no Monte e no Templo foi magnificado acima e além de todos os outros, como o santo, amado e escolhido Filho de Deus!

III. VEJAMOS COM QUE FINALIDADE DEUS DEU O TRÍPLICE TESTEMUNHO A CERCA DO SEU FILHO
1.O primeiro testemunho de Deus, no JORDÃO foi acerca da FILIAÇÃO ETERNA de Jesus: “Tu és o meu Filho amado”. Jesus não veio ao mundo como os patriarcas, os profetas ou mesmo aos apóstolos, como meros filhos de homens. Jesus é o Filho do eterno Deus. Ele é Deus. Co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai. Ele e o Pai são UM. Ele é o Verbo eterno, pessoal e divino. Antes de iniciar o seu ministério Jesus foi ungido como o eterno e divino Filho de Deus.
2.O segundo testemunho de Deus, no MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO foi com a finalidade de que seus discípulos O OUVISSEM. O propósito de Deus é que ouçamos os ensinos de Jesus e sigamos sua doutrina. Suas palavras são Palavras de Vida. “Para quem iremos nós, só tu tens Palavras de Vida eterna”. Veja o testemunho que Pedro deu dessa experiência da Transfiguração: 2 Pedro 1:16-19.
3.O terceiro testemunho, no TEMPLO foi um testemunho do sucesso da sua obra. “Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei” (Jo 12:28). Jesus veio ao mundo satisfazer a justiça de Deus e revelar o seu amor, e então glorificar o Pai. O Pai estava dizendo para Jesus: “Em tua vida passada jás tens glorificado o meu nome. Tua descida do céu, tua vida de trinta anos de obediência, todas as todas as tuas obras que tu fizeste nos três anos de ministério, tudo tem trazido glória para o meu nome. E eu ainda o glorificarei. No meio das gotas de sangue do Getsêmani, no meio dos terrores do pátio do palácio de Herodes, no meio das agonias da cruz, eu ainda glorificarei meu nome. Sim, em tua ressurreição, em tua ascensão, em tua majestade à minha destra, em teu julgamento dos vivos e dos mortos eu ainda glorificarei o meu nome. Assim, essas três vozes pode sem vistas como um testemunho da pessoa do Filho, da obra do Filho e do sucesso do Filho em sua missão redentora.
4.Essas três vozes confirmam o tríplice ofício de Cristo. João Batista veio pregando o Reino. Na primeira ocasião, Jesus foi proclamado em seu BATISMO como o cabeça de um novo Reino. Jesus assim, foi apresentado como Rei. Na segunda ocasião, na TRANSFIGURAÇÃO a voz do céu disse: “A ele ouvi”. Assim Deus estava apontando Jesus como o Profeta. Na terceira ocasião, no TEMPLO Jesus foi apresentado como sacerdote. Ele estava no meio dos sacerdotes, no templo onde os sacrifícios eram oferecidos. Jesus oferece-se a si mesmo como o sacrifício perfeito, orando para que o seu sacrifício glorificasse o Pai. Ele recebeu o testemunho que Deus tinha sido glorificado nele e ainda seria glorificado novamente.

IV. VEJAMOS COMO O TRÍPLICE TESTEMUNHO DE DEUS FOI DADO
1.O primeiro testemunho, no JORDÃO, quando Jesus foi batizado o céu se abriu, o Espírito desceu e o Pai falou. A obediência de Jesus à vontade e ao propósito do Pai abriu o céu para nós. Nossas orações podem agora ascender a Deus e todas as bênçãos podem descer para nós e sobretudo, oEspírito Santo desceu para ficar eternamente conosco. A obediência de Cristo identificando-se conosco e satisfendo toda a justiça de Deus, abriu o céu para nós. A obediência de Cristo cumprindo o propósito do Pai em se tornar o Cordeiro que tira o pecado do mundo, abriu-nos no céu.
2.O segundo testemunho, no MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO o céu não se abriu. A voz de Deus veio da nuvem. Aquela nuvem era uma representação da mediação de Cristo. Quando Deus fala, ele pode falar como falou no Sinai. Houve trovões e relâmpagos. O monte tremeu e fumegou e o povo temeu. Agora podemos ouvir a voz de Deus com deleite. Agora Deus fala conosco em Cristo. A mediação de Cristo é o meio que Deus nos fala.
3.O terceiro testemunho, no TEMPLO nem o céu se abriu nem houve nuvem luminosa. Houve apenas a voz do céu. A glória de Deus se manifesta completamente na vida e morte de Cristo.
4.No JORDÃO a voz de Deus foi a apresentação de Jesus como a essência do Evangelho. Os pais da igreja diziam que queremos ver a Trindade devemos ir ao Jordão. Mas podemos dizer que se queremos ouvir o Evangelho também devemos ir ao Jordão. “Este é o meu Filho amado, em quem tenho todo o meu prazer”. O Evangelho é Jesus. Deus tem todo o prazer em Jesus. Quando você está em Cristo Deus tem o seu prazer em você. Isso é o Evangelho. Quando o pecador entrega-se a Cristo e está em Cristo, Deus tem nele todo o seu prazer. Ele é justificado. Deus não se deleita em você por causa dos seus méritos, obras ou virtudes. Deus se deleita em você por causa do seu Filho.
5.No MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO temos não apenas o Evangelho, mas a ordem do Evangelho: “Ouçam-no”. A fé vem pelo ouvir. A salvação vem pelo ouvir não ensinos de homens, não doutrinas de homens, mas ouvir Cristo. Lá estavam Moisés e Elias, mas ordem foi: Ouçam a Jesus. Jesus é maior do que Moisés e Elias. Ele é o Deus encarnado. Ele é o Salvador. Fora dele não há salvação.
6.No TEMPLO temos não o evangelho ou os preceitos do evangelho, mas o resultado do Evangelho: “Eu já o tenho glorificado e ainda mais o glorificarei.” É através do Evangelho que Deus é glorificado. Deus tem glorificado seu nome através do evangelho e ainda o glorificará. Isso deve nos motivar a pregar esse glorioso evangelho, como Jesus estava fazendo no Templo.

V. VEJAMOS AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE O TRÍPLICE TESTEMUNHO DE DEUS FOI DADO
1.Em cada uma das ocasiões que o Pai falou a Jesus, seja no JORDÃO, seja no MONTE, seja no TEMPLO Jesus estava orando. A oração era a alma do ministério de Jesus. Porque ele orou o céu se abriu. Porque ele orou seu rosto resplandeceu. Porque ele orou, o Pai o glorificou. Se queremos ouvir o testemunho interno de Deus de que somos filhos de Deus precisamos conhecer a intimidade de Deus através da oração. Se queremos ouvir a voz de Deus, precisamos primeiro alçar nossa voz ao céu.
2.Em cada uma das ocasiões o sofrimento expiatório de Cristo foi colocado diante dos seus olhos. No JORDÃO ele se identificou conosco e foi apresentado como o CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. No MONTE Moisés e Elias falam da sua partida para Jerusalém. O êxodo do povo, o calvário, a cruz. No TEMPLO Jesus está na semana da sua morte. Ele já estava com a sua alma angustiada. Estava no limiar do Calvário.
3.Em cada uma das ocasiões que Jesus recebeu a voz do Pai, ele estava honrando o Pai. No BATISMO ele honrou o Pai pela obediência. No MONTE ele honrou o Pai pela vida devocional de oração. No TEMPLO ele honrou o Pai pela sua entrega à morte. Se nós queremos ouvir a voz de Deus e se queremos que Deus seja honrado em nossas vidas, precisamos obedecer o Pai, precisamos ter intimidade com o Pai e precisamos oferecer nossa vida para a realzação dos propósitos do Pai.

CONCLUSÃO
1.Devemos receber o testemunho que Deus deu acerca do seu próprio Filho com firme convicção: O homem de Nazaré é o eterno Filho de Deus. O filho de Maria é o salvador do mundo. Ele é o caminho para a salvação e não há outro.
2.Se o Pai nos ordenou a ouvi-lo, devemos ouvi-lo com profunda reverência. Ouvir sua Palavra, seus preceitos e seus mandamentos com deleite, com alegria, e sobretudo, com incondicional obediência.
3.Devemos ouvir a Jesus com alegre confiança. Se o Pai enviou o Seu Filho para ser o nosso substituto, representante, Salvador, Senhor, devemos confiar nele de todo o nosso coração e descansar a nossa alma em seus braços eternos.

Espiritualidade fora de foco

O texto de Lucas 9.28-45 relata a experiência de Jesus subindo o Monte da Transfiguração a fim de orar. Levou consigo Pedro, Tiago e João enquanto os outros discípulos ficaram no sopé do Monte. Tanto os discípulos que subiram o monte com Jesus quanto os que ficaram no vale não oraram. Os que subiram entregaram-se ao sono e os que ficaram no vale travaram uma infrutífera discussão com os escribas. Desse episódio extraímos dois tipos de espiritualidade, ambas fora de foco.

1. A espiritualidade do monte, o êxtase sem entendimento. Pedro, Tiago e João subiram o monte com Jesus, mas eles não oraram como Jesus nem com Jesus. Ao contrário, eles dormiram. Eles viram milagres extraordinários: Moisés e Elias glorificados, Jesus transfigurado em glória, uma nuvem luminosa e uma voz divina reafirmando a filiação de Jesus. Eles pisaram o terreno do sobrenatural, mas estavam desprovidos de entendimento. Ao mesmo tempo que viam coisas maravilhosas, suas mentes estavam vazias de discernimento. Eles não discerniram a centralidade da pessoa de Jesus. Não discerniram a centralidade da missão de Jesus. Não discerniram a centralidade da missão deles mesmos. A ausência de oração roubou-lhes o discernimento e essa falta de discernimento os levou a ficar com medo de Deus, em vez de se deleitarem em Deus. Há muitos que ainda hoje buscam as coisas sobrenaturais, mas estão sem percepção espiritual. Correm atrás de milagres, mas não discernem as verdades essenciais da fé cristã. Experimentam êxtases arrebatadores, mas não compreendem nem mesmo os fundamentos do cristianismo. Essa é uma espiritualidade fora de foco, deficiente, trôpega, que produz sono e não intimidade com Deus.

2. A espiritualidade do vale, a discussão sem poder. Os nove discípulos que ficaram no sopé do monte também não oraram. Ao contrário, eles se envolveram numa discussão com os escribas (Mc 9.14). Nesse ínterim, um pai aflito, com um filho endemoninhado roga a esses discípulos para socorrer seu filho, mas os discípulos não puderam. Eles estavam desprovidos de poder. A espiritualidade deles era a espiritualidade da discussão sem poder. Em vez de orar e jejuar, eles discutiram. Em vez de fazer a obra de Deus, eles discutiram acerca da obra. Em vez de manterem-se fiéis à sua vocação, perderam o foco do ministério numa vã discussão com os opositores de Jesus. Enquanto aqueles discípulos estavam discutindo, o diabo estava agindo. Porque não oraram nem jejuaram estavam vazios de poder e porque estavam vazios de poder não puderam expelir a casta de demônios que atormentava o filho único daquele pai aflito. Ainda hoje, corremos o risco de perder o foco do nosso ministério. Deus nos chamou para o buscarmos com todas as forças da nossa alma. Oração precede ação. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra. Muitas vezes deixamos de orar e de trabalhar porque estamos envolvidos em discussões intérminas e infrutíferas. Discutimos muito e trabalhamos pouco. Fazemos muito barulho com nossas palavras, mas produzimos pouco com as nossas mãos. Se o êxtase sem entendimento é uma espiritualidade fora de foco, o é de igual modo, a discussão sem poder.
Concluímos, dizendo que Jesus é o nosso modelo. Ele demonstrou três atitudes que corrigem o foco da espiritualidade. Sua espiritualidade foi evidenciada por oração, obediência e poder. Porque orou seu rosto transfigurou. Porque orou, desceu do monte determinado a cumprir o propósito do Pai, indo para a cruz como um rei caminha para a coroação. Porque orou estava cheio de poder para libertar o jovem possesso. É tempo de realinharmos nossa vida espiritual pelo foco de Jesus!
 Rev. Hernandes Dias Lopes (1ª IP Vitória-ES)
Fonte: www.hernandesdiaslopes.com.br

A Vontade de Deus


Jo 19.11; Rm 9.14-18; Ef 1.11; Cl 1.9-14; Hb 6.13-18

A atriz Doris Day canta uma canção popular cujo título era "Que será, será" ("O que tiver que ser, será".). À primeira vista, este tema transmite uma espécie de fatalismo deprimente. A teologia do islamismo geralmente se refere a eventos específicos como "era a vontade de Alá".

A Bíblia tem um profundo interesse na vontade de Deus - sua autoridade soberana sobre a criação e tudo nela. Quando falamos sobre a vontade de Deus, fazemos isso pelo menos de três maneiras diferentes. O conceito mais amplo é conhecido como a vontade decretiva, soberana ou oculta de Deus. Por meio desta definição, os teólogos referem-se à vontade de Deus por meio da qual ele ordena soberanamente tudo o que acontece. Porque Deus é soberano, e sua vontade nunca pode ser frustrada, podemos ter certeza de que nada acontece que ele não esteja no controle. Ele pelo menos tem de "permitir" seja o que for que vá acontecer. Mesmo quando Deus permite passivamente que algo aconteça, ele decide permitir, de maneira que sempre tem o poder e o direito de intervir e evitar a ocorrência das ações e os eventos neste mundo. Desde que ele permite que as coisas aconteçam, num certo sentido elas acontecem de acordo com "sua vontade".

Embora a vontade soberana de Deus freqüentemente fique oculta de nós até que os eventos aconteçam, existe um aspecto da sua vontade que é claro para nós - Sua vontade perceptiva. Aqui Deus revela sua vontade através da sua Lei santa. Por exemplo, é a vontade de Deus que não roubemos; que amemos nossos inimigos; que nos arrependamos; que sejamos santos. Esse aspecto da vontade de Deus é revelado em sua Palavra bem como em nossa consciência, por meio da qual Deus escreveu sua lei moral em nosso coração.

Suas leis, quer se encontrem na Bíblia ou em nosso coração, são obrigatórias. Não temos autoridade para violar esta vontade. Temos o poder ou a capacidade de obstruir a vontade perceptiva de Deus, embora nunca tenhamos o direito de fazê-lo. Tampouco podemos justificar nosso peado, dizendo: "O que será, será.". Pode ser a soberania de Deus ou sua vontade soberana que nos "permite" pecar, quando ele fez sua vontade soberana acontecer por meio das ações pecaminosas das pessoas. Deus determinou que Jesus fosse traído pela instrumentalidade da traição de Judas. Mas isso não tornou seu pecado menos vil e desleal. Quando Deus "permite" que violemos sua vontade preceptiva, isso não deve ser entendido como uma permissão no sentido moral de conceder-nos ele um direito moral. Sua permissão nos dá o poder para pecar, mas não direito de fazê-lo.

A terceira maneira pela qual a Bíblia fala sobre a vontade de Deus refere-se à vontade dispositiva de Deus. Essa vontade descreve a atitude de deus. Ela define o que lhe é agradável. Por exemplo, Deus não tem prazer na morte do ímpio, ainda que certamente queira ou decrete a morte do ímpio. O prazer supremo de Deus está em sua própria santidade e justiça. Quando julga o mundo, ele tem prazer na defesa da sua própria e integridade, embora não fique feliz, no sentido de ter prazer, na vingança contra aqueles que recebem seu juízo. Deus alegra-se quando nós encontramos nosso prazer na obediência. Ele se entristece profundamente quando somos desobedientes.

Muitos cristãos ficam preocupados ou mesmos obcecados em descobrir "a vontade" de Deus para sua vida. Se a vontade que buscamos é sua vontade secreta, oculta ou decretiva, então nossa busca será inútil. O conselho secreto de Deus é seu segredo. Ele não tem prazer em nos revelar isso. Longe de ser um sinal de espiritualidade, a busca pela vontade secreta de Deus é uma invasão injustificável de sua privacidade. O conselho secreto de Deus não é de nossa conta. Essa é a razão parcial por que a Bíblia tem uma visão tão negativa dos cartomancia, necromancia e outras formas de práticas proibidas.

Seríamos sábios em seguir o conselho de João Calvino; ele disse: "Quando Deus facha seus santos lábios, eu desisto de inquirir". O verdadeiro sinal de espiritualidade é visto naqueles que buscam conhecer a vontade de deus que é revelado em sua vontade perceptiva. Esta é aquela pessoa piedosa que medita na lei do Senhor dia e noite. Enquanto buscamos ser "guiados" pelo Espírito Santo, é vital que tenhamos em mente que o Espírito Santo primeiramente quer nos guiar na justiça. Somos chamados para viver nossa vida por meio de toda palavra que sai da boca de Deus. Sua vontade revelada é de nossa contra; na verdade, deve ser o assunto principal em nossa vida.

Sumário

1. Os três significados da vontade de Deus:

(a) A vontade soberana decretiva é a vontade pela qual Deus faz com que tudo o que decreta aconteça. Ela é oculta de nós até que aconteça.

(b) A vontade perceptiva é a lei revelada de Deus, ou seus mandamentos, os quais temos o poder, mas não o direito de violar.

(c) A vontade dispositiva descreve a atitude ou a disposição de Deus. Ela revela o que o agrada.

2. A "permissão" soberana de Deus para o pecado humano não equivale aprovação moral.

Autor: R. C. Sproul
Fonte: 1º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. 
 
Fonte: Presbiterianos Calvinistas
Doutor Bíblia Responde:
Pode ou não pode? Sexo entre casados!

Por Marcelo Lemos

São tantas emoçoes”. São tantas as perguntas sobre...

Nunca fui muito dado a palestras sobre sexualidade cristã, seja como espectador, seja como palestrante. Por algum motivo, sinto que elas são, em muitos casos, inapropriadas, e tendem a transmitir aquela ideia de que algum líder religioso tenha a autoridade final sobre o leito do casal cristão. Que o Senhor nos livre desta heresia. Não me entendam errado, não quero com isso dizer que sejam inúteis, mas que sejam improprias, precisam ser melhoradas, moldadas por uma teologia consistente e realmente bíblica.

Apesar disso, nas vezes que fiz, ou só participei, de uma ou outra palestra sobre o assunto, deparei-me com questões curiosas, para dizer o mínimo. “Minha esposa pode me masturbar?”. “Sinto muito desejo quando estou menstruada, mas, é pecado ter relação neste período?”. “Quando estamos no FOGO, gosto que meu marido me chame de 'gostosa', 'tesuda',... é pecado?”. “No dia de tomar a “Ceia”... pode?”. Outras questões são bem mais complexas, evidentemente. Acredito que sexo anal e oral sejam os campeões de perguntas e dúvidas.

I

Antes de qualquer outra coisa adianto: nenhum líder religioso é autoridade sobre o seu leito. De modo que, não tenho a menor pretensão de lhe ensinar o que você vai fazer, ou deixar de fazer, em matéria de sexo. Posso lhe ensinar princípios teológicos que, por si mesmos, abarcam princípios éticos, mas não tenho qualquer lista de 'faça-não-faça', uma vez que a mesma inexiste nas Escrituras Sagradas.

Há algo mais a ser dito logo: a maior autoridade humana sobre o leito do casal é a esposa. Lamento decepcionar, mas não é o seu pastor, ou sua bispa, viu? É sua esposa! Respeitar os limites da esposa é tão importante, que as Escrituras afirmam que não o fazê-lo impede nossas orações:Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações .” (I Pedro 3.7). Que solene advertência!

Homens e mulheres não são iguais. Quando nos casamos somos excessivamente românticos. Quem nunca se imaginou, por exemplo, o exímio amante que levaria a esposa ao clímax justamente no mesmo momento de alcança-lo juntos, num momento eterno, no melhor estilo de Hollywood ? Mas, na prática, descobrimos, um tanto decepcionados, e ofegantes!, que sexo não é um relógio no qual damos corda, trata-se de algo muito mais complexo, e que exige, não poucas vezes, uma boa dose de improviso, e de criatividade...

Homens e mulheres não são iguais. Cabe a mulher conhecer as limitações do marido, e ao marido, conhecer as limitações da esposa. Há mulheres que roubam de seus maridos o prazer que lhes é de direito, e homens que fazem o mesmo com suas esposas. Há mulheres que exigem demais, e também homens. Sexo é uma parceria, um diálogo, uma aventura, sempre a dois; dois, que são diferentes e, por isso, há de se ouvir o que diz S. Paulo: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (I Cor. 7.3,4).

II

Infelizmente, para muitos cristãos, a sexualidade é algum tipo de força potencialmente destrutora que, não tendo como ser diferente, 'controlamos' por meio do Casamento. Por este prisma, ainda que não se use tais palavras, o casamento é tido como um mal necessário. Temos tantas neuras com o sexo que, em nossas palestras cristãs, gostamos de enfatizar que o sexo, no casamento, é apenas uma parte, talvez importante, mas só uma parte da vida conjugal.

Evidentemente que, em certo sentido, o sexo é apenas uma parte de nossas vidas, até porque ninguém 'transa' 24 horas por dia, nem mesmo todos os dias - dizem que há exceções para esta segunda afirmação (risos)... Assim, penso que estamos diante de um problema de definição. Dito isto, discordo veementemente de quem pensa que sexo é apenas “uma parte” da vida conjugal. Sexo, meus amigos, é tudo; tudo e mais um pouco. Sexo é tudo, inclusive trabalho doméstico. Segurem o riso, vou explicar. Alguns estudiosos afirmam, por exemplo, que nada predispõe tanto a mulher para o sexo que um marido bem dotado... nos deveres domésticos. Maridos que reclamam da falta de 'gás' em suas esposas, talvez devessem experimentar lavar a louça de domingo, ou dar banho nas crianças, etc.

Mas, o que é sexo? Me parece que, antes de qualquer outra coisa, precisamos responder a esta questão aparentemente tão óbvia. O grande problema é que, respondendo a esta questão simples, nos deparamos com outra bem mais complexa: por qual razão Deus criou o sexo? A resposta mais obvia a tais questões é que Deus criou nossa sexualidade como um meio de perpetuarmos a raça humana, como se faz ver em Gênesis: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a...” (1.28).

Se paramos aqui, e não investigamos todo o ensino bíblico sobre nossa sexualidade, tendemos a sobrepor a função reprodutora do sexo as suas demais funções, as quais também foram criadas por Deus. O prazer, então, é apenas o meio pelo qual Deus motivou o homem ao ato sexual; primeiro, a reprodução e, coadjuvante, subordinado, o prazer. De certo modo, é algo bem parecido com a visão que os evolucionistas possuem sobre a sexualidade. Os professores da Evolução afirmam que, para convencer os seres a se reproduzirem, a Mãe Natureza criou o prazer. O prazer é um engodo, uma armadilha, como a cenoura pendurada na frente do nariz do burro, convencendo-o a caminhar...

A subordinação do prazer na vida conjugal não é bíblica. Para desfazer este mito basta lermos o Livro de Cantares, por exemplo; ou, voltamos para o texto de I Coríntios 7.3.4. Nesta passagem, que citamos agora apouco, Paulo enfatiza o valor do prazer na vida matrimonial. Um prazer que segundo o apóstolo reside na aventura de desfrutar do corpo de nossos conjugues. Um prazer tão natural, e desejado aos olhos de Deus, que o conjugue que recusa seu corpo ao outro, comete pecado.

Em certo sentido, boa parte dos cristãos olham o “corpo” com alguma desconfiança; provavelmente, este desconfiar do corpo tenha por base alguma exegese manca dos diversos conselhos bíblicos contra a “carne” e suas “obras”. Carne e corpo se transformam, então, numa mesma coisa diante dos olhos do Legalismo religioso. Vem dessa 'exegese' (sic) a ideia de que devemos mortificar nossos corpos, para sermos santos, quando, na verdade, o que deve ser mortificado é nossa carne. Carne e corpo, nas Escrituras, não são sempre a mesma coisa. É preciso entender que a Bíblia usa o termo “carne” para falar dos nossos pecados, pois pecamos, quase sempre, por meio de nossos corpos, usando-o como instrumento da “injustiça” (Romanos 6.13), mas não porque nossos corpos sejam maus por si mesmos. A carne a ser mortificada, portanto, é a nossa natureza pecaminosa, quer se manifeste por meio do corpo, ou não (Rom. 6.19; 7.5,18; 8.1; 8.13; Gal. 3.3; 5.16,17, etc).

III

Aos olhos de Deus, como somos informados pelas Escrituras, o prazer do corpo não é um engodo pelo qual a natureza nos convence do nosso dever de reproduzir, antes, o prazer é uma dádiva de Deus e, portanto, precisa e deve ser desfrutado. Querer, buscar, e sentir prazer, não é pecado, desde que em nosso caminho não violemos as regras elementares da Lei de Deus. Sim, há Leis Divinas que nos falam sobre a sexualidade humana. Por meio delas podemos até listar aquilo que é abominável aos olhos do Senhor.

a) A Bestialidade (Êxodo 22.19).
b) O homossexualismo (Levítico 20.13).
c) A fornicação (I Coríntios 7.9).
d) O adultério (Êxodo 20.14; Deuteronômio 5.18).
e) A pornografia e a lascívia (Mateus 5.27,28).

No entanto, para a surpresa de muitos, a Bíblia não contém uma lista de “faça-não-faça” para os casais cristãos. A proibição bíblica aqui é completamente positiva: não deixar de dar ao outro o que lhe é devido; ou seja, o prazer a dois. Por isso, me é tão custoso saber que boa parte de nossos irmãos vivem sob os mais diversos tabus sobre sua sexualidade.

Com efeito, a Bíblia tem uma visão holística sobre nossa sexualidade. Em nenhum lugar das Escrituras se ensina que sexo tem como função principal a reprodução da espécie. Muito pelo contrário, a Bíblia louva o sexo em detalhes impressionantes, o que pode nos levar a uma reflexão mais profunda, como faremos daqui a pouco:

a) A Bíblia louva o beijo: “ Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho” (Cantares 1.2). “Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano” (4.11).

b) A Bíblia louva a cosmética usada no corpo: “Suave é o aroma dos teus ungüentos...” (Cantares 1.3). “Que belos são os teus amores, minha irmã, esposa minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho! E o aroma dos teus ungüentos do que o de todas as especiarias!” (4.10)

c) A Bíblia louva a beleza da estética do corpo, e a sensualidade do casal: “Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares. Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata” (Cantares 1.10,11). “Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço” (4.9).

d) A Bíblia louva o desejo: “Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor” (Cantares 2.5). “O meu amado pós a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele” (5.4). “A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável” (5.16).

e) A Bíblia louva as carícias: A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace” (Cantares 2.6).

Aqui há, observem, o louvor das Escrituras posto sobre todos os aspetos da nossa sexualidade, desde o desejo que se desperta pela visão, até o desejo que vem à tona por outros sentidos, como o tato, o paladar e o olfato. Sentimos desejos, e sentimos prazer, não porque nosso “corpo” seja uma máquina produzida no Inferno, mas sim, por termos sido criados na prancheta do Deus Triuno.

Podemos, assim, expandir bem mais o nosso conceito de sexo e sexualidade, livrando-a das amarras da mera reprodução. Deus dotou nossos corpos com áreas erógenas - que nos dão prazer; e fez isto, não para brincar conosco, mas para nos deliciar. Sob este prisma, não existe esposa que masturba o esposo, ou marido que faz sexo oral na mulher, nem qualquer coisa deste tipo. Nossa sexualidade é um todo, e cada casal deve aventurar-se por si mesmo, com diálogo, respeito e amor; a semelhança do que é descrito em Cantares de Salomão.

Qual o motivo de rotularmos tudo, como numa banca de feira? Rapidinha, demorada, oral... Não sei o que são estas coisas! Minha e esposa e eu nos amamos, e desfrutamos da nossa sexualidade, vivenciando nosso prazer a dois, do modo mais completo possível, dentro dos limites e das possibilidades que Deus nos concedeu. Temos nossas limitações, e nossas ousadias; e acredito que todo casal tenha as suas. A dois, procuramos não nos importar tanto com rótulos, ou nomenclaturas, para que possamos priorizar a adequação do nosso “ninho” às palavras do poeta inspirado: “ó amor em delícias!” (7.6).

Amor em delícias! Que benção se cada leito cristão pudesse descrever a si mesmo com estas palavras. Que benção se cada casal cristão se dispusesse a desfrutar do prazer sexual, sem os tabus do legalismo religioso. Que benção se pudêssemos parafrasear, sem medo do estigma de heresia, as palavras do esposo, ao deliciar-se no corpo da amada...

“Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista.

O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo,cercado de lírios.

Os teus dois seios como dois filhos gêmeos de gazela.

O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz como torre do Líbano, que olha para Damasco.

A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso nas galerias.

Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias!

A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas.

Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs” (Cantares 7.1-8).

Que seja assim, um amor em delícias... Que Deus nos conceda esta graça.
Tiririca passou no teste e pode assumir como deputado
Image 
Depois de muita polêmica, a confirmação: Tiririca sabe ler e escrever, e, por isso, pode assumir seu cargo de deputado federal eleito por São Paulo com mais de um milhão de votos.
Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, teve êxito no teste de leitura e escrita feito nesta quinta-feira pela Justiça Eleitoral. Walter de Almeira Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), contou que Tiririca fez um ditado tirado de um livro editado pelo tribunal: "Justiça Eleitoral, uma retrospectiva". A frase ditada foi extraída aleatoriamente de um livro da Justiça Eleitoral. "A promulgação do código eleitoral em fevereiro de 1932 trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral."
Ainda de acordo com o presidente do TRE-SP, Tiririca teve de ler uma notícia de jornal e fazer uma interpretação do que leu e escreveu. As manchetes foram "Procon manda fechar lojas que vendem produtos vencidos" e "O tributo final a Senna".
O presidente do TRE-SP ressaltou, porém, que a decisão sobre a diplomação de Tiririca caberá ao juiz Aloízio Silveira, da primeira zona eleitoral.
A polêmica começou depois de uma reportagem da revista Época, poucas semanas antes da eleição, apontando que Tiririca era analfabeto, de acordo com pessoas que trabalhavam e conviviam com ele. No ato do registro da candidatura, Tiririca, assim como todos os candidatos, entregou um documento atestando que tinha o primeiro grau incompleto, mas que sabia ler e escrever. O documento foi submetido à perícia, que apontou irregularidades na caligrafia - uma pessoa poderia ter escrito por Tiririca. O palhaço se recusou a fazer a perícia do documento, o que foi aceito pelo TRE-SP, já que ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si mesmo.
E assim o deputado federal Tiririca será diplomado.
Sílvio Santos diz que quem pagar dívida de seu banco leva a rede SBT
Image
O empresário Silvio Santos atendeu ontem à noite, em sua casa, a um telefonema da Folha e disse que, se alguém pagar o que ele deve ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito) --que emprestou à sua holding dinheiro para cobrir o rombo do banco PanAmericano--, pode comprar o SBT.
"Não precisa nem pagar para mim, paga para o fundo", disse Sílvio em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, publicada na edição desta sexta-feira da Folha.
Durante a conversa, Sílvio afirmou ainda que não conhece Eike Batista, apontado como um possível interessado em comprar a TV.
O empresário também negou ter falado sobre o PanAmericano durante uma reunião com Lula em setembro e ironizou insinuações sobre a bolinha de papel jogada em Serra. "Caiu alguma coisa na cabeça dele?", disse.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Deus, Nosso Protetor e Libertador

Por Pb. Taciano Cassimiro


O Salmo 124 constiui-se em um dos mais belos canticos de Israel. O mesmo nos apresenta Deus como " nosso protetor " e quantas vezes nos esquecemos de que em todos os instantes de nossas vidas , Ele, está conosco, nos protegendo e livrando-nos do mal em todas as suas formas. E se não fosse a proteção de Deus nossos inimigos já nos teriam engolido vivos. Outra lição do Salmo é a de que além de proteger , Ele, também liberta , ou seja, É Deus libertador. Ele nos libertou do reino de Satanás, do reino das trevas e nos transportou para o reino da Luz, ou seja, para o se próprio REINO. Ao falar de libertação me refiro a todos os aspectos da experiencia humana e principalmente do povo de Deus. Quantas vezes foi preciso que Deus libertasse seu próprio povo da idolatria, hipocrisia, formalismo, pecado e frieza espiritual. E nos dias de hoje continua libertando.

" Senhor, que sobre nós esteja sua proteção, proteja-nos das armadilhas, dos laços que muitas vezes são colocados em nossos caminhoS. Senhor, Tú És o nosso libertador, e por esta razão te agradecemos, pois tanto a proteção como a libertação são provas do teu amor para conosco ".


Taciano Cassimiro

Produzindo Frutos

R.C. Sproul

Ninguém poder ser um cristão e não produzir fruto algum. De fato, todos os cristãos produzem alguma quantidade do fruto do Espírito. Não é que uns recebem o fruto do amor e outros o fruto da alegria. Todos os frutos devem se manifestar em todos os cristãos.
O grau da manifestação do fruto do espírito pode variar de cristão para cristão, e até eventualmente na vida cristã individual. O Espírito Santo produz o fruto. O fruto do espírito é parte da obra do Espírito de santificação. Santificação não é uma obra monergística, é sinergística: envolve e requer a cooperação do crente. Nós estamos desenvolvendo a nossa salvação enquanto ao mesmo tempo Deus está trabalhando em nós.
Nada do nosso trabalho em santificação produziria fruto algum se Deus não estivesse trabalhando em nós. Enfim, o fruto é dEle já que Ele é a fonte e a força deste fruto. Mas a quantidade plena do fruto do espírito requer que Nós trabalhemos. Não temos que trabalhar despreocupadamente ou às vezes. Nosso trabalho deve ser feito com temor e tremor.
Coram Deo[1]: Deus está trabalhando dentro de você. Você está cooperando?
Hebreus 10.10: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”.
Hebreus 10.14: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados”.
1 Coríntios 6.11: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.
 
_________________________
Tradução: Renato da Silva Barbosa
Fonte: www.ligonier.org


Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org
Doutor Bíblia Responde:
Yehôshua ou Jesus? O verdadeiro nome de Cristo!

Um dado curioso: esta é a segunda questão enviada para “Doutor Bíblia Responde”, e é também a segunda questão que envolve a sedução que o Judaísmo tem lançado sobre os cristãos professos de nossos dias. Desta vez a pergunta diz respeito a qual o nome verdadeiro de Jesus Cristo:
No original qual é o nome do Filho de Deus e o nome de Deus?

Alguns dizem que Jesus não é o nome anunciado nos textos mais antigos das escrituras.

Seria Yahoshua, Yeshua, Yaohushua, Yehoshua e por aí vai.

O nome do Pai seria Yaohu. Ouvi dizer que os judeus praticantes da religião judaica são os únicos que realmente sabem a pronuncia correta do nome do Pai e que o nome só é falado na sinagoga para ninguém tomar seu nome em vão.

Sei que muitos dizem que não tem problema no nome Jesus mas quais são os nomes corretos do Pai e do Filho?

Obrigada, abraço fraterno. Ana

Inicio recomendando a leitura do artigo “Falsificaram a história de Eva?”, já que nele apresentamos o Novo Testamento condenando a prática judaizante que tanto ameaça nossas Igrejas. Por mais sedutora seja, e por mais espiritual se aparente, a religião judaica, com seus ritos e tradições, não tem nada a acrescentar a fé dos cristãos. Infelizmente, aproveitando-se da tendência mistica das pessoas, e também de uma certa dose de desconhecimento teológico, muitos líderes propõem novos ensinos, e teses, a fim de arrastarem ovelhas após si. E muitos os seguem, pois, como diagnostica S. Paulo, falta-lhes o conhecimento da Verdade, hoje tão agravado pelo descaso da Igreja pela educação doutrinária de seus fiéis.

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” - II Timóteo 4.3

A “coceira” (comichão) que determinados cristãos professos sentem em seus ouvidos é tamanha que, não raramente, torna os loucos, a ponto de lhes fazer abandonar os princípios mais elementares da lógica, e da Teologia, fazendo-os se jogar nos braços da irracionalidade. A sua pergunta, imagino, tem haver com a tese de alguns que alegam ser “Jesus” um nome falso, e portanto, pertencente a um falso Deus. Eu mesmo já ouvi tal acusação várias vezes e, com a popularização da Internet, ensinos semelhantes a este se tornam cada dia mais populares.

Talvez o grupo mais barulhento na defesa de tal tese atenda pelo nome de “Testemunhas de Yehôshua; de certo modo, uma imitação barata de outro grupo barulhento, as “Testemunhas de Jeová”. O que estes dois grupos tem em comum é o fato de acreditarem que as traduções que se fez, ao longo dos séculos, dos nomes hebraicos constitui terrível pecado contra Deus, e contra Cristo; de modo que, colocam-se como restauradores do(s) verdadeiro(s) nome(s) de Deus, e do Cristo.

ANTES DE CONTINUARMOS CABE UM ALERTA IMPORTANTE: favor não confundir “Testemunhas de Yeshôshua” com as “Testemunhas de Yeshua”. Apesar dos nomes serem quase idênticos, não se trata de uma única organização; já que a segunda não prega que “Jesus” seja um falso nome, mas sim, busca evangelizar os judeus dentro de sua cultura. Em outras palavras, são judeus messiânicos, que acreditam em Jesus, mas continuam fiéis aos princípios judaicos.

Dito isto, vejamos o argumento da seita:


Faço um veemente desafio, geral e irrestrito, à todos os “sábios” e eruditos, no sentido de apresentarem provas convincentes de que estou errado; porque é fato indiscutível, que nomes próprios não se traduz, apenas translitera. Convém salientar que transliteração não é a mesma coisa que tradução. Na tradução não se preocupa com a palavra em si, mas com o sentido desta. A transliteração, no entanto, procura encontrar LETRAS que tenham o mesmo SOM e manter a semelhança da palavra original” (Fonte: site das Testemunhas de Yehôshua).


Primeiro, vamos nos ater a aparente “lógica” usada para montar o argumento da seita. Eles sustentam que não se poder traduzir nomes próprios, mas apenas, transliterá-los. Portanto, com base neste interessante argumento, eles sentenciam que “Jesus” é um nome falsificado, representante de uma falsa religião, e que eles receberam de Deus a missão de restaurar a verdadeira fé.

Em segundo lugar, prestemos atenção ao desafio que este “professor bíblico” lança contra os demais cristãos, que apresentem a ele “provas convincentes” de que é correto traduzir nomes, como nós, via de regra, fazemos. Querido leitor, com um desafio tão ousado como este, deveríamos correr a provar que se pode traduzir nomes, não é verdade? Isto pode ser feito, mas, observem, é absolutamente desnecessário.

Não posso garantir que todo cristão evangélico, herdeiros da Reforma, tenha consciência de que um dos pilares da nossa fé diz que a Bíblia é nossa autoridade maior em matéria de fé e prática. Mas, se alguém não sabe, ainda há tempo para aprender. Este princípio é tão valioso que pode ser encontrado em todas as confissões de fé que o Cristianismo reformado já produziu em 500 anos.


A Escritura Sagrada contém todas as coisas necessárias para a salvação; de modo que tudo o que nela não se lê, nem por ela se pode provar, não deve ser exigido de pessoa alguma seja crido como artigo de Fé ou julgado como requerido ou necessário para a salvação” (39 Artigos da Religião; VII; Igreja Anglicana)


Trata-se de princípio tão caro a nós, que por ele milhares de nossos irmãos deram a vida, e é justamente por ele que, ainda hoje, mantemos distância segura do catolicismo papal; já que, ali, se obriga a aceitação de doutrinas que as Escrituras não impõem. Portanto, creio não estar a dizer novidades, ao lembrar a todos de que a Bíblia é nossa autoridade maior, e final.

Assim, como diz a Confissão de Fé de Westminister, sendo as Escrituras inspiradas, são confiáveis, e por isso “em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal” ( Capítulo I; Artigo VIII).

Portanto, levemos a controvérsia em torno do “verdadeiro” nome de Jesus até este Supremo Tribunal.

O argumento diz que adotamos uma falsa religião, pois nossas traduções Bíblicas ousaram traduzir o nome de Jesus. Não se pode negar que o nome de Jesus em hebraico não é “Jesus” (obvio!); a questão é saber se toda a humanidade é obrigada, pelas Escrituras, a fazer uso do nome hebraico de Cristo.

Certamente quem maior autoridade tem para responder tal questão é a própria Bíblia. Se é verdadeira a afirmação que estamos analisando neste artigo, conclui-se, por necessidade lógica, que os escritores do Novo Testamento, os quais escreveram sob a direção do Espírito Santo, jamais cometeram a blasfêmia de traduzir o nome do Messias.

Este argumento tão simples, e lógico, é uma incrível pedra no sapato de tais “professores bíblicos”. O nome “Jesus” é usado pelos escritores neotestamentários perto de 922 vezes, em cerca de 882 lugares. Ora, se traduzir o nome do Messias é algo pecaminoso, é de se esperar que os escritores do Novo Testamento jamais tenham feito tal coisa. Todavia, em quase mil citações, não encontramos nenhuma vez que eles usem o nome hebraico de Cristo, mas sim, a tradução grega.

A verdade já pode ser contemplada logo no primeiro versículo do Novo Testamento:

βιβλος γενεσεως ιησου χριστου υιου δαβιδ υιου αβρααμ” (S. Mateus 1.1). Repare que Mateus traduziu o nome do Messias para a língua grega, escrevendo IESOUS CRISTOS.

Como podemos sustentar a tese de que a tradução do nome do Filho de Deus é abominação, e falsa religião, quando a própria Bíblia usa seu nome traduzido para a língua grega? Caso se obrigasse a humanidade a fazer uso de mera transliteração, os apóstolos, homens inspirados por Deus, teriam escrito seu nome como Yeshôshua, ou então, Yeshua.

Uma objeção comum contra este argumento cristalino, e bíblico, alega que o Novo Testamento, que temos em mãos hoje, teria sido adulterado por S. Jerônimo, a mando do catolicismo papal. Tentando provar sua tese, citam texto do próprio S. Jerônimo, o qual confessa:tive a audácia de ACRESCENTAR, SUBSTITUIR, CORRIGIR alguma coisa nos antigos livros.

Jerônimo foi o homem responsável pela tradução oficial da Igreja Católica, a famosa Vulgata Latina, que verteu os textos bíblicos para o Latim. E, como ele abertamente confessa ter feito adulterações no texto bíblico, eles julgam ter encontrado a prova cabal de que o nome do Filho de Deus foi adulterado em todo o Novo Testamento.

Se responde a este engano de maneira bem simples, e irrefutável. Em primeiro lugar, Jerônimo não fala onde, ou o que teria alterado no texto bíblico. Em segundo lugar, é fato que ele alterou detalhes do texto bíblico, porém, suas alterações foram feitas em sua tradução, a Vulgata, e não nos manuscritos gregos. Em outras palavras, ele alterou o texto traduzido, mas não os manuscritos que consultou para fazer sua tradução.

Com efeito, há literalmente milhares de manuscritos do Novo Testamento, e em todos eles, o nome do Filho de Deus é citado na língua grega, e não na língua dos Judeus. Agora, vejam um detalhe interessante: boa parte destes milhares de manuscritos, sequer haviam sido descobertos na época de Jerônimo. Assim, mesmo que ele tivesse adulterado tanto a tradução que fez, quanto os textos que consultou, ainda teríamos em mãos centenas de manuscritos não adulterados. Portanto, a tese de tais “professores bíblicos”, está fincada sobre um castelo de areia.

Um último prego no caixão de tais “professores bíblicos”, pode ser encontrado na LXX. Esta versão bíblica, foi elaborada pelos judeus que traduziram os textos do Antigo Testamento (e alguns outros, deuterocanônicos) para a língua grega. Uma vez mais, é lógico supor que jamais traduziriam um nome, não é mesmo?

Entretanto, uma vez mais, a tese que analisamos se revela infundada, pois, com efeito, eles traduziam os nomes, incluindo o nome “Josué”. Por qual razão este detalhe é importante. Simples: “Jesus” equivale em hebraico a “Josué”. É por este motivo que o anjo diz a Virgem: “... chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (S. Mateus 1.21). Este nome, cujo significado é “Deus é a Salvação”, ou “Deus salva”, cai muito bem em nosso Deus, Jesus Cristo.

Pois bem, quando olhamos para tradução que os Judeus fizeram da sua Bíblia para a língua dos gregos, observamos o fato curioso que eles, assim como os escritores do Novo Testamento, não quiseram nem saber da tese dos tais “professores”, antes, simplesmente traduziram o nome Yehôshua como IESOUS, que nós traduzimos como “Jesus”, no Novo Testamento, e como “Josué”, no Antigo.

De modo que, pode se concluir inequivocadamente, nem os judeus dos dias de Cristo, nem os próprios seguidores do Cristo, jamais deram qualquer margem para a moderna tese de que “Jesus” seria um nome falso, para um falso deus, em uma falsa religião cristã.

Oramos para que este pequeno estudo tenha sido útil aqueles que procuram conhecer mais sobre tão importante assunto.