quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Suficiência da Escritura

Vicent Cheung

Muitos cristãos alegam afirmar a suficiência da Escritura, mas seu real pensamento e prática negam-na. A doutrina afirma que a Bíblia contém informação suficiente para alguém, não somente para encontrar a salvação em Cristo, mas para, subseqüentemente, receber instrução e direção em todo aspecto da vida e pensamento, seja por declarações explícitas da Escritura, ou por inferências dela necessariamente retiradas.
A Bíblia contém tudo que é necessário para construir uma cosmovisão cristã compreensiva que nos capacite a ter uma verdadeira visão da realidade. 15 A Escritura nos transmite, não somente a vontade de Deus em assuntos gerais da fé e conduta cristãs, mas, ao aplicar preceitos bíblicos, podemos também conhecer sua vontade em nossas decisões específicas e pessoais. Tudo que precisamos saber como cristãos é encontrado na Bíblia, seja no âmbito familiar, do trabalho ou da igreja.
Paulo escreve que a Escritura não é somente divina na origem, mas é também abrangente no escopo:
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Timóteo 3.16-17).
A implicação necessária é que os meios de instrução extra-bíblicos, tais como visões e profecias, são desnecessários, embora Deus possa ainda fornecê-los, quando for de seu agrado.
Os problemas ocorrem quando os cristãos sustentam uma posição que equivale a negar a suficiência da Escritura em fornecer abrangente instrução e direção. Alguns se queixam que na Bíblia falta informação específica que alguém precisa para tomar decisões pessoais; entretanto, à luz das palavras de Paulo, deve-se entender que a falta reside nesses indivíduos, e não no fato de que a Bíblia seja insuficiente.
Aqueles que negam a suficiência da Escritura carecem da informação de que necessitam, por causa da sua imaturidade espiritual e negligência. A Bíblia é deveras suficiente para dirigi-los, mas negligenciam o estudo dela. Alguns também exibem forte rebelião e impiedade. Embora a Bíblia se dirija às suas situações, recusam-se a submeter aos seus mandamentos e instruções. Ou, eles rejeitam aceitar o próprio método de receber direção da Escritura juntamente, e exigem que Deus os dirija através de visões, sonhos e profecias, quando ele lhes deu tudo de que necessitam, através da Bíblia.
Quando Deus não atende às suas demandas ilegítimas por direção extra-bíblica, alguns decidem até mesmo procurá-la através de métodos proibidos, tais como astrologia, adivinhação e outras práticas ocultas. A rebelião deles é tal que, se Deus não fornecer a informação desejada nos moldes prescritos por eles, ficam determinados a obtê-la do diabo.
O conhecimento da vontade de Deus não vem de orientação extra-bíblica, mas de uma compreensão intelectual e de uma aplicação da Escritura. 16 O apóstolo Paulo escreve:
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
A teologia cristã deve afirmar, sem reservas, a suficiência da Escritura como uma fonte completa de informação, instrução e direção. A Bíblia contém toda a vontade divina, incluindo a informação de que alguém precisa para salvação, desenvolvimento espiritual e direção pessoal. Ela contém informação suficiente, de forma que, se alguém a obedece completamente, estará cumprindo a vontade de Deus em cada detalhe da vida. Mas, ele comete pecado à extensão em que falha em obedecer à Escritura. Embora nossa obediência nunca alcance perfeição nesta vida, todavia, não há nenhuma informação que precisemos para viver uma vida cristã perfeita, que já não esteja na Bíblia.

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Fonte: Teologia Sistemática


Extraído do site: http://www.eleitosdededeus.org

O Falso Pacifismo e o Debate Teológico

Heitor Alves

Se existe uma coisa que traz grande perigo para a igreja de Cristo, neste início do século XXI, é a pregação de um suposto pacifismo. Esse pacifismo tem abalado grandemente os alicerces da fé cristã histórica. É uma das armas do inimigo no combate ao povo de Deus. O pacifismo que se prega por aí constitui uma antítese à polêmica ou ao espírito combativo.
Muitos crentes se recusam a participar de debates e discussões teológicos, alegando que são pacíficos e que isso só causa divisões entre o povo de Deus. Será mesmo que se afastam dos debates por não “mancharem a unidade evangélica”? Será que a recusa em participar de tais encontros, reflete uma consciente deficiência dos próprios argumentos? Uma atitude assim só pode refletir uma coisa: os argumentos doutrinários de tais evangélicos não subsistem diante da verdade bíblica! Simplesmente não sabem defender a fé que professam!
Vivemos em meio a um clima de ecumenismo. E tudo o que deve ser feito para não comprometer a tal “unidade religiosa”, precisa ser feito a todo custo, devendo ser evitado até as polêmicas, porque são prejudiciais. Discussões e debates teológicos são desencorajados entre os pacifistas. Tais discussões trazem divisões entre o povo de Deus, criam-se rixas e, além disso, afirmam eles, a discussão desvia a igreja do seu papel fundamental no mundo: a evangelização.
Podemos até concordar com eles, em parte. De fato, devemos evitar debates inúteis, baixas e indelicadas. Debates de cunho pessoal devem ser evitados, pois o que a Bíblia encoraja são os debates no campo das idéias, mesmo que se citem os nomes de seus idealizadores. Não devemos evitar as discussões, se elas envolvem a teologia e a ética. Neste caso, os debates devem produzir efeitos construtivos e salutares, porque se realiza no terreno ideológico, sendo assinalada pela abstração, sem descer às questões de ordem pessoal.
Infelizmente, há pessoas que ultrapassam os limites da educação. Não são merecedores de respostas, pois pecam no excesso de linguagem imprópria à pessoa de boa educação. Podemos ser firmes com quem discorda de nós e militar incansavelmente contra no erro sem ferir com a cordialidade.
Mas essas exceções não devem impedir que os debates aconteçam. Vemos nesse tal pacifismo religioso, avesso aos debates e discussões teológicas, uma tendência perigosa e antibíblica de acomodação ao erro. Pratica-se um pacifismo com o sacrifício da doutrina e isso não condiz com a verdade do ensino bíblico. O evangelho é revolucionário, ele cria divisões (Lc 12.51-53). O evangelho também coloca em atrito o novo homem contra o velho.
Porém, este mesmo evangelho que traz divisões, estabelece uma paz àqueles que o recebem, mesmo com os turbilhões que sobrevêm a esta vida. É uma conseqüência natural da pregação do evangelho. Ela só existe para aqueles que aceitam a Cristo como Salvador pessoal. Textos como os de Lucas 2.14 e Isaías 9.6 se referem à paz trazida pela mensagem do evangelho e que são recebidas e aceitas pelo pecador arrependido. Precisamos entender que numa mesma mensagem do evangelho, ela pode trazer paz àqueles que o recebem e pode trazer divisões àqueles que permanecem com os corações endurecidos e impenitentes. Esta divisão é inevitável, uma vez que os que têm a mente carnal aborrecem os que têm a mente espiritual. Foi o próprio Cristo que afirmou que o mundo odeia os que seguem o evangelho (Jo 15.18,19; 17.14; 1Jo 3.13).
Há uma luta entre os servos de Cristo e seus inimigos. É impossível haver compatibilidade entre os verdadeiros crentes e incrédulos, entre reformados e (neo)pentecostais, entre protestantes e católicos romanos, entre fiéis e infiéis. Logo, é impossível a coexistência pacífica entre correntes doutrinárias adversas. É impossível este ecumenismo. Não nos iludamos com isso: enquanto houver dissentimento entre os homens n que diz respeito à base da religião, não poderá haver concórdia entre eles. É uma utopia imaginarmos a verdadeira paz entre adeptos de correntes teológicas opostas.
Há ministros e membros de igrejas afirmando que deve haver mais união entre os crentes. Mas a união proposta deixa de lado os princípios básicos do cristianismo. Estão dispostos a abandonar algumas doutrinas ortodoxas para abraçarem a paz. Querem comprar a paz pelo preço da verdade. O fato do evangelho dividir os homens demonstra a proeminência ou supremacia do Senhor Jesus Cristo e a superioridade e veracidade do cristianismo, do qual Ele é o Fundador. Falar de pacifismo é desconhecer a essência do evangelho.
A divisão é um preceito bíblico, quando determinada por questões sublimes e por um profundo interesse à causa do Mestre. Quando temos uma divisão causada por questões doutrinárias, isso é louvável, porque expressa a fidelidade bíblica de quem a promove.
Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2Jo 10,11).
Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos (Rm 16.17,18).
Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes(...) Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão (2Ts 3.6,14,15).
Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez... (Tt 3.10).
As Escrituras não autorizam divisões causadas por brigas pessoais, insultos, desentendimento por questões fúteis e vazias de valor. Não pode haver divisões entre crentes de mesmo credo (1Co 1.10-13; 3.1-9). Somos informados, nestes textos, que as divisões e contendas entre os coríntios não eram baseadas na doutrina, uma vez que Paulo exorta que se falem a mesma coisa e que tenham as mesmas conclusões.  Paulo considerava os membros da igreja de corinto como tendo o mesmo credo, a mesma crença doutrinária, o mesmo conjunto de doutrina que formava a fé deles. Isso justifica a exortação à unidade. A exortação bíblica à unidade é com base na verdade. É a verdade bíblica, a doutrina fiel das Escrituras, que torna possível a unidade entre os cristãos de mesma crença doutrinária.
Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade (3Jo 5-8).
A obrigação de acolher e de animar aqueles que proclamam o verdadeiro evangelho de lugar em lugar e à alegria por fazê-lo acrescentar-se, opostamente, a necessidade de evitar aqueles que proclamam um falso evangelho. A verdade da doutrina bíblica, a verdadeira teologia bíblica, é a força motriz que deve unir os cristãos de mesmo credo. A união só pode ser possível se for na verdade.
A separação é o caminho da paz. Para que Abraão e Ló vivessem em paz, foi necessário a separação dos dois (Gn 13.1-18). É melhor uma separação do que uma unidade apenas aparente, cuja essência permanece a divisão de pensamentos. A divisão nos traz paz de consciência, porque nos coloca em condições de pensar livremente e de expressar aquilo que pensamos, diferentemente se estivermos num ecumenismo onde não teríamos a liberdade de pensamento, que causaria a quebra de unidade.
O falso pacifismo é uma forma para cessar o combate ao pecado. É uma forma de afrouxamento doutrinário. A unidade proposta não produz a almejada paz. Antes alimenta o pecado, diminui a responsabilidade do crente, enfraquece a evangelização e dá campo vasto para a proliferação da imoralidade.
O não-pacifismo é um preventivo em benefício da pureza da igreja (tanto na vida como na doutrina). Veja a declaração de Paulo:
Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós. Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso (2Co 6.11-18).
Na pregação dessa suposta paz há muito engano e falsidade: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 8.11). Existe paz? Não existe e nem pode existir a não ser que todos aceitem o evangelho, o que é impossível por causa da eleição divina. Daí a conclusão lógica de que não é possível esta pretensiosa paz, visto que a humanidade está dividida entre crentes e incrédulos, entre os verdadeiros profetas e os falsos profetas, entre o verdadeiro ensino e a heresia, e essa situação permanecerá até o fim dos tempos (2Tm 3.1-11; Mt 24.1-14; 2Pe 2).
O cristão verdadeiro possui paz, pois essa é a condição do crente, causada pela justificação (Rm 5.1). Assim sendo, ele precisa expressar essa paz entre todos os homens. Isso tem a ver com nossa relação com o próximo. Portanto, é dever do crente viver em paz com o católico romano, com o espírita, com o ateu, com o pagão etc. Mas isso não significa concessão ao erro. O nosso modo de viver deve ser pacífico, tratando-se de nossas relações pessoais com o próximo. Mas no terreno religioso e ideológico temos que nos colocar na ofensiva e atacar as idéias contrárias ao dogmatismo bíblico. Estamos atacando as idéias, as doutrinas erradas que o herege prega, e não a sua pessoa. Por outro lado, precisamos nos colocar na defensiva, a fim de defender a verdade bíblica dos ataques dos inimigos. Devemos defender sem ferir pessoalmente o atacante. Devemos ferir as idéias.
Firmeza na fé é uma atitude de oposição contra os hereges, os ecumênicos, os pacifistas, os modernistas, os liberais, os espíritas, os católicos romanos etc.
Caro leitor, você sabe defender o que crê? Você sabe argumentar por que escolheu a teologia adotada por você? Você tem se preocupado em defender a sua crença diante dos ataques daqueles que você mesmo considera como hereges? Ou simplesmente você não faz nada? Não diz nada? Você foge dos debates e das discussões? Você vê seus credos serem tachados de heresias e não faz nada? A não ser que sua teologia seja bíblica, você de fato não saberá fazer nada, não poderá dizer nada. Provavelmente você sairá do campo ideológico e partirá para um confronto pessoal.
A minha oração é que a verdade da Palavra de Deus seja exaltada, a qualquer custo, e que tenhamos o mesmo sentimento de Judas quando declarou:
Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3).
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org

O Lugar da Missão na Predestinação

Rev. Antônio José do Nascimento


Esta pergunta levanta graves preocupações a respeito da missão da Igreja. Se a salvação pessoal é decidida anteriormente, por um imutável decreto divino, qual é o sentido ou a urgência do trabalho de evangelismo?
Imaginemos um cristão fazendo a seguinte pergunta: Se Deus soberanamente decretou a eleição dos seus escolhidos desde toda a eternidade, por que estaríamos preocupados a respeito do evangelismo? O fato digno de maior significação para todos nós é que o mesmo Deus soberano que decreta e escolhe os salvos desde a eternidade, é também o mesmo Deus que soberanamente ordena a Sua Igreja a cumprir fielmente a tarefa de pregar o evangelho a todos as pessoas e povos do mundo (Mateus 28.19; Marcos 16. 15; Atos l.8). Como nós não sabemos quem são os eleitos de Deus, então deveremos pregar a todos, na certeza de que os escolhidos, uma vez que ouçam o evangelho, haverão de aceitá-lo em seus corações (Atos 13.48; Atos 16.14, 15). Tem-se generalizado em nossos dias uma falsa verdade quando se afirma que uma fé sólida na soberania de Deus tende a minar qualquer sentimento adequado da responsabilidade humana. Alguns imaginam que a crença na predestinação paralisa a evangelização, todavia, isto não é verdade. A escolha de Deus não está atrelada às nossas virtudes pessoais, e sim somente a vontade soberana d'Ele (Deuteronôrnio 7.6-8; João 15.16; Romanos 8.29, 30; Efésios 1.4,11; Filipenses 2.13).
O resultado do gigantesco plano eterno de Deus é a glorificação de Seu próprio nome e pessoa. O manancial de onde tem fluído e fluirá toda essa atividade salvadora é o próprio amor de Deus. O apóstolo Paulo apresenta o plano inteiro, do começo ao fim, falando do seu estágio final no tempo passado, para mostrar que, visto que Deus está decidido a fazê-lo, o estágio final é visto como se já estivesse terminado: "Porquanto aos que de antemão conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também glorificou” (Rom. 8.29,30).
No kairós de Deus na eternidade, quando Ele nos escolheu para sermos salvos por Cristo (II Timóteo 1.9; I Pedro 1.20), Ele também nomeou Seu Filho para tornar-se homem e ser o nosso remidor (Il Timóteo 1.10; I Pedro 1.20). E, na plenitude do tempo, o Filho de Deus veio ao mundo (Gálatas 4.4), especificamente conforme o testemunho d'Ele mesmo, para cumprir o plano eterno - para morrer e dar a sua vida em favor de todos aqueles que o Pai lhe deu (João 6.39; 10.29; 17.2,24). Pelos eleitos Jesus declarou: “As ovelhas que o Pai me deu, ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10.28-29).
Em Cristo, o Senhor.

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Sobre o autor: É graduado pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife (1980). Atuou no campo missionário da Amazônia por seis anos e é ministro da IPB há 23 anos. Foi diretor acadêmico do Centro Evangélico de Missões (Viçosa, MG) por dois anos e professor do Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro por 10 anos. Obteve os graus de mestre em Teologia e doutor em Missiologia pelo Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, EUA (1992). Detém também o título de Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2004). É pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, membro da assembléia da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) da Igreja Presbiteriana do Brasil, professor convidado da Escola Superior de Teologia (História das Grandes Religiões) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "O Lugar da Ação Social na Evangelização e Missão na América Latina" (1999).


Leia mais: http://www.eleitosdedeus.org

Nosso Andar Diário

Doce louvor

Cindy Hess Kasper

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo […] louvando a Deus, […] com gratidão, em vossos coração. —Colossenses 3:16 


Alguns anos atrás, meu esposo ajudou a liderar um grupo de alunos do ensino médio numa viagem missionária a uma escola cristã numa comunidade urbana. Infelizmente, Tom quebrara seu pé pouco antes da viagem e estava supervisionando o trabalho utilizando uma cadeira de rodas. Ele estava desanimado porque não podia se locomover como gostaria.
Enquanto trabalhava no andar térreo, algumas garotas estavam pintando no terceiro andar. Ele podia ouvi-las cantando cânticos de adoração em harmonia, à medida que suas vozes ecoavam pelas escadarias. Os cânticos, um após outro, tocaram o seu coração. Mais tarde ele disse: “Foi o som mais lindo que ouvi, e restaurou meu ânimo.”
Em Colossenses 3 lemos: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (v.16). Aquelas adolescentes não estavam somente oferecendo um doce louvor a Deus, elas estavam ministrando a um colega de trabalho.
Cultive uma atitude de adoração naquilo que estiver fazendo hoje. Seja através de cânticos ou de uma conversa, deixe a alegria do Senhor contagiar os outros. Você nunca sabe a quem poderá encorajar.

A esperança pode ser acesa por uma fagulha de encorajamento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nosso Andar Diário

Dennis Fisher
Oséias 14
Curarei a sua infidelidade… —Oséias 14:4 
 
Isaías 7–8

Efésios 2 
 
O povo de Judá tinha sido infiel, e Deus queria que Oséias mostrasse a eles o quanto isso o deixava triste. Por isso, nos primeiros capítulos do livro de Oséias, lemos uma história bastante absurda: Deus ordenou que o profeta se casasse com uma prostituta chamada Gômer. Ao ser exposto como esposo fiel de uma esposa infiel, Oséias experimentou uma dor semelhante a que Deus sentira quando Judá foi espiritualmente infiel.
Quando Oséias escreveu o final de seu livro, deixou claro que apesar da dor que o povo de Israel causou ao Deus vivo, Ele ainda prometeu cura, perdão e fertilidade se voltassem a Ele, e disse: “Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei […] os que se assentam de novo à sua sombra voltarão” (Oséias 14:4-7).
A vida para as pessoas que dão as costas a Deus é geralmente caracterizada pela culpa e insatisfação. O cristão verdadeiramente nascido de novo, que caiu num estilo de vida de pecado, sabe, bem lá no fundo, que a infidelidade espiritual para com Deus traz consequências.
Assim como o Deus da graça ofereceu perdão e fertilidade a Israel, ainda hoje Ele oferece restauração para aqueles que de fato se arrependem (1 João 1:9). Você fez escolhas erradas que o fizeram cair ou desviar? Volte! Arrependa-se e busque restaurar sua comunhão com o Senhor hoje.

Não é tarde demais para recomeçar com Deus.

Fonte: www.ministeriosrbc.org

Das Heresias no “Louvor”

Bispo Robinson Cavalcanti
Vamos fazer um exercício de honestidade intelectual e espiritual? Selecione 100 das mais populares músicas, “gospel” ou “não-gospel”, cantadas nas igrejas das mais diversas denominações protestantes. As mais populares pérolas da nossa Corinhologia.  Fez a Lista? Muito bem! Agora observe quantas delas um muçulmano não teria problema em cantá-las. Achou várias, não é? Agora veja quantas um judeu se sentiria à vontade entoando. São muitas, não é verdade? Continue com os espíritas kardecistas. Se o eixo das musicas é uma ode à Divindade (Deus, Pai, Senhor, Javé) e a recepção de bênçãos para quem canta, há muito de teísmo, de unitarismo, e os seguidores daquelas religiões não-cristãs não veriam problemas em seu canto, na realidade pan-religioso, mas que transmite muita “energia”, “luz”, “paz”.
Continue com a lista na mão, e procure aqueles em que há a palavra Jesus. Agora pense em nossos “parentes distantes” religiosos, das seitas para-cristãs: Mórmons, Testemunhas de Jeová, os da Ciência Cristã, ou os sincréticos como os do Santo Daime. Eles ficariam à vontade cantando essas músicas de um “Cristo genérico”? Numa boa. Ou seja, como o negócio é alimentar o subjetivo com sentimentos positivos, promover catarse e, até, transe, não há conteúdo doutrinário, com os pilares conceituais do Cristianismo bíblico, apostólico, ortodoxo. Por outro lado, aquelas músicas que falam de Jesus Cristo, cantadas nas igrejas protestantes, são adotadas, tranquilamente, por católicos romanos ou orientais, porque nelas não há nada de especificamente reformado.
Se não há musicas específicas para o Calendário Cristão (Advento, Natal, Quaresma, etc.), fica difícil harmonizá-las com os temas dos sermões, exatamente porque elas se destinam ao sentir e não ao pensar.
A rejeição aos Hinos históricos não se dá porque eles têm melodias “antiquadas”, mas porque eles são teologia cantada, o que é uma chatice… Ninguém está a fim de refletir, mas de curtir! Como uma igreja é a sua teologia, e é o que ela canta, estamos numa pior.
Mas, os pastores não estão nem aí, pois não querem contrariar a freguesia, nem atingir o que traz resultados. Enquanto isso, uma música recente, que fala em Zaqueu, era tocada em radiola de ficha no “Bar do Zé”, alternada com clássicos de Reginaldo Rossi,enquanto a galera prosseguia em seus exercícios lúdico-erótico-etílicos.
Canta meu povo!,

Dom Robinson Cavalcanti
Bispo Diocesano
Fonte: Diocese Anglicana do Recife

Política Cristã

Porque eu não quero uma teocracia cristã

A uniformidade de pensamento é um desejo buscado, consciente ou inconscientemente, por todos nós. Por mais "tolerantes" que sejamos, sempre há um segmento ideológico que é visto como "inimigo" e pelo qual não nutrimos simpatia. Como não é possível forçar todos a pensarem de modo agradável a nós, o pluralismo acaba se impondo não como o ideal de todos, mas antes como a melhor alternativa possível, superior à guerra e à violência. Melhor conviver com o diferente do que tentar exterminá-lo.

Contudo, a tentativa de impor um pensamento único sempre seduz parcelas significativas da sociedade. A História está cheia de exemplos, desde o nazismo alemão até o comunismo soviético, incluindo-se aí o fundamentalismo islâmico e até mesmo experiências puritanas de criar colônias nos Estados Unidos onde haveria uma única religião. O totalitarismo é uma tentação que não respeita nenhum tipo de fronteira.

Ao meu ver, é esse tipo de tentação que leva cristãos de vários matizes a defenderem uma teocracia cristã. Na verdade, já há proposta para criar o Partido Republicano Teocrata Cristão (PRTC). O objetivo expresso é o de promover a "adequação de todas as leis da nação às leis bíblicas", inclusive com apoio de muitos blogs calvinistas. Esse tipo de movimento é uma reação à aprovação e discussão de leis que ferem os princípios da Bíblia.

Contudo, esse fato exige uma discussão. Afinal, a teocracia cristã é o caminho que a própria Bíblia ensina para fazer valer o reino de Deus?

A necessidade da liberdade religiosa
Creio que a primeira coisa que deve ser analisada é a questão da liberdade religiosa. O sonho oculto de muitos segmentos, desde o mais tradicional dos reformados até o mais esotérico neopentecostal, é o de ver todos seguirem uma mesma fé, tendo a Bíblia formalmente reconhecida como estando acima de qualquer outra lei. Na verdade, muitos evangélicos não querem esperar pelo dia em que Jesus Cristo virá implantar seu Reino...querem vê-lo aqui, de modo visível, já! A separação entre Igreja e Estado não é mais vista como uma conquista que foi essencial para garantir a sobrevivência dos evangélicos em sociedades católicas. Agora, o sonho de muitos é ver as igrejas evangélicas comandando o Estado e impondo a sua agenda e pensamento a todos.

Contudo, Jesus Cristo nunca exigiu a conversão de todos os seus ouvintes aos seus ensinamentos. É interessante notar que Jesus não protesta porque ninguém proíbe os fariseus de ensinar ou porque o ensino pagão era tolerado pelo Estado romano. A arma usada por Jesus em seu ministério era a pregação da Palavra. Era por meio da persuasão, da oratória e dos debates que o Senhor esperava ganhar o coração dos ouvintes. Cristo nunca questionou porque o Estado romano não dava apoio ao seu sistema de fé.

O mesmo pode ser dito dos apóstolos. Eles são sempre retratados como sendo perseguidos por judeus ou pagãos, mas nunca como perseguidores daqueles que anunciam outra fé. Isso é evidenciado em Atos 19, quando os pagãos de Éfeso se revoltam contra a pregação de Paulo:
Pois um ourives, chamado Demétrio, que fazia, de prata, nichos de Diana e que dava muito lucro aos artífices, convocando-os juntamente com outros da mesma profissão, disse-lhes: Senhores, sabeis que deste ofício vem a nossa prosperidade e estais vendo e ouvindo que não só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desencaminhado muita gente, afirmando não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. Não somente há o perigo de a nossa profissão cair em descrédito, como também o de o próprio templo da grande deusa, Diana, ser estimado em nada, e ser mesmo destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo adoram. Ouvindo isto, encheram-se de furor e clamavam: Grande é a Diana dos efésios! Foi a cidade tomada de confusão, e todos, à uma, arremeteram para o teatro, arrebatando os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo. (Atos 19:24-29)
O tumulto é encerrado pelo escrivão de Éfeso, que apazigua a multidão afirmando o seguinte:
porque estes homens que aqui trouxestes não são sacrílegos, nem blasfemam contra a nossa deusa. (Atos 19:37)
É muito interessante notar isso no Novo Testamento. O desejo dos cristãos é o de terem liberdade para pregar a Palavra sem correrem o risco de serem presos. São os outros...os judeus e os pagãos quem buscam usar o Estado para prender os cristãos e impedir a disseminação da fé cristã. Os discípulos não cometiam sacrilégios nem blasfemavam contra Diana, embora deixassem claro que ela não era uma deusa de fato. Isso mostra uma busca pela liberdade religiosa, e não pela uniformidade religiosa.



Igreja e Estado são esferas distintas
Por que nem Jesus e nem os apóstolos reivindicam o apoio do Estado para a pregação evangélica? Uma das razões é dada pelo próprio Cristo: dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Convém aqui reler essa história:
Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola; mas temiam o povo. Observando-o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador. Então, o consultaram, dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade; é lícito pagar tributo a César ou não? Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu: Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se. (Lucas 20:19-26)
O ardil era esse: se Jesus dissesse que o imposto deveria ser pago, então Ele se colocava ao lado dos romanos e desagradava aos judeus. Se dissesse que não deveria ser pago, então os judeus se agradariam, mas Jesus poderia ser acusado diante dos romanos. O Mestre evita a resposta, ensinando que o povo deve dar a César o que é de César (respeito às leis, pagamento de impostos) e a Deus o que é de Deus (fé, adoração, devoção, o controle da vida).


Embora a separação entre o Estado e a Igreja seja um conceito posterior, creio que ele pode ser reconhecido aqui. Jesus não ensina que o Estado não deve obediência alguma a Deus. Afinal, o reino dos céus engloba todas as coisas, inclusive sim os governos. Mas isso não significa que tudo deva ser misturado. Há sim distinções.

Por exemplo, não cabe a Igreja decidir qual o melhor sistema de arrecadação tributária ou se um país deve ou não ter relações diplomáticas com outro. Os cristãos podem opinar sobre isso, mas a decisão pertence ao Estado, o qual, por sua vez, não deve decidir se a doutrina da predestinação é ou não correta. César é César, Deus é Deus.


Sei que aqui eu perdi o apoio de quase todos os calvinistas...afinal, a Confissão de Fé de Westminster, documento ícone da fé reformada, foi feita em um concílio convocado pelo Estado inglês. Contudo, não há base no Novo Testamento para que o Estado se envolva neste tipo de decisão. Esta não é uma questão de Governo, e sim de fé.

A natureza do Reino de Deus
Talvez muitos pensem que as ideias acima expostas ferem o ensino bíblico sobre o reino de Deus. Ele não é o Senhor de todas as coisas? A recusa dos homens em obedecê-Lo não é um pecado? Sim e sim, digo eu. Mas daí a querermos forçar o Estado a adotar leis bíblicas vai uma grande diferença.

Por quê? Ora, por causa da natureza presente do reino de Deus? Observe o que diz Jesus no momento em que ele é preso, como narrado em Mateus 26:51-54.
E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?
Repare que a espada não foi usada de modo arbitrário pelo apóstolo Pedro. Jesus estava para ser preso, uma turba com espadas e porretes ameaçava os apóstolos. Pedro quis apenas defender o seu Mestre. Mas Jesus reprovou essa atitude. Quem lança mão da espada (violência) perecerá por causa dela. Se o Cristo quisesse, poderia rogar ao Pai para ter a defesa de anjos. Porém, a espada angelical não era o caminho de defesa do reino.

Essa mesma ideia é repetida por Jesus quando ele é confrontado por Pilatos em João 18:33-37.
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito? Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
A violência e a coerção não irão promover o reino de Deus, que só se manifestará de modo plenamente visível neste mundo quando Cristo voltar. Por isso Jesus diz que seu reino não é terreno: não há exércitos ou ministros para defendê-lo. O objetivo de Jesus era o de dar testemunho da verdade. A testemunha busca convencer, mas quem pode impor a sentença é o Juiz. E a vinda de Cristo como Juiz está no futuro.
Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus. (1 Pedro 4:4-6)
Chegará sim o dia em que a verdade será manifesta e todos serão julgados, o dia em que todo aquele que rejeitou a Cristo sofrerá a pena por sua rebeldia. Mas, até lá...o dever da igreja não é o de antecipar a execução do juízo, mas sim o de testemunhar a favor da verdade. Testemunhar não é forçar ninguém a acreditar ou seguir, é tentar, da melhor forma possível, convencer os demais a crerem em nosso testemunho.

O mundo é incapaz de seguir a Deus
Mas, de todos os argumentos, o melhor para combater a ideia de uma teocracia cristã é o primeiro ponto do calvinismo: a depravação total. Por esta doutrina, o homem é simplesmente incapaz de, voluntariamente, seguir a Deus. Se o ser humano não for alcançado pela graça de Cristo, servir a Deus é algo impossível a ele, mesmo que o Estado tente obrigá-lo:
Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas o que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:5-8)
Ora, se os que estão seguindo o pendor (inclinação) da carne não podem estar sujeitos à lei de Deus e não são capazes de agradar a Deus, no que adiantaria criar uma teocracia cristã? Ela seria inútil! Não é isso que tornará o Brasil um país melhor. E isso se torna óbvio quando lemos o que a Bíblia diz sobre a lei de Deus:
Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus. (Hebreus 7:18-19)

Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. (Hebreus 10:1)
A lei de Deus não tem o poder de aperfeiçoar as pessoas e, por extensão, a sociedade. O Brasil só será transformado por meio da salvação dos brasileiros, da criação de novos homens que nascem segundo Cristo Jesus e, voluntariamente, seguem a lei de Deus. Só que isso não é uma obra do homem, mas sim de Deus. Um novo ser humano é algo que só Cristo pode fazer:
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Coríntios 5:17)
Qual a solução?
Então, os cristãos devem cruzar os braços e deixar o Estado aprovar leis que ferem a Bíblia? Não! De modo algum. Devemos lutar, nas ruas, no Congresso, na Internet, onde for preciso para influenciar o mundo a seguir o Evangelho.

Para influenciar, não para impor.

Creio que este é o modelo bíblico de conduta política para os cristãos. Homens como José, Daniel e Mordecai não tentaram convencer o Egito, a Babilônia e a Pérsia a adorarem ao Deus de Israel. Eles influenciaram impérios a se adequarem às leis de Deus por meio de seus comportamentos e atuações políticas. No caso de Daniel e seus amigos, além de Mordecai, vemos que foram decisivos para impedir que os judeus fossem forçados a idolatria ou que fossem massacrados pelos caprichos da nobreza. Foram instrumentos de Deus em impérios que, guardadas as proporções, eram sociedades plurais.

Ao meu ver, o caminho continua sendo esse. O chamado de Deus para a Igreja é viver em um mundo plural e tentar influenciá-lo de todos os modos, mas sem impor a sua vontade. O objetivo dos cristãos é convencer a sociedade a obedecer a Deus...e não o de obrigá-la a fazer isso.


Os cristãos precisam entender que este mundo não é perfeito. Nossas decisões políticas, econômicas e sociais devem levar em conta as imperfeições do estado atual da criação: por isso é que existem policiais, soldados, leis penais e democracia. Seria ótimo viver em um planeta onde todos seguem a Deus! Mas isso não vai acontecer até Jesus voltar. Então, não adianta forçar o caminho nessa direção.

Precisamos aceitar o mundo como Deus quis que Ele fosse. E, para isso, é necessário aprender a conviver com os diferentes. Não há caminho melhor do que um onde exista liberdade de religião, de pensamento e de expressão. Não há caminho melhor do que o enfrentamento democrático e pacífico. Se, pela democracia, o Brasil escolher servir a Deus, ótimo! Mas, mesmo assim...as liberdades precisariam ser garantidas.

Que possamos refletir no ensino bíblico de Romanos 14:12.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Que assim seja. Amém! Soli Deo Gloria!
 
Fonte: 5 calvinistas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como experimentar crescimento com qualidade?

Rev. Hernandes Dias Lopes (1ª IP Vitória-ES)

Referência: Levítico 21.16-20


INTRODUÇÃO
1.Muitas vezes buscamos métodos para o crescimento da igreja, mas o método de Deus para o crescimento da igreja é sempre o homem. Deus não tem tantas regras. Deus tem um método e o método de Deus é VOCÊ.
2.E. M. Bounds disse que Deus não unge métodos, Deus unge homens. Nossa fé é muito mais do que um conjunto de regras e doutrinas. É sobretudo, relacionamento com Deus.
3.Esse texto nos mostra que os sacerdotes que ministravam no altar não podiam se contaminar nem ser imperfeitos. A vida do sacerdote é a vida do seu ministério. Um sacerdote impuro era uma grande calamidade (Zc 3:1-3).
4.Um sacerdote com defeito podia ser sustentado como sacerdote. Ele podia comer do pão do seu Deus, mas não podia ministrar no altar. Tanto o sacerdote como o sacrifício precisavam ser perfeitos. Ambos tipificavam Cristo.
5.O véu do templo foi rasgado. Agora todos somos sacrdotes. Todos podemos entrar para adorar. Mas, se queremos ter comunhão com Deus, se queremos ministrar no altar, precisamos não podemos ter certos defeitos.
6.Algumas pessoas pensam de forma errada que Deus se importa apenas com números. Caem no erro da numerolatria. Outros pensam de forma errada que Deus só se preocupada com qualidade e não com quantidade. Caem no erro da numerofobia.
7.Qualidade gera quantidade. Uma igreja saudável cresce. Não é o que fazer para crescer, mas o que nos impede de crescer.
8.Levítico 21 é um quadro que moostra o crescimento com qualidade. Ninguém com defeito pode chegar para oferecer o pão no altar. O ministério não é um título, um cargo, mas um relacionamento com Deus. Vejamos quem é que não serve para ministrar no altar:

I. NÃO SERVE AQUELE QUE É CEGO – V. 18

1.O cego é aquele que não tem visão
Aquele que não tem visão de crescimento não cresce. É preciso visão. Jesus disse para os seus discípulos: “Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo 4:35). Os cegos não servem. Há pessoas que têm capacidade, mas não têm visão. Eles não tem sonhos. Precisamos ter visão para crescer. Precisamos ter vontade de crescer. Um cego não tem visão.

2.Precisamos ter a visão de uma igreja grande
Precisamos ter a visão de uma igreja grande não para engordar a vaidade dos nossos membros. Não para dizermos que somos os melhores. Precisamos trabalhar para termos uma igreja grande para trazer glória ao nome de Deus, para impactar a cidade e a nação.
Se formos como um sacerdote cego a igreja não pode crescer. Sem visão o povo não sabe para onde vai.

3.Precisamos ter a visão além das paredes
Precisamos ter a visão de quebrar as paredes. Não podemos nos acomodar. Há muito povo nesta cidade. Temos que ter a visão de trazer os aflitos e deixá-los aos pés de Jesus.
Até 1970 as pessoas pensavam em ganhar outras para Cristo. Depois de 1970 houve uma forte ênfase em ganhar a família para Cristo. Depois de 1990, a ênfase passou a ser ganhar a cidade para Cristo. Uma igreja grande pode investir. Uma igreja grande pode ifluenciar.

4.Precisamos ter alvos claros de crescimento
Primeiro a visão, depois os recursos. Se não tivermos alvos e sonhos nós nunca vamos saber se chegamos até lá. Precisamos trabalhar em cima de alvos: físicos, espirituais e numéricos. Hoje, somos uma igreja com 850 membros. Quanto nós queremos crescer? Qualquer coisa é qualquer coisa. Precisamos ter alvos definidos. Exemplo: Paul Yong Cho
Precisamos ter o alvo de plantar igrejas, de termos novos membros sendo recebidos regularmente, de ampliarmos o nosso templo, de contruirmos o nosso prédio de educação religiosa.
Sacerdotes cegos não servem para levar a igreja ao crescimento.

II. NÃO SERVE AQUELE QUE É COXO – V. 18

1.O coxo é aquele que se arrasta
O coxo é aquele que tem pernas, mas as pernas não suportam o corpo. Então, ele se arrasta. O crente não pode se arrastar. Deus tem nos levantado. Nossas pernas não podem ser emperradas. Precisamos caminhar. Precisamos trabalhar. Precisamos fazer a obra de Deus enquanto é dia.

2.O coxo é aquele que precisa ser carregado pelos outros
O coxo não caminha sozinho. Ele é dependente. Ele precisa sempre de alguém para lhe transportar. Há crentes que nunca aprendem andar com suas próprias pernas. Eles não progridem, não amadurecem, sempre ficam aonde as pessoas os deixam.
Uma igreja não pode crescer quando os seus crentes são coxos, quando eles não andam, não caminham, não fazem a obra de Deus. O Senhor espera de nós frutos, muitos frutos.

III. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM O ROSTO MUTILADO – V. 18

1.Aquele que tem o rosto mutilado tem duas caras
A igreja não pode crescer quando os seus sacerdotes, os seus crentes têm duas caras, usam máscaras. Não serve para estar fazendo a obra de Deus aquele que tem o rosto mutilado. Precisamos pregar o que vivemos dentro de casa, no trabalho. Precisamos pregar para nós mesmos. Não basta parecer santo na igreja e ser rude em casa e desonesto no trabalho.
O rosto mutilado é aquele que é uma coisa na igreja e outra em casa. Hoje muito discutimos sobre pastor de tempo integral e pastor de tempo parcial. Mais importante do que ser um obreiro de tempo integral é ser um obreiro integral. Não é uma questão de tempo, mas de vida. Devemos ser um só. O rosto mutilado não serve.

2.Não é a grandes talentos que Deus abençoa, mas pessoas íntegras
A vida do ministro é a vida do seu ministério. Podemos ter todos os dons, mas se não tivermos amor, nada disso nos aproveitará. A hipocrisia não funciona. Precisamos ser antes de fazer. Precisamos ter vida mais do que performance.

IV. NÃO SERVE AQUELE QUE É DESPROPORCIONADO – V. 18

1.Para a igreja crescer saudavelmente, os crentes não podem ser desproporcionados
Deus fez tudo perfeito e lindo. Ilustração: Certo dia vi um moço pedindo esmola, empurrando um carrinho. Corpo forte e as pernas fininhas. Desenvolveu o tronco, mas as pernas eram fracas. Às vezes crescemos numa área e somos doentes em outras. Temos áreas do nosso caráter que estão atrofiadas.

2.Uma superênfase num único ponto da verdade pode nos deixar desproporcionados
No livro de Ezequiel temos a figura de Jesus representada em quatro retratos. Ele é descrito como LEÃO, BOI, HOMEM E ÁGUIA. Mateus apresenta Jesus como o Leão. Aquele que tem toda autoridade no céu e na terra. Jesus é sempre o leão que está rugindo: ele ensina com autoridade, ele cura, ele expulsa demônios. Mas esse não é todo o rosto do Senhor. Há igrejas que só falam de Jesus como leão. Só falam de poder.
Em Marcos Jesus tem o rosto do BOI. Ele veio não para ser servido. Em Marcos Jesus é servo. A igreja tem o chamado para servir. Mas para crescer não basta apenas servir. Muitas igrejas dizem: Ah! Agora sim, vamos criar azilos, creches, orfanatos. Mas esse não é todo o rosto do Senhor.
Em Lucas Jesus tem o rosto do Homem. Ele chora, ri, participa de encontros, entra na casa dos publicanos. Aí alguns dizem: Tá aí o segredo: precisamos ter grupos, vamos desenvolver relacionamentos, vamos assistir as pessoas. Mas esse não é todo o rosto do Senhor.
Em João Jesus é a Águia, voa nas alturas. Ele é o Filho de Deus. Ele veio da glória. Há igrejas que vivem mergulhas nesse senso do sobrenatural. Mas esse não é todo o rosto do Senhor.
JESUS não era desproporcionado. Ele foi integral. Ele foi rei, servo, homem, Deus. Qual é a ênfase da pregação? Se tem uma pessoa enferma: autoridade. Se tem um casal em conflito: o rosto de homem. Se tem uma necessidade a ser suprida: o rosto de servo. Sem tem alguém perdido: o evangelho da salvação. Precisamos apresentar todo o evangelho. O desproporcionado está errado. Precisamos apresentar Jesus em toda a sua beleza.

V. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM O PÉ QUEBRADO – V. 19

1.Aquele que tem o pé quebrado vive caindo
O coxo é diferente de quem tem o pé quebrado. O pé quebrado não fica em pé, está sempre caíndo. Vida cristã é uma caminhada. Aquele que está em pé veja que não caia. Os crentes têm caído nos mesmos pecados, têm envergonhado o evangelho.
Uma igreja não cresce quando os seus líderes, os seus membros têm o pé quebrado. Uma igreja não cresce quando os seus crentes vivem tropeçando. Uma igreja assim, não pode andar com o Senhor, nem ministrar no altar e impede o crescimento.

VI. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM A MÃO QUEBRADA – V. 19

1.Aqueles que têm a mão quebrada não podem fazer a obra de Deus
Aqueles que têm as mãos quebradas não podem impor as mãos sobre os enfermos, não podem abraçar, abençoar, tocar, socorrer, ajudar. Precisamos orar levantando mãos santas, sem ira.
Somos uma raça de sacerdotes. Hoje todos somos ministros da nova aliança. Devemos ministrar uns aos outros, abençoar uns aos outros, consolar uns aos outros, exortar uns aos outros, orar uns pelos outros.

2.Aqueles que têm a mão quebrada não podem oferecer o pão de Deus
Eles não olham para a vida como uma liturgia ao Senhor. O culto não tem hora para acabar. O culto é a vida. Não existe: “Senhor agora entramos na tua presença”. Não estava antes? Não existe: “Continuamos em tua presença”. Vai sair depois?. A reunião começa e termina, mas o culto, não. O culto é a vida toda. Se a vida que vivemos fora do templo não é um culto ao Senhor, somos sacerdotes de mãos quebradas.

3.Aqueles que têm a mão quebrada não conseguem abençoar
Quando você abençoa outra pessoa, essa mesma bênção volta para você.
Precisamos abençoar as pessoas. Somos sacerdotes. O sonho de Deus é que abençoemos uns aos outros. Enquanto você abençoa outra pessoa, essa bênção volta para você. O eco responde para você com as mesmas palavras emitidas.

4.Quem tem mão quebrada não consegue trazer ofertas ao altar
Quem tem mão quebrada sempre comparece diante de Deus de mãos vazias. Quem tem mão quebrada não consegue ofertar nem traz os dízimos de Deus.

VII. NÃO SERVE AQUELE QUE É CORCOVADO – V. 20

1.O corcovado é profundamente pessimista
O corcovado anda olhando para baixo. O professor perguntou a um menino da classe: “O que é um pessimista?” O menino respondeu: “Um pessimista é uma pessoa que vive olhando para o pé”. Não podemos ser pessimistas, desanimados, só olhando os gigantes e fugindo deles.

2.Você é o melhor de Deus, a menina dos olhos de Deus
Você é alguém muito especial. Você é obra prima de Deus. Você é a menina dos olhos de Deus. Você é a herança de Deus, em quem Deus tem todo o seu prazer. Gente corcovada não pode ajudar a igreja crescer. Gente desanimada não consegue olhar para o céu. Gente corvada só olha para as dificuldades. Deus disse para Abraão: Sai da sua tenda e conta as estrelas: Uma, duas, mil, um milhão… assim será a tua descendência!

3.O corcovado anda sempre com um peso nas costas
Tem gente que só anda cansada. Só vive reclamando. Irmãos, não é o trabalho de Deus que cansa, é o pecado. O que cansa é o pecado. Se você ficar remoendo mágoa no coração, você pode tirar férias, passear, mas você vai estar sempre cansado.
Para a igreja crescer os crentes não pode ter peso sobre as costas. Não pode ter embaraço na vida. Toda hora você precisa estar pronto para testemunhar, para pregar, para viver e para morrer. Jesus era um homem livre, solto. Ele podia dormir mesmo na hora da tempestade. O líder, o crente não pode viver achatado, corcovado.

VIII. NÃO SERVE AQUELE QUE É ANÃO – V. 20

1.O anão é aquele que pára de crescer
Você não pode ser anão. Ninguém nasce anão. Não tem bebê que nasce com 10 centímetros. Há um momento que o anão pára de crescer. O líder não pode ser anão. O crente não pode ser anão. Nós precisamos crescer. Não podemos estagnar.
Quando o crente é um anão, tudo pára na sua vida. Você precisa crescer na Palavra, precisa crescer na oração, precisa crescer no envolvimento com a obra, precisa crescer nos relacionamentos.
Hoje você precisa ser melhor do que ontem. Amanhã, melhor do que hoje. Para frente é que você caminhar. Para o alto é que você deve crescer. O corvado cresce para baixo. O anão não cresce para cima.

IX. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM BELIDA NOS OLHOS – V. 20

1.Quem tem pedra nos olhos vivem em grande desconforto
Há crentes que vivem sempre de forma desconfortável. Precisam remover as pedras dos olhos. Precisam tirar o que está trazendo sofrimento. Precisam remover o que está machucando.

2.Quem tem pedra nos olhos não consegue ajudar os outros
Jesus disse que se você tem uma trave no seu olho, você não consegue tirar o cisco no olho do seu irmão. Quando temos pedra nos olhos, tornamo-nos críticos dos outros, mas não podemos ajudar os outros a resolver os seus problemas.

3.Quem tem pedra nos olhos não enxergam as coisas com clareza
Jesus curou um cego, passando-lhe saliva nos olhos. Jesus perguntou: Vês alguma coisa? Sim, vejo os homens andando como árvores. Uma igreja para crescer, o pastor e os crentes não podem ver as pessoas como árvore. Ver as pessoas como coisas a serem exploradas. Não somos igreja para explorar as pessoas, mas para servi-las.

X. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM SARNA – V. 20

1.Sarna é aquela coceira gostosa que nos distrai
Você já pegou um bicho de pé? Já ficou coçando, coçando e gostando de coçar? Uma igreja para crescer seus membros não podem ter sarna. O prazer para o crente é só aquele que Deus dá. Hoje há muitos prazeres que são sarna para você coçar. Distraem você. Roubam o seu tempo. O líder, o crente não pode ter sarna para coçar.

XI. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM IMPINGEM – V. 20

1.Impingem é uma mancha
A igreja não pode crescer quando os seus crentes têm mancha na vida, no caráter, na conduta, na família, no trabalho.
Mancha é aquilo que tentamos esconder dos outros. É coisa feia. Exemplo: Naamã era um herói, mas leproso, tinha marcas feias na sua pele. Eliseu mandou ele tirar a armadura e mergulhar no Jordão. Antes de ser curado é preciso revelar a mancha.
Irmão, não pode ter mancha. Você precisa de vida limpa!

XII. NÃO SERVE AQUELE QUE TEM TESTÍCULO QUEBRADO – V. 20

1.Quem tem testículo quebrado não pode gerar filhos
Quem tem testículo quebrado não reproduz, não vai ter filhos. Somos chamados para gerar filhos, para darmos frutos. Precisamos gerar muitos filhos espirituais. Precisamos ganhar outros para Cristo.
A igreja precisa crescer e se multiplicar e para isso, cada crente precisa gerar outros filhos espirituais. Quantos filhos espirituais você tem? Quantas pessoas você já levou a Cristo? Quantas pessoas vão lhe esperar no céu para lhe abraçar e agradecer?

2.Deus se importa com quantidade
Você quer ver esta igreja crescer? Quer ver gente sendo salva todos os domingos? Quer se envolver nessa obra de consequências eternas? Quer gerar filhos em vez de ser apenas um expectador? Quer ser cooperador de Deus?

CONCLUSÃO
Que tipo de sacerdote você tem sido na Casa de Deus?
Você tem apenas se alimentado do Pão de Deus ou também tem se chegado ao altar para oferecer o Pão de Deus?
Sua vida tem sido irrepreensível ou você tem profanado o altar do Deus vivo?
Hoje é tempo de nos despertarmos! Nossa igreja pode crescer, precisa crescer, vai crescer. Você quer fazer parte desse desafio?

Fonte: www.hernandesdiaslopes.com.br 

Divisão do Mar Vermelho

explicada por cientistas


Por Veja online
A história bíblica da divisão do Mar Vermelho, registrada no livro do Êxodo, pode ter acontecido de verdade. Ou, pelo menos, poderia ter acontecido sem quebrar nenhuma lei da Física. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos e da Universidade do Colorado mostraram como o movimento do vento descrito na Bíblia pode ter, de fato, afastado as águas e permitido a passagem de Moisés e o restante de seu povo.
Simulações feitas em computador mostraram que ventos fortes vindos do leste, soprando durante toda a madrugada, poderiam ter “partido” as águas em uma região onde um afluente antigo do rio Nilo teria se fundido com uma lagoa costeira no Mar Mediterrâneo. Os ventos fortes teriam empurrado a água fazendo surgir uma passagem (veja o vídeo abaixo), permitindo que as pessoas atravessassem o local com segurança. Imediatamente após o cessar dos ventos, as águas teriam voltado ao normal. “As simulações combinam com o que aconteceu na história do Êxodo”, disse Carl Drews, chefe da pesquisa. “O vento empurra a água de acordo com as leis da Física, criando uma passagem segura com água dos dois lados, e então permite a volta da água abruptamente”. Mas os próprios pesquisadores duvidam que os hebreus conseguissem fazer a travessia pela passagem com ventos tão fortes, de 107 km/h, soprando contra.

Fonte: www.olharreformado.worpress.com

Resenha do livro “Cristianismo sem Cristo”, de Michael Horton

Originalmente publicado no Optica Reformata.

Horton, Michael. Cristianismo sem Cristo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. 208 pp. Tradução de Neuza Batista.
cristianismo sem cristo
Quem está familiarizado com os escritos do Dr. Michael Horton sabe que não é à toa que ele é tido como um dos maiores e mais competentes pensadores reformados da atualidade. A solidez doutrinária de seus escritos e sua aguda percepção em analisar as coisas que acontecem no mundo dito cristão a partir de uma ótica reformada (e confessional), aliadas à sua imensa capacidade argumentativa (que nem sempre é tão sistemática e lógica quanto gostaríamos, é verdade) e de exímio pesquisador que é, são fatores que tem justificado seu prestígio mesmo entre alguns cristãos de perspectiva não-reformada (e não-confessional).
Agora, ele nos brinda com um de seus livros mais polêmicos, cujo título não só é intencionalmente provocativo, mas essencialmente reflexivo: Cristianismo sem Cristo – que, nas palavras do bispo metodista William Willimon (prefaciador da obra), também pode ser encarado como uma “polêmica induzida de Cristo” (p. 10). Se essa afirmação soa pretensiosa e arrogante demais, só mesmo lendo a obra para descobrir.
Algo marcante nos escritos de Horton é que ele é sempre muito seletivo nas citações de obras e estatísticas que usa em suas pesquisas, objetividade que o distingue de muitos escritores prolixos e cansativos, apesar de ser ele mesmo um pouco repetitivo às vezes. Por exemplo, ele pode muito bem começar falando de um assunto, bruscamente interrompê-lo, e voltar a repeti-lo em outro capítulo que, em princípio, deveria tratar sobre outra coisa. Por este motivo é que esta breve resenha é mais sistemática (análise por assunto) do que linear (análise de cada capítulo separadamente).
Apesar do “auê” que o título da obra pode causar nos leitores mais apaixonados, Horton se apressa em dizer que, a despeito de sua superficialidade, desatenção e humanismo, a igreja contemporânea ainda não chegou ao que ele chama de “cristianismo sem Cristo”, mas está a caminho (p. 10). Esse esclarecimento é importante especialmente porque aqueles de perfil mais polemista correm o risco de ser mais radicais do que o autor da obra na qual tanto se deleitam (assim como tem gente que quer ser mais calvinista que Calvino). Entretanto, não estão equivocados aqueles que entenderem que Horton está apenas sendo eufêmico, adiando a bomba que está prestes a estourar no desenrolar de sua argumentação.
Mas, o que vem a ser, finalmente, esse tal “cristianismo sem Cristo”? O autor o definiria como sendo “uma história sobre nós [nossos feitos] em vez de uma história sobre o Deus Trino que nos transporta para o drama em andamento [os feitos de Deus]” (p. 91). Cristianismo sem Cristo é quando “Deus e Jesus ainda são importantes, porém mais como parte do elenco de apoio do nosso próprio show” (p. 17). Nesse sentido, o cristianismo sem Cristo é deísta, visto que não é mais Deus quem governa as coisas, e sim o homem; é moralista, visto que o imperativo “faça mais, esforce-se mais” (p. 10) – ou, a famosa máxima de Benjamin Franklin de que “Deus ajuda a quem se ajuda” – está no âmago da religiosidade que norteia a maior parte das igrejas contemporâneas; e é terapêutico, visto que “não há pecado nem culpa a ser perdoados por Deus, mas apenas os pesos e sentimentos de culpa por não corresponder às expectativas de si mesmo ou de outros seres humanos” (p. 37). Finalmente, Horton diz que a “chave” para essa sua crítica “é que, uma vez que você faz sua paz de espírito em vez de paz com Deus, que é o principal problema a ser resolvido, todo o evangelho é radicalmente definido”, e que “a autorrealização, a autossatisfação e a autoajuda são todas distorções contemporâneas de uma heresia antiga, que Paulo identificou como obras de justiça” (p. 34). Nesse sentido, entendo que a obra de Horton é, antes de tudo, uma forte argumentação e clamor em prol da doutrina bíblica da justificação pela fé somente, que os reformadores entenderam ser o coração do evangelho.
Para efeito de síntese, Horton faz um quadro comparativo muito interessante entre o cristianismo sem Cristo (que ele chama de “lei leve”) e o verdadeiro evangelho (p. 158):
Lei Leve
O evangelho
Deus como treinador de vida
Deus como Juiz e Justificador
Bom conselho (fazendo)
Boas-novas (feito)
Cristo como exemplo
Cristo como Salvador
A Bíblia como manual de instrução
A Bíblia como mistério de Cristo sendo revelado
Sacramentos como meio de compromisso
Sacramentos como meios de graça
A igreja como recurso de autoajuda (foco no nosso serviço/ministério)
A igreja como embaixada da graça (foco no serviço/ministério de Deus)
Nós subimos até Deus
Deus desce até nós
Nós enviamos a nós mesmos Deus nos envia
O diagnóstico que Horton dá para essas distorções divide-se em basicamente dois braços. O primeiro é baseado num estudo realizado pelo sociólogo Christian Smith, que definiu a religiosidade norte-americana como sendo um “deísmo moralista e terapêutico” (p. 34), conceito este que Horton vai usar em praticamente todo o livro. Não se trata de apenas uma frase de efeito, mas Horton se preocupa em mostrar estudos e estatísticas que comprovam a sua veracidade, como ele mesmo avisa na página 18. O segundo braço do diagnóstico é teológico: Pelagianismo – é o “termo teológico para esta moléstia”, diz ele (p. 37). “Afinal de contas, é a nossa teologia mais natural”, ironiza.
Mas apesar de traçar paralelos entre o cristianismo sem Cristo e certas distorções teológicas que marcaram a história da Igreja (como o gnosticismo, o semi-pelagianismo e o liberalismo teológico, por exemplo), Horton chega a admitir que “o ‘cristianismo sem Cristo’ é invasivo, atravessa o espectro liberal-conservador e todas as linhas denominacionais” (p. 22), motivo pelo qual “nenhuma denominação está livre desse cativeiro, incluindo a minha, e ninguém, incluindo eu mesmo” (p. 23). Ironicamente, essa nova religiosidade não é tão profunda quanto se pretende, mas é exatamente vazia (niilista?). “Muito do que estou chamando de ‘cristianismo sem Cristo’”, diz Horton, “não é profundo o suficiente para constituir heresia”, comparando a mensagem do cristianismo sem Cristo com aquele tipo de música de fundo que ouvimos tocar nos estabelecimentos comerciais: “trivial, sentimental, aceitada e irrelevante” (p. 17). E mais: “O Deus da religião norte-americana contemporânea é trivial demais para valer o nosso tempo” (p. 91). Mas é exatamente isso que torna esse novo tipo de religiosidade mais perigoso do que seus antecedentes gnósticos, pelagianos e liberais.
O liberalismo começou por subestimar a doutrina em favor do moralismo e da experiência interior, perdendo Cristo por hierarquia. No entanto, é mais tolice que heresia que está nos matando. Deus não é negado, mas banalizado – usado para nossos programas de vida, e não recebido, adorado e usufruído [p. 20 – ênfase minha].
Englobando as Pessoas da Trindade nesse sacrílego processo de trivialização, Horton observa que no cristianismo sem Cristo “Deus é usado como um recurso pessoal, em lugar de ser conhecido, adorado e confiado; Jesus Cristo é um treinador com um plano de jogo bom para nossa vitória, em vez de um Salvador que já alcançou a vitória para nós; […] e o Espírito Santo é uma tomada elétrica que podemos ligar para obter o poder necessário para sermos tudo o que podemos ser” (p. 17 – negrito meu). Aliás, Horton esbanja nos adjetivos que o cristianismo sem Cristo tem conferido a Jesus. Ele observa que “Jesus tem sido vestido como um […] treinador de vida, guerreiro de cultura, revolucionário político, filósofo, copiloto, companheiro de sofrimento e parceiro na realização de nossos sonhos pessoais e sociais” (p. 21); ou como um “mascote na guerra das culturas” (p. 166); ou ainda, em um simples “ponto de encontro para jogos de futebol e inauguração de shopping centers” (p. 64). Porém, o resultado disso tudo, diz Horton, em vez de um relacionamento verdadeiro com o Filho de Deus, “é um apego vago e sentimental por alguém que é mais um amigo invisível do que o Salvador dos ímpios, encarnado, morto e ressuscitado, que subiu e é Rei” (p. 64). O cristianismo sem Cristo definitivamente não contempla o Jesus das Escrituras – Histórico, Redentor, Deus!
Tudo isso, naturalmente, leva a uma banalização não somente de Cristo, mas também dos meios de graça por Ele instituídos. O Batismo e a Ceia, por exemplo, são transformados em “meios de compromisso” – um “veículo da experiência pessoal” (p. 142), uma vez que o indivíduo é levado a pensar que tanto a salvação como a manutenção desta dependem única e exclusivamente dele mesmo.
Para muitos de nós, criados em contexto evangélico-conservador onde a pregação era principalmente uma exortação para fazer mais, o Batismo foi nosso ato de compromisso em vez de ser o ato de compromisso de Deus, a Ceia do Senhor era um meio de nossa lembrança em vez de um meio da graça de Deus e muitos hinos eram expressões da nossa piedade mais que um relato das misericórdias maravilhosas de Deus na história da redenção [p. 154].
Mas Horton faz questão de nos lembrar que “o Batismo não é nosso ato de compromisso, com base em nossa decisão, é o ato de compromisso de Deus, baseado em sua decisão. […] A Ceia do Senhor não é nossa lembrança e reconsagração, mas se centra na promessa de Deus de nos dar seu Filho como nosso alimento e bebida – certificando e ratificando nossa inclusão no pacto da graça” (p. 180).
Todos esses “apelos para a ação sem o anúncio da ação de Deus”, segundo Horton, está gradualmente “desevangelizando” a igreja (p. 155). Ela se imiscuiu tanto na agenda secular que, em sua tentativa de tornar o evangelho relevante, perdeu-se pelo caminho, transformando as boas-novas da salvação em meros estímulos morais de autoajuda. E é justamente aqui que Horton vai fazer críticas ferrenhas ao tipo de pregação e pregadores que o cristianismo sem Cristo (ou, quase sem Cristo, na melhor da hipóteses) tem produzido, justamente pelo fato de que esta pregação, como vimos, exorta o espectador a sempre “fazer mais”. Charles Finney, Joel Osteen, Robert Schuller, Rick Warren, Joyce Meyer e o emergente Brian McLaren, dentre outros, não escapam da flecha certeira de Horton. Para ele, as pregações dos tais não diferem muito do que podemos encontrar nos ditos do Dr. Phill ou da Oprah Winfrey (p. 15 – trazendo para o nosso contexto, algo parecido com Super Nani, Max Gehringer e Ana Maria Braga). Por este motivo, não é mesmo a toa que, “na autoajuda secular, as vendas dos gurus chegam perto dos concorrentes evangélicos” (p. 58). Esse tipo de pregação, para Horton, também tira Cristo do cristianismo.
Quando a mensagem básica da igreja é menos sobre quem é Cristo e o que ele fez de uma vez por todas para nós e mais sobre quem somos e o que temos que fazer para tornar a vida dele (e a nossa) relevante para a cultura, a religião que é feita “relevante” não é mais o cristianismo [p. 118].
É nesse ínterim que Horton também vai criticar a tendência desse tipo de religião em moralizar e alegorizar as histórias bíblicas, como se a sabedoria da Escritura se nivelasse àquelas encontradas nas fábulas de Esopo (p. 121). De fato, é muito comum vermos isso acontecer nos dias de hoje. A pregação é tudo, menos exegética. O que sobra disso só pode ser mesmo alegorias e princípios morais. Daí temos que, assim como Davi, precisamos vencer os “gigantes” em nossas vidas; que temos que nos “atrever” a ser um Daniel; que devemos “sonhar” como José; etc. É por isso que nesse tipo de pregação geralmente Deus nunca está de mau-humor para com os pecadores, mas sempre pronto a recebê-los, não importa como estejam vivendo. Horton relembra de uma ocasião em que entrevistou o Dr. Robert Schuller em um programa de rádio, quando lhe perguntou como ele interpretaria a exortação que Paulo faz a Timóteo em 2 Tm 3.1-5. E, antes mesmo de terminar de articular sua pergunta, Schuller respondeu apressado às palavras apostólicas, dizendo: “Eu espero que você não pregue isso. Vai magoar um monte de gente bonita” (p. 28). Para Horton, coisas desse tipo não passam de “autoajuda pelagiana e autodeificação gnóstica” (p. 59), onde Deus novamente é nosso coadjuvante no esquema do já denunciado “deísmo moralista terapêutico”.
Em um paradigma terapêutico, não só o membro da igreja, mas o próprio Deus é colocado no sofá enquanto nós interpretamos, com empatia, os sentimentos dele. Deus nunca está com raiva ou é crítico em relação às pessoas; na verdade, ele é mais angustiado que nós, visto que sabe o quanto nossas ações podem nos prejudicar. […] Podemos até nos sentir inclinados a sentir pena desta divindade [p. 48].
Mesmo que esses assuntos estejam largamente presentes na agenda do pessoal do movimento de igreja emergente (a quem Horton faz fortes críticas nos capítulos 4 e 6, especialmente) e dos adeptos do teísmo aberto, para Horton isso nada mais é do que um eco do antigo liberalismo e do conceito de kantiano de religião moralista em oposição à religião de doutrina (p. 93). Somos ensinados de que não devemos apenas pregar o evangelho, mas sobretudo ser o evangelho. É aquela velha máxima atribuída a S. Francisco de Assis: “evangelize sempre; se necessário, use palavras” – como se nossas vidas pudessem pregar “melhor do que o evangelho” (p. 127). É muita empáfia! Esse novo legalismo, para Horton (na realidade, um legalismo revisitado), é o “murmúrio otimista e alegre tocando como música de fundo”, que nem nos ameaça com o inferno nem nos conforta com o céu (p. 102). Mais uma vez, Horton nos lembra de que este é o nosso “pelagianismo nativo” (p. 93), uma vez que nosso destino está em nossas próprias mãos.
Ainda tratando dessa questão da busca desenfreada por relevância, Horton argumenta que não precisamos da Bíblia para saber que nossos filhos precisam de padrões regulares de sono; que o segredo para um bom casamento é o diálogo; e que se não administramos bem nossos cartões de crédito eles nos dominam (p. 85). “Qualquer pessoa pode perder peso, parar de fumar, melhorar um casamento e se tornar mais agradável sem Jesus”, garante ele (p. 86). É certo que estimular as pessoas para que estas busquem uma melhor “qualidade de vida” (somente para usar um linguajar que está na moda) não é um mal em si mesmo, mas “mesmo quando coisas boas, santas e apropriadas se confundem com o evangelho, é apenas uma questão de tempo antes de chegarmos ao cristianismo sem Cristo(p. 91).
Temos visto que, de fato, a “religião moralista de autossalvação é nossa configuração padrão como criaturas caídas” (p. 36). Precisamos urgentemente nos desvencilhar dela. “Chega de nós” (p. 115)! Como clamou William Willimon no prefácio, “vamos colocar Cristo de volta no Cristianismo” (p. 10). Mas a pergunta é: como? Horton arrisca algumas propostas para que sejamos libertos desse cativeiro. Vamos tentar resumi-las:
  1. Precisamos fazer uma urgente distinção entre a lei e o evangelho (p. 103). Do contrário, o que teremos é somente mais e mais ativismo religioso em vez de fé viva e verdadeiramente eficaz. “Nosso padrão é a lei, e não o evangelho, coisas para fazer (imperativos), no lugar de indicativos (coisas para acreditar)” (p. 108). “Confundir a lei e o evangelho é a tendência natural do coração caído. Todas as religiões – incluindo o cristianismo sem Cristo, que não é cristianismo de jeito nenhum – pressupõem alguma forma de redenção por esforço próprio [..] Deixe a lei ser lei e o evangelho ser evangelho” (p. 102);
  2. Precisamos pregar corretamente a lei (p. 106), porque “até que nossa pregação da lei tenha exposto nossos corações e a santidade de Deus a esse nível profundo, nossos ouvintes jamais irão para Cristo em busca de segurança, mesmo que venham até nós para conselho” (p. 107);
  3. Precisamos nos preocupar com as necessidades realmente primárias (p. 115). “Os gentios amam a sabedoria, então lhes mostre um Jesus que é mais inteligente em resolver enigmas da vida diária e a igreja vai ter uma multidão de adeptos”. Contudo, “a igreja”, diz Horton, “existe para mudar o assunto de nós e de nossos atos para Deus e seus atos de salvação, e de nossas missões de salvar o mundo para a missão de Cristo, que já realizou a redenção” (p. 115). O que precisamos é de um novo paradigma: “de nossa agenda para a agenda de Deus” (p. 168);
  4. Precisamos recuperar os conceitos do cristianismo bíblico, resgatando-os da trivialização pós-moderna (p. 116). “Cristianismo sem Cristo não significa religião ou espiritualidade desprovida das palavras Jesus, Cristo, Senhor ou até mesmo Salvador. Significa que a forma como esses nomes e títulos são empregados os deslocará de seu local específico no desdobramento histórico da trama da rebelião humana e do resgate divino, e de práticas como o Batismo e a Ceia. Jesus como treinador de vida, terapeuta, amigo, outro significativo, fundador da civilização ocidental, messias político, exemplo de vida radical e outras inúmeras imagens podem nos distrair do escândalo e da loucura de ‘Cristo e este crucificado’” (p. 117); e, por último,
  5. Precisamos que nossa missão se oriente pelo evangelho, não pela “justiça decorrente das obras” (p. 165). No afã de ganhar o mundo inteiro, muitas vezes temos perdido nossas marcas – identidade reformada; e por vezes amamos tanto as marcas que temos negligenciado a missão – evangelização. Precisamos manter acesas as duas coisas, porque “sem as marcas a missão é cega; sem a missão, as marcas estão mortas” (p. 166).
Como as resenhas geralmente fazem com que corramos o risco de reduzir o conteúdo da obra aos nossos próprios termos, iremos parar por aqui. Mas cabem mais algumas observações pontuais ao livro como um todo. Agora me refiro à questão estética – enfim, todo o processo editorial. Elogios e críticas também são oportunos nesse aspecto. Primeiramente quero parabenizar a Editora Cultura Cristã – além do fato de pôr nas mãos do público de fala portuguesa uma obra de tamanha envergadura teológica como esta que temos aqui, é claro – pelo trabalho dos revisores em explicar certas expressões e conceitos próprios da cultura e linguajar norte-americanos (pp. 17, 19, 21, 29, 33, 60, 64, 86, 93, 95, 136, 140, 169, 181, 192 e 201), coisas estas que, na maioria das vezes, muitos tradutores e revisores não explicam. Em alguns casos, compreender tais conceitos torna-se essencial à compreensão do que o autor quer transmitir. Isso denota uma preocupação e respeito dos editores pelo leitor que é leigo em outras culturas.
Em relação aos pontos que poderiam ter sido melhores podemos citar a falta de um índice onomástico e de assuntos, o que em muito facilitaria a pesquisa e pouparia o leitor (inclusive quem resenha!) de exaustivas anotações marginais (embora saibamos que o processo para tal é um pouco demorado, tendo em vista a “urgência” da publicação). Quanto aos erros de digitação, gramática e afins, foram tão leves que chegam a ser insignificantes (pp. 15, 137, 138, 139, 143, 176, 179, 182 e 187). E poderia também ter aquela tradicional folha em branco na última página (na qual consta o tipo de papel, a imprensa, etc.), pois sua falta deixa aquela impressão de que o livro ainda não chegou ao seu fim, especialmente no caso do livro em questão, que Horton conclui com uma citação sem acrescentar aquelas costumeiras observações, doxologias ou apelos. Mas nenhuma dessas faltas, evidentemente, é capaz de tirar o brilho da obra desse estimado pensador, que certamente perdurará como um dos textos apologéticos mais importantes desta década. Quem ainda não leu, é bom se apressar, antes que os três mil exemplares se esgotem!
Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Convicção sem Bíblia é Enganação

O QUE DIZ A BÍBLIA? CONCORDA COM AQUILO QUE CREIO?
ALGO QUE É BONITO, SIGNIFICA ESTÁ CORRETO?

1-(ÊX 20.4,5) “NÃO FARÁS PARA TI IMAGENS DE ESCULTURA, NEM COISAS SEMELHANTES DO QUE HÁ NO CÉU, TERRA OU NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA”
2-(DT 4.15) DEUS JAVÉ DISSE: “CUIDADO POR QUE NÃO ME VISTE NO DIA QUE APARECI, PARA QUE NÃO VOS CORROMPAIS FAZENDO IMAGENS EM FORMA DE HOMEM OU MULHER”
3-(DT 7.25,26) “DIZ QUE A CASA QUE GUARDA IMAGENS DE ESCULTURA É AMALDIÇOADA”
4-(S. JOÃO 20.28-30) JESUS DISSE A TOMÉ DEPOIS DELE SER INCRÉDULO COM RELAÇÃO A RESSURREIÇÃO:”BEM AVENTURADOS OS QUE NÃO ME VIRAM E CRERAM.È PRECISO VER PARA CRÊ OU SE DEVE CRÊ SEM VER.
5-(II CO 5.7) “SÃO PAULO DISSE: NÓS ANDAMOS POR FÉ E NÃO PELO QUE VEMOS”.

É CORRETO PRESTAR CULTO A OUTRAS PESSOAS ALÉM DE DEUS?
O PADRE ÁLVARO NEGROMONTE NO LIVRO “DOUTRINA VIVA” DIZ QUE É CORRETO, MAS VEJAMOS O QUE A BÍBLIA NOS DIZ:
1- (MT 4.10) “SÓ AO SENHOR TEU DEUS ADORARÁS E SOMENTE A ELE PRESTARÁS CULTO.”
O CULTO AOS SANTOS TEVE INÍCIO NO ANO 375 A.D. NO CONCILIO DE EFESO POR ORDEM DOS PAPAS.A BÍBLIA DIZ QUE SÓ HÁ UM DEUS E UM SÓ MEDIADOR-INTERCESSOR (I TIMOTEO 2.5) E A ORAÇÃO DEVE SER FEITA EM NOME DE JESUS (S.JOÃO 14.13)
PRECISAMOS ESCOLHER COM QUEM FICAR COM A BÍBLIA QUE É A ÚNICA VERDADE REVELADA POR DEUS OU COM OS ENSINAMENTOS DE HOMENS.EU JÁ ME DECIDI PELA BÍBLIA E VOCÊ QUAL É SUA DECISÃO?

ISSO NÃO É DESRESPEITO É A MENSAGEM BÍBLICA NA SUA PUREZA SEM ACRÉSCIMOS HUMANOS

PB VERONILTON PAZ

Heresiologia

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria
 
 
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, 4e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”. (2Tm 4.3,4)
 
 
A organização chamada de Testemunhas de Jeová é um grupo de pessoas, uma seita, que trabalha mediante a persuasão do indivíduo e não com a verdade. Sua forma de crescimento é através de proselitismo entre as igrejas evangélicas e por meio da venda de materiais didáticos. Tem a sua própria Bíblia, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras.Sagradas. O local de suas reuniões chama-se Salões do Reino.
 
 

I.I.              HISTÓRIA E FUNDADOR
 
A seita das Testemunhas de Jeová foi fundada pelo americano Charles Taze Russell, em 1872. Ele nasceu em 15 de  Fevereiro de 1852, e era filho de Joseph L. e Anna Eliza Russell, faleceu em 31 de outubro de 1916.
 
Russell teve ensinamentos religiosos em uma Igreja Congregacional; tinha grande dificuldade de aceitar a doutrina da condenação eterna ao inferno e, em seus estudos, veio a anular não apenas a punição eterna, mas também a Trindade, a deidade de Cristo e o Espírito Santo. Por causa disso, se sentiu atraído para com a doutrina adventista. Considerava os principais líderes do adventismo como seus mestres em assuntos religiosos. Mais tarde, ele abandonou o adventismo e em 1870, com a idade de 18 anos, Russell organizou uma classe bíblica em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, da qual, em 1876, elegeu-se seu “pastor”, para estudar a Bíblia. Descobriu então que todas as igrejas eram falsas e que todas as suas doutrinas eram antibíblicas. Para ele, o cristianismo não era representado por nenhuma das igrejas existentes, pois estas cederam à apostasia e se desviaram, corrompendo-se com doutrinas pagãs, como a imortalidade da alma, a Trindade, o inferno, entre outras. Acreditava que agora, por meio dele, Deus estava restabelecendo o cristianismo primitivo.
 
Em 1879, ele procurou popularizar as suas idéias e doutrinas aberrantes. Ele co-publicou a revista "The Herald of the Morning" com seu fundador, N. H. Barbour e, em 1884, Russell tomou o controle da publicação dando-lhe o novo nome de "The Watchtower Announcing Jehovah's Kingdom" (A Sentinela Anuncia o Reino de Jeová), e fundou a "Zion's Watch Tower Tract Society", agora conhecida como "Watch Tower Bible and Tract Society", Sociedade Bíblica Torre de Vigia. Antes do registro do movimento o grupo era chamado de Aurora do Milênio e depois de Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. A primeira edição da revista Sentinela tinha somente 6.000 cópias por mês. Hoje o complexo publicitário das Testemunhas, no Brooklyn, Nova York, imprime mais 100.000 livros e  800.000 cópias de duas revistas -- diariamente!
 
A organização Zion’s Watch Tower Tract Society, em 1886 publicou o primeiro de uma série de livros, cujo autor dos primeiros seis foi o próprio Russel. Hoje estes livros têm o nome de Estudos das Escrituras, mas tinham como nome original: Aurora do Milênio. Veja o que ele próprio declarou na revista Watctower, de setembro de 1910, p. 298:
 
“Os seis tomos de Estudos das Escrituras constituem praticamente a Bíblia. Não são meramente um comentário acerca da Bíblia, mas praticamente a própria Bíblia... Não se pode descobrir o plano divino estudando a Bíblia. Se Alguém coloca de lado os Estudos, mesmo depois de familiarizar-se com eles e se dirige apenas à. Bíblia, dentro de dois anos volta às trevas. Ao contrário, se lê os Estudos das Escrituras com as suas citações, ainda que não tenha lido sequer uma página da Bíblia, ao cabo de dois anos estará na luz”.1[1]
 
Após a morte de Russell, o próximo presidente da Sociedade veio a ser Franklin Joseph Rutherford, até 1942. Após ele, Nathan Knorr (sob sua jurisdição publicou-se a sua Bíblia particular e institui-se a copyright no lugar do nome dos autores em suas publicações, até 1977), Frederick Franz, foi um dos cinco tradutores da Tradução do Novo Mundo, juntamente com Knorr. até 1992.
 
Eram chamadas inicialmente de “russelitas” e “rutherforditas”. Em 1931, porém, Rutherford adotou a mudança para “Testemunhas de Jeová” (TJ).
 
A sede mundial fica em Brooklin, Nova Iorque, EUA. Aqui no Brasil, situa-se em Cesário Lange, em São Paulo.
 
Seu atual presidente chama-se: Milton G. Henschel. Há cerca de 5 milhões de TJ no mundo (500.000 no Brasil, aproximadamente). Em alguns países europeus, depois do catolicismo romano, as TJ são o maior grupo religioso e, em alguns casos, ultrapassando o número de todos os evangélicos reunidos, como é o caso da Espanha, Itália, Polônia etc.
 
 
1. No Brasil
 
Seu início aqui foi em 1920. A Sociedade condena às Forças Armadas e proíbe seus membros de exercerem o serviço militar, porém, por incrível que pareça e ironia do destino, seu início no Brasil teve como primeiros membros oito marinheiros, segundo eles mesmos contam.
 
A sede fica em Cesário Lange, interior de São Paulo, onde existe um complexo gráfico e administrativo. O local abriga 850 funcionários que são chamados de voluntários, sendo que estes não podem ter filhos. O diretor e editor dos periódicos da Sociedade no Brasil chama-se: Augusto dos Santos Machado Filho.
 
2. Falsas Predições
 
Em 1974, Russell passou então a pregar a “volta invisível” de Cristo e que, quarenta anos depois, ou seja, em 1914, as instituições políticas e religiosas seriam destruídas, os judeus seriam repatriados e o Milênio seria implantado na terra. Como todos sabemos, tal ano chegou e passou e a tal profecia não se cumpriu. Russell remarcou a data para 1915, depois para 1918. Não teve tempo de presenciar outro fracasso, pois morreu em 1916, no Texas.
 
Seus sucessores também marcaram datas para a vinda do Armagedom. Joseph Rutherford profetizou que em 1925 Abraão, Isaque e Jacó seriam ressuscitados para serem “príncipes” na terra. Mesmo não ocorrendo a ressurreição, mandou construir em 1929, em San Diego, na Califórnia, uma mansão chamada “Casa dos Príncipes” (Beth Sarin). Ele vivia na mansão enquanto os “príncipes” não ressuscitavam.
 
Na presidência de Nathan Knorr foi previsto o Armagedom para 1975.
 
Frederick Franz, o quarto presidente, sutilmente apontou o Armagedom para o início da década de 1980, depois para 1994 o Armagedom.
 
 
3. Corpo Governante
 
Tentando basear em uma interpretação errônea de Mateus 24.45-47`e Lc 12.42, as TJ ensinam que Jesus profetizou a existência de uma classe chamada “escravo fiel e discreto” (servo fiel e prudente). Esta classe teria como porta-voz outro grupo conhecido como Corpo Governante, que vive na sede mundial, composto por cerca de 10 homens, estes são os “ungidos”. Sua tarefa é interpretar a Bíblia para as TJ, que não podem contrariar suas interpretações. São eles que ditam as regras e as doutrinas da seita. Também são eles que promovem as mudanças na doutrina. Tudo o que o Corpo Governante ensinar deve ser recebido como a vontade de Jeová para a organização. De acordo com o Corpo Governante, “meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida” (A Sentinela, 01/12/1991, p.19); por isso existem outras publicações como A Sentinela, Despertai!, Raciocínios à base das Escrituras, Conhecimento que conduz à vida eterna etc. De um lado as TJ dizem que essas literaturas não podem substituir a Bíblia; por outro lado crêem que podem substituí-la. A dependência do Corpo Governante revela-se através da seguinte declaração: “A menos que estejamos com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada na vida, não importa quanto leiamos a Bíblia” (A Sentinela, 01/08/1982, p. 27).
 
O Corpo Governante vive mudando de idéias. Dizem que a revelação de Deus é progressiva e por isso, eles recebem tal conhecimento progressivamente. As “verdades” de hoje são as mentiras de amanhã.
 
 
4. Sua Literatura
 
Encontramos inúmeros livros e folhetos editados pelas TJ, porém dentre eles, os mais importantes são:2[2]
4.14.1        Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, a Bíblia de edição particular das Testemunhas de Jeová.
4.24.2        Estudo das Escrituras, que é a base das suas doutrinas, sendo os seis primeiros volumes escritos por Russell. Este afirmou que não seria errado chamar esses seis volumes de “Bíblia em forma ordenada”; esses volumes não seriam apenas comentários bíblicos, seriam a própria Bíblia. Afirmou ainda que ao estudarem a Bíblia apenas, as pessoas não poderiam discernir o plano divino, pois se estudar só a Bíblia, as pessoas ficam nas trevas. O sétimo volume foi uma compilação dos escritos dele, publicado em 1917, após sua morte. Este último volume provocou a divisão da organização em dois grupos. O grupo menos passou a chamar-se auroristas e o grupo maior ficou sob a liderança de Rutherford e veio a ser conhecido em 1931 pelo nome de Testemunhas de Jeová.
4.34.3        Seja Deus Verdadeiro, que contém grande parte de seus falsos ensinos.
4.44.4        A Verdade que Conduz a Vida Eterna, livreto publicado em quase 100 idiomas, já tendo sido impressos mais de 70.000.000 de exemplares. Este é o livro usado para estudos nas residências.
4.54.5        A Sentinela, que começou com uma publicação de 6.000 exemplares em julho de 1879 e tem atualmente uma tiragem quinzenal de 15.000.000 de exemplares em 111 línguas.
4.64.6        Despertai, outro periódico da seita que possui uma tiragem quinzenal de 13.000.000 de exemplares.
 
 
5. Seus Métodos
 
As TJ são ensinadas no Salão do Reino, nome dado ao local de suas reuniões. Acham que Igreja e Templo são coisas do Diabo. Neste local são doutrinas através dos “estudos bíblicos” semanais, que de bíblicos geralmente não tem nada, pois apenas é lido um único versículo da Bíblia (quando isto é feito) e o restante do tempo é ministrado os ensinos anticristãos da revista Sentinela e Despertai, saturando seus convertidos com suas doutrinas. O livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra é o dito manual para ingresso na organização.
 
Eles formam duplas e visitam casa por casa a fim de “oferecer” suas publicações e realizarem estudos bíblicos. Ensinam que serão perseguidos quando forem de porta em porta ensinar as suas falsas doutrinas e que, quando alguém os contrariar ou divergir deles, eles serão justificados por serem TJ. Afirmam ser a única organização verdadeira na terra (assim como todas as seitas afirmam!). São fortemente encorajados a terem amigos e a realizarem negócios apenas com pessoas dentro da organização, o que mantém as pessoas e idéias longe do exame externo.
 
Ensinam a evitar e manter contatos com aqueles que deixaram o grupo, para com isso não serem questionados sobre o porquê da sua saída.
 
“São três os temores básicos de uma Testemunha de Jeová: Medo do Armagedom, de não ser ressuscitada (acreditam que não haverá ressurreição para os iníquos) e de ser desassociada. A desassociação é o mais alto grau que uma Testemunha de Jeová pode sofrer”.3[3]
 
 
 
II.II.           DOUTRINAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
 
Ao longo dos tempos as Testemunhas de Jeová elaboraram um emaranhado de doutrinas e formas para sustentar tais doutrinas. A única forma de sustentar essas doutrinas é fazer exatamente como eles fazem, tirar os versículos de seu contexto e usar a bíblia espúria deles. Primeiramente eles negam as três doutrinas cardeais da verdadeira Palavra de Deus: Jesus Cristo é Deus em carne; Jesus Cristo ressuscitou da morte no mesmo corpo que morreu; a Salvação é pela Graça por meio da Fé.
 
 
1. Trindade
 
Esta é uma doutrina por demais difícil de aceitar para uma Testemunha de Jeová. Talvez seja a que mais apresenta dificuldade para eles aceitarem. Eles negam a doutrina da Trindade, alegam que esta é de origem pagã e também que a palavra não se encontra na Bíblia. Argumentam que a Trindade provém das comunidades pagãs, alegando que os egípcios, babilônios, hindus e outros povos eram trinitarianistas. Para eles é uma palavra de caráter teológico que foi dada à Divindade no final do segundo século por Tertuliano. Apelam para o uso da razão, dizendo que dizer que a Trindade simplesmente é um mistério não satisfaz a razão humana.
 
REFUTAÇÃO BÍBLICA: A Trindade é a união de Três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só Divindade, sendo iguais, eternos, da mesma substância, embora distintas, sendo Deus cada uma dessas Pessoas (Mt 28.19; 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6). A Trindade também foi revelada no Antigo Testamento (Gn 1.26; Jó 33.4; Gn 3.22; Js 6.8). Cada uma das Três Pessoas é Deus: o Pai é Deus (Jo 17.3; Ef 4.6); o Filho é Deus (Jo l.1; Rm 9.5); o Espírito Santo é Deus (At 5.3-4; 7.5 1). Cada um é onipotente: o Pai é onipotente (2Cr 20.6; Js 14.27); o Filho é onipotente (Mt 28.18; Fp 3.21; Ap 1.8; 3.7); o Espírito Santo é onipotente (Lc 1.35). Cada um é onipresente: o Pai é onipresente (Am 9.2,3); o Filho é onipresente (Mt 18.20; 1Co 3.16); o Espírito Santo é onipresente (Sl 139.7; 1Co 3.16).
 
1.11.1    Deus
Apenas Jeová é o Deus verdadeiro, os demais nomes de Deus são apenas títulos, porém, Ele não é onipresente, ou seja, não está em vários lugares ao mesmo tempo porque é uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que precisa de um lugar para habitar, portanto, Ele está confinado ao céu. A fim de exercer o seu comando sobre o universo, Ele usa seu poder, o seu “Espírito Santo”, que na verdade, é a sua “Força Ativa”. Para eles, a onisciência de Jeová é seletiva, ou seja, Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a não ser que o queira. Tentam explicar isso da seguinte forma: um rádio pode captar qualquer onda, porém, torna-se necessário sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá “sintonizar” na “estação” desta pessoa.
 
1.21.2    Jesus Cristo
Para eles Jesus Cristo era um deus, mas não o Deus Todo-Poderoso. Dizem que Jesus Cristo não pode ser Deus por existir coisas que Ele não sabe (Mt 24.36). Eles chegam a conclusão de que se Jesus Cristo era inferior ao Pai, logo não pode ser Deus (Jo 14.28). Deus nunca fora visto por homem algum, Jesus Cristo o foi, logo, não pode ser Deus (Jo 1.18; Ex 33.20). Como o Filho pode ser Deus, se a Bíblia declara que Deus é Cabeça sobre Cristo (1Co 11.3)? Alegam que o próprio Filho se sujeitará ao Pai na eternidade (1Co 15.28). Como Jesus Cristo pode ser chamado de Deus se Ele é chamado de “o primogênito de toda criação de Deus”? Portanto, Ele não é eterno, mas uma criatura e sendo criatura não é Deus (Ap 3.14). Ele não pode ser Deus porque disse que ninguém é bom senão o Pai (Lc 18.19). Jesus é distinto do Pai, portanto não pode ser Deus (Jo 17.3). Negam que Jesus Cristo tenha o poder para fazer a expiação de nossos pecados. Também negam a ressurreição corpórea de Cristo e a Sua vinda visível. Recebeu o nome de Miguel e o de Arcanjo.
 
1.3 Espírito Santo
Eles negam totalmente a Divindade e a Personalidade do Espírito Santo. Para eles, o Espírito Santo é tão-somente uma “força ativa” do Deus Todo-Poderoso, o qual move os seus servos a realizar os seus propósitos e a executar a sua vontade. Dizem que o Espírito Santo é apenas uma influência ou uma emanação de Deus, e pode ser recebido apenas dentro da comunidade da Organização STV. Argumentam que não é possível que o Espírito Santo seja uma Pessoa e ao mesmo tempo alguém ser cheio dele (At 2.4). Alegam o seguinte fato: João Batista, disse que Jesus Cristo batizava com o Espírito Santo, e ele mesmo, batizava com água. Portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco o Espírito Santo é Pessoa. Argumentam que personalizar não significa personalidade, para isso citam passagens dizendo que a sabedoria é personificada, mas não é pessoa (Pv 1.20; Mt 11.19; Lc 7.35).
 
 
2. Imortalidade da Alma

A crença TJ assemelha-se a crença Adventista, dizendo que a alma deixa de existir até que ocorra a ressurreição. Acreditam que a morte é simplesmente um período em que o indivíduo se encontra sob absoluta inexistência. A alma humana é semelhante a alma dos animais e ambas podem ser destruídas. É ensinado por eles que os maus terão uma outra oportunidade para receber a Cristo durante o milênio e depois disso, os maus, serão finalmente, destruídos e aniquilados. Alegam que a alma está no sangue (Gn 9.3,4; Lv 3.17; Dt 12.23-35; At 15.28,29).
REFUTAÇÃO BÍBLICA: A alma como expressão psíquica: sede de apetite físico (Nm 21.5; Dt 12.20; Ec 2.24); origem das emoções (Jó 30.25; Is 1.14; Sl 86.4; Ct 1.7); associada a vontade moral (Dt 4.29; Jo 7.15; Gn 49.6); a alma como a vida (Gn 2.7); a Bíblia distingue espírito, alma e corpo (Jó 12.10); a alma como alma (Mt 10.28). A alma após a morte segundo Paulo (Fp 1.23; 2Co 5.1,2; 6,8). A alma não é extinta na morte (1Rs 17.21,22). Na morte não há separação do corpo e da alma (Gn 25.8; 35.18; 49.33; Ec 12.7; Lc 16.22,23; 2Pe 1.13,14). A alma não morre porque Deus é Deus de vivos e não de mortos (Mc 12.26,27).
 
3. Salvação
 
As TJ dizem que o sacrifício de Cristo não nos garante a vida eterna, mas sim, nos propicia uma nova oportunidade diante de Deus. Dizem que o resgate efetuado por Cristo na cruz não tem sentido salvífico, mas serviu apenas de exemplo. Jesus Cristo expiou apenas o pecado de Adão e retirou a pena da morte, para que todo e qualquer homem pudesse ter então uma nova oportunidade durante o milênio. Crêem na salvação através das obras, e estas são o de assistir as reuniões no Salão do Reino e expandir a seita. “O que se perdeu foi a vida humana perfeita, com seus direitos e perspectivas terrestres. Aquilo que foi resgatado é o que foi perdido, a saber, a vida humana perfeita, com seus direitos e perspectivas terrestres”.4[4] Aqueles que crêem em Cristo tem a vida eterna somente no futuro.
 
REFUTAÇÃO BÍBLICA: O homem deve se reconciliar com Deus (Rm 5.10,11; 2Co 5.18; Cl 1.20). A morte de Cristo é fator primordial no plano salvífico de Deus (Rm 8.34; 2Tm 1.10; Hb 2.14; 5.9). Salvação é passar da morte para vida (Jo 5.24). É ter vida eterna (Lc 19.9,10; 1Jo 5.11-13). É nascer de novo (Jo 3.3-6; 2Co 5.17; Ef 4.24). É ir para os céus após a morte (Jo 14.3; 17.24). A salvação está ao alcance de todo aquele que se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Jo 3.16; At 16.31; Rm 10.9,10).

 
4. Inferno
 
As TJ acreditam que o inferno seja a sepultura, o túmulo, portanto, a morte física. Para eles, o inferno, o lugar de suplício eterno onde os ímpios serão atormentados para sempre, não existe. Os ímpios terão uma nova oportunidade durante o milênio e aqueles que não a aceitarem serão aniquilados, destruídos para sempre. “A doutrina dum inferno ardente onde os ímpios depois da morte são torturados para sempre não pode ser verdadeira, principalmente por quatro razões: (1) Porque está inteiramente fora das Escrituras; (2) porque é irracional; (3) porque é contrária ao amor de Deus; e (4) porque é repugnante à justiça. Daí vê-se claramente que o inferno ou xeol ou hades significa a sepultura, o túmulo, a condição a que todos, bons e maus, chegam, à espera do dia da ressurreição; enquanto que geena é a condição de destruição a que o Diabo, seus demônios e todos os opositores do Governo Teocrático de Jeová Deus chegarão, condição essa que não há recobro ou ressurreição”.5[5]
 
REFUTAÇÃO BÍBLICA: As Escrituras ensinam claramente a existência de um castigo eterno para aqueles que não crêem em Deus (Mt 8.11,12; 13.42; 22.13; Lc 13.24-28; 16.19-31; 2Pe 2.17; Jd 13; Ap 14.9-11; 19.20; 20.10-15). O inferno é um lugar preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41; 2Pe 2.4; Ap 20.1-3). É um lugar de castigo eterno (Sl 9.17; Mt 5.22; 8.12; 18.8; Lc 16.25,28; 2Ts 1.9; Ap 19.20; 20.15; 21.8). Não haverá uma segunda chance depois da morte (Lc 16.19-31; Jo 5.29; 2Co 5.10; Hb 9.27,28). Deus não tem o homem por inocente (Na 1.3). Tudo o que o homem plantar, colherá (Gl 6.7).
 
 
5. Transfusão de Sangue
 
As TJ acreditam que a alma é o sangue por isso não admitem a transfusão de sangue, alegando que não se pode passar a alma para outra pessoa, pois a pessoa estaria desobedecendo ao mandamento de amar a Deus com toda a alma. Sua crença é baseada em versículos que não tem a ver com transfusão, mas sim, com o comer sangue (Gn 9.4; Lv 17.10-16; At 15.20-29). O Conselho Federal de Medicina baixou a resolução CFM no 1021/80, com a seguinte conclusão: 1) se não houver perigo iminente de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis. 2) se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.
 
 
6. A Profecia de 1914
 
Este é um ano muito fatídico para as TJ. Em 1914, invisível aos olhos humanos ocorreu a segunda vinda (presença) de Cristo no reino. Cristo, na sua volta em 1914, investido do poder do reino, encontrou uma classe de “escravo fiel e discreto” que provia alimento; composta dos remanescentes dos seus 144 mil irmãos. Desde 1914, milhões de pessoas tem aceitado o “alimento” que eles provem e, junto com eles, tem iniciado em particular a verdadeira religião. A geração que vivia em 1914 e tinha idade suficiente para perceber os eventos que ocorreram naquele ano não morrerão até que vejam a mudança do atual sistema de coisas. O ano de 1914 marcou o inicio das “últimas coisas“ ou os tempos do fim de que fala a profecia bíblica (2Tm 3.3; Dn 11.40); um período limitado de tempo com um início definido e um fim definido. Três anos e meio depois de 1914, isto é, em 1918, se deu a primeira ressurreição dos cristãos que estavam dormindo desde o pentecostes, e que daí passaram a reinar com Cristo no céu. Desde 1914 ate o final “a colheita“ está em progresso, resultando disso que a humanidade está sendo dividida em duas classes: “as ovelhas” e os “cabritos” com salvação ou destruição no armagedom. O ano de 1914 marcou o “fim dos tempos dos gentios” ou o “tempo designado das nações” de que falou Jesus (Lc 21.24). Russell fez a incrível predição do retorno de Cristo em 1914 (registrado em sua obra “Estudo das Escrituras, 2o Vol., p.245).
 
REFUTAÇÃO BÍBLICA: Cristo não veio de modo invisível nesta data proposta e nem virá deste modo em qualquer outra data; virá corporalmente; todo olho O verá; ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 3.2; Lc 17.21; At 7.56; 1.6,11; 1Co 15.50-52; 1Ts 4.13-18; Mt 24.30; Zc 12.10; Am 9.11; Jl 3.12-14; Ap 19.11-21; 20.1-6).
 
 
7. Duas Classes de Testemunhas de Jeová
 
Russell apresentou a doutrina de que apenas 144.000 estariam aptos para irem ao céu, completando assim o chamado “rebanho de Deus”. Mas sua seita cresceu muito e então tiveram que inventar um lugar para todos:
 
Criou então a Classe da “Grande Multidão”. Num Congresso realizado em Washington, 1935, Rutherford inventou esta doutrina, essa grande multidão (Ap 7.9) “seriam a classe terrestre de pessoas não geradas pelo espírito”. As principais características da grande multidão: 1) Não precisariam nascer de novo, “nenhum deles nasceu de novo”. (sentinela 01/02/1982,p.25); 2) São a maioria das TJ, “os outros que vivem hoje tem esperança terrestre e não tem necessidade de nascer demovo”; 3) Não pertencem a Cristo “os que pertencem a Cristo são 144 mil discípulos fiéis escolhidos para dominarem com ele no reino” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra,p.l72, # 20). Assim essas pessoas ficam excluídas de participarem da santa ceia do Senhor. Estes não são filhos de Deus, mas Deus Jeová sujeitará essas criaturas aperfeiçoadas a uma prova cabal para todo o sempre. Jesus Cristo não é o mediador deles, é apenas o mediador dos cristãos ungidos (A Sentinela 15/09/1979, p.32). E finalmente, não têm direito ao céu “Rutherford afirma que a grande multidão é uma classe terrestre”.
 
A classe dos “ungidos”. Os 144 mil de todas as tribos de Israel mencionados em Ap 7.4-8, são todas tidas pelo Corpo Governante como os “israelitas espirituais”. Esses são os escolhidos para viver com Cristo no reino celeste. As demais TJ viverão na terra sob o domínio de Cristo e de sua Igreja no céu.
 
REFUTAÇÃO BÍBLICA: A Bíblia não distingue entre salvos na eternidade (Jo 14.1-3; 1Co 15.51,52; Ap 3.21; Jo 17.24; Jo 3.16). Os 144.000 são da tribo de Israel, judeus, homens, virgens, sendo 12.000 de cada tribo. Em Ap 7.9-12 vemos diante de Deus e do Cordeiro uma multidão inumerável de pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas, no céu, sem distinção.
 
 
 
III.III.        TRADUÇÕES ERRÔNEAS
 
Esta lista é apenas representativa. Ela não esgota este assunto. Apenas alguns exemplos de como as TJ “erraram” na sua tradução das Escrituras:6[6]
 
Cl 1.15-17 - A palavra “outro” é inserida 4 vezes. Isto não está no original grego e nem está implícito. Esta é uma seção onde Jesus é descrito como o criador de todas as coisas. Desde que a organização das TJ acredita que Jesus é um ser criado eles inseriram a palavra “outro” para mostrar que Jesus era ates de tudo “outras” coisas, implicando que Ele também fosse um ser criado.
 
Existem duas palavras, no Grego, traduzidas como “outro”: heteros e allos. O primeiro significa outro de uma coisa diferente, ou seja, de natureza diferente. O segundo significa outra coisa da mesma natureza ou do mesmo tipo. Nenhum dos dois é usado nesta seção da Escritura. As TJ mudaram a Bíblia para torná-la adequada à sua teologia aberrante.
 
Jo 1.1 - Eles traduziram erradamente este versículo como “um deus”. Novamente, isto é porque eles negam Quem Jesus é e devem mudar a Bíblia para que Ela se torne adequada à sua teologia. A versão das TJ está assim: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um Deus”.
 
Hb 1.6 - Neste verso eles traduziram a palavra Grega para adoração, proskuneo, como “reverência”. Reverência é uma palavra que significa honra, mostra respeito, até curvar-se diante de alguém. Já que, para eles, Jesus é um ser criado, então Ele não pode ser adorado. Eles tiveram de fazer isto em outros versículos a respeito de Jesus: Mt 2.2,11; Mt 14.33; Mt 28.9.
 
Hb 1.8 - Este é um versículo onde Deus Pai, está chamando Jesus de Deus: “Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino”. Já que as TJ não concordam com isso, de novo, eles alteraram a Bíblia para que Ela se adequasse à sua teologia. Eles traduziram o verso como: “... Deus está no seu trono...” O problema com a tradução das TJ é que esta passagem é uma citação do Sl 45.6 que, no Hebraico, só pode ser traduzido como “...O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos...” Para justificar a tradução do Novo Testamento, eles atualmente também trocaram a tradução do Antigo Testamento!
 
A Tradução do Novo Mundo é horrível. Ela mudou o texto para se adequar à sua própria teologia em muitos lugares.
 
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NOTAS DE RODAPÉ
1) INTERNET: http://www.geocities.com/Athens/Atrium/1586/tjhist.htm
2) MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas, Heresias do Nosso Tempo. 2 ed. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2000, p.32,33.
3) SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.66.
4) LEITE FILHO, Tácito da Gama. Seitas Proféticas: seitas do nosso tempo. Vol. 1. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, p.82.
5) SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.287.
6) INTERNET: http://www.ichtus.com.br/publix/ichtus/religioes/tj
 
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BIBLIOGRAFIA
 
LEITE FILHO, Tácito da Gama. Seitas Proféticas: seitas do nosso tempo. Vol. 1. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985.
 
MARTIN, Walter. O Império das Seitas. Vol. I. Venda Nova, MG: Editora Betânia, 1992.
 
MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas, Heresias do Nosso Tempo. 2 ed. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2000.
 
RINALDI, Natanael. ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as Seitas. 4 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.
 
SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995.
 
_________________________. Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. II. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1999.
 
VAN BAALEN, Jan Karel. O Caos das Seitas: um estudo sobre os “ismos” modernos. 3 ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1977.
 
http://www.geocities.com/Athens/Atrium/1586/tjeova.htm
 
http://www.geocities.com/Athens/Atrium/1586/tjhist.htm
 
http://www.geocities.yahoo.com.br/seitaseheresias/testemunhasj.htm#Origem
 
http://www.ichtus.com.br/publix/ichtus/religioes/tj