quinta-feira, 17 de maio de 2012

Conversas com os demônios

                             
A Bíblia é enfática, o Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo.8:44) e que nos últimos dias esses espíritos falariam e ensinariam mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos, é uma religião perigosa e antibíblica.
Leiamos: “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (ITm4:1)
“Mas Jesus o repreendeu (o demônio), dizendo: Cala-te, e sai dele”.(Mc.1:25)
Ficar dialogando com demônios não é recomendável e nem neotestamentário. Há sempre o perigo de estarmos sendo vítimas de um engodo maquiavélico. Jesus era pragmático e objetivo nessa questão, Ele compreendia que quanto mais rápido agisse na vida do problemático, melhor. Para o possesso o momento de endemoninhamento é constrangedor e muito sofrível. Devemos nos preocupar com o estado dessa pessoa e usarmos toda nossa fé para auxiliar o indivíduo de maneira simples e objetiva.
Entretanto, a IURD gosta mesmo é de espetáculo com demônios, vejam a Palavra do Bispo: “... costumamos mandar os demônios ficarem de joelhos, de castigo, baterem a cabeça, andarem de costa, olharem para a parede, etc... (Livro “Orixás, Caboclos & Guias”, Ed. 2001, pg. 48)
Ter discernimento nesses casos é valioso, pois muitas vezes o indivíduo não está com um problema espiritual, mas o caso é patológico e de saúde. Quando diagnosticamos o problema de maneira correta podemos ajudar com muito mais eficiência. Se for caso de saúde, pode ser um ataque epilético, a pessoa deve ser encaminhada a um especialista médico da área. Quando o caso for psicológico, um psiquiatra deve ser consultado. É papel da Igreja saber ajudar da melhor maneira cada pessoa. 
Com relação ao exorcismo praticado dentro da IURD, o caso é muito triste! Pessoas sendo levadas por corredores enormes e muitas vezes de maneira constrangedora, ajoelhada ou arrastada. Em alguns casos a pessoa passa por um interrogatório aonde o suposto espírito possuidor fala e esbraveja. Nesse período a pessoa fica fragilizada e até machucada pela luta corporal que acontece. O paralelo disso é visto dentro da umbanda, macumba e candomblé, aonde os guias, médiuns ou pais-de-santos trabalham para fazer o membro desenvolver seus guias e espíritos – a pessoa é obrigada a se embriagar, fazer ritos, etc. Algo realmente muito similar com algumas práticas de “libertação” da IURD.
Os ensinamentos de Jesus vão contra tudo isso e mostra que a metodologia do Cristo é rápida e não tem nada disso, pois com o uso de uma singela frase o mal cessa e a peleja é resolvida: “Saia em nome de Jesus” (Mc.16:17) - e pronto. Se a libertação não acontecer nesses termos, não é uma libertação bíblica. Embora, eu entenda que há mesmo é muita mistificação dentro da IURD. Não estou dizendo que possessão não exista, estou dizendo que acho que a IURD faz mais manobras espiritualistas fictícias do que libertação cristológica.
Fico pensando como fica a pessoa autenticamente possessa que passou por todo aquele constrangimento diante da família e dos amigos que vão com ela ou até mesmo assistem pela TV. Tudo isso poderia ser evitado com amor e carinho e sem sensacionalismo.
Muitos, dos que vão até lá, nem vão para ouvir a Palavra de Deus, mas para ver os demônios se manifestarem como se isso fosse um espetáculo. Bom seria se as pessoas fossem a igreja para ver a manifestação da Graça de Deus.

Autor: Prof. João Flávio Martinez

A Mediação de Jesus Cristo

Um dos conceitos mais fortemente evocados pelos cristãos evangélicos é o de livre acesso a Deus. Porém, ao mesmo tempo em que este tema é citado, ele é pouco entendido, pelo fato de deixarmos esquecido outro, e fundamental para a ocorrência do primeiro: a mediação de Cristo.  Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5)  . Qual a ligação entre esses dois temas? A ligação reside no fato de o nosso livre acesso a Deus se dar por meio de Jesus Cristo, e somente por Ele. Não pode ser diretamente, pois a nossa condição pecaminosa nos descredencia para isto, e não pode ser por nada nem por ninguém, pois apenas Jesus Cristo é o Caminho (Jo 14.6). Vejamos alguns pontos importantes para discutirmos sobre isto.

No aspecto da salvação, o que temos? O homem morto em seus delitos e pecados. Deus, então, nos dá vida juntamente com Cristo (Ef 2). Não havendo condições do homem se voltar para o Pai, este nos entrega ao Filho para sermos por ele redimidos e apresentados ao Pai. Sendo assim, nossa salvação é obra de Deus por meio de Jesus, pois não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12).

Somos instados a orar em nome de Jesus (Jo 14.14). Este é mais um ponto da mediação de Cristo. Ele nos representa diante de Deus. Eis o sentido de ser citado por João como advogado (1 Jo 2.1) . Nossas orações só chegam ao Pai por intermédio de Jesus. E isto nos deve refletir sobre o conteúdo e as motivações de nossas preces. O que temos entregado a Jesus para ele nos representar diante de Deus? Gratidão, glória e honra inclusive naquilo que pedimos? Ou apenas um pede-pede infindável, para satisfazer nossos deleites (Tg 4.3)? Por fim, quando Deus nos responde, o faz em nome de Jesus (Jo 16.23).

Só prestamos um culto reverente e santo a Deus quando nos reunimos em nome de Jesus. Quando isto ocorre, ele se faz presente em nosso meio (Mt 18.20). Se não for por meio de Jesus, nossas orações, cânticos e tudo mais, não passam do teto.

O Espírito Santo é selo da nossa salvação, e habita em nós, nos conduzindo a entender e obedecer a vontade de Deus, revelada em sua palavra. Em Jo 14.26, Jesus afirma que o Consolador, cuja função é nos lembrar daquilo por  Ele ensinado, foi enviado pelo pai em nome dEle, do próprio Jesus.
Este é o primeiro de uma série que escreverei nos próximos meses sobre este tema. Iremos analisar o aspecto da mediação de Jesus Cristo em cada uma das áreas citadas. Espero que seja edificante para todos nós.

Que Deus, através de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos leve cada vez mais a louvá-lO e exaltá-lO por ter levantado seu único filho como mediador entre nós e Ele, a fim, de, por Jesus, sermos alcançados por sua graça.

Deus nos abençoe.

Presb. Cicero Pereira

Fonte: www.ump-da-quarta.blogspot.com

quarta-feira, 16 de maio de 2012

É Estranho Ser Pastor

Por Julian Freeman 
Ser pastor é uma coisa estranha.
Proclamamos uma mensagem com o poder de Deus para transformar as pessoas, mas não podemos sequer transformar a nós mesmos. Chamamos os outros à perfeição, como o fez Jesus, mas nossas vidas são cheias de imperfeição. Devemos pastorear como o Pastor, embora sejamos simplesmente uma das ovelhas.
Buscamos fazer com que Cristo cresça (embora ele seja invisível aos olhos humanos) enquanto buscamos diminuir (embora permaneçamos estagnados semana após semana). Dizemos que números não importam, mas desejamos que muitos sejam salvos. Labutamos para que a igreja cresça, embora percebamos que cada alma aumenta a nossa responsabilidade diante de Deus.
Tentamos expressar o Infinito e Eterno em 45 minutos ou menos; obviamente falhamos, de forma que tentamos de novo na semana seguinte.
Gastamos nossas vidas estudando um livro que jamais compreenderemos completamente e lutamos para explicá-lo a um povo que não pode entender à parte da obra de uma terceira parte. Quanto mais estudamos, mais certos ficamos da sabedoria de Deus e da nossa tolice; e, todavia, ainda devemos pregar.
É-nos dito que não muitos deveriam ser mestres e que haverá um julgamento mais severo para aqueles que o são, e, todavia, não conseguimos resistir à compulsão de pregar. Chamamos as pessoas a fazer algo que elas não podem, com uma autoridade que não é nossa, e então no final das nossas vidas prestamos contas a Deus pelas almas que pastoreamos.
Somos chamados a nos afadigar na palavra de Deus e em oração; todavia, não há nada a que o nosso inimigo se oponha mais ativamente. Trabalhamos para edificar uma comunidade onde pessoas sejam unidas, enquanto ocupamos um ofício cheio de tentações ao isolamento.
Pregamos um evangelho de alegria, mas os pregadores são pressionados com tentações à depressão.
Devemos pregar com paixão, mas pastorear com paciência. Devemos ser gentis com as ovelhas e ferozes com os lobos. E devemos de alguma forma discernir a diferença.
Devemos instar para que as pessoas se arrependam e creiam, embora sabendo o tempo todo que é Deus quem deve salvar. Rogamos a Deus em oração até que nossa vontade seja alinhada à dele. Devemos buscar fervorosamente a presença do Espírito, sabendo muito bem que ele sopra onde quer.
Devemos lutar com toda a nossa força, mas nunca, jamais confiar nela. Somos pagos para fazer satisfatoriamente um trabalho que nunca termina: Quando estudei o suficiente? Quando orei o suficiente? Quando aconselhei ou fiz mentoria o suficiente? Nós, que nunca terminamos, somos chamados a levar outros a descansarem na obra consumada/terminada de Jesus.
Por fim, trabalhamos e anelamos por resultados que jamais podemos alcançar. Ser um pastor é uma jornada permanente a um lugar de absoluta dependência.
Esse é um trabalho estranho: ser um pastor. Mas eu não o trocaria por nada neste mundo!
Fonte: Monergismo
 
Extraído de www.ministeriobbereia.blogspot.com

O Verdadeiro Apóstolo


"Paulo, sevo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho..."
                                                  Rm 1. 1
Quais as verdadeiras prerrogativas encontradas no NT para alguém ser considerado Apóstolo?

Duas qualidades nós destacamos e julgamos cruciais:
1. Ter sido Chamado e Comissionado pelo Senhor Jesus Cristo Lc 6.13; Jo 6.70; At 9.15; 22.21;
2. Ter sido Testemunha do Cristo Ressurreto At 1.22; 1 Co 15.8,15;

Existe sucessão Apotólica?
Essa sucessão não foi passada para outro homem, mas para a Igreja (por isso se diz que Ela é: Una, Santa, Católica e Apostólica), se a Igreja, porém, não estiver fundamentada no testemunho dos Apóstolos, então não pode ser considerada Igreja.

Sinais para identificarmos a Igreja de Cristo:
1. Ela Prega sobre a obra redentora de Jesus Cristo;
2. Ela ministra os Sacramentos com base na obra redentora de Jesus Cristo.
Aprendemos com João Calvino que "onde quer que vemos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos serem os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, aí, de modo nenhum, se há de contestar, está uma Igreja de Deus..." (Institutas, IV, I, 9). 

É muito triste observar o caminho que a "igreja" vem trilhando, conferindo essa autoridade que a Ela foi confiada à individuos que ao menos sabe o que foi e/ou é um Apóstolo. 

Minha Oração
Que o Senhor abra os Olhos dos seus Filhos e lhes mostre a Verdade!

Missionário Alison Silva Lopes
 
Fonte: Igreja Presbiteriana de Capoeiras

terça-feira, 15 de maio de 2012

Há Diferentes Graus de Castigo e de Recompensa?


Graus de Castigo
“Virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e SEPARÁ-LO-Á, e lhe dará a sua parte COM OS INFIÉIS”(Lc 12.46).

“E o servo que soube da vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com MUITOS AÇOITES” (Lc 12.47).

“Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com POUCOS AÇOITES será castigado...” (Lc 12.48).

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações. Por isso, SOFREREIS MAIS RIGOROSO JUÍZO” (Mt 23.14).

 “De quanto mais severo castigo julgais vós será merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajar o Espírito da graça?” (Hb 10.29).
       
NOTA de rodapé na Bíblia de Estudo Pentecostal (Lc 12.48): “Assim como haverá diferentes graus de glória no novo céu e na nova terra (1 Co 15.41,42), também haverá diferentes graus de sofrimento no inferno. Aqueles que estão eternamente perdidos sofrerão diferentes graus de castigo, conforme os privilégios e responsabilidades que aqui tiveram (cf. Mt 23.14; Hb 10.29)”.

Graus de Recompensa ou de Glória
       
         Os crentes fiéis receberão galardões: Mt 5.11,12; 25.14-23; Lc 19.12-19; 22.28-30; 1 Co 3.12-14; 9.25-27;2 Co 5.10; Ef 6.8; Hb 6.10; Ap 2.7,11,17,26-28; 3.4,5;12,21.
       Os crentes menos fiéis não serão condenados, mas receberão poucos galardões, ou nenhum (Ec 12.14; Mt 5.19; 2 Co 5.10; V. Rm 2.12-16).

Autor:  Pr Airton Evangelista da Costa

Em resumo, o que é o inferno?

R: Pode-se definir inferno como o lugar de punição consciente e eterna para os ímpios
Nas grandes religiões (Hinduísmo, Islamismo e Budismo) ou cultura, encontram-se versões de inferno.
Os que negam o inferno negam, não por ser irracional, mas por ser extremamente desagradável.
Vamos ver cinco proposições que falam do inferno e depois duas dificuldades:

QUE É O INFERNO?
I) UM LUGAR REAL CRIADO POR DEUS
a) Ideias errada sobre o inferno:
Que é uma metáfora para demonstrar a infelicidade dessa vida;
Jean-Paul Satre disse: “Nada de enxofre ou grelha. O inferno são os outros”. Para ele é a crueldade com os nossos semelhantes;
As pessoas dizem: “Passei por um verdadeiro inferno”. Experiências ruins como sendo inferno;
O inferno é visto como o lado escuro e sombrio da vida, a tristeza e o sofrimento pelo qual o povo passa.
b) Ideias certas sobre o inferno:
É um lugar real;
Não é uma metáfora;
Não é uma descrição de problemas pessoais;
Não é um estado mental;
É um lugar com dimensões espaciais (O rico e o Lázaro)
Deus foi quem criou o inferno, porque foi ele quem criou todas as coisas (Ap.4:11);
Deus o trouxe a existência; foi Sua ordem que preparou o fogo (Mt.25:41).
II) PENAS ETERNAS, TERRRÍVEIS E JUSTAS
O inferno é um lugar de punição.
Podemos identificar três tipos de punição:
A punição corretiva que visa fazer da pessoa uma pessoa melhor (sistema prisional);
A punição preventiva que visa impedir a pessoa de fazer algo errado (pais e filhos);
Essas duas a sociedade atual está disposta a aceitar e até mesmo a usar em determinados casos.
A punição retributiva que é uma punição infligida simplesmente como recompensa pelo mal praticado, por ser justo que os malfeitores sofram, punição que assinala a aversão pelo erro e o compromisso com o que é certo.
É considerada bárbara e imoral;
Não parece coisa de pessoas civilizadas;
É perturbadora;
É assustadora.
Talvez o desejo em seus corações seja que uma vez abolindo esse tipo de punição de nossas mentes, Deus também irá abolir.
O inferno não visa corrigir e nem prevenir as pessoas. Somente puni-las por seus pecados. Cada um segundo as suas obras, uns mais e outros menos (Lc.12:47,48; Mt.11:21-24).
A pena é maior para aqueles que nasceram em lar cristão e não assumem um compromisso real com Cristo.
A Bíblia não nos diz como será essa pena, mas a fato é que será justa.
O inferno é um lugar terrível: pranto e ranger de dentes (Mt.8:12); verme não morre e fogo não se apaga (Mc.9:44).
Quem estiver no inferno sofrerá:

Ap. 14:10,11 […] beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.  11 A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, […]

A punição é eterna, o fogo é eterno (2Ts.1:9; Mt.25:41,46; Jd.6,13);
A comparação é simples: assim como as alegrias do céu são eternas, os sofrimentos e tristezas do inferno serão eternas.
III) O INFERNO FOI FEITO PARA O DIABO, SEUS ANJOS E OS NÃO SALVOS.
O diabo estará no inferno (Ap.20:10);
Seus anjos também (Mt.25:41);
Para os não salvos (Ap.21:8; 2Ts1:7,8)

Ap. 21:8 [...] aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Essas pessoas são as declaradamente ímpias

2 Ts 1:7-8 […] quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,  8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.

Essas pessoas são consideradas pessoas “boas”, “íntegras”, “decentes”, mas que não creram em Cristo ou obedeceram os seus mandamentos.
Não podemos esquecer: Só são livres do inferno aqueles que creem em Cristo.

Jo 5:24:  Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.

IV) O DESTINO IRREVOGÁVEL DE QUEM MORRE INCRÉDULO
Na volta de Cristo, os corpos serão ressuscitados e as almas se unirão a eles novamente, mas as almas já estavam no céu ou no inferno; (Fp.1:23; Lc.23:43)
O rico e o Lázaro nos mostram que o corpo do rico está na sepultura, mas sua alma está agonizando no inferno. Ele está consciente de tudo que está acontecendo.

2 Pe 2:9,10  […] o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo,  10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores,

Não há uma segunda chance;
Não há esperança futura para os que estão no inferno;
Não adiante orar pelos mortos, eles estão longe do alcance de nossas orações;
Nem mesmo Deus os ajudará.
É por isso que o Evangelho é tão urgente.
V) O INFERNO É GOVERNADO POR DEUS E EXISTE PARA A SUA GLÓRIA
O inferno é governado por Deus;
Só Ele pode mandar para o inferno (Lc.12:5);
Ele mesmo preparou o inferno (Mt.25:41);
Ele está presente no inferno em ira e juízo (Ap.14:10);
O inferno não é governado pelo diabo. Ele é atormentado como todos os outros que estão lá;
O inferno existe para a Glória de Deus.
Entendendo tudo isso, não temos porque não falar do inferno.
Um dia chegará o grande Dia e o julgamento acontecerá a todos:

Ap. 11:17-18  […] Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.  18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.

DUAS DIFICULDADES:

I) O INFERNO É DESPROPORCIONALMENTE SEVERO?
a) Acaso os sofrimentos do inferno, tanto em sua duração quanto em sua severidade, não são desproporcionais as ofensas? 
Não temos condições de avaliar o grau de ofensa de um pecado;
Não podemos avaliar o quão terrível é para Deus um ato de desobediência;
Não sabemos quanta culpa existe nessa desobediência;
Ex: aborto – homossexualismo - cigarro
Ex: verme – gato e criança, cortados.
Ex: pecado – Deus, muito mais grave.
b) Será justo que os seres humanos sejam punidos por seus pecados tão terrivelmente e para todo sempre?
A argumentação é que o pecado não levou mais que horas, dias ou anos e porque a punição deve ser eterna?
A lógica é falha;
Ex: matar alguém, alguns segundos – fraudar por dez anos.
A punição é eterna porque a falta foi contra um Deus que é eterno.
Além do mais quem está no inferno, continua desagradando a Deus e pecando contra Ele eternamente.
II) MAS DEUS É AMOR. NÃO SERIA O INFERNO CONTRÁRIO AO CARÁCTER DE DEUS?

Mq.7:18 diz que Deus “ [...] tem prazer na misericórdia.”.

Como Ele pode suportara ver algumas de suas criaturas indo para o inferno?

Deus também disse em Rm. 9:15  "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.”

Deus é de fato amor, mas também é justiça e santidade;
Por isso Ele não se relaciona com o pecado;
Deus odeia o pecado;
Ex: pessoa que por ser amiga tira o criminoso da cadeia.
Que tipo de Deus trataria o bem e o mal da mesma forma?
Deus é santo em Seu amor e Sua bondade não é ameaçada pela Sua justiça.
Se Deus fosse obrigado a perdoar a todo mundo, a salvação seria obrigatória e um direito de todos e Jo. 3:16, não faria sentido nenhum.
A cruz é a maior prova de amor que Deus poderia dar aos homens.
À luz da cruz, quem pode dizer que Deus não ama?

(Autor: Cristiano Mello)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Esboço do Sermão Dominical do Missº Veronilton Paz (Congregação Presbiteriana do Sítio Serrote)


TEXTO: III JOÃO V. 5–8
O elogio de Gaio
5 Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, especialmente para com os estranhos,
6 os quais diante da igreja testificaram do teu amor; aos quais, ao encaminhares na sua viagem de um modo digno de Deus, bem farás;
7 porque por amor do Nome saíram, sem nada aceitar dos gentios.
8 Portanto aos tais devemos acolher como irmãos, para que sejamos cooperadores da verdade.

EXÓRDIO:
Um homem chamado Alexandre da Macedônia, ou Alexandre, o grande como alguns o alcunham. Este homem foi um grande guerreiro e responsável pela expansão do império Helenista desde a Macedônia até as Índias. Em um dia um soldado seu escondeu-se para não ir à guerra. Foi encontrado o soldado fujão e levado à presença do general Alexandre, este perguntou ao soldado sobre o porquê da fuga, ele respondeu que estava com medo da guerra. Alexandre deu um soco violento na mesa e disse: “- Você está louco? Soldado meu não foge à luta”. Ainda perguntou ao jovem praça qual seu nome, o jovem respondeu: - Meu nome é Alexandre, senhor! Alexandre o jogou contra a parede e esbravejou: - Ou muda de conduta, ou mude de nome. Nós temos o nome mais precioso sobre nossas vidas que é de servo de Cristo. Como está nossa conduta? Será preciso Cristo pedir para nós mudarmos de conduta ou de nome?

NARRAÇÃO:
A terceira carta de João tem o propósito da terceira carta é elogiar a Gaio, leigo leal e ativo que tinha consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no caminho, participando assim em sua obra missionária. A carta refere-se também a determinada circunstância interna da igreja, que envolve Gaio e Diótrefes dois líderes, o primeiro com a visão de Cristo e o segundo dominado por um coração orgulhoso e carnal. Gaio é visto por João, o Apóstolo como um exemplo de Cristão como veremos nesta mensagem que é a continuidade da que foi trazida anteriormente:

TEMA: CARACTERÍSTICAS DO CRISTÃO GAIO (CONTINUAÇÃO)

1.      TRATAVA BEM OS QUE CHEGAVAM À IGREJA. V.5-6a

1.1.           Tanto os crentes locais como os estrangeiros eram bem tratados por Gaio. V.5
“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, especialmente para com os estranhos”.

1.2.           O seu tratamento gentil demonstrava o amor que tinha pelas pessoas
“Os quais diante da igreja testificaram do teu amor...”

2.         ERA UM COOPERADOR NA OBRA MISSIONÁRIA. V. 6B-8

2.1.           Abastecia os missionários de modo digno. V.6b
“Aos quais, ao encaminhares na sua viagem de um modo digno de Deus, bem farás”.

2.1.1.     Aqueles missionários anunciavam a Jesus pela fé. V.7
“Porque por amor do Nome saíram, sem nada aceitar dos gentios”.

2.1.2.     Aqueles missionários deveriam ser acolhidos como irmãos. V.8a
“Portanto aos tais devemos acolher como irmãos...”

2.2.           Era um cooperador da verdade junto com aqueles missionários. V.8b
“... para que sejamos cooperadores da verdade”.

CONCLUSÃO:
Nós vimos nesta mensagem que Gaio tinham algumas características que o identificavam como um cristão como: Tratamento gentil aos que chegavam à Igreja e sendo um cooperador da obra missionária. Eu pergunto: Nós temos características de um verdadeiro cristão? Se Cristo nos desafiasse a mudar de conduta ou de nome como fez Alexandre a seu soldado, o que faríamos?

APLICAÇÃO:
Musica:Nc 312
Desafio:Mudança de Vida, seriedade no evangelho
Oração:Por Crentes e não crentes.

O sinergismo e o "senhor" acaso



Eu tenho tentado evitar de ficar sempre comentando sobre esses assuntos, porque apesar de ter plena convicção sobre o monergismo, sei que predestinação ou livre-arbítrio não são a essência do evangelho, porém sei que não há como ignorarmos isso, pois toda a "teologia" é dependente da forma como a pessoa interpreta e crê a respeito da Salvação..

Então minha idéia com essa postagem é só de apresentar uma conclusão à qual cheguei e com isso complementar minhas postagens anteriores sobre "o efeito-borboleta, o determinismo e a viagem no tempo", tanto que eu comecei a escrever esse artigo logo na seqüência, mas só agora continuei e finalizei..

DEFINIÇÕES:
Monergismo significa na teologia cristã a teoria de que o Espírito Santo sozinho pode atuar num ser humano e propiciar a conversão.
Sinergismo significa na teologia cristã a teoria de que o homem tem algum grau de participação na salvação, ou seja, é responsável pela sua salvação ou perdição.
Acaso é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. A palavra acaso tem três sentidos diferentes, que dependem do sentido que se dá à palavra causa:
  • Algo que acontece sem finalidade ou sem objetivo, isto é, algo sem causa final. Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe à teleologia.
  • Algo que acontece sem ser consequência de algo passado, ou seja, efeito que não se explica por uma determinação precedente. Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao pré-determinismo.
  • Algo que acontece sem ser explicado por nenhuma relação com outra(s) coisa(s), nem simultânea(s) nem precedente(s), isto é, sem qualquer determinação. Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao determinismo.

(Informações extraídas da Wikipedia)
Bom, o sinergismo diz que de alguma forma cada indivíduo participa de sua própria salvação, e aqui vou tratar de umas poucas visões diferentes dentro do sinergismo..

Há a visão pelagiana que dizia que os seres humanos não sofrem com as conseqüências do pecado de Adão, sendo cada indivíduo não é naturalmente pecador, e sim livre em suas escolhas a ponto de ser capaz de obter sua própria salvação.. Essa visão não merece crédito, considerando que a bíblia diz que a salvação é algo impossível para o ser humano. (Mateus 19:25-26).

Há a visão arminiana, que diz que o homem é naturalmente pecador, mas que pela graça de Deus E SUA OPÇÃO PESSOAL DE NÃO RESISTIR A ELA é que ele pode ser salvo, e que a pessoa pode ou não se manter nessa condição de "salva" de acordo com suas atitudes. Essa é a visão mais comum entre os evangélicos, apesar de ter sido considerada heresia pelo Sínodo de Dort no passado.

Luis de Molina
Já a visão molinista é ao meu ver a mais racional dentre as sinergistas, porém da mesma forma anti-bíblica. Essa visão foi criada justamente para se opôr à visão calvinista, pelo jesuíta Luis de Molina e sugere que a predestinação é baseada na presciência, ou seja, a Salvação somente é oferecida (e concretizada) àqueles que Deus já sabia pela presciência que escolheriam natural e voluntariamente aceitá-la. Desta forma, as pessoas que morrem sem conhecer a Cristo são aquelas que, segundo essa doutrina, não dariam ouvidos à mensagem e portanto Deus não levou a mensagem até elas..

Enfim, todas elas de alguma forma assumem que o ser humano participa de sua própria salvação, são sinergistas, não aceitam a idéia que a salvação não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus (Romanos 9:16) e que Ele tem o direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso. (Romanos 9:21). 

Aliás, até afirmam a Soberania de Deus, mas ao se defrontarem com textos como esses acima precisam fazer malabarismos e com isso logicamente negar o que afirmaram antes..

Mas não é sobre isso que eu quero postar, e sim sobre a necessidade dos sinergistas em crer no acaso..
Sim, não há como fugirem da crença no acaso, já que, mesmo que nem saibam disso, precisam acreditar que o ser humano é independente de Deus..

Para crer que a eleição é baseada na presciência ao invés de na predestinação, os sinergistas precisam crer que esse ser humano é totalmente responsável por suas escolhas (o que o monergismo não nega) mas além disso precisam afirmar que essas escolhas não foram decretadas por Deus, e são sim fruto da liberdade humana.

Quer dizer, pro ser humano ser realmente livre em suas escolhas a ponto de não estar realizando justamente o que Deus decretou, esse ser humano precisa ser totalmente livre de qualquer influência cuja causa primária seja Deus..

Não deu pra entender?? Então vamos lá..

Pra eu dizer que eu escolhi livremente algo seria necessário crer que NADA me influenciou a isso..

Por exemplo, arminianos dizem que a pessoa precisa aceitar a Jesus para ser salva. Aí eu pergunto: "O que faz com que uma pessoa aceite e outra rejeite??" e eles geralmente vão dizer "Isso acontece devido ao livre-arbítrio da pessoa"..

Certo, mas e a resposta da minha pergunta?? rs

O Livre-arbítrio (conforme é pregado) é nada em si mesmo, algo abstrato, um conceito somente.. Um conceito não responde minha pergunta sem que as conseqüências sejam expostas..

Pensem comigo: Se é o livre-arbítrio que faz com que uma pessoa negue a Cristo e outra o aceite, então é o livre-arbítrio que condena uma pessoa e salva a outra..

Alguns podem ler isso e não encontrar problema algum na afirmação, mas e aí como poderiam dizer que a Salvação é pela Graça (Efésios 2:8-9; Romanos 11:6) se é o livre-arbítrio que vai determinar quem é salvo e quem não é?? 

Se no fim das contas é o livre-arbítrio individual que determina o destino da pessoa, então ela se torna refém dele.

Não há como fugir disso a não ser que se creia que é a própria pessoa que "constrói", desenvolve e executa seu arbítrio sem qualquer tipo de influência e interação de todo o "meio" que a cerca, inclusive de Deus..


É.., para haver uma real liberdade de ações e um arbítrio sem qualquer tendência, o ser humano não pode de forma alguma ser influenciado..

Certo, mas indo diretamente ao ponto, no que isso implica??

Bom, implica em dizer que, para afirmarmos que existe esse livre-arbítrio humano, precisamos considerar que Deus não determinou coisa alguma em relação à pessoa para que isso não interferisse na sua liberdade..

Seria como se, na "criação de uma pessoa" Deus girasse uma ou mais "roletas cósmicas" que haveriam de determinar as características particulares dessa pessoa.. O resultado poderia até ser conhecido por Deus antes mesmo de girá-las, mas as roletas em si não estariam "viciadas", estariam realmente gerando as características "ao acaso"..

Sim, teria que ser desta forma, pois a partir daí Deus daria porções idênticas de Sua Graça a todos, mas uns rejeitariam e outros aceitariam justamente devido a essas características particulares que nem mesmo Deus pode desrespeitar.. 

É uma bela maneira de "limpar a barra" de Deus dizendo que a condenação é culpa inteiramente do ser humano por rejeitá-Lo, sendo que Ele deu as mesmas chances a todos, e com isso achar a relação ideal entre "soberania divina (limitada)" e "responsabilidade humana".

Será??

Considerando essa argumentação com certeza não há como negar que Deus "fez a Sua parte", mas que foi o homem que decidiu se salvar ou ser condenado.. Só que Quem foi que concedeu esse "livre"-arbítrio ao homem, que pode condená-lo ou salvá-lo??

E se essa particularidade já nasce com o indivíduo, então não é uma negação do próprio livre-arbítrio?? =S

Quero dizer, se as minhas preferências são realmente particulares e livres desde que eu nasci (ou talvez ainda antes), então não é óbvio que elas não foram escolhidas por mim??

Com isso eu percebo que para crer em um arbítrio que é "livre" por estar isento de determinação, eu precisaria crer num "acaso absoluto" (tipo um ateísmo), já que qualquer ação divina já estaria influenciando de alguma forma o "resultado", e mesmo assim isso resultaria em determinismo, já que minhas escolhas "livres" não passariam de "determinações do acaso"..

Para ter um livre-arbítrio pleno o ser humano precisaria então ter total independência de tudo à sua volta, a ponto de produzir por conta própria todo seu conhecimento de forma imparcial e somente seguir as tendências comportamentais que ele mesmo escolher baseado naquilo que ele mesmo criou.

Resumindo: Teria que ser Deus..

Claro que os sinergistas não chegam a esse extremo, mas somente por serem ilógicos e afirmarem coisas que nem eles acreditam na prática.. Acabam ficando num meio termo entre determinismo e liberdade, e transformam tudo isso em um mistério que, infelizmente nega o "Sola Gratia" e prega algum tipo de "Solo Mysterium"..

Ou seja, ou cremos que a Salvação é realmente SOMENTE pela Graça de Deus ou precisaremos "agradecer ao acaso" pela "sorte grande".
 
 
 
 
 
 
Extraido de www.ministeriobbereia.blogspot.com