sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reputação - (do latim reputatione)



"Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." - Gálatas 1:10


"As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação*. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz... A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus".

Richard Baxter, um dos grandes pastores e teólogos puritanos, mostra, ao estilo puritano, o quanto é tolo tentar manter um certa reputação* e agradar a homens enquanto se está tentando viver a vida para Deus. O orgulho que faz com que nos preocupemos tanto com o que os outros pensam de nós e o que sentem por nós, nos prega ciladas e armadilhas que, por fim, podem destruir nossas almas. Quando tenta agradar a homens, o crente compromete seu testemunho e torna-se virtualmente inútil na obra de Deus.

Baxter nos dá razões e advertências para que não sejamos tolos e para que procuremos sempre agradar a Deus e não a homens.

1. Lembrem-se de que multidão vocês têm para agradar; e quando vocês agradarem a alguns, quantos mais permanecerão insatisfeitos, e quantos ainda permanecerão insatisfeitos depois que vocês derem o seu melhor. Infelizmente somos completamente inaptos para observar a todos que nos observam e que se agradariam de nós. Vocês são como alguém que só tem 12 moedas no bolso e mil mendigos vêm rodeá-los em busca delas, e cada um deles ficará insatisfeito se não puder ter todas elas. Se vocês decidirem dar tudo que tem para os pobres, e fizerem isso para agradar a Deus, vocês poderão atingir seu objetivo. Mas se vocês derem tudo para agradar a eles, quando tiverem agradado aqueles poucos que receberem alguma coisa, talvez o dobro deles irá insultá-los e amaldiçoá-los porque não ganharam nada. O mendigo que for mais rápido irá declarar que vocês são generosos, e o que for mais lento proclamará que vocês são mesquinhos e impiedosos. Dessa forma vocês terão mais gente para ofendê-los e desonrá-los do que para confortar-lhes com seus elogios, se é que era esse o conforto que vocês buscavam.

2. Lembrem-se que todos os homens são tão egocêntricos, que as suas expectativas serão sempre mais altas do que vocês jamais serão capazes de satisfazer. Eles não considerarão suas dificuldades, afazeres, ou o que quer que vocês façam pelos outros. A maior parte deles procurará ter tanto para si como se vocês não tivessem ninguém mais para pensar a não ser neles. Muitas e muitas vezes, quando tive uma hora do dia para gastar, uma multidão (cada um deles) esperava que eu passasse aquela hora consigo. Quando eu visito um, freqüentemente há dez que se ofendem porque não estou visitando-os na mesma hora. Quando estou falando com um, muitos outros se ofendem porque não estou falando com eles ao mesmo tempo. Se aqueles com quem converso me consideram cortês, humilde, e respeitável, aqueles com quem não consegui conversar, ou só pude dirigir uma palavra, me considerarão descortês e antipático. Quantos já me censuraram porque não lhes dei o tempo que Deus e a minha consciência me mandaram gastar em algum trabalho maior e mais necessário! Se vocês têm algum cargo ou função para preencher, ou um privilégio para conceder, que só uma pessoa pode receber, todos se consideram os mais indicados para recebê-lo. E se você agradou aquele que recebeu, deixou insatisfeitos todos os outros que nada receberam e foram privados dos seus desejos.

3. Vocês têm um grande número de pessoas para agradar que são tão ignorantes, irracionais e débeis, que consideram suas maiores virtudes como defeitos e que não sabem distinguir quando vocês fazem alguma coisa boa ou ruim. E não há ninguém que censure tão severamente como aqueles que menos entendem as coisas que estão censurando. Muitas e muitas vezes meus sermões e os de outros foram criticados, e abertamente difamados, por aquilo que nunca esteve neles, devido a ignorância ou falta de atenção de algum ouvinte mais crítico. Até mesmo por aquilo que os sermões falavam contra acabavam sendo repreendidos porque nunca foram compreendidos. Especialmente aqueles sermões com um estilo fechado, livre de tautologia, em que cada palavra precisa ser muito bem definida para evitar confusão, serão freqüentemente distorcidos e atacados.

4. Vocês terão muitos zelotes facciosos para agradar que, sendo estranhos ao amor à santidade, à cristandade e à unidade, são governados pelo interesse por alguma opinião ou grupo. E esses nunca estarão satisfeitos com vocês a não ser que vocês venham para lado ou partido deles, e se adaptem às suas opinões. Se vocês não forem abertamente contra eles, mas procurarem reconciliar a todos e pôr um fim nas diferenças da igreja, eles os odiarão por não promover as opiniões deles e ainda enfraquecê-los através de abomináveis sincretismos. Assim como na guerra civil, também na guerra eclesiástica os atiçadores não conseguem suportar os pacíficos. Se vocês forem neutros, serão considerados inimigos. Ainda que vocês dêem o máximo por Cristo, pela santidade e pela fé comum, tudo isso será nada, a não ser que vocês sejam também por eles e seus conceitos.

*Reputação (do latim reputatione) é a opinião (ou, mais tecnicamente, uma avaliação social) do público em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização. Constitui-se num importante fator em muitos campos, tais como negócios, comunidades online ou status social.

Sermão Manuscrito 1: O Evangelho

Meu Fraternal irmão Márcio Brito enviou, eu agradeço e parabenizo Rev. Marcelo Lemos (ô Velho Macho!!)



Sermão manuscrito de Marcelo Lemos.


(Mateus 1.1-17)


Como a maioria dos irmãos deve saber, o termo Evangelho resume toda a mensagem e a missão de Cristo. Evangelho é um termo grego que traduzido significa “Boas Notícias”, ou, para os mais antigos, “Boas Novas”. Era uma palavra muito utilizada nos Impérios da Antiguidade. Por exemplo: se o exército era vitorioso no campo de batalha, um mensageiro, que também era conhecido como “arauto”, vinha na frente, e entrando na cidade contava a todos aquele Evangelho, ou seja, a Boa Notícia, anunciando aos seus concidadãos a vitória conquistada.

Por isso eu ter lhes dito que o termo Evangelho resume toda a mensagem e a missão de Cristo. A missão de Cristo, segundo a Escritura, é que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e colocou em nós a palavra da reconciliação” (II Cor. 5.19). E essa, meus queridos irmãos, é um boa, uma excelente notícia! Sim, trata-se de um notícia tão maravilhosa, que São Mateus escreveu, citando o profeta Isaías: “O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande Luz; e, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a Luz raiou!” (S. Mateus 4.16).

Com isso em mente, quero chamar a sua atenção para o modo interessante como o Evangelista S. Mateus inicia o seu relato da vida e do ministério de Jesus Cristo. Deus nos deu o privilégio de possuirmos Quatro Relatos inspirados da vida do Cristo. Marcos começa seu relato nos falando do grande João, o Batizador. Lucas faz a mesma coisa, e nos fornece detalhes ainda maiores de como se deu a gravides de Isabel, mãe de João Batista. Depois, temos João, o Evangelista, que inicia seu relato com uma linda poesia teológica, falando-nos do Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Mas hoje, estamos olhando para Mateus, que inicia seu relato sobre a vida do Cristo com dezessete versículos que nos falam de uma longa e cansativa genealogia. Por qual razão ele faz isso?  Será que temos algo a aprender nestes versículos?

Uma genealogia é uma enorme lista de nomes, cujo objetivo central é comprovar as origens de uma pessoa. No caso de Cristo, o objetivo central é comprovar que Jesus era descendente de David, e também de Abraão, nosso pai na fé. E se olharmos atentamente, veremos que essa genealogia, apesar de cansativa, tem muito a nos ensinar sobre a Boa Notícia que Cristo trouxe ao mundo.

Olhe para estes nomes, e descubra que as promessas de Deus são infalíveis. Assim que o homem pecou, no Jardim do Éden, Deus fez a primeira promessa de Redenção, “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3.15). Centenas de anos depois, Deus chama Abraão e lhe faz uma maravilhosa promessa, “em ti serão benditas todas as famílias da Terra” (Gênesis 12.3). Milhares de anos passaram diante dos olhos de Israel. Os israelitas foram perseguidos, escravizados, desterrados, humilhados e mortos. Mas, quando o Calendário de Deus se cumpriu a promessa. Pensando nisso, o apóstolo S. Paulo escreveu: “Mas, vindo a Plenitude dos Tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Galátas 4. 4,5).

Então, na próxima vez que você ler esta genealogia, lembre-se de que ela nos fala que as promessas de Deus são infalíveis. Observe que nestes dezessete versículos, somos conduzidos através da história de quatorze gerações, e a lista de Mateus é um resumo, pois muitas outras famílias poderiam ter sido incluídas nesta genealogia. Quatorze gerações, milhares de anos na História, e no tempo de Deus, a promessa se cumpriu. Nem mesmo a incredulidade e a apostasia de Israel pode impedir que a promessa se cumprisse. Por isso, quando ler esta genealogia, lembre-se do que Paulo disse a Timóteo: “se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a Si mesmo” (IITimóteo 2.13). As promessas que Deus faz são infalíveis; se Ele prometeu, Ele cumprirá. Se Ele disse “não!”, é não; se Ele disse “sim!”, não importa quanto tempo leve, acontecerá!

Olhe para estes nomes, e descubra que o Evangelho não faz acepção de pessoas. As genealogias eram muito importantes para os judeus. Os Israelitas eram uma nação orgulhosa. Eles eram tão orgulhosos, tão nacionalistas, que os discípulos ficaram impressionados quando viram que os gentios, lá na casa de Cornélio, também puderamm receber a promessa do Espírito Santo, “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios” (Atos 10.44,45).

A genealogia que Mateus nos oferece na leitura de hoje, também nos mostra que Deus não faz acepção de pessoas. Os judeus tinham pouca estima pelas mulheres, e as genealogias do Antigo Testamento jamais se interessavam listar nomes de mães e avós (tal coisa era dispensável); mas o Espírito Santo faz questão de colocar o nome de várias mulheres na genealogia de Jesus. Os judeus desprezavam os gentios, mas o Espírito Santo faz questão de mostrar que Cristo, o Rei dos Reis, nasceu de uma linhagem que contava com vários gentios, como o casal Rute e Boaz. Além disso, na genealogia de Cristo há lugar para ricos e pobres, reis e servos, nomes honrados, e pessoas de origem pecaminosa, como a prostituta Raabe. Não importa quem o homem é, ou quem ele deixou de ser, se ele vem a Cristo, Ele é feito participante da promessa, ele é feito filho de Abrão, e se torna membro da família de Cristo: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem femeá; porque todos vós sois um em Cristo. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa!” (Galátas 3. 27-29).

Olhe para estes nomes, e descubra que a Graça de Deus é infinitamente maior que os nossos pecados. Jamais podemos minimizar a gravidade dos nossos pecados. Nossos pecados, por menores que nos pareçam, são tão ofensivos a Deus, que Paulo diz que, antes de encontrarmos Cristo, éramos “por natureza filhos da Ira” (Efésios 2.3). Mas, assim como não podemos minimizar a gravidade dos nossos pecados, também não podemos minimizar o quanto a graça de Deus é maior que a nossa indignidade. A nossa indignidade é monstruosa, mas a Graça de Deus é infinitamente maior.

E quanto você lê esta genealogia, poderá comprovar essa verdade sobre a Graça de Deus. Quem aqui gostaria de publicar um livro, a ser lido em todo o mundo, que dissesse que você é descendente de uma prostituta? Estou falando de Raabe, um dos nomes da lista. Quem aqui gostaria de publicar um livro, que quem sabe viraria documentário, onde se lesse que um de seus antepassados violentou a mulher de um amigo, e ao descobrir que a engravidara, matou o amigo,sendo você fruto dessa tragédia? Estou falando de Bete-Seba, outro nome da genealogia de Cristo. Eu me sentira constrangido se tal história estivesse falando de mim, e da saga da minha família.

Mas Cristo jamais se envergonhou de nós. Seu amor por mim, é maior que os meus pecados. Seu amor por você, é maior que os teus pecados. É por isso que o texto de Efésios não termina dizendo que nós eramos todos “filhos da Ira”, mas ele continua dizendo: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus!” (Efésios 2. 4-8).  

Eu não sei o que você fez da tua vida até hoje, nem quero ou preciso saber; mas há uma coisa que você precisa saber, e foi dita na Antiguidade pelo profeta Isaías: “ainda que o pecado sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a lã” (Isaías 1.18).

O que o texto de hoje nos ensina sobre o Evangelho?  Que o Evangelho é a Boa Notícia que Cristo trouxe ao mundo. Esta Boa Notícia nos diz que, ao homem que tem fé em Jesus, nada nem ninguém pode fechar as portas da Salvação. As promessas de Deus são infalíveis; as promessas de Deus não fazem acepção de pessoas, e a graça de Deus é maior que os nossos pecados.

Deus está em teus Pensamentos? John Owen (1616-1683)

Os nossos pensamentos devem se voltar para Cristo sempre que haja uma oportunidade a qualquer hora do dia. Se somos verdadeiros crentes e se a Palavra de Deus está em nossos pensamentos, Cristo está perto de nós (Romanos 10:8). Nós O encontraremos pronto para falar conosco e manter comunhão. Ele diz: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3:20). É verdade que há momentos em que Ele Se retira de nós e não podemos ouvir a Sua voz.

E quando isso acontece, não podemos ficar contentes. Devemos ser como a noiva no Cântico de Salomão 3:1-4: "De noite busquei em minha cama aquele a quem ama a minha alma: busquei-o, e não o achei. Levantar-me-ei, pois e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei. Acharam-me os guardas, que rondavam pela cidade; eu perguntei-lhes: vistes aquele a quem ama a minha alma? Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma: detive-o, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou".

A experiência da vida espiritual de um cristão é forte em proporção aos seus pensamentos sobre Cristo que nele habita e seu deleite nEle (Gaiatas 2:20). Se tivermos deixado Cristo ausente de nossas mentes por muito tempo, devemos nos censurar por isso.


Todos os nossos pensamentos sobre Cristo e Sua glória devem ser acompanhados de admiração, adoração e ações de graças. Somos convidados a amar o Senhor com toda a nossa alma, mente e força (Marcos 12:30). Se somos verdadeiros crentes, a graça de Cristo opera em nossas mentes e almas renovadas e nos ajuda a fazer isso. Na vinda de Cristo como juiz no último dia, os crentes ficarão cheios de um tremendo sentimento de admiração por Sua gloriosa aparência — "...quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem" (II Tessalonicenses 1:10).

 Essa admiração se transformará em adoração e ações de graças; um exemplo disso é dado em Apocalipse 5:9-13, onde toda a Igreja dos redimidos canta um novo cântico. "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e  para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.

E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhares de milhares e milhões de milhões, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças. E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre".

Há algumas pessoas que têm esperança de ser salvos por Cristo e de ver a Sua glória num outro mundo, porém não estão interessados em meditar, pela fé naquela glória neste mundo. Elas são semelhantes a Marta, que estava preocupada com muitas coisas e não com Maria, que escolheu a melhor parte, sentando-se aos pés de Cristo (Lucas 10:38-42). Que tais pessoas tomem muito cuidado para que não negligenciem nem desprezem o que deveriam fazer.

Alguns dizem que têm o desejo de contemplar a glória de Cristo pela fé, mas quando começam a considerar essa glória, eles acham que é coisa muito elevada e difícil. Eles ficam maravilhados, à semelhança dos discípulos no Monte da Transfiguração. Admito que a fraqueza de nossas mentes e a nossa falta de habilidade para entender bem a eterna glória de Cristo nos impede de manter os nossos pensamentos numa meditação firme e constante por muito tempo.

Aqueles que não têm a prática e habilidade de uma santa meditação em geral não terão a capacidade de meditar neste mistério em particular. Mas, mesmo assim, quando a fé não consegue mais manter abertos os olhos do nosso entendimento para refletir sobre o Sol da Justiça brilhando em Sua beleza, pelo menos, pela fé ainda podemos descansar em santa admiração e amor.
Enviado via e-mail por Missionário Márcio Brito

quinta-feira, 2 de junho de 2011

As Coisas Pequenas

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. (II Co 12:9-10)


Por Charles Spurgeon

Somos incapazes de realizar o mais humilde ato da vida cristã, se não recebemos de Deus o vigor do Espírito Santo. Com certeza, meus irmãos, é nestas COISAS PEQUENAS que geralmente percebemos, acima de tudo, a nossa fraqueza. Pedro foi capaz de andar sobre a água, mas não pôde suportar a acusação de uma criada. Jó suportou a perda de todas as coisas, porém as palavras censuradoras de seus falsos amigos (embora fossem apenas palavras) fizeram-no falar mais amargamente do que todas as outras aflições juntas. Jonas disse que tinha razão em ficar irado, até à morte, A RESPEITO DE UMA PLANTA.

Você não tem ouvido, com certa freqüência, que homens poderosos, sobreviventes de muitas batalhas, foram mortos por um acidente trivial? John Newton disse: "A graça de Deus é tão necessária para criar no crente a atitude correta diante da quebra de uma louça valiosa como diante da morte de um parente querido". Estes pequenos vazamentos precisam dos mais cuidadosos tampões. Nas coisas pequenas, bem como nas coisas grandes, o justo tem de viver pela fé!

Crente, você não é suficiente para nada! Sem a graça de Deus, não pode fazer coisa alguma. Nossa força é fraqueza - fraqueza até para as coisas pequenas; fraqueza para as situações fáceis, bem como para as complexas; fraqueza nas gotas de tristeza, como também nos oceanos de aflição. Aprenda bem o que nosso Senhor disse aos seus discípulos: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).

Divulgado pela Editora Fiel

Confrontando a Teologia Gay



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Parte Um
Marcelo Lemos 

Quero iniciar hoje uma série de artigos analisando os “fundamentos da teologia gay”, os quais são disseminados direta ou indiretamente na nossa sociedade. Já adianto que não sou homofóbico, como alguns poderão ser tentados a dizer. Não tenho “fobia” a gays, e se não tenho amigos gays é porque tenho poucos amigos mesmo. Colegas, esses tenho muitos, alguns gays. E são poucos, não por fobia, mas por falta de afinidades. 


Além disso, como apenas ao Estado tem Deus concedido o poder de punir civilmente as violações da Sua Lei, me cabe anunciar o Evangelho, como fez S. Paulo. E isso inclui denunciar o erro. E isso inclui reprovar a conduta homossexual. “Não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idolátras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (I Coríntios 1.6-11).

“E tais fostes alguns de vós”, diz o Apóstolo. Observem o que é a Igreja, como que uma curva de rio. Ao evangelizar já encontrei inúmeras pessoas rejeitando a Cristo com base nos pecados dos cristãos, inclusive seus pecados passados. “De que adianta tudo isso? A pessoa faz tudo que não deve, e depois diz que foi salva?”. Apesar de a objeção muitas vezes ser jocosa, e zombar da fé cristã, ela simplesmente a honra com isso, mesmo querendo fazer o oposto. Pois os pecados passados dos Cristãos não nos fazem ter vergonha do Evangelho, antes, nos faz contemplar sua beleza e Graça. A Igreja é aquele lugar onde o rio faz a curva e os entulhos vão sendo deixados. Não apenas deixados, mas atraídos e transformados pela Graça. Por isso diz Paulo: “E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, santificados, justificados!”.

“Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o Evangelho também a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1. 14-16).


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O passado não assusta o cristão, pois o Evangelho é “Boas Noticias”. Quem você e o que fez de sua vida não podem impedir sua salvação, se Espírito Santo te trouxer a Cristo. Você não poder vir, mas Deus pode te trazer; e você vem. Todos os Cristãos já estiveram na mesma situação, sem poderem vir, mortos em seus próprios pecados, e condenados sob a Ira de Deus, “todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da Ira, como também os demais” (Efésios 2.3).

Ao contrário do que muitos imaginam, e a despeito do que possa dizer as demais religiões, a salvação não é para os “bons” ou para aqueles que “a merecem”. Deus ajuda a quem se ajuda é uma frase nojenta, recebendo “beleza” na mente das pessoas por um único motivo: não compreendem a gratuidade do Evangelho. Ademais, ainda que a salvação fosse Deus ajudando homens bons e esforçados, de nada adiantaria, pois o homem não pode se ajudar. Exceto por Cristo, eu nunca vi um morto ressuscitar a Si mesmo; você já? Mas, se isso é verdade também sobre os cristãos, como eles foram parados na curva do Rio da Graça? Observe o contraponto, assim que Paulo diz que todos os cristãos eram “como os demais”, acrescenta:

“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor como que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo – pela Graça sois salvos!” (Efésios 2.4,5).

De modo que não poderia iniciar esta série sem anunciar as Boas Novas. E não me envergonho, sem essa mensagem o homem se perderá. Mas com essa mensagem tudo se faz novo. E não importa qual o pecado. A Graça não é uma mensagem aos homossexuais, mas uma mensagem aos pecadores, todos eles. “Por mais perversos, sujos, depravados e degradados, estão convidados a vir a Cristo. Náufragos do Maligno, Cristo é vosso bote! A escória, o lixo, o resto, os esgotos deste mundo, estão todos convidados a virem a Cristo! Venha a Ele agora, e alcançaram misericórdia” (Charles H. Spurgeon).
Fonte: www.olharreformado.blogspot.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Weber, Calvino e o estigma do capitalismo.

Há um tempo atrás, um pastor amigo meu abordou um colega dele que estava trabalhando em uma tese sobre Max Weber. Ele escreveu um e-mail em que dizia – “Poderia me ajudar dando-me umas observações resumidas sobre o livro de Max Weber em que ele ataca os Puritanos e a Calvino acusando-os de fundadores do capitalismo” [grifos meus]? Aquele pastor, disse ele, necessitava de subsídios, para dar respostas a alguns jovens que lançavam tão “grave acusação” contra os puritanos, tomando como base o trabalho do Weber.

Chamou-me a atenção a extensão da distorção de compreensão à qual nossas gerações têm sido submetidas. A visão socialista quase monolítica que tem imperado durante anos, leva inúmeras pessoas a considerarem como premissa básica – desnecessária de ser fundamentada – que o capitalismo é inerentemente mal; culminando com a noção de que a simples associação com o sistema equivale a uma “acusação”, pois quem quer ser partidário “do mal”?

Sobre Max Weber (Maximilian Carl Emil Weber, 1864-1920) muito tem sido escrito e não pretendo fazer uma análise de suas posições e teses. No entanto, o que quero pontuar é que Weber NÃO acusa. Ele simplesmente atribui a Calvino o desenvolvimento de uma sociedade próspera, capitalista, com mais oportunidade para o avanço individual do que as sociedades massificadoras socialistas, que destroem a individualidade humana. Os “paraísos” socialistas que foram implantados nesta terra, têm tido como resultado intrigante a socialização da pobreza. Ou seja, para Weber, capitalismo NÃO é palavrão.

Lógico que esta é uma visão de poucos, nos dias de hoje. A maioria, mesmo nos meios cristãos, sucumbiu à lavagem cerebral de que o ideário socialista é o que é encontrado e propagado na Palavra de Deus; [1] que os princípios divinos de justiça são melhor atendidos quando o governo NÃO é capitalista. Vários jargões e slogans são desenvolvidos para atacar o capitalismo, inclusive o termo "capitalismo selvagem", para identificar qualquer manifestação capitalista de governo como perniciosa. A queda do modelo comunista abalou um pouco essas convicções, mas não muito - a maioria ainda "compra" a temática socialista a grosso e a varejo - basta ver, em eleições passadas, o discurso quase uniforme dos candidatos à presidência - totalmente semelhantes na demagogia das massas.

A Bíblia, não prescreve uma forma de governo definida, mas traz alguns princípios, como o direito à propriedade; a dignidade da individualidade, como inerentemente procedente de Deus; a assistência aos mais fracos e mais desprotegidos - colocando a responsabilidade disso muito mais nos indivíduos do que no governo; o respeito às autoridades constituídas; o dever dessas autoridades de serem promotoras dos princípios de justiça e verdade emanados de Deus e outorgados por ele.

Calvino nada mais fez do que colocar tais princípios em prática e ensinar aos cidadãos regras e limites de respeito mútuo, sem esquecer o cuidado e a solidariedade com os semelhantes (veja o artigo de Augustus Nicodemus – O Ensino de Calvino Sobre a Responsabilidade Social Da Igreja, também disponível em livro, publicado pela PES). Enquanto isso, ele encorajava o progresso individual, desmistificava o lucro como motivação e criava condições para o desenvolvimento pessoal. Tais ensinamentos eram incompatíveis com a servidão de uns sob outros, ainda que regras de respeito hierárquicas eram observadas.

Weber pegou este gancho e o colocou como a mola mestra do capitalismo. Se temos ojeriza ao capitalismo, saímos com a impressão de que Calvino está sendo "atacado". Se reconhecemos validade em um sistema de governo que - imperfeitamente e sempre sob a influência do pecado, é lógico - promove o avanço individual em vez da servidão a um estado impessoal, não consideramos isso insulto, mas até um "insight" válido ao estudo do calvinismo.

Obviamente, Weber não é teólogo e nem tenho muita certeza da profundidade de sua fé cristã, apesar da afirmação de sua esposa (Marianne Weber) que ele “sempre preservou uma profunda reverência pelo Evangelho e pela religiosidade cristã genuína”[2]. Não se deve esperar dele total coerência ou precisão teológica. Temos um artigo importante sobre ele, escrito por Franklin Ferreira, na revista acadêmica Fides Reformata (v. 5, n. 2, p. 47-62, 2000), que até não lhe é tão favorável, assim. Mas acho pertinente esclarecer esses pontos, pois Weber, referindo-se aos puritanos como fundadores do capitalismo (seguindo Calvino), pretende elogiá-los. Realmente, eles entenderam que a Bíblia não era um tratado socialista e que a propriedade privada era legitimada por Deus (“não furtarás”...); enfatizando a ética e a recompensa do lucro ao trabalho, podem ser considerados como fundadores do capitalismo, mesmo; sem qualquer conotação pejorativa. 
P.S. Minha: A única mentira de Weber é dizer que Calvino dizia que riqueza era sinal de predestinação, o que Calvino nunca ensinou.

Solano Portela
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[1] Leia também o post: "Socialismo na Bíblia? Mitos e verdades", clicando aqui.
[2] Max Weber as "Christian Sociologist", William H. Swatos, Jr., Peter Kivisto, Journal for the Scientific Study of Religion, Vol. 30, No. 4 (Dec., 1991), p. 347.

MUITO CUIDADO - A INDÚSTRIA DOS PROCESSOS MOVIDO PELOS GAYS: Marcos Mion e Record são processados por homofobia

DIRETO DE SÃO PAULO

Entidades do movimento gay reclamaram de comentários de Marcos Mion no "Legendários", da Record.

Durante o programa, o apresentador disse que a drag queen Nany People "tem surpresinha" e perguntou "o que ela faz com o pacote" na hora do banho.

Tanto o apresentador quanto a emissora estão sendo processados por homofobia.

Ele diz que o caso está com o departamento jurídico da Record, que, por sua vez afirma que houve "exercício da liberdade de expressão" que "não feriu ninguém".

A informação é da coluna Mônica Bergamo publicada nesta terça-feira (31) na Folha e cuja íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

Patricia Stavis/Folhapress
O apresentador Marcos Mion

O apresentador Marcos Mion, que está sendo processado por entidades do movimento gay por homofobia
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2011/05/31/marcos-mion-e-record-sao-processados-

terça-feira, 31 de maio de 2011

DEUS, O PASTOR

"O SENHOR é o meu pastor; de nada terei falta."
(Salmo 23:1)

Os pastores conduzem o rebanho ao pasto e à água. Eles protegem as ovelhas dos predadores e cuidam para que nenhuma delas se perca. Eles carregam as feridas e enfraquecidas nos ombros, e tratam suas feridas e necessidades especiais. É preciso coragem e compaixão para ser um bom pastor.

O Salmo 23 é tão recitado e conhecido em tantas culturas que é fácil – tanto para cristãos novos como para os mais experientes – esquecer a beleza e a força de sua imagem central. Nesse salmo, Deus é descrito como corajoso e compassivo, como poderoso e gracioso.

Pensar apenas na bondade de Deus pode nos levar a uma compreensão meramente sentimental de sua pessoa. Pensar apenas em seu poder e grandeza pode nos levar a temê-lo como a um tirano. Nenhuma dessas possibilidades corresponde à descrição bíblica.

Quando pensarmos em Deus, devemos considerar ao mesmo tempo seu imenso poder e sua enorme bondade. Ele tem em grau perfeito as virtudes do bom pastor: é poderoso para proteger o rebanho e espantar os inimigos, e ao mesmo tempo é atencioso e cuidadoso com as ovelhas fracas e feridas de seu rebanho. Suas virtudes são exatamente aquilo de que tanto precisamos para caminhar em segurança.

Pense no que disse Jesus: "Eu sou o Bom Pastor” (João 10:11)
Pr. Ronaldo Mendes

Metodistas comprometem-se com a reforma da nação e da igreja

A Igreja Metodista do Brasil, baseada no mandato deixado pelo seu fundador, John Wesley, de “reformar a nação, de modo particular a Igreja, e espalhar a santidade bíblica sobre toda a terra”, apresentou, no sábado, 21 de maio, documento à Assembléia Legislativa paulista no qual reforça seu compromisso com a nação brasileira.
No documento, metodistas afirmam que respeitam a liberdade de expressão e a separação entre Estado e Igreja, mas mostram-se preocupados com a tramitação no Senado Federal do Projeto de Lei 122/2006, que “criminaliza toda e qualquer manifestação contrária à orientação sexual da homossexualidade”, pois ela fere a Constituição do país e favorece uma minoria em detrimento da grande maioria do povo brasileiro.
“Preocupa-nos uma ‘política’ que estimula o ‘consumismo’ sob todas as formas como um meio de desenvolvimento econômico, levando uma multidão de concidadãos a dívidas impagáveis, em especial pela cobrança indevida de altos juros nas transações efetuadas”, diz o documento.
A favor do desarmamento, os metodistas sentem a falta de uma ação mais efetiva contra todas as formas de violência presentes no tecido social, e de ações voltadas à preservação do meio ambiente e da formação educativa de crianças e jovens na defesa de mananciais, matas, rios, florestas.
No mesmo sábado, igrejas de tradição wesleyana – Exército da Salvação, Holiness, Metodista, Metodista Livre, Metodista Wesleyana e do Nazareno – reuniram fiéis no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para mostrarem um testemunho da sua unidade em Cristo e do compromisso de reformar a nação.
Em torno de 700 pessoas participaram de caminhada ecológica do Ibirapuera, no sábado. Ao final do trajeto, foi plantado no Parque um arbusto, que recebeu o nome de Árvore Wesleyana.
Ainda no sábado, na cerimônia denominada de Celebração do Coração Aquecido, foi lançado o filme “Wesley”, produzido pela Graça Filmes. Dez mil cópias do filme chegarão nos próximos dias às livrarias e lojas especializadas de todo o país.

Notícias Cristãs com informações da ALC