segunda-feira, 10 de agosto de 2015

AOS PAIS PEDOBATISTAS

O batismo infantil inflige o temor de Deus em mim.
Ele realmente estabelece — de uma forma pública e visível — um relacionamento pactual. Um relacionamento de amor, envolvendo promessas e responsabilidades, bênçãos e maldições, é iniciado por um Deus gracioso, que sempre tem de começar um relacionamento pactual com o seu povo. Mas as responsabilidades, promessas e ameaças não estão vinculadas unicamente ao indivíduo. Elas são responsabilidades, promessas e ameaças corporativas. O batismo é batismo em Cristo, e tudo o que isso significa (p. ex., batizados em seu corpo).
O temor de Deus resulta do fato que ele escolheu identificar-se com os meus filhos. Em outras palavras, meus filhos não são, fundamentalmente falando, meus filhos. Eles são, por meio do batismo, filhos de Deus. O batismo é uma cerimônia de adoção por meio da qual a criança batizada é publicamente trazida para dentro do reino de Deus, a sua família. A ideia de criar os filhos de Deus é, de fato, séria.
O batismo não é um sinal da fé do meu filho. Antes, batismo é um sinal para o qual ele deve olhar e receber pela fé até a morte. A circuncisão não era um sinal de fé, mas um sinal que a fé abraçava ou para o qual olhava (cf. Rm 4.11). O batismo representa Cristo (Gl 3.27), em quem a nossa fé deve descansar. No batismo, Deus toma a iniciativa para com os nossos filhos. Ele lhes é favorável (“Você é meu filho, a quem eu amo”), e eles respondem em fé ao seu “cortejo”.
De forma crucial, como um pai, quando as águas do batismo são despejadas sobre a cabeça do meu filho, sou confrontando com a séria — porém gloriosa — realidade de que estou criando os filhos de Deus para a sua glória. Porque os meus filhos pactuais pertencem a Deus e a Cristo, em termos da natureza da igreja visível, os riscos são altos. Muito altos.
Sim, nós temos a promessa (At 2.39), mas o batismo é, também, uma lembrança solene para aqueles que não respondem em fé, esperança e amor ao Deus que pôs o seu selo sobre eles. O selo do batismo é mais permanente do que uma tatuagem, pois tem consequências eternas — seja para o bem, ou para o mal. O batismo é um alerta aos pais de que eles não podem “pegar leve” ou presumir sobre a graça de Deus. Eles são, afinal, investidos com a responsabilidade de criar os filhos de Deus. E por isso os pais devem ser, como os pioneiros da nossa fé (Hb 12.2), exemplos para os seus filhos do que significa viver pela fé.
Eis a razão de um batismo público ser tão importante: pais fazem votos em público perante Deus e a igreja. No batismo, Deus visivelmente nos comunica palavras de graça, e nós, por nossa vez, respondemos. Essa é a orientação pactual encontrada nas Escrituras.
Ora, se a realidade de que você está criando os filhos de Deus o induz a ser negligente em sua abordagem do culto doméstico, da adoração comunitária, educação, admoestação, ensino, disciplina, etc., em relação aos seus filhos, então você pode não ter um entendimento adequado do Deus da Bíblia.
A dinâmica pactual em que pais e filhos entram é aquela em que rejeitar a Cristo, que é oferecido no batismo, traz aqueles que rejeitam semelhante graça para debaixo de uma maldição divina. É por isso que, na Ceia do Senhor, você pode comer e beber juízo para si mesmo se o fizer em incredulidade (1 Co 11.29).
Assim, o batismo infantil é Deus tomando a iniciativa de pregar o evangelho e chamando o filho a arrepender-se, crer, e viver, para o resto de sua vida, para a glória do único em cujo nome ele é incorporado, ou encarar a terrível realidade de que os violadores do pacto haverão de enfrentar um julgamento mais severo do que aqueles que nunca receberam tais bênçãos. Os pais não deveriam ser ignorantes dessas coisas. Pois a quem muito é dado, muito é esperado.
Como bem disse Lutero, “Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo, quando disse Poenitentiam agite [lat.Arrependei-vos], quis que a vida toda dos crentes fosse arrependimento”. Nada mau para quem cria na regeneração batismal — um assunto ao qual voltarei no Outono, querendo Deus.

 
Fonte: http://www.reformation21.org/
Tradução: Leonardo Galdino (julho/2015)




Mark Jones
O Rev. Dr. Mark Jones é ministro da Faith Presbyterian Church (desde 2006), uma congregação da Presbyterian Church in America (PCA), em Vancouver (British Columbia) 

UM APELO AOS PRESBÍTEROS

Fui lembrado pelos eventos de ontem[1] o quanto dependo dos meus presbíteros. A tarefa do presbítero é pastorear o pastor. Se eles não fizerem isso, ninguém mais o fará. Isso significa que haverá tempos quando o presbítero terá que confrontar seu pastor pois vê que seu ensino, ou sua vida, ou talvez ambos, estão começando a se afastar do caminho da verdade e da piedade. Sempre que um pastor cai, precisamos perguntar: onde estavam os presbíteros? Algumas vezes, sem dúvida, o pastor pode ser bom em ocultar sua faltas. Em outras, os presbíteros podem simplesmente fechar os olhos para pecadilhos, assumindo que o pastor é um bom camarada e não pode estar caminhando para uma direção espiritualmente letal.
Infelizmente, a ordenação não nos torna imunes à depravação total e suas consequências. Quando um pastor cai, se não for pela graça de Deus, para ali caminharão todos os outros cristãos.
Se você é um pastor, cultive uma cultura na qual os seus presbíteros estejam confortáveis em falar francamente contigo, na qual se sintam parte de um time de iguais, e não uma parte subordinada de uma hierarquia rígida. E se você é um presbítero e não tem coragem de confrontar o seu pastor, então para o seu bem e pelo bem da igreja, você precisa resignar e encontrar outra função na igreja. Tenho o privilégio de ter tais homens em minha igreja. Se você não tem, ore ao Senhor para que levante homens assim. Você precisa deles!

Fonte: http://www.mortificationofspin.org/
Tradução: Felipe Sabino (junho/2015)

[1] Referência ao caso do pastor Tullian Tchividjian.




Carl Trueman
Carl Trueman é professor de Teologia Histórica e de História da Igreja no Seminário Teológico de Westminster na Filadélfia. 

Fonte: http://monergismo.com/carl-trueman/um-apelo-aos-presbiteros/

domingo, 9 de agosto de 2015

Evangelização e Missões uma ordem do SENHOR Jesus à Igreja!



O Senhor Jesus Cristo morreu na cruz há dois mil anos para nos salvar e quase a metade do mundo ainda não sabe dessa auspiciosa notícia. Destacamos três aspectos fundamentais acerca da evangelização: *1. A evangelização e missões é uma missão imperativa. * A evangelização é uma ordem soberana do Senhor à Sua igreja. Não evangelizar é um pecado de desobediência! A evangelização não é uma opção, é um mandamento. Todos os membros da igreja são enviados a pregar o evangelho. Uma igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada; uma igreja que não é uma agência missionária torna-se u... mais »