quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que é nossa "Velha natureza"?


Por R. C. Sproul

Nossa "velha natureza" é a nossa familiaridade com o pecado por causa de experiências passadas e o nosso conhecimento dele?

Quando a Bíblia fala de nossa "velha natureza," é fácil supor que ela se refira às memórias daquilo que se passou em nossa vida, nossos velhos padrões de comportamento. Penso que a expressão significa muito mais do que isso. O contraste entre velha e nova naturezas ao qual Paulo se refere freqüentemente nas Escrituras é muitas vezes apresentado em outros termos: velho homem e novo homem. A maneira geral com a qual o apóstolo descreve é o contraste entre carne e espírito.

Creio que quando Paulo fala de velho homem, ele está se referindo à natureza humana decaída que é o resultado direto do pecado original; isto é, pecado original não é o primeiro pecado cometido por Adão e Eva, mas a conseqüência dele. O fato é que somos seres decaídos e que nós, por causa dessa natureza decaída, nascemos num estado de separação de Deus. Estamos mortos para as coisas do Espírito. Paulo nos diz em Romanos que a mente da carne não pode agradar a Deus. Não temos nenhuma inclinação ou disposição para obedecer a Deus num sentido espiritual. Essa é a nossa velha natureza, nascemos desse jeito. Somos por natureza filhos da ira; estamos por natureza nesse estado de separação. E a partir dessa natureza que o Novo Testamento nos descreve como seres escravos dessa inclinação ou disposição para pecar.

Esse foi um debate que Jesus teve com os fariseus quando lhes disse que se eles continuassem com seus ensinamentos, eles seriam livres, e os fariseus ficaram indignados dizendo: "...jamais fomos escravos de alguém". Jesus lhes disse: "...todo o que comete pecado é escravo do pecado". Jesus lhes disse que eles eram escravos do pecado.

Paulo afirma que estamos debaixo do pecado, isto é, debaixo do peso dele, debaixo do seu fardo, porque a única disposição e inclinação que temos é a da carne. Não temos nenhuma inclinação natural para as coisas do Espírito até sermos nascidos do Espírito. Quando uma pessoa é regenerada, o Espírito de Deus vem e age sobre aquela pessoa e ele ou ela são uma nova pessoa. Aquele que está em Cristo é nova criatura. Eis que as velhas já passaram e todas as coisas se tornaram novas.

Isso não significa que a velha natureza pecaminosa, com sua disposição alheia a Deus esteja aniquilada. Para todos os propósitos e intenções ela foi destinada à morte. Sabemos que a batalha está ganha. Paulo diz que a velha natureza está morrendo diariamente, e que num certo sentido ela foi crucificada com Cristo na cruz. Não há nenhuma dúvida a respeito de sua destruição final e completa. Nesse meio tempo, vivemos essa luta diária entre o velho homem e o novo homem, a velha natureza e a nova natureza, o velho desejo pelo pecado e a nova inclinação que o Espírito de Deus fez nascer em nossos corações. Agora há uma sede e uma paixão por obediência que não havia lá antes.

Sou a favor do aborto


Por Maurício Zágari
Acho muito curioso quando as mulheres que praticam abortos ou os indivíduos que defendem essa prática justificam-se usando o argumento de que “cada mulher é dona de seu próprio corpo” e, por isso, pode fazer o que quiser com ele. Esse é o argumento principal: já que o corpo é meu, tenho total soberania sobre ele. Isso incluiria o direito de aniquilar aquele ser humano que ali está alojado. Bem, existem algumas questões a serem consideradas sobre esse argumento.
Em primeiro lugar, biblicamente ninguém é dono de seu próprio corpo: seu dono é Deus, o autor da vida. Mas nao precisamos nem entrar pela teologia, até porque para um ateu esse argumento não tem nenhum valor, visto que não crê na Bíblia. Então caminhemos por outras veredas, como, por exemplo, o campo jurídico.
O argumento de que cada um é dono de seu próprio corpo mediante a lei é relativo. Quer ver? Quebre a lei. Cometa um crime. Você verá que quem vai decidir se seu corpo ficará trancafiado em uma cela por anos ou se ele terá o direito de continuar andando solto por aí será um juiz ou um júri – não você. Ou então complete 18 anos e veja se, salvo tendo você um bom pistolão, não será obrigado a levar seu corpo todos os dias, durante um ano, a um quartel, onde um militar qualquer vai obrigar seu corpo a fazer polichinelos e flexões, saltar obstáculos e coisas afins. Ou seja: mesmo que não estejamos falando em termos religiosos, a ideia de que seu corpo é propriedade exclusiva sua não passa de uma doce ilusão.
Tendo visto isso, chegamos à questão do aborto. Essa mesma ilusão leva milhares de mulheres a assassinar seus próprios filhos dentro de seus ventres, por achar que têm esse direito. A verdade, queira-se ou não, é que aquele indivíduo que está temporariamente dentro do corpo da mulher não faz parte do corpo dela. Nem de longe. Ou seja: mesmo que a teoria de que cada um seja proprietário de seu corpo fosse verdadeira, o ser humano que cresce dentro do organismo de uma grávida não faz parte do mesmo corpo. Ou seja, é apenas um inquilino, que está ali para se alimentar por nove meses até chegar a hora de enxergar a luz do sol. Por meio de um cordão umbilical, aquela pessoinha apenas se alimenta e se oxigena.
E é extremamente fácil provar que um feto não faz parte do corpo da mãe. Consideremos o DNA. Toda e qualquer célula do seu corpo, amigo leitor, carrega em si o mesmo DNA, ou seja, o mesmo código genético. Sejam células do cabelo, da bochecha, da pele, do duodeno ou do osso do calcanhar. Agora, compare o DNA de qualquer mãe com o DNA de seu filho e você descobrirá que são diferentes. O que prova que geneticamente o corpo da mãe e o corpo do filho são entidades essencialmente distintas.
Vamos além: tipo sanguíneo. O meu é A negativo. O de minha mãe não. Se o sangue de minha mãe correr dentro de minhas veias eu entro em colapso e morro. E isso ocorre porque o sangue que percorre meu corpo é diferente do de minha mãe, o que é mais uma prova de que somos entidades distintas.
Pensemos agora em um assunto não muito agradável, mas ilustrativo: amputações. Sempre que você amputa uma parte de seu corpo, alguma funcionalidade se perde. Se decepar a mão direita, sendo você destro, por exemplo, terá de reaprender a escrever. Se amputar uma de suas pernas dependerá de algum prótese ou muleta para poder caminhar. Já no caso do aborto, o corpo da mãe-hospedeira não perde nenhuma funcionalidade. Isto é, em termos meramente funcionais, a remoção da criança não altera em nada o funcionamento do organismo da mãe. Mais uma prova de que trata-se de um ser humano completamente independente.
Em resumo: abortar sob o argumento de que a mãe tem direito sobre seu próprio corpo é uma tremenda desculpa esfarrapada para desculpar o indesculpável. É uma justificativa capenga e sem o menor nexo religioso, jurídico ou biológico para justificar o injustificável. Por uma única razão: aquele corpinho que cresce lindamente dentro do corpo da mãe não faz parte do corpo dela, apenas extrai dela o que precisa até se tornar uma criatura autônoma. É um ser humano absolutamente à parte. Logo, a mãe não tem direito algum de assassiná-lo sob o argumento de que tem direito sobre seu próprio corpo.
Mas sou a favor do aborto
Porém, como eu disse no título deste artigo, sou a favor do aborto. Sou 100% a favor. Tornei-me a favor do aborto em 1996, quando Jesus me converteu. Mas, antes que você queira me apedrejar, preciso explicar que não estou me referindo ao abominável, desumano e bárbaro aborto de seres humanos. Me refiro a um aborto que tem de ser feito todos os dias, dia após dia, durante toda a vida. Pois dentro de meu corpo cresce uma entidade que não pertence a ele, um parasita que não compartilha do meu DNA, que não tem o mesmo sangue que eu mas que se alimenta de minhas fraquezas e paixões, crescendo mais e mais dentro de mim. E, se eu não fizer um aborto todos os dias, constantemente, extirpando de mim esse elemento maligno initerruptamente, ele vai acabar sugando de mim toda a vida e me condenando à morte.
Seu nome é pecado.
A entidade que cresce dentro de uma mulher é resultado de uma união, a união de dois seres que estabeleceram um relacionamento e isso gerou aquela vida. Já a entidade que cresce dentro de mim é resultado de uma separação, a separação de dois seres que tiveram uma quebra de relacionamento e isso gerou aquele parasita. Foi quando Adão rompeu seu cordão umbilical com Deus que isso fez com que todos os seus descendentes passassem a nascer com aquele tumor espiritual dentro de si. Um tumor maligno que envenena, distorce nossa natureza e nos tira a saúde espiritual que inicialmente o Senhor planejou para toda a humanidade.
O pecado, assim como um feto, começa pequeno, às vezes imperceptível, e, quanto mais de nossa natureza humana lhe concedemos, mais ele cresce, fortalecendo-se e agigantando-se. Contrariando minha natureza de filho de Deus. Tentando deformar-me e me transformar em algo de um aspecto quasimódico.
No caso do feto, é a mãe que lhe transmite todo tipo de elementos necessários ao seu desenvolvimento: nutrientes, oxigênio e tudo o mais que o fará crescer e viver. Já no caso do pecado, tudo de que ele precisa para crescer e sobreviver é que não o abortemos. Basta deixa-lo ali, tranquilo em seu canto, quietinho, pois o mero contato dele com nossa natureza humana já lhe dá todo alimento de que necessita. Só que, ao contrário da relação entre uma mãe e seu filho, em que ela é quem lhe transfere elementos, é o pecado quem transmite ao seu hospedeiro todo tipo de elementos nocivos: imoralidade sexual, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a essas.
Se o feto que vive dentro de uma mulher não for abortado, crescerá tanto que um dia, após nove meses, deixará seu corpo. Mas, no caso do pecado, se ele não for abortado crescerá tanto que um dia poderá chegar ao ponto de se enraizar no seu organismo a tal ponto que tomará conta de sua vida. E, assim, assumirá o controle. Os braços do pecado crescerão por dentro dos seus, as pernas dele se desenvolverão por dentro das suas, o coração do pecado tomará lugar do seu e você começará a pensar com o cérebro do pecado. Como num filme de terror em que um parasita alienígena implantado no corpo de uma pessoa assume aos poucos sua identidade, assim é com o pecado: se não o abortarmos o quanto antes, em breve nossa natureza regenerada e justificada será substituída pela natureza pecaminosa. É o que 1 Tm 4.2 chama de consciência cauterizada.
Essa é a explicação para quando um obreiro frauda o imposto de renda ou a contabilidade de sua empresa. Ou quando um pastor abandona sua esposa. Ou quando uma mulher de Deus se rebela contra a autoridade de seu marido. Ou quando cristãos sinceros enveredam pela política partidária e se deixam corromper. Ou quando um conselho de uma igreja trabalha com caixa dois. Ou quando liderados conspiram contra seus líderes. Ou quando líderes enxergam os membros de sua igreja mais como dizimistas do que como almas. Ou quando um cristão não honra com sua palavra ou seus compromissos. Ou quando um pastor rouba. Ou quando um homem espiritual passa um cheque sem fundos. Ou quando um filho criado na igreja se rebela contra seus pais. Ou quando denominações evangélicas desqualificam outras denominações. Ou quando nosso sim deixa de ser sim e nosso não, não. Em qualquer um desses casos e muitos outros simplesmente aquele pecado maldito não foi abortado enquanto ainda era tempo.
A boa notícia
Mas há uma boa notícia: nunca é tarde para praticar esse aborto. Se você identifica que esse tumor maligno chamado pecado infiltrou-se de tal modo no organismo da sua alma a ponto de te afastar de Deus, há um local onde esse aborto pode ser praticado de forma legalizada e livre de efeitos colaterais.
Chama-se joelho.
Prostre-se. Humilhe-se. Suplique. Rasgue seu peito ante o Senhor e confesse a Ele tudo o que intoxica sua alma. E isso numa conversa franca e sem medos. Busque junto ao Espírito Santo a libertação desse pecado que tanto te envenena. Nunca é tarde demais para isso. Seja lá qual for o pecado que assola a sua vida, você pode neste exato instante submeter-se a uma cirurgia espiritual que vai eliminar totalmente esse parasita infeccioso. E estou falando isso para cristãos, pois muitos de nós que amamos de verdade a Cristo e ao Evangelho diversas vezes deixamos certos pecados crescerem em nós, alimentados por nossas fraquezas e paixões. E para expeli-los precisamos desesperadamente de Jesus.
Sou a favor do aborto do pecado. Foi para realizar esse aborto que Jesus se fez carne e veio até nós, para fazer aquilo que o anjo disse a José em Mateus 1.21: “Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Afinal, como o próprio Cristo afirmou, “Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mc 2.17). Ainda há tempo de buscar socorro junto ao médico dos médicos. Para aqueles que assim não fizerem, o próprio Cordeiro de Deus, que veio para tirar o pecado do mundo, dá, em Jo 8.21, o terrível diagnóstico: “Morrereis no vosso pecado”. Você, querido leitor, sabe exatamente qual é o pecado que tem infeccionado a sua alma. Mas a boa notícia é que a cura está à disposição. Cabe a você optar: morrer no pecado ou vê-lo abortado de sua alma. O que vai ser?
Paz a todos vocês que estão em Cristo!
Fonte: Apenas

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quem sentiu a presença de Deus nesta noite?


Por

Em onze de cada dez cultos pentecostais ouvimos a pergunta acima. Mas o que é sentir a presença de Deus? Será um arrepio? Será um choro? Ou um impulso para gritar? Ora, podemos resumir a presença do Altíssimo em manifestações sensoriais? Não, evidente que não! Mas também é evidente que a manifestação da presença do Senhor em partes das Sagradas Escrituras é sensorial, porém não devemos resumir a isso. A vaidade sempre bate na porta do nosso coração para dizer: "Olha, você é uma pessoal muito espiritual porque chorou na hora do louvor". Só que a voz da vaidade fala o que o coração corrompido quer ouvir.

Quando penso nesse assunto sempre gosto de lembrar 1 Reis 19. 11-13, que relato o encontro do profeta Elias com Deus em um momento de profunda melancolia:
O Senhor lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna. E uma voz lhe perguntou: "O que você está fazendo aqui, Elias? " [grifo meu]
A brisa suave representou a presença do Deus Todo-Poderoso. Vejam que o fortíssimo vento que quebrou rochas, onde Elias pensava encontrar Deus, ali Ele não estava. Deus estava no silêncio. Sim, Ele chegou com "uma voz mansa e delicada" (ARC e Almeida Fiel). É interessante como as traduções variam para descrever esse momento. Além das traduções já citadas (NVI, ARC e ACF) temos: "um sussurro calmo e suave" (NTLH), "um cicio tranquilo e suave" (ARA), "uma brisa suave começou a soprar" (The Message), "o ruído de uma leve brisa" (Bíblia de Jerusalém), "uma voz calma e suave" (Almeida Contemporânea), "uma voz mansa e suave" (Almeida Século XXI) e "uma voz dum suave silêncio" (Sociedade Bíblica Britânica e Tradução Brasileira). Todas as traduções refletem a variedade da expressão hebraica que literalmente significa a "quietude esmagada".

Nós, pentecostais, precisamos buscar Deus mais e mais no silêncio. Muitos pentecostais ainda confundem barulho com espiritualidade. A exegese malfeita de Atos 2 justifica toda espécie de bizarrice. Não custa lembrar as palavras do pastor pentecostal britânico Donald Bridge:
O subjetivista pensa constantemente que "Deus lhe manda" fazer coisas [...] Os subjetivistas são com frequência muito sinceros, muitos dedicados e dominados por um compromisso tal de obedecer a Deus que envergonham os cristãos mais prudentes. Entretanto, estão trilhando um caminho perigoso. Os ancestrais deles já o percorreram antes, e sempre com resultados desastrados a longo prazo. Sentimentos internos e inspirações especiais são, pela própria natureza, subjetivos. A Bíblia fornece nossa orientação objetiva. [1]
Então, podemos "sentir" a presença de Deus no mais completo silêncio, desde que o nosso coração esteja voltado para Ele.

Referências Bibliográficas:

[1] BRIDGE, Donald. Signs and Wonders Today. 1 ed. Leicester: Inter- Varsity Press, 1985. p 183. em: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2010. p 901.


O Pentecostalismo e o Desprezo à Reforma


Por Samuel Balbino

Não me entendam mal. Se o título dessa postagem parece ofensivo não é menos do que a atitude da maioria das denominações pentecostais. Estamos no mês onde se comemora 494 anos da Reforma Protestante e sempre nessa data as denominações de confissão histórica estão promovendo seminários, palestras, congressos, simpósios. Tudo para avivar na mente das pessoas a importância desse acontecimento. Mas e as pentecostais? O que elas fazem para honrar o retorno do Cristianismo à pureza do evangelho de Cristo? Nada!

Estive fazendo uma pesquisa nos sites das principais denominações pentecostais do país e nada encontrei sobre a Reforma. O que podemos concluir com isso? Que há um desprezo sem igual por aquilo que nos possibilitou estarmos aqui hoje. A pergunta é: Por que isso acontece. Tenho algumas respostas.

Não é interessante ficar relembrando um evento que pode desenvolver nas pessoas um senso crítico que as impeça de receber as fortalezas lançadas continuamente nesses lugares. Qualquer cristão sincero e que estude fielmente a Bíblia e a história da Reforma irá encontrar sérias contradições entre o que hoje é chamado de protestantismo e aquilo que foi pejorativamente denominado protestante no século XVI. As diferenças gritantes, ao contrário do que afirmam alguns, não são irrelevantes, pois se tratam da essência e do âmago da Fé que protestou contra o papado e as aberrações deste. Ora se algo perde sua essência, isto significa que perdeu também sua identidade. Já pensou se Deus perdesse sua essência? Simplesmente não seria mais Deus. Assim também se o protestantismo perdeu sua essência e valores, logo deixou de ser protestantismo para ser qualquer outro “ismo” por aí.

Mencionar a Reforma exigiria da parte de certas lideranças o compromisso de assumir o risco de perder membresia para o estudo e meditação de assuntos que realmente são importantes para a Igreja. Na grande maioria das denominações pentecostais, e porque não dizer 99,9 % delas, predomina o antropocentrismo doente, o humanismo sofista que leva as pessoas a procurarem antes de tudo o seu próprio bem-estar. Não vemos essas denominações pregando as doutrinas da Graça de Deus como eleição, justificação, etc. Alguns talvez digam: Ah, isso é calvinismo! Ora então Lutero era calvinista, pois falou reinteiradas vezes sobre esses temas. Não amados, esses temas não são meramente calvinistas, esses eram os temas que se pregavam nos púlpitos comprometidos unicamente com a pureza do evangelho. Os púlpitos que priorizavam o genuíno evangelho. Um pastor que de fato é protestante não importuna a congregação com mensagens que alisam o ego humano, que induz o povo a uma busca por prosperidade e curas nem nada que seja material e temporário, antes os púlpitos protestantes falam de coisas eternas, ensinam como ajuntar tesouros nos céus e apontam aos pecadores qual é o caminho da salvação, ensinando-lhes a baterem na porta dos Céus implorando para serem aceitos por Deus e sua misericórdia!

Quando se faz simpósios e congressos pentecostais quais são os temas que abordam? “Vida Vitoriosa”, “Festival de Maravilhas”, “Fogo para o Brasil”, as palavras que vejo saindo dos lábios de muitos pregadores são: Cresça, conquiste, prospere, determine, profetize, grite, pule, não aceite, apareça, se engrandeça e etc. Ao invés disso deveriam dizer: Se prostre ante a majestade e soberania do Eterno, humilhe-se na presença de Deus para que ele a seu tempo vos exalte. A Igreja hoje têm perdido o sentido do que vem a ser o evangelho da humilhação. As falsas experiências sobrenaturais estão destruindo a pureza do evangelho, as visões, profecias, línguas, curas, idas ao céu e ao inferno, combates contra demônios e toda a sorte de mentiras usando as Escrituras têm prevalecido e construído uma das fortalezas mais difíceis de derrubar. E tais líderes perceberam que sem essas coisas não é possível construir grandes impérios mercantilistas travestidos de congregações e igrejas. Precisamos continuar a Reforma!

A Reforma traz à lume uma visão de Deus muito desagradável. Não pensem que foram bons motivos que levaram alguns apóstatas a abandonarem os princípios da Fé Protestante e criarem os seus próprios. O que acontece é que o pensamento reformado reconheceu a centralidade de Deus em todas as coisas, colocando o homem em último plano. Isso pode ser muito desagradável para alguns. Imaginar que suas vidas estão sendo controladas e convergindo num plano maior do qual eles não têm como saber de que forma irá terminar ao certo, pode parecer muito frustrante. A vontade de possuir o controle de tudo é o dínamo que move o homem em direção a rebeldia contra a soberania de Deus. Falar em Reforma é falar em Deus soberano. Deus soberano é o mesmo que homem incapaz e homem incapaz é o mesmo que ferir o orgulho com qual muitos se exaltam em afirmar que podem frustrar os planos e desígnios de Deus deixado-os a mercê de suas torpes decisões.

Um pentecostal jamais irá admitir plenamente a soberania de Deus, pois sua cosmovisão distorcida da realidade o leva a questionar a justiça e benignidade do Eterno julgando-os por seus próprios conceitos de justiça e retidão. Sendo assim, para muitos este é um assunto que deve permanecer em secreto, e se mencionado que se faça superficialmente para que não se desperte a curiosidade do povo e não os faça pesquisar mais sobre o mesmo e dessa forma questionar as coisas que tem aprendido rotineiramente nos “cultos de fogo”. Vejo todo esse panorama com profunda semelhança à questão dos fariseus e doutores da Lei, os quais impediam as pessoas simples de tomarem conhecimento da verdade surrupiando-lhes a chave do conhecimento. Talvez a história hoje seja a mesma, mudando-se apenas os protagonistas.

“Ai de vós, doutores da lei! porque tomastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes aos que entravam” (Lucas 11.52).

 
P.S. Minha: Eu acredito que existem igrejas pentecostais sérias, que não se enquadram neste quadro, apesar que não sou pentecostal nem carismático, mas confessiona e presbiteriano (Pb. Veronilton Paz)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sermonário do Missº Veronilton (IPB Sítio Serrote)


 Este também fará parte do meu livros, se Deus permitir!
Veredas da Justiça: Sermões que Edificam
TEXTO: CARTA DE PAULO AOS ROMANOS 12.1-2
EXÓRDIO:
O culto, seus elementos e sua veracidade sempre foi motivo de controvérsias históricas entre religiões. O cristianismo e judaísmo defendiam o culto monoteísta (adoração a um só Deus) em contraste com outras nações ímpias que realizavam cultos politeístas para cultuar vários deuses e deusas e no período apostólico com as divindades do império romano e culto do imperador, a partir da idade média a igreja corrompida pelo império romano entra em decadência espiritual, passando a colocar elementos estranhos no culto. Neste período surge culto aos santos (375 D. C.), culto a Maria (450 D. C.), Purgatório (506 D. C.), Uso de Imagens e relíquias (783 D. C.). Era vendido o perdão de pecados pelos dominicanos através das indulgências com a aprovação do papa, ao longo da história homens como John Huss, Pedro Valdo, Hulrico Zwinglio, Jerônimo Savanarola, que tentaram mudar esta realidade dentro da igreja foram mortos como herejes pela fogueira da “Santa Inquisição” onde a igreja que deveria trazer vida, matava os que não concordassem com seus desvarios e doutrinas deformadas. No século XVI na Alemanha Deus levantou um monge agostiniano chamado Martinho Lutero que apregoou 95 teses na Catedral de Winteberg no dia 31 de Outubro de 1517 e em uma destas teses estava que só a Escritura era a única regra de fé e prática do cristão e o principio regulador do culto. O culto verdadeiro seria baseado na Bíblia apenas e composto de oração, leitura bíblica, cânticos, pregação da palavra e ministração dos sacramentos: Batismo e Ceia do Senhor, seguido depois de pratica deste culto na vida, como dizia o pastor puritano Mathew Henry que “para ter vida no culto é preciso ter culto na vida”. Mas as nossa palavras condizem com nossa prática? Vivemos o que pregamos?
NARRAÇÃO:
No comentário bíblico de Romanos do Pastor Willian S. Smith, ele traz uma referencia ao culto verdadeiro como o conhecimento seguido da prática diária de uma vida piedosa, segundo este autor no seu comentário sobre Romanos 12.1-2, diz que a vida toda do homem alcançado pela graça deve ser um culto de adoração a Deus. “O termo “corpo” significa o homem total com todas as suas relações humanas”. Podemos dizer como o Rev. Hernandes Dias Lopes que a nossa teologia não deve ser dissociada da pratica e nem o nosso culto solene do nosso culto diário. Precisamos de uma ortodoxia = Doutrina fiel, mas também de uma ortopraxia – prática fiel. Baseado no texto lido, alumiado pela luz do Espírito Santo, quero trazer uma mensagem com o tema inserido abaixo:
TEMA: O CULTO VERDADEIRO

1.      O MOTIVO DO CULTO: AS MISERICÓRDIAS DE DEUS. V.1
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
Pelas misericórdias de Deus podemos oferecer um culto (sacrifício, onde se escolhe o melhor para Deus, usar a melhor roupa, sapato, perfume que tiver para cultuar a Deus. Ex: Caim e Abel; Gn 4.1-7) este culto (sacrifício) deve ser:
a)     Vivo. “...Sacrifício vivo...”
Contraste com a oferta material, animal morto repetido todos os anos, agora o culto era ao cordeiro que foi morto (I Pe 1.18-20), ressuscitou (Rm 4.25) e estava vivo pelos séculos dos séculos (Ap 1.17-18), nós crentes não carregamos o “senhor morto”, o nosso Senhor está vivo. ALELUIA!! NOSSO CULTO É VIVO!!
Para Jesus precisamos oferecer um culto vivo, solene com a vida e jamais um culto morto sem alegria. Um grupo de pastores decidiram visitar um leprosário e nos momentos de culto ali perceberam um homem no canto que havia perdido quase todos os movimentos devido ao avanço da lepra e isolado com os demais, ele no momento dos cânticos, orações e pregações de pastores que ali iam visitar ele levantava o único dedo que sobrou na mão direita todo o tempo, aquele homem com aquele gesto estava dizendo eu presto culto, adoro a este Deus. O culto daquele leproso era um culto (sacrifício) vivo. ALELUIA!!!
b)     Santo. “...Sacrifício ... santo
Separado para o uso de Deus, distanciado do pecado. Deus repreendeu Israel por causa dos seus ajuntamentos sem vida de santidade, eram formais no culto e sua vida era uma desgraça. Veja o que Deus disse ao povo de Israel:
“Não posso suportar pecado associado ao culto solene” (Is 1.13)
c)     Agradável a Deus “... Sacrifício... agradável a Deus...”.
Segundo a vontade de Deus, não sou eu que devo gostar do culto, mas Deus é que deve gostar ou não gostar do nosso culto, pois o culto é para Ele e não para mim.
Existe certo pregador que fazia propaganda da sua igreja dizendo: “Eu sou o profeta das nações e se você quiser ouvir sobre cura, prosperidade, prego. Aqui eu prego o que você quer ouvir.” O culto não é teocêntrico, mas antropocêntrico. Muitos dizem que vêem assistir o culto, quem assiste o culto é Deus, nós viemos para prestar culto. GLÓRIAS A DEUS!!!
d)     Racional. “...Sacrifício... que é o vosso culto racional
O culto cristão é um culto inteligente, espiritual, onde a razão (mente) que coordena suas atitudes é dirigida por Deus em todos os seus caminhos. “Este é o caminho andai nele” (Is 30.21).
“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hb 11.3) 
A fé cristã torna as pessoas inteligentes e jamais néscias, culto onde as pessoas fazem coisas loucas como um determinado DVD que me presentearam e as pessoas ficavam rodando feito peru de natal bêbado, outros caindo pelo chão e dizendo que caíram pelo poder de Deus, e ainda alguns com uma gritaria terrível, quando pergunta-se a respeito da veracidade disto com a Bíblia dizem que é mistério, só entende quem é espiritual. Meus irmãos deixemos de meninice e leiamos a Bíblia. Em nome de Jesus!
O apóstolo Paulo orienta-nos a orar com o espírito, mas também com a mente (I Co 14.15)

2.      A EXIGÊNCIA DO CULTO: A TRANSFORMAÇÃO DA VIDA. V. 2A
“E não vos conformeis com este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...”
a)     Não viver de acordo com as normas, modismos e invencionices deste mundo. “E não vos conformeis com este século (mundo)...”.
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” (I Jo 2.15)
Mundo neste texto é o sistema de rebelião contra Deus, por que já vi crente usar este texto para dizer que é pecado assistir copa do mundo, mas a Bíblia diz que o mundo (Planeta Terra) e os que nele habitam pertencem a Deus (Sl 24.1), Deus amou o mundo (judeus e gentios de as partes mundo e não apenas judeus como pensavam os judeus, Jo 3.16). Mundo tem vários significados depende do contexto onde a palavra está inserida. O que são práticas mundanas? São as práticas pecaminosas como: sensualidade (provocar desejo); sexo ilícito; vícios, bebidas, glutonarias, consumismo; mentiras; traições; roubos. Agora proibir jogar futebol dizendo que é coisa do mundo é não conhecer a Bíblia. Fujamos dos prazeres carnais!
b)     Ter a mente renovada pelo Espírito Santo. “... Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.
A atitude mental do crente deve ser remodelada pelo conhecimento do evangelho, mediante o poder do Espírito. Somente através dessa renovação santificadora o crente torna-se sensível o bastante para discernir se o comportamento está de acordo com a vontade de Deus em cada situação vivida. O apóstolo Paulo fala que temos a mente do Senhor (I Co 2.16), Tudo isto porque recebemos o Espírito Santo ao conhecemos a Cristo, Ele nos auxilia na aplicação da Palavra de Deus para nossas vidas. Jesus disse que aquele que o ama deve guardar seus mandamentos (Jo 14.15). Nossa mente sendo renovada por Cristo, iremos pensar nas coisas do alto onde Cristo está assentado (Cl 3.2). “Levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”. Se todo pensamento está cativo à obediência de Cristo, então toda a pessoa estará em sua totalidade submissa a Cristo com suas idéias, motivos, desejos e decisões. Ser transformado pela renovação da mente é ter implantada uma nova mente com Cristo no controle, isto acontece pela aplicação do evangelho pelo Espírito.

3.      O RESULTADO DO CULTO: EXPERIMENTAR A VONTADE DE DEUS. V. 2B
Precisamos em nossa vida experimentar a vontade de Deus em nossa vida e o nosso culto não é apenas o momento na igreja, mas é todo nosso viver sendo um culto oferecido a Deus. Deus revela sempre a sua vontade para nós, devemos está atentos para aprendermos ao ouvirmos Deus falar conosco e cumprirmos sua vontade. Esta vontade é sempre:
a)     Boa (para o servo de Deus). “Para que experimenteis qual seja a boa... vontade de Deus”.
“Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”. (Fp 2.13)
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8.28)
“Depois vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, para que se conserve muita gente em vida.” (Gn 50.18-20)

b)     Agradável (a Deus). “Para que experimenteis qual seja a agradável... vontade de Deus”.
“Nele (Cristo), digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.” (Ef 1.11)
“Que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.” (Is 46.10)
Deus só faz o que lhe agrada e não o que agrada o homem, Deus não precisa adequar-se a nossos costumes, nossos costumes é que devem adequar-se a Deus e a sua vontade. A vontade soberana de Deus é sempre estabelecida, lembram do caso de Jonas que Deus disse que deveria se dispor para ir pregar em Ninive e ele dispôs-se para fugir para Társis, Deus fez que acontecesse tempestade no mar, o profeta lançado ao mar foi engolido por um peixe e vomitado na Praia de Ninive. Quando a vontade de Deus é que Jonas esteja em Ninive não adianta fugir para Társis que Deus o traz para Ninive. Se Deus te ordena pregar sua Palavra não fuja, lembre de Jonas, se você fugir, Deus vai em busca de ti. Quando Deus te quer em Ninive, não fuja para Társis. ALELUIA!!! GLÓRIAS A DEUS! ELE CUMPRE SEMPRE SUA VONTADE SANTA!!!
c)     Perfeita (infalível, dentro do plano perfeito de Deus). “Para que experimenteis qual seja a perfeita... vontade de Deus”.
O caminho do Senhor é perfeito; a Palavra do Senhor é provada” (II Sm 22.31)
“Deus é a minha fortaleza e a minha força e Ele perfeitamente desembaraça o meu caminho.” (II Sm 22.33)
“Deus é perfeito em todos os seus caminhos e santo em todas as suas obras.” (Sl 145.17)
Deus tem uma vontade que é perfeita em todos os aspectos, sua vontade segue seus atributos de perfeição, santidade, justiça, imutabilidade e amor. Ele tem um plano para cada criatura, sua vontade revelada nas Escrituras levam o homem a uma relação de amor com Ele e com seu semelhante. Todos os momentos da nossa vida acontece um milagre, um Deus perfeito que habita homens imperfeitos alcançados por sua graça e Ele não se corrompe com nossas imperfeições, pelo contrário nos purifica. Nós diante deste Deus não temos outra alternativa a não ser adorar. ADORE A ELE AGORA!!! ALELUIA!!!
Um rei chamado Nabucodonosor da Babilônia, que levou Israel cativo, porque Deus permitiu, por causa dos pecados de Israel, achou que era o rei da cocada preta, foi confrontado por três jovens israelitas que estavam ali como escravos: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, não adoraram a imagem de ouro que Ele fez, foram lançados na fornalha de fogo ardente, os que os lançaram na fornalha morreram e eles ficaram passeando dentro do fogo sem nenhuma queimadura junto com um quarto homem que segundo a teologia era uma teofania, aparição de Cristo no Velho testamento (dn 3.1-27). Deus estava presente na fornalha e livrou seus servos. O rei continuou no seu orgulho e Deus o fez ficar abilolado, doido e ele começou a viver entre os animais e comer capim feito jumento, para reconhecer que havia um Deus Supremo acima de tudo e todos (Dn 4.31-33), quando chegou seu juízo novamente ele disse:
“Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorificarei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em, geração. Todos os moradores da terra são por eles reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exercito do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu esplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.” (Dn 4.34-37)
Deus tem sua maneira de operar e o seu agir pode parecer estranho a mente humana, mas com certeza terminará no cumprimento da perfeita vontade Dele. Nabucodonosor teve que agir feito jumento para reconhecer a Supremacia de Deus e você reconhece a Senhorio perfeito de Deus?

CONCLUSÃO:
Aprendemos nesta mensagem sobre o culto verdadeiro e esboçamos os seguintes pontos:
a)     O Motivo do Culto: As Misericórdias de Deus.
b)     A Exigência do Culto: Transformação da Vida.
c)      O Resultado do Culto: Experimentar a Vontade de Deus
Podemos perguntar se nosso culto é centrado em Deus ou no homem ou se exalta as misericórdias de Deus ou a capacidade humana? Ainda questiono, nossa vida tem sido transformada por uma devoção cúltica a Deus ou achamos que culto solene é divorciado de culto pessoal? E podemos ainda questionar se temos experimentado a vontade de Deus na nossa vida ou se vivemos apenas teoricamente o evangelho sem uma vida relacional onde conhecemos sua vontade?
Pensemos nisso e experimentemos mais de Deus em nossa vida e se há alguém que ainda não tem um pacto com Deus, aceite o convite da graça recebendo Jesus como seu Senhor e salvador e terás um tesouro nos céus, a salvação e a companhia de Jesus por toda a tua vida e eternidade. (Mt 28.20)
APLICAÇÃO:
1.      Aos crentes: Peçamos ao Senhor que restaure o altar do nosso coração para que cultuemos a Deus de modo verdadeiro.
2.      Aos não-crentes: Pense na sua vida ela já foi transformada por Deus, se não, hoje é o dia que o Senhor preparou para encher a tua alma da sua graça, Ele está de mão estendida.
Música: Quando Jesus Estendeu a Sua Mão
Quando Jesus estendeu a Sua mão
Quando Ele estendeu a Sua mão para mim
Eu era pobre e perdido, sem Deus e sem Jesus
Quando Ele estendeu a Sua mão para mim


A minha alma estava longe do caminho do céu

Eu era pobre, desprezível pecador
Mas Jesus já transformou minhas trevas em luz
Quando Ele estendeu a Sua mão para mim.

Agora me regozijo desde que o aceitei

E na tempestade eu posso sossegar
Pois com Ele estou liberto do perigo e do mal
Desde que estendeu a Sua mão para mim.  
Oração:
Pelos crentes: restauração
Não Crentes: Conhecimento de Deus
 
Referencias Bibliográficas:
A Carta aos Romanos, Willian Smith, CEIBEL, Patrocínio - MG, 1984.
Introdução ao Novo Testamento, Willian Smith, CEIBEL, Patrocínio -MG, 1976.
A Igreja Ensinadora, Dra. Sherron George, CEIBEL, Patrocínio - MG, 1988.
Bíblia Genebra, SBB - ARA, Edição Ampliada, Ed. Cultura Cristã, Campinas - SP, 2010.
Pequeno Catecismo Católico, Ed. Associação Brasileira de Ajuda a Igreja que Sofre, São Paulo - SP, 2006.
Do Pentecostes ao Renascimento, Willian Smith, CEIBEL, Patrocínio - MG, 1988.
Introdução ao Novo Testamento, Rev. Luis Ricardo Cruz, CPO/NE, Apostila do 1° Ano, Garanhuns - PE, 2006.

MENSAGEM PARA DISCIPULADO/GRUPO DE ESTUDO


 Texto: Ef 2.1-10
Tema: Do Pecado Para a salvação; da Salvação para Vida Prática.

1-     O homem Natural está morto espiritualmente (separado de Deus). V. 1-5

O estado natural de todos os homens depois de Adão é morte espiritual.
Essa condição é universal V.1; Rm 3.23; Rm 5.12.
Estão em rebelião contra Deus V.2, 3.
Estão sujeitos ao domínio de satanás V.2; Cl 1.13.
São totalmente incapazes de por si só abandonarem a rebelião contra Deus e o agradarem. V. 3; Jo 8.34; At 16.14,15
Estão expostos a justa ira de Deus V. 3; Jo 3.18-21,36

2-     Deus por sua graça ressuscita o homem da morte espiritual. V.4-9

Por causa do seu grande amor nos ressuscitou e salvou. V. 4,5
O mesmo que aconteceu com Cristo na sua ressurreição acontece com os crentes na ressurreição espiritual (Conversão) e um dia na ressurreição. V.6; Jo5. 29
O propósito da ressurreição espiritual é promover a graça e bondade de Deus V.7
A salvação é algo concreto não apenas um sentimento ou emoção. V.8
A - Somos salvos pela graça. V.8A
B - O meio que Deus usa na salvação é a fé em Cristo. V.8B
C - Tudo isso não está no homem, é presente (dom) de Deus. V. 8C
As obras não salvam o homem. V.9

3-     As boas obras devem fazer parte do homem que tem nova vida em Cristo. V.10

Deus nos criou para praticarmos boas obras. V.10A
Deus de antemão preparou as boas obras para que as praticássemos. V.10B
O apostolo Paulo pregava uma fé operosa. Gl 5.6, 13; I Ts 1.3; I Tm 1.5.
O apostolo Tiago combateu uma fé teórica sem prática operosa. Tg 2.14-26
O homem diante de Deus é justificado só pela fé. (Rm5. 1), mas diante dos homens as obras de obediência testificam que sua mensagem é verdadeira.
As boas obras dos cristãos fazem os homens glorificarem a Deus. Mt 5.16
Conclusão:
Como o homem já nasce morto em delitos e pecados, Deus tem este poder para ressuscitá-lo desta morte espiritual (separação de Deus), e as boas obras embora não salvem, mas provam aos homens que sou salvo, então se entende que devo entregar-me a Cristo e tornar esta entrega visível por uma vida de santidade, busca ao Senhor e distancia do pecado. Esta entrega não tem hora marcada pode a qualquer momento, inclusive agora. Como faze-lo? Orando e entregando-se a Deus e lutando pedindo forças a Ele para vencer.
Pb Veronilton Paz (Instrutor)
Bibliografia: Bíblia Genebra, Comentário de Tiago de Augustus Nicodemus, sermão do Pb José Mário, EBD 01/11/2009.

Esboço Dominical do Missº Veronilton (IPB, Sítio Serrote)

Texto: Gn 8.20-22

Tema: O Que Acontece No Altar?

1-     Sacrifício (O Melhor)

2-     Adoração. (Reconhece O Que Deus É).

Contrição. (Pedir Perdão)

Esta congregação faz parte da Igreja Presbiteriana do Brasil em Monteiro-PB.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estamos Em Reforma!


 Graça e Paz!
A Igreja Presbiteriana do Brasil em Monteiro-PB está em reforma e ampliação do templo, este construido em 1965 pelo Rev. Helon da Rocha Gouveia quando tinha 50 membros, já com capacidade para 200. Hoje não comporta mais o nº de pessoas, precisando ser alargado. O Concílio Local atualmente é integrado por: Pres. Re. Altino Júnior, V. Pres. Pb. Antonio Braz, Sec. de Atas Pb. Missº Veronilton Paz, Vogal Pb. Antonio Maurício (Tesoureiro). Temos Congregações e pontos de pregações no Sítio Tingui, Sítio Serrote, Prata-Pb e campo missionário em Sumé-PB.