segunda-feira, 10 de maio de 2010

As evidências da plenitude do espírito santo

Não existe sequer uma pessoa salva sem a obra do Espírito Santo. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9). Se alguém não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus (Jo 3.5). Todo salvo é regenerado pelo Espírito, habitado pelo Espírito, selado pelo Espírito e batizado pelo Espírito no corpo de Cristo. Porém, nem todos os que têm o Espírito Santo estão cheios do Espírito. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente, outra é ter o Espírito presidente. Quais são as evidências de uma pessoa cheia do Espírito Santo?

1. Uma pessoa cheia do Espírito tem uma vida controlada pelo Espírito (Ef 5.18) – O apóstolo Paulo ordena: “E não vos embriagueis com vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Aqui, Paulo dá uma ordem negativa: “não vos embriagueis com vinho” e uma ordem positiva: “enchei-vos do Espírito”. Paulo faz uma comparação superficial e um contraste profundo. A comparação é que assim como uma pessoa embriagada está sob o poder do vinho, assim também uma pessoa cheia do Espírito está sob o poder e influência do Espírito. O contraste é que o vinho conduz à dissolução, mas a plenitude do Espírito ao domínio próprio. Quem está cheio de vinho não pode estar cheio do Espírito. Quem é dominado pelo vinho não pode ser dominado pelo Espírito. A embriaguez é obra da carne e conduz à escravidão e à morte, mas a plenitude do Espírito traz liberdade e vida.

2. Uma pessoa cheia do Espírito tem deleite na adoração a Deus (Ef 5.19,20) – Uma pessoa cheia do Espírito louva de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a Deus, o Pai, em nome do Senhor Jesus. Adoração e gratidão são evidências da plenitude do Espírito. Por conseguinte, uma pessoa que não se deleita na adoração e se entrega à murmuração não dá provas de que está cheia do Espírito. Adoramos a Deus por quem ele é, e agradecemos a Deus pelo que ele faz. Quando estamos cheios do Espírito, nosso coração se volta para Deus em alegre e santa devoção. Quando estamos transbordando do Espírito reconhecemos a bondade de Deus em todas as circunstâncias e o agradecemos pelos seus gloriosos feitos.

3. Uma pessoa cheia do Espírito tem relacionamentos transformados (Ef 5.19) – O apóstolo escreve: “falando entre vós com salmos”. A expressão “entre vós” fala de relacionamento e comunicação. Uma pessoa cheia do Espírito tem relacionamentos transformados. Sua comunicação é regada pelo amor. Suas palavras são medicina para a alma. Uma pessoa cheia do Espírito não fere a outra com a língua, mas enaltece e abençoa as pessoas com a palavra. Nossas palavras refletem nosso coração. Nossas palavras atestam o quanto o Espírito Santo controla a nossa vida. Um crente cheio do Espírito é um encorajador e não um provocador de contendas. Sua palavra constrói pontes em vez de cavar abismos.

4. Uma pessoa cheia do Espírito tem disposição para servir (Ef 5.21) – O apóstolo Paulo ainda diz: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. No reino de Deus maior é o que serve. Um crente cheio do Espírito jamais é uma pessoa arrogante e soberba. Um crente cheio o Espírito jamais alimenta mania de grandeza. Ele se dispõe a servir em vez de ser servido. Ele cinge-se com a toalha e se dispõe a lavar os pés dos irmãos. Ele não tem em vista o que é propriamente seu, mas também o que é dos outros. Um crente cheio do Espírito é uma pessoa humilde, generosa, prestativa e que faz da vida uma plataforma de serviço e não uma feira de vaidades. Você é um crente cheio do Espírito? Lembre-se: er cheio do Espírito não é uma opção, mas uma ordem divina.



Rev. Hernandes Dias Lopes

Batismo Por Aspersão

INTRODUÇÃO
Estamos vivendo uma época de crise de identidade em nossa denominação, e por isso, precisamos resgatar a nossa identidade. A Igreja Presbiteriana precisa repensar e regressar as antigas verdades outrora defendidas com afinco na igreja.
O nosso tema de hoje é polêmico, isto porque a comunidade evangélica da atualidade é IMERSIONISTA, sendo assim, talvez alguns de vocês tenham assimilado essa prática e gerado um preconceito contra o batismo por aspersão – digo que isso é natural, mas é desprovido de fundamento. Sabe como a imersão tem sido assimilada? Pelo menos de duas formas básicas:
1) Pela associação com o Batismo Católico Romano – Ser aspersionista é ser católico romano; assim, dizem os crentes modernos.
2) João Batista batizou no Rio Jordão – Esse tem sido o argumento do imersionistas, pois, eles supõem que se João, o Batista, batizou em um rio esse batismo foi por imersão.
O nosso estudo visa mostrar que estas duas premissas estão erradas. O batismo por aspersão não é do catolicismo romano, mas é uma forma bíblica de Batismo; segundo, João, o Batista, jamais praticou a imersão.

A nossa Confissão de Fé declara[1] o seguinte: “Não é necessário imergir o batizando na água; mas o batismo é corretamente administrado ASPERGINDO água sobre o candidato” (Confissão de Fé de Westminster, Cap.23 e Séc.3).Essa é a nossa tese neste estudo.


Vejamos o que podemos aprender sobre este assunto:

I – O QUE É BATISMO?

O nosso Breve Catecismo diz que “o batismo é o sacramento no qual o lavar com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa e sela a nossa União com Cristo, a participação das bênçãos do pacto da Graça, e nosso compromisso de pertencemos ao Senhor” (Breve Catecismo pergunta 94).
Nesta definição de Batismo oferecida por nosso símbolo de fé podemos destacar algumas coisas:
1.1 – O batismo é um Sacramento: O termo “Sacramento” significa algo que é Santo. Um sacramento, dentro da definição presbiteriana, é “um sinal visível de uma graça invisível” que tem sido destinada aos crentes em Cristo[2] , devemos levar em consideração este conceito presbiteriano, o batismo não é qualquer coisa, tem valor e muito valor.
1.2 – O batismo significa e sela a nossa união com Cristo: O batismo aponta para a realidade de que fomos alcançados por Cristo, Deus declara-nos que fomos salvos e que lhe pertencemos mediante este sacramento.

II – ANALISANDO O VOCÁBULO BATISMO
Os imersionistas dizem que o termo Batismo significa sempre “Imergir na água”. Dizem que os termos “Baptw”(Baptô) e “Baptizw”(Baptizô) sempre tem essa conotação. É verdade que no grego clássico estes termos significavam “imergir”, todavia, o grego do Novo Testamento é o Grego conhecido como Koinê (Aquilo que é comum, aquilo que é do povo). E os termos nunca são empregados no Novo Testamento com esse sentido de imergir.

Vejamos:
1) Batizar nem sempre é imergir: Cristo não se Batizava antes de comer veja o que diz Lucas 11.38, o vocábulo grego empregado é “ebaptisqh”(Ebaptisthê).Outro fato interessante é o que Marcos diz em 7.4 “quando voltam da praça, não comem sem se aspergirem( baptiswntai - baptisôntai); e há outras cousas que receberam para observar, como a lavagem( baptismouV - Baptismus) de copos, jarros e vasos de metal e camas”.
Ora, se a palavra “Batismo” significa somente imergir, então, como explicar a imersão das camas de dormir – em qual tanque eles praticavam isso? No rio Jordão? Como? Levavam a cama na cabeça até o rio?
Como explicar Dn.4.25? Na versão grega do Antigo Testamento (Conhecida como Septuaginta) diz que “Nabucodonozor foi batizado no Orvalho do Céu”. Ele foi mergulhado no orvalho? Uma gota de chuva prova a imersão ou a aspersão?

2) Batizar não é sepultar: Os imersionistas advogam que o Batismo é símbolo da morte de Cristo. E apelam para Romanos 6.4ss , estes textos fala de nossa identificação com Cristo no Batismo dele que é caracterizado como a sua morte, e este batismo, sela nossa união com Ele. Associam que o descer a sepultura de Cristo, é figura do seu batismo, a pergunta é: Cristo foi sepultado como nós ocidentais somos? Ele foi baixado na cova, ou foi sepultado dentro de uma rocha, ou caverna? Então, o modelo de nosso sepultamento não serve para tal simbolismo do batismo de Cristo.

III – JOÃO, O BATISTA – UM IMERSIONISTA?

Os imersionistas agarram-se a João Batista dizendo que ele praticou a imersão. Será que João praticou a imersão no seu ministério?Alguns argumentam que ele batizou no Rio Jordão, ora se ele batizava em um rio, logo, ele batizava por imersão. Parece-nos uma conclusão lógica.Temos alguns problemas com essa argumentação:

1) Quem era João Batista? Todos nós sabemos que João era o primo de Cristo, e Filho de Isabel e Zacarias. Mas qual é era a função João? Jesus disse que João era Profeta. Por isso, Cristo disse que ele era o Elias prometido conforme profetizado por Malaquias 4.5, isto é fato descrito por Mateus 11.10-13. O que iria fazer o “Elias prometido”? Em Malaquias 3.1,3 diz que ele “purificará os filhos de Levi”, mas como era feita a purificação dos Filhos de Levi? Era por imersão ou aspersão? Veja o que diz Números 8.6-7. Então, João não poderia ser um imersionista.
2) João como profeta não poderia introduzir um novo rito de purificação: É público e notório que todos os ritos de purificação no V.T eram por aspersão, e todos os profetas praticaram a aspersão como rito de purificação, especialmente porque Moisés havia recebido a ordem de Deus para isso, logo, nenhum profeta poderia alterar o rito, como João, sendo um judeu levita, poderia introduzir tal rito estranho? Basta olharmos o primeiro capítulo do Evangelho de João 1.25 (evangelista) para vermos que isso era impossível.

IV – ALGUMAS PASSAGENS DA ESCRITURA E ASPERSÃO PROVADA

Neste momento queremos mostrar alguns textos das Escrituras onde a imersão não aparece, e torna-se evidente que a aspersão é o caso aplicado. Estes textos provam que a imersão nunca foi uma prática bíblica, e assim, a aspersão é bíblica – não pode existir duas verdades quando uma se opõe a outra, vejamos:
1) Paulo não foi imerso: Não há como negar que Paulo foi batizado em pé Atos 9.18; 22.16. A expressão no original grego anastaV ebaptisqh(anastas ebaptisthê) o particípio grego “anastas”indica que houve uma ação simultânea entre o levantar e ser batizado. Não há porque supor que havia um tanque batismal na casa para isso, pois, tal não era a prática de judeus já apegados a aspersão.

2) As abluções são traduzidas por batismos: O autor do livro de Hebreus que as várias cerimônias de purificações no V.T são chamadas de “batismos” isso no capítulo 9.10 e as descreve nos versículos 19-22

3) Como explicar a imersão em I Corintios 10.1,2: É possível ser imerso na nuvem? Ou no Mar Vermelho?Os israelitas foram imersos no Mar vermelho? Não foram os egípcios? Como podemos ser mergulhados em Moisés? Este texto só tem explicação se a aspersão foi admitida no termo “batismo” que é empregado aqui.

4) Atos 2.41 prova a imersão? A resposta é não. Porque os imersionistas não consideram algumas coisas.
4.1) não havia rio dentro da cidade de Jerusalém.
4.2) como mergulhar 3 mil pessoas em um dia, em um local sem águas para a imersão se praticada..


Conclusão

Este estudo tem o caráter de ser uma introdução ao assunto, solicitamos que todos possam estudar este assunto com afinco, e assim, possamos resgatar a nossa identidade.

[1] A Igreja Presbiteriana do Brasil possui três símbolos de Fé: 1) A Confissão de Fé de Westminster; 2) O Breve Catecismo de Westminster; 3) O Catecismo Maior de Westminster.
[2] Veja-se a Confissão de Fé de Westminster, Capítulo 26, Seção 1.

Por João Ricardo Ferreira de França
Fonte: www.presbiterianoscalvinistas.blogspot.com

Batismo Infantil – Uma doutrina peculiar aos Presbiterianos

INTRODUÇÃO
Este assunto é muito polêmico, há muitos que têm preconceito com este assunto.Isso porque muitos de nós temos o pensamento de que o batismo de bêbes é uma prática da Igreja Católica Romana. Outros pensam que é uma prática bíblica. Mas o que diz a Bíblia. E o debate sobre este assunto gira em torno da seguinte pergunta: Será que existe no Novo Testamento um mandamento ou ordenança para batizar os Filhos dos crentes? Os contrários à prática do batismo infantil dizem: Já que no Novo Testamento não podemos achar uma ordenança clara para batizar crianças,então, não devemos batizá-las.Para eles isso encerra o assunto. Na verdade podemos dizer sobre o assunto mais do que se imagina. Há coisas que a igreja crê e que não está claramente mostrado na Bíblia: Por exemplo, podemos citar a doutrina da Trindade – a Bíblia nunca diz que Deus é três Pessoas distintas e co-eternas. Mas, nem por isso deixamos de crer na doutrina ali revelada. Qual é o problema com a doutrina? Podemos sugerir algumas respostas:


1) É um problema de Metodologia: Se nos aproximamos da Bíblia acreditando que a igreja é um fenômeno do Novo Testamento somente, jamais vamos entender o Batismo de Crianças; a Bíblia diz que a igreja sempre existiu em Atos 7.38[1] está escrito “a igreja que estava no deserto”.
2) É um problema de não considerar a unidade da Bíblia: O problema aumenta quando nós não consideramos a unidade entre o V.T e o N.T. Não se conhece que há uma unidade entre os dois testamentos. O Velho Testamento é Palavra de Deus tanto quando o Novo Testamento.
3) É um problema de desconhecimento da eclesiologia: Muitos não aceitam a doutrina do Batismo infantil porque desconhecem o que seja a igreja. Há muita falta de conhecimento sobre isso na igreja atual.

Diante disso, podemos agora considerar o nosso assunto com muita cautela. O que podemos dizer sobre o Batismo Infantil? O que diz o nosso Catecismo maior sobre isso? “A quem deve ser administrado o Batismo? O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da Igreja visível, e assim estranhos ao pacto da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e a obediência a Ele, porém as crianças cujos pais, ou um só deles professarem a fé em Cristo e obediência a Ele,então, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas”(Catecismo Maior, Questão 166)

I – ANALISANDO O ANTIGO TESTAMENTO

Por onde devemos começar o nosso estudo? A resposta é no Antigo Testamento. Nós presbiterianos podemos dizer que este ensino começa com Abraão. Você pode dizer que é um crente do Novo Testamento e que o Antigo Testamento tem nada haver com você.Mas quero dizer-lhe que cada mensagem e doutrina no N.T tem as suas raízes no V.T. Se desejarmos conhecer profundamente a doutrina do pecado, é necessário ir até as páginas do Gênesis. Se quisermos conhecer adequadamente a Cruz precisamos ir aos cinco primeiros livros do V.T. Da mesma forma dizemos que se você quer aprender sobre o Batismo infantil ou Pedobatismo[2] é preciso começar com o Antigo Testamento.
Deus ao Criar o homem deu-lhe uma ordem de “crescer e multiplicar”(Gn.1.27-78) o propósito desta ordem é que Deus quer trazer ao mundo uma geração santa. Os filhos do primeiro casal devem ser santos. Vocês acham que Deus criou Adão e Eva para ficarem sozinhos? A resposta é Não! Este não é o propósito da família.
Em Gênesis 3 vemos o homem cair do estado em que foi criado, então , Deus vem ao homem vs.9 e pergunta: “onde estás?” é a graça de Deus vindo até o pecador.Antes da queda tínhamos a esperança de se ter filhos santos, mas agora temos uma geração de pecadores. Mas Deus não quer esses pecadores, decide fazer uma promessa de redenção Gn 3.15, Deus vem até a primeira família dizer que há esperança . Existe a esperança de que Ele ainda trata com gerações. Deus quer se relacionar com famílias, e isso, incluem os filhos de Adão e Eva.
Nos dias de Noé temos a mesma coisa.Deus não salva apenas uma pessoa, mas uma família conforme vemos Gênesis 6.9. A redenção vem em termos de família, em termos de gerações. Deus ao longo da História vem tratando com a família.
Alguns exemplos são pertinentes quando a isso: Abraão foi salvo por Deus. Em Romanos 4, Paulo explica que a Salvação de Abraão foi pela graça e pela fé.Gênesis 15.6; Romanos 4.9, então toda a doutrina nasce no Antigo Testamento.
No texto de Gênesis 17.7-14 o pacto é chamado de eterno. Deus escolhe o sinal da circuncisão para simbolizar a salvação. Deus dá um sinal que indica a salvação aos adultos como as crianças. Para alguém se tornar o seguidor de Javé era necessário ser circuncidado Êxodo 12.48. Todo crente do A.T deveria circuncidar o Filho, imagine-se no A.T Testamento e o que você faria? Certamente você circundaria o seu filho



II – O NOVO TESTAMENTO
O que o Novo Testamento tem a nos ensinar sobre este assunto? Os anti-pedobatistas dizem que para uma pessoa ser batizada é necessário crer. E citam Marcos 16.15-16. O ato de crer precede o de batizar, e assim, as crianças não podem crer, logo, não devem ser batizadas. Essa é uma conclusão dos anti-pedobatistas, todavia, vejamos o que diz o texto:
QUEM CRER E FOR BATIZADO SERÁ SALVO – esta declaração é correta, mas dizer que isso invalida o batismo de bêbes é um absurdo, pois, os nossos oponentes não leram o resto do versículo que diz:
POREM, QUEM NÃO CRER ESTÁ CONDENADO – isto significa que para ser salva a criança precisa crer, e ela não crer, logo,ela está condenada.
Se o batismo é símbolo da fé, então como entender Romanos 4.11. A circuncisão é vista como o símbolo da fé que Abraão teve, e este símbolo foi aplicado aos bêbes do V.T, logo, a criança deve ser batizada. O batismo é o cumprimento da circuncisão.
Paulo no N.T diz que o “batismo” é a “circuncisão de Cristo” Colossenses 2.11-12. O apóstolo Pedro fala do batismo de Criança quando proclama sobre Cristo em Atos 2.38-39 – A palavra grega usada aqui é teknia (teknia) que significa “criancinhas” filhos pequeninos, crianças de peito.Ele diz isso porque sabe que Deus continua agindo com família ao longo da história redentiva do povo do pacto. E, assim entendemos porque Paulo diz que os filhos dos crentes na igreja são santos em 1 Corintios 7.14.
Há também o batismo de famílias inteiras registradas nas paginas do N.T Atos. 11.14,44-48; 16.14-15; Atos 16.31

III – A HISTORIA E O BATISTMO INFANTIL

Neste momento desejamos mostrar os indícios de que a história confirma o Batismo infantil. Este ponto é importante para mostrar que a igreja sempre praticou o pedobatismo.
IRINEU( do 1 século) - Escreveu sobre o batismo infantil dizendo que Cristo mandou a igreja batizar todos os que foram alvos do evangelho, e assim, as criancinhas deveriam ser batizadas, ele declara isso em seu livro “Contra as Heresias, Livro III, Capítulo 9”.

JUSTINO, O MARTIR – Confirma o testemunho de Irineu dizendo que ele está referindo-se ao batismo de Criancinhas, ele diz isso no seu livro “Apologia I”.,
TERTULIANO – Ele é um teólogo do 3 século, defendia que seria melhor aos homens serem batizados mais tarde, pois, entendia que o batismo perdoa os pecados, e assim diz que as criancinhas deveriam ser batizadas mais tarde. Pelo testemunho de Tertuliano percebemos que o batismo de Crianças era uma prática comum na história da Igreja
Lembremos que isso não é do período da Igreja Católica Romana, mas é muito antes.
ORIGENES – Escreve dizendo que a “Igreja tinha dos apóstolos a tradição(ordem) para administrar o batismo as criancinhas”.
As tradições não devem ser abandonadas, especialmente, aquelas advindas dos apóstolos 2 Tess. 2.15;3.6
O CONCILIO DE CATARGO – Esse concílio responde a uma carta de Fido sobre que tempo deve-se esperar para batizar uma criancinha, o concílio com 66 bispos, decidiram unanimente que a Criança poderia ser batizada antes do oitavo dia de nascido.
PELÁGIO – No ano 350 escreveu o seguinte:”Nunca tive conhecimento de alguém, nem mesmo o mais ímpio herege, que negasse o batismo às criancinhas”.
AGOSTINHO – Conhecido como o doutor da graça escreveu defendendo o Batismo infantil como sendo a fonte de redenção dos pequeninos.

Conclusão
O Batismo infantil é uma prática Bíblica e histórica da Igreja e precisamos resgatá-la em nosso meio, pois, ela nos garante a certeza de que a criança faz parta da igreja de Deus como povo do pacto do Senhor.

BIBLIOGRAFIA:
1) Estudos Bíblicos sobre o Batismo de Crianças – Philippe Landes – Casa Editora Presbiteriana, S.D.
2) Confissão de Fé e Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana do Brasil - Casa Editora Presbiteriana, 1980.
3) Batismo Infantil – O que os Pais deveriam saber acerca deste sacramento – Editora Os Puritanos, 2000.
4) Batismo – O Sinal do Pacto, Rev.Onezio Figueiredo, Sínodo de São Paulo, Presbitério de Casa Verde – IPB, 1993.
5) Revistas Os Puritanos – Vamos a Casa do Senhor & A família do Pacto – Artigo: Batismo Infantil, Kenneth Wieske,2005 & 2006.

[1] O termo grego ekklhsia(ekklesía) significa igreja, Congregação dos chamados para fora do mundo e consagrados para Deus.
[2] A expressão grega “pedobatismoV” significa batismo de bêbes recém-nascidos.
Por João Ricardo Ferreira de França - jrcalvino9@hotmail.com