sexta-feira, 25 de maio de 2012

Frases de Calvino

Sempre que nossos males nos oprimem e nos torturam, retrocedamos nossa mente para o Filho de Deus que suportou o mesmo fardo. Enquanto ele marchar diante de nós, não temos motivo algum para desespero. Ao mesmo tempo, somos advertidos a não buscar nossa salvação em tempo de angústia, em nenhum outro senão unicamente em Deus. Que melhor guia poderemos encontrar para oração além do exemplo do próprio Cristo? Ele se dirigiu diretamente ao pai. O apóstolo nos mostra o que devemos fazer, quando diz que ele endereçou suas orações. Àquele que era capaz de livrá-lo da morte. Com isso ele quer dizer Cristo orou corretamente, visto que recorreu ao Deus que é o único Libertador.
João Calvino, Exposição de Hebreus, p. 134.

A oração é o antídoto para todas as nossas aflições.
John Calvin, Commentary of the Nook of Psalms, vol. VI/4), p. 379.

E devemos confiar que assim como nosso Pai nos nutriu hoje, Ele não falhará amanhâ.
João Calvino, Instrução na fé, cap. 24, p. 67.


Em virtude nosso coração incrédulo, o mínimo perigo que ocorre no mundo influi mais em nós do que o poder de Deus. Trememos antes a mais leve tribulação, pois olvidamos ou nutrimos conceitos mui pobres acerca da onipotência divina.
João Calvino, O livro de Salmos, vol. 2 , p. 658.

Deus jamais encontrará em nós algo digno de seu amor, senão que Ele nos ama porque é bondoso e misericordioso. João Calvino

"Os filósofos são ambiciosos e, por conseguinte demonstram uma estranaha lucidez e uma hábil igenuidade; porém a escritura tem uma esplêndida precisão e uma certeza que supera todos os filósofos."

Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.

 Fonte: http://frasesprotestantes.blogspot.com.br/2008/10/frases-de-calvino.html

Programa de Evangelização do Sertão em Itaíba (Negras, Alto de Negras e Forquilha)

Vale a pena servir quem tem o coração na obra, quem tem a mão no arado e não larga, quem a ama missões de verdade, quem é herói anônimo. 
Pr. Davi, o missionário Edvaldo e toda equipe da Igreja Batista em Itaíba - PE, fazem parte deste grupo raro de servos do Senhor Jesus. Todo dia a gente chega junto em oração, pedindo ao Pai que os fortaleça e os ajude nesta caminhada; todo mês o sal da terra envia um pequena contribuição financeira, posto que saco vazio não se põe em pé; E em Julho estaremos juntos com a IPB Mata da Praia (Vitória - ES) com os Parceiros em Missões e tantos outros voluntários, na evangelização casa a casa, praça a praça e corpo a corpo. Que o Senhor seja glorificado em tudo.
 
Fonte: Sal da Terra

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A Igreja Presbiteriana Conservadora Realiza Manifesto contra o Lixo Chamado PL 122

pl122 Estimados irmãos presbiterianos conservadores.
A IPCB, através de sua liderança nacional, vem por meio desta registrar a sua participação juntamente com outras lideranças evangélicas na elaboração de um documento contra o texto do PL 122.
O Manifesto em favor da liberdade de consciência e de expressão foi capitaneado pela ABIEE (Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas). O documento foi consolidado através de textos publicados por igrejas e denominações nos últimos tempos. O foco foi trabalhar em dois temas: liberdade de consciência e liberdade de expressão. Na redação final tomamos o cuidado de não utilizar linguagem teológica ou religiosa, para evitar preconceitos e discriminação por aqueles que estão querendo justamente pregar contra a discriminação. Finalmente, o nosso manifesto foi entregue na reunião em Brasília, no dia 01 de junho 2011, às lideranças da bancada evangélica no senado, quando a IPCB foi representada pelo presidente, vice e tesoureiro. Para o conhecimento e apreciação da igreja, segue o manifesto na íntegra:

(Rev. Clodoaldo de Souza Caldas - Presidente da Assembléia Geral da IPCB)

Multa por causa de uma Bíblia

Turcomenistão

Quatro cristãos no Turcomenistão foram presos e multados no final de fevereiro depois que a polícia descobriu Bíblias em suas casas. Embora o juiz, inicialmente, tenha se recusado a ouvir o caso contra os quatro cristãos, alegando falta de provas, mais tarde mudou de posição e multou-os por “violação da lei sobre organizações religiosas.”
As Bíblias foram descobertas quando a polícia revistou uma casa onde o dono da casa, cristão, hospedava outros três crentes. Durante a busca, um policial encontrou uma Bíblia em cada uma das malas dos visitantes. Ele confiscou as Bíblias e levou todos os quatro cristãos, que pediram para não ser identificados, para a delegacia.
Um funcionário perguntou-lhes sobre a sua atividade religiosa, gritou com eles e acusou-os de levar a literatura religiosa “ilegal” na cidade. Ele também ameaçou de “plantar” drogas na acusação contra eles.
Os crentes, levados para um centro de detenção, foram trancados em uma cela com 17 presos, embora o espaço tenha sido projetado para apenas quatro. Depois de uma hora, os cristãos foram levados perante um juiz. A princípio o juíz pareceu estar do lado dos cristãos dizendo que os policiais não haviam apresentado provas de má conduta e mandou que os policiais os liberassem.
Uma semana depois, os crentes foram chamados ao tribunal novamente para um julgamento perante o mesmo juiz. “Talvez houvesse pressão sobre o juiz forçando-o a mudar sua postura”, disse um crente familiarizado com o caso.
Os quatro foram considerados culpados por violar a lei sobre organizações religiosas e foram multados o equivalente a R$ 228,35. Embora os cristãos soubessem que não havia feito nada errado, eles tiveram que pagar a multa. Caso se recusassem, poderiam ir para a prisão novamente. As Bíblias não foram devolvidas.
Fonte: Voz dos Mártires
www.gloriosaesperanca.blogspot.com

quarta-feira, 23 de maio de 2012

UM DESABAFO E ESCLARECIMENTO SOBRE SALÁRIO, PREBENDA, CÔNGRUA (ESMOLA), REMUNERAÇÃO - CHAMEM DO QUE QUISER:

Falo Como Pastor Presbiteriano (IPB), mas não falo pelos Pastores da IPB e nem por minha denominação.

Sou Pastor há 23 anos, todos em tempo e consagração integral. Isto é, não divido meus afazeres, dons, talentos e potencialidades e tempo com nenhuma outra atividade a não ser o exercício do Pastorado. Consagro todo o meu tempo integralmente ao Pastorado. Com poucas e tristes exceções, sempre fui tratado com honra e dignidade.

Sou Pastor porque sinto que Deus me chamou para essa tarefa. Podia ser advogado, professor e trabalhar na área comercial de qualquer empresa. Aliás, foi o que fiz até meus 30 anos quando ingressei no STPJMC. Sempre fui muitíssimo bem remunerado. É que, imaturo, por motivos e razões que prefiro não expor aqui, gastava mais do que ganhava.


Não sou Pastor porque me faltam habilidades para ganhar salário, remuneração (ou chamem do que quiser). Não sou aquele tipo de pessoa que tentou de tudo e não tendo dado certo em nada, resolveu ser Pastor. É triste dizer isso, mas eu conheço alguns que vestem essa carapuça. Se fosse por isso eu não seria nem advogado, nem professor, nem palestrante em encontros motivacionais, nem trabalharia na área em que tenho mais conhecimento que é a área comercial;
eu teria seguido a carreira como cantor, interprete de peças musicais, na condição de barítono. Não me faltaram oportunidades, nem no âmbito secular assim como também no mercado fonográfico "evangélico".

Dedico todo meu tempo ao rebanho (I Pedro 5.1-4) colocado sob meus cuidados. Não bato cartão, não assino ponto de entrada e saída, não tenho horário fixo no gabinete pastoral,
mas trabalho com extremada dedicação a maior parte do meu tempo. Levanto cedo por um hábito e sou notívago (gente que dorme tarde) por outro hábito. Minha esposa diz que não viverei muito tempo se continuar madrugando e levantando cedo.

Já estou ficando meio "deprimido" porque tenho 57 anos e por amar tanto o Pastorado, (apesar das múlplices e multiformes agruras), daqui 13 anos penduro as chuteiras se Deus em sua graça me conduzir até lá (A IPB aposenta compulsóriamente os Pastores no dia do seu 70º aniversário. É um presente que a IPB dá ao Pastor que chega aos 70 anos de idade. Paradoxal, não) .


Mas não deixarei de cantar e pregar. Ninguém precisa ser Pastor para fazer isso.


Não sou um Pastor visitador
, mas não deixo ovelha nenhuma que necessite de acompanhamento, sem assistência. Nisso incluo, idosos, hospitalizados, órfãos, viúvos e viúvas e também novos membros. Posso dizer que se houver necessidade estou disposto a varar noites em claro ao lado de uma ovelha que demande cuidados.

Tento fazer o máximo e o melhor,
mas a demanda é sempre grande e por isso, por mais que me esforce, sempre alguém é deixado sem a assistência devida. E também há, entre nossas ovelhas, os reclamões de carteirinha. Por mais que você faça, nunca lhes é suficiente. Penso que deveríamos ser um maior número de Igrejas com um menor número de membros. Igrejas com 400, 500, 1000 membros torna o relacionamento do Pastor com as ovelhas muito impessoal e distante.

Não desligo meu celular no meu dia de "folga". Lamentaria muito saber que uma ovelha minha tenha realmente necessitado de meus cuidados e eu não fui contactado. Se for o caso, trabalho no dia de minha "folga" e "folgo" outro dia.  Se você é um dos que desliga;
respeito seu ponto de vista. Espero que você faça o mesmo com o meu ponto de vista. Deus é quem nos julgará. Sejamos amigos e irmãos.

Se tiver que entrar em uma boca de fumo para resgatar minha ovelha, eu entro.  Se tiver que ir a uma delegacia para assistir uma família em conflito pelo aprisionamento de algum dos seus eu vou. Se tiver que fazer vigília e companhia para uma ovelha enferma no hospital eu faço.


Se tiver que estudar 15, 16, 20, 25 horas preparando um bom sermão que alimente e desafie minha ovelha a ter uma vida mais digna e honrada na presença de Deus eu gasto esse tempo (e só me levanto quando estiver convencido que aquilo que eu vou dizer está alinhado com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra).


Se tiver que escrever Pastorais, em vez de ficar copiando (crtl c, crtl v) de livros e da internet, eu escrevo sempre em oração (quem me conhece sabe que é assim), mesmo porque Deus me deu facilidade nessa área,
e quem não tem essa facilidade tem que buscar se desenvolver. Se tiver que aconselhar casais e chorar com eles eu aconselho e choro. Se tiver que fazer aconselhamento pré-nupcial eu faço;

Se tiver que ir às reuniões das Sociedades Internas e Departamentos da Igreja eu vou (na verdade tenho mesmo que ir). Se tiver que trafegar entre os jovens e adultos eu o faço com a mesma solicitude e disposição. Se tiver que ir na casa do rico e do pobre eu o faço sem levar em consideração o patrimônio, as coisas, mas sim as pessoas.


Se eu tiver que ensaiar  4, 5 horas à exaustão (quem me conhece sabe que faço isso) para cantar uma música no afã de abençoar minha ovelhas com meu talento eu faço isso, e muito, muito mais....
eu faço e farei.

Como se vê tem sobrado pouco tempo para mim, para minha esposa (os filhos já se casaram e não estão mais conosco, mas sofreram demais e pela graça de Deus são servos e servas de Deus). Não tenho tempo para fazer mais nada e às vezes o sono dura chegar. Tenho derramado lágrimas em ver as ovelhas colocadas sob meus cuidados passarem determinadas situações e eu não ter uma
varinha de condão ou não ser tão "milagreiro" quanto alguns "tele-evangelistas" são para ajudá-las a não ser cair de joelhos e orar por elas.

Tudo isso, e muito mais, toma meu tempo todo. Certo dia uma amiga de minha filha Fernanda, perguntou a ela:
- Seu pai é só Pastor ou trabalha em quê? Ela riu e respondeu: - Meu Pai se dedica tanto ao Pastorado que não tem tempo nem para trabalhar. Riu, é claro, da ignorância de sua amiga, porque ela, sua mãe, irmã e irmãos, seus cunhados e cunhadas, sobrinhos, sabem como eu levo a sério o que faço, mesmo porque sei a quem irei dar contas.

Já que não tenho tempo para mais "
trabalhar", por conta de que o Pastorado toma todo o meu tempo, peço por favor que não me deixem morrer de fome, não me deixem sem roupas, não me deixem sem moradia, não me deixem sem o mínimo de conforto e de dignidade.

Não quero morar em uma mansão, não preciso comer manjares, nem me vestir de linho fíníssimo ou viver regaladamente, não preciso andar de BMW, Corola, Honda, etc..Aos meus irmãos Pastores que têm carros dessas marcas, aproveitem. Se vocês podem, amém. Não lhes invejo. Tenho um Logan, comprado com o suor daquilo que muitos
não chamam trabalho. Sim porque se acham que eu não deveria ser remunerado é porque pensam que Pastorado não é trabalho o que é um enorme absurdo. 

Eu só quero viver com dignidade
. Eu só quero dignidade para poder pagar minhas contas. E hoje eu gasto menos do que ganho.

Eu só quero dignidade
para poder levar minha esposa para passear, porque afinal de contas o vocacionado sou eu e não ela. Afinal de contas meus filhos não são vocacionados. Eles só deram o "azar" de serem filhos de Pastor (estou sendo irônico, eu admito).

Ah! os membros podem ir ao cinema, ao teatro, viajar em férias, mas o Pastor não.
Se ele quiser que trabalhe. Essas coisas são para humanos normais (mais uma vez estou sendo irônico). O membro comum, o humano normal pode crescer em sua carreira profissional e como resultado auferir melhores remunerações, mas esse Pastor aqui, já foi Presidente (e é atualmente) de Presbitério e de Sínodo, Segundo Secretário (aquele sortudo que faz as atas dos Concílios), mas mesmo que tenha chegado até esses honrosos status, ele não recebe melhores ganhos e remunerações. O que ele faz mesmo é enfrentar a dura situação da "mais valia". O que lhe cabe é mais por fazer e nada mais receber em troca, a não ser confiar que o Deus de toda providência lhe dará saúde para desempenhar bem esses variados papéis.

Eu só quero dignidade
para poder ir a um restaurante bom com minha esposa e filhos em uma ocasião especial e comemorativa e poder ajudar pagar a conta. E não é que um certo Presbítero motejou de mim por ter me encontrado em um restaurante com meus filhos, em uma disfaçada ação de crítica? Ele podia estar ali com sua esposa e filhos. Eu não. Bem afinal das contas ele tinha uma faculdade. Ele nem se deu conta de que esse Pastor ignorante tem três faculdades e um curso de pós-graduação. A esposa e os filhos dele podiam desfrutar de um restaurante e não ter que lavar louça de domingo, mas a minha esposa e filhos além de terem que me acompanhar em minhas atividades na Igreja ainda tinham que incluir isso tudo em sua agenda de domingo. Mas que falta de carinho e de amor por seu Pastor. Já que ele era tão importante deveria ter pagado a minha conta. Mas ele saiu e de fininho e nem se despediu de mim e de minha família. Lindo papel de cristão!

Um recado aos tolinhos que vivem dizendo que o Pastor deve viver pela fé. Sim eu vivo pela fé. 
Mas vivo pela fé que eu tenho em Deus e não a fé que eles têm, porque se depender da fé que eles têm eu vivo como um mendigo e de favores.

Eu ainda tive que viver a triste experiência de ser criticado por conta do salário que eu ganhava, mas pasmem vocês que leêm meu desabafo;
esses que assim agiam não eram e nunca foram dizimistas fiéis. Nem ofertantes eles eram....só críticos.

Eu só quero dignidade.....
isso mesmo, aquilo que podemos chamar de salário, remuneração, côngrua (esmola), prebenda. Chame do que você quiser. Eu chamo de dignidade.

Um forte abraço.


Maurão

‘Os TITÃS Adventistas’: Na mira da verdade!

Um adventista comentou aqui no MCA, que teria um programa Adventista que entrevistaria alguns apologistas adventistas de peso, e queria saber se o MCA seria capaz de criticá-los.

Encontrei tempo e assisti três partes do tal programa (AQUI). E quero fazer agora minhas observações, mas antes quero destacar um fato interessante. Um dos apresentadores do programa Na Mira da Verdade, o coadjuvante do Leandro Quadros, o Sr Tito, chamou os convidados de ‘TITÃS’ (uma alusão aos grandes heróis da mitologia grega AQUI). Os Titãs são: Leandro Quadros, Luis Gonçalves, Rodrigo Silva [esse é bom], Ivan Daraiva, Arilton Oliveira e Kléber Gonçalves.

A formação acadêmica de cada um foi destacada pela apresentadora do programa “Todos na Mira da Verdade”. Pois bem, se são Titãs, eu não sei, mas dois assuntos que trataram chamaram-me a atenção... e eu gostaria de entrar nessa brincadeira... quem sabe um ‘Aquiles’ deixou o tornozelo para fora...

1) Somente os adventistas serão salvos?: Quando essa pergunta foi feita, o indagador apresentou o texto de Rm 9.27 onde nos afirma que o ‘remanescente é que será salvo’. Associando a nomenclatura ao que é a Igreja Adventista, a igreja remanescente (para eles, é obvio), surgiu a questão: Apenas os adventistas serão salvos? O Titã mitológico, ‘Quadros’, apresentou a resposta ao ressaltar ‘que o manual da igreja adventista não ensina que apenas os adventistas serão salvos’.

O sentido é propositalmente dúbio. Obviamente o exclusivismo soteriologico é omitido quando os adventistas do markenting da ‘boa vizinhança’, destacam que ‘existem muitos servos filhos de Deus em todas as denominações’. Até dizem que a ‘Irmã White diz que muitos que guardam o domingo serão salvos’!

Não sei se devo acreditar no Titã, mas preciso dizer que isso é uma tapeação barata daquilo que se propõem ser a Igreja Adventista.

É obvio que esses não adventistas que serão salvos, segundo eles, são aqueles que não entenderam a mensagem adventista, nem a ouviram. Mas os que entendem plenamente a mensagem adventista e não se afilia ao uma Igreja Adventista, está na Babilônia (Ap 18.4), sem chances de salvação, caso o tempo da aflição chegue.

E isso é tanto verdade que o outro Titã, quando foi um pouco mais incisivo dizendo que ‘as ovelhas que não estão no aprisco, ouvirão a voz e virão para ser um só rebanho’. Esse comentário está em harmonia com o que o Nisto Cremos na página 199 diz:

“... Deus conduz Seu povo da Igreja invisível para uma união com Sua Igreja visível. “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haveráum rebanho e um Pastor” (João 10:16). É somente na Igreja visível que eles poderão experimentar plenamente as verdades de Deus, Seu amor e companheirismo, já que Ele concedeu à Igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros coletiva e individualmente (Efés. 4:4-16). Após a conversão de Paulo, Deus o colocou em contato com a Igreja visível e então lhe indicou a missão que deveria desempenhar em favor da Igreja (Atos 9:10-22). Da mesma forma pretende Ele hoje conduzir Seu povo para a Igreja visível, caracterizada pela lealdade aos mandamentos de Deus e pela posse da fé de Jesus,de modo que todos possam participar no término de Sua missão sobre a Terra (Apoc. 14:12; 18:4; Mat. 24:14; veja o capítulo 12 deste livro).

O capítulo 12 do livro ensina sobre ‘O remanescente e sua missão’.

E a Crença Fundamental 13 diz:

“A Igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente crêem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Este remanescente anuncia a chegada da hora do Juízo, proclama a salvação por meio de Cristo e prediz a aproximação de Seu segundo advento. Essa proclamação é simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14; coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra. Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho mundial.”

E quem é esse remanescente fiel? É A igreja adventista a remanescente por apenas guardar o sábado? NÃO!!! A Crença Fundamental número 18 diz:

“Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. (Joel 2:28 e 29; Atos 2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12-17; 19:10).”

Quando a apresentadora perguntou ‘que história é essa de que apenas os adventistas serão salvos’, como que se fosse uma acusação falsa, poderíamos esperar dos “Titãs” uma defesa mais contundente do que dizer que ‘existem entre os católicos e pentecostais os que serão salvos’... poderiam dizer: ‘Muitos deles serão salvos pois muitos serão adventistas!’

2) ‘A profecia das setentas semanas faz parte de uma profecia maior’: Embora o tema tratou de diversos assuntos, eu vi como os “Titãs” estão bem condicionados ao ‘Espírito de Profecia’ (ainda que sejam inteligentes... mas inteligência não é sinal de Sabedoria Divina, AQUI). Um dos “Titãs” disse que ‘as setenta semanas fazem parte uma profecia maior, a de Daniel 8.14’.Vamos fazer uma simples leitura do texto para encontrar se existe mesmo nas Setenta Semanas os 2300 dias de Dn 8.14. (Na observação abaixo existe outros apontamentos).

A) O início dos períodos não é mesmo: Se você ler Dn 8.8 ao 12 perceberá que o chifre que causa assolação saiu do bode que segundo o profeta inspirado por Deus, era o império Grego, mais especificamente o grande Alexandre: “... o bode peludo é o rei da Grécia...” (Dn 8.21). A história confirma o início do período grego por volta de 330 a. C. O chifre assolador surgiu c. 165, ou seja, Antíoco Epifânio. Comparando com o início das Setenta Semanas, que segundo Dn 9.25 começaria com a ‘saída da palavra para reconstruir Jerusalém’. Essa ordem se deu por volta do ano 445. (Outros defendem c. 455/7, etc.).

B) O santo dos santos: Outra evidência (poderiam aparecer outras!) é que segundo a IASD, no fim dos 2300 dias-anos, em 1844, Jesus entraria no ‘santuário celestial’, para dar continuidade ao seu trabalho iniciando a segunda fase do seu julgamento. Por isso existe a doutrina do Juízo Investigativo. Mas no fim das setenta semanas, aconteceria o que acaba sendo um descompasso com essa interpretação, impedindo a afirmação que as setentas semanas fazem parte dos 2300 dias, visto o que se fez no fim deste período (70 semanas) esperava-se acontecer no outro (2.300 dias-anos). Leia Dn 9.24: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo."

De maneira simples, os 2300 dias fazem parte das Setenta Semanas e não ao contrário, como querem os Titãs (Veja Nisto Cremos p. 422). Obvio, que o malabarismo com texto bíblicos entra em cena para solucionar, ou melhor, torcer, a evidência (II Pe 3.16).

Um dos Titãs (O MELHOR!) disse que não aceita a interpratação dispensacionalista sobre as Setenta Semanas pois um dos seus
'inventores marcou a volta de Cristo' (Veja aos quatro minutos do segunto vídeo AQUI). Se ele fosse coerente com isso, o que diria de Ellen White e de 1844 !?!?!?

Por enquanto, eu não me impressionei com os Titãs humanos, nem sei se acontecerá... ainda acho que é um mito ou ainda uma ‘história em quadrinhos’.
(Obs: Eu já comentei sobre ‘inversão do tempo dominante’ em uma postagem aqui no MCA e irei reproduzir: “Outro modo adventista de interpretar o número indicado nesse versículo [Dn 8.14] é o bem usado dia-ano para um período profético. Tem-se dito que Ezequiel 4:7 é a base de computar um dia por um ano. Ellen White no livro indica isso como descoberta independente de Miller (O Grande Conflito,1975, p.323). No entanto, isso não é verdade como já foi provado. Mesmo antes do início do século 19 encontra-se ainda essa prática. Em 1796 por George Bell em Londres, no século 12 pelo abade católico Joaquim de Flora, bem como no século 9 por rabinos judaicos. Não se pode negar que a influência desses tenha invadido as aspirações, interpretações e sonhos de Miller. Provavelmente, John Aquila é o pai dos cálculos Adventistas (Crise de Consciência, 2002, p.180,181). Além de Ezequiel 4.7, Ellen White indica Números 14. 34 que trata mais de uma maldição do que períodos proféticos. Concentrando atentamente em Ezequiel, não é dito que essa é uma ‘regra’ e sim que naquele caso, um dia seria, ou representaria, um ano. Não se deve negar, porém, a possibilidade de que em outros casos não se aplica essa regra. Mas por si só, Ezequiel 4:7, não garante que os 2300 dias de Daniel 8.14 sejam anos, ou que devam ser assim interpretados. Piorando ainda mais a interpretação de Ellen White e dos Adventistas atuais, essa passagem demarca, com certa medida de precisão, que os 2300 dias eram dias literais, pois a expressão ‘tardes e manhãs’ tem a intenção de dizer o que? Outro indício que aponta para a conclusão de que se tratava de dias literais de 24 horas é que os sacrifícios eram feitos diariamente e os sacrifícios são parte integrante desse período. Algo que pode contribuir para provar que se trata de dias literais é que um anjo afirma no versículo 26: “A visão da tarde e manhã, que foi dita, é verdadeira: tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias mui distantes.” Observe que o anjo disse se refere 'a dias'. A corrente adventista guardadora do sábado afirma que a expressão ‘tarde e manhã’ em Gênesis confirma que os dias criativos eram dias de 24 horas, mas agora em Daniel 8.14 isso não serve. Por quê? Segundo eles, em Daniel são dias proféticos e em Gênesis não. Uma pergunta pertinente: Dias profetizados são necessariamente dias proféticos? Como os adventistas conseguem diluir essas dificuldades? Ellen White fez com que o período das 70 semanas de Daniel 9 seja misturado com os 2300 dias, como se fossem ligados necessariamente, perfazendo um montante de números proféticos, nos quais as 70 semanas, seriam partes desses 2300 anos. Inclusive é com a declaração de Daniel 9.25 que eles começam a contagem dos 2300 anos, dito por eles, como sendo a profecia de Daniel 8.14. Ellen White faz essa mistura no livro: “Setenta semanas, representando 490 anos[...] devem ser portanto parte dos 2300 dias[...] Declara o anjo datarem as setentas semanas da saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Se se pudesse encontrar a data desta ordem, estaria estabelecido o ponto de partida do grande período dos 2300 dias (O Grande Conflito,1975, p.325). Assim Ellen White faz do período menor de 2300 dias, o maior, e do período dominante, as 70 semanas, o período dominado. Com essa inversão, os leitores fieis dela, alimentam a ideia que os 2300 dias devem ser 2300 anos.” [Para os se interessarem por um estudo extenso sobre 1844, veja a série “A igreja Adventista é uma seita?”, em sete partes aqui no MCA]).
 
Fonte: www.mcapologetica.blogspot.com

Aceitando o "Não" como Vontade de Deus


Por R.C Sproul

Ficamos abismados de que, mesmo à luz de registros bíblicos tão claros, alguém ainda tenha a audácia de sugerir que é errado para aqueles que sofrem no corpo ou na alma, expressar suas orações por libertação em termos de: "Se for da tua vontade." Dizem que quando a aflição chega, Deus sempre deseja a cura. Que ele não tem nada a ver com sofri­mento, e que tudo que devemos fazer é reivindicar a respos­ta que buscamos pela fé. Somos exortados a exigir o "Sim" de Deus antes que ele o pronuncie.

Fora com tais distorções da fé bíblica! Ela são concebi­das na mente do Tentador que deseja nos induzir a transfor­mar fé em mágica. Nem todo o amontoado de discurso pie­doso pode transformar tal falsidade em doutrina verdadeira.

Às vezes Deus diz não. Às vezes ele nos chama para sofrer e morrer, mesmo quando desejaríamos exigir o con­trário.

Nunca outro homem orou mais veementemente que Cristo no Getsêmani. Quem acusará a Cristo de não ter ora­do com fé? Ele colocou seu pedido diante do Pai suando sangue: "Passa de mim este cálice."

A oração de Jesus era direta e sem ambigüidades. Ele gritou por alívio. Ele pediu que o cálice terrivelmente amar­go fosse removido. Cada centímetro de sua humanidade se encolhia diante do cálice. Ele implorou a seu Pai que o libertasse do seu dever. Mas Deus disse não. O caminho do sofrimento era o plano de Deus. Era a vontade de Deus. Era sua vontade pura e inalterada. A cruz não era uma idéia de Satanás. A paixão de Cristo não foi resultado de contingên­cias humanas. Não foi uma maquinação acidental de Caifás, Herodes ou Pilatos. O cálice foi preparado, entregue e ad­ministrado pelo Deus Onipotente.

Jesus qualificou sua oração: "Se for a tua vontade..." Jesus não "apresentou e reivindicou." Ele conhecia seu Pai muito bem para saber que esta poderia não ser a sua vonta­de. A história não termina com as palavras: "E o Pai se arrependeu do mal que havia planejado, afastou o cálice e Jesus viveu feliz para sempre."

Tais palavras se aproximam da blasfêmia. O evange­lho não é um conto de fadas. O Pai não entraria em acordos sobre o cálice. Jesus foi chamado para tomá-lo até a última gota. E ele o aceitou. "Contudo, não se faça a minha vonta­de, e, sim, a tua" (Lc 22.42).

Este "contudo" é a suprema oração da fé. A oração da fé não é uma ordem que colocamos diante de Deus. Não é a presunção de um pedido atendido. A autêntica oração da fé é aquela que se assemelha à oração de Jesus. É sempre apre­sentada num espírito de submissão. Em todas as nossas ora­ções devemos permitir que Deus seja Deus. Ninguém diz ao Pai o que deve fazer, ninguém, nem mesmo o Filho. Orações devem sempre ser pedidos feitos com humildade e submissão à vontade do Pai.

A oração da fé é a oração da confiança. A própria es­sência da fé é confiança. Confiamos que Deus sabe o que é melhor. O espírito de confiança inclui o espírito de disposi­ção para fazer o que o Pai deseja que façamos. Este tipo dè confiança foi personificado em Jesus no Getsêmani.

Embora o texto não seja explícito, é claro que Jesus deixou o jardim com a resposta de Deus para o seu pedido. Não há nenhuma blasfêmia ou amargura, sua comida e sua bebida eram fazer a vontade do Pai. Desde que o Pai disse não, estava resolvido. Jesus se preparou para a cruz. Não fugiu de Jerusalém, mas entrou na cidade com o semblante determinado.

Fonte: O Calvinismo 
 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Monteiro elege novos conselheiros Tutelar       
O Conselho Tutelar de Monteiro elegeu neste sábado, 19 de maio, os cinco novos representantes que terão mandato no biênio 2012/2013. A eleição aconteceu durante todo o sábado na escola Miguel Santa Cruz.

Após as apurações das urnas foram confirmadas as eleições dos seguintes candidatos: Vevé Reis (850 votos), Valquíria Espínola (780 votos), Solange Borges (680 votos), Adjeovan Torres (649 votos) e Rosa Santa Cruz (636).

Na suplência ficaram os candidatos Kadôra e Gilvania Ferreira.


Fonte: VITRINE DO CARIRI

Foto: Airton Lima

Cristão deve fazer tatuagem?

Por Maurício Zágari
Lembro-me de um semestre no seminário teológico em que lecionei por 9 anos quando passei como trabalho para os alunos que fizessem uma análise sobre o que significavam as obras da carne descritas em Gálatas 5. Dos cinco grupos, dois entregaram o material com uma capa onde havia fotos de pessoas tatuadas, com piercings, espaçadores de orelhas, cabelos pintados de verde e similares. Isso deixou claro para mim que esses elementos compõem, no imaginário geral do evangélico brasileiro, o arquétipo do que seria a pessoa mundana, pecadora. E é muitíssimo frequente essa questão vir à tona: cristãos podem se tatuar? É um assunto secundário e de menor importância para o Evangelho, mas como é um pedido recorrente nos comentários do APENAS que eu fale sobre o tema e como cresce a cada dia nas nossas igrejas o número de irmãos que ostentam tatuagens, farei uma análise bíblica, histórica e cultural da questão. Antes de continuar, só um registro: não sou tatuado nem pretendo me tatuar.
Antes de entrar pelo assunto em si explico por que disse que é "assunto secundário e de menor importância para o Evangelho". Nos dias de hoje, em que a Igreja padece com o destemor dos seus membros, a falta de devocionalidade, o menosprezo pela oração, o posicionamento da leitura bíblica em segundo plano, a falta de amor ao próximo, a total irreverência pelas coisas de Deus, o uso de palavras torpes por pastores em púlpito visto com naturalidade, o mundanismo invadindo o santuário por todas as frestas, o desprezo pelo fruto do Espírito, a supervalorização e o mau uso dos dons, o esfarelamento do Corpo em facções e panelinhas... algo como aplicar tinta sobre a pele continua sendo visto como um assunto importante. Quando me perguntam se eu gostaria de visitar a Disneylândia, respondo: "Claro, depois de visitar 238 lugares antes", simplesmente porque não tenho o menor interesse em gastar meu tempo naquele parque de diversões. Prefiro antes conhecer Israel, a Grécia, a Rússia, o Japão. Gosto de História, quero ver castelos e ruínas. Não desmereço quem acha a Disneylândia o must, mas para mim o interesse é mínimo. Do mesmo modo, muitos setores da Igreja acham que a questão das tatuagens está entre o top ten das preocupações de Deus. E quando vejo a falta de amor ao próximo, a egolatria e a agressividade que têm crescido assustadoramente entre os cristãos olho para o tema das tatuagens e penso "como isso pode ocupar tanto a preocupação de tantos? Há 238 preocupações maiores". Mas tudo bem, vamos lá.
Biblicamente não há qualquer proibição a se tatuar. Sim, eu sei, aí imediatamente alguém se levantará para citar Levítico 19.28: "Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o Senhor". A primeira vista, parece óbvio: Deus manda não fazer nenhuma marca no corpo, a tatuagem é uma marca no corpo, logo é pecado se tatuar. Só que para entender esse texto temos que entender o contexto.
 
Por que Deus estabeleceu essa norma para os israelitas? A resposta é que havia um povo, chamado caldeu, que tinha como hábito religioso cortar a carne de seus próprios corpos e fazer marcas com lâminas afiadas na pele como parte dos seus rituais aos falsos deuses que seguiam (a exemplo do que ocorre atualmente em muitas tribos africanas). Eram marcas que denunciavam idolatria. Em outras palavras, o que Deus está dizendo é que os hebreus não deviam cometer as práticas idólatras dos povos pagãos com que tinham contato. Se fosse em nossos dias, seria mais ou menos como dizer "Não poreis despacho na encruzilhada" ou "Não rezareis para santos mortos".
Essa orientação era tão direta e específica para aquele povo que se formos ler o versículo imediatamente anterior, teríamos hoje de cumprir o que ele determina: "Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba" (Lv 19.27). Bem, não vejo nenhum pastor pregar contra cabelos arredondados ou contra fazer a barba - pelo contrário, em denominações como a Assembleia de Deus é até mal visto usar barba, a ponto de a Casa Publicadora dessa denominação apagar no photoshop a barba de indivíduos cujas fotos são publicadas em seus jornais e revistas.  Ou, ainda, teríamos hoje de guardar o sábado, visto que dois versículos depois, em Levítico 19.30, Deus especifica: "Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o Senhor".  O contexto hermenêutico deixa claro que eram leis específicas para os israelitas daquela época e o contexto cultural mostra a razão de o Altíssimo proibir marcas nos corpos: não cometer as práticas religiosas idólatras dos povos vizinhos. Não tem rigorosamente nada a ver com tatuagens não-rituais e muito menos Lv 19.28 se aplica à Nova Aliança.
A conclusão é que, biblicamente, não: o ato de se tatuar em si não constitui pecado.
 
Ok, agora virá alguém e dirá que nosso corpo é templo do Espírito e que fazer tatuagens nele seria pecar contra o mesmo. A esse respeito há alguns aspectos: primeiro, se fazer qualquer coisa que prejudique nosso corpo é um atentado contra o templo, não poderíamos comer comida salgada, ingerir açúcar (muito menos adoçantes), comer pizza (cheia de gordura que causa obesidade e entope artérias), tomar refrigerante (das coisas que ingerimos uma das mais maléficas) ou comer torresminho (um pedido explícito para se ter um AVC). Comer no McDonald´s então seria pecado sem perdão. Logo, devemos olhar esse argumento com muito cuidado. Segundo, no contexto de 1 Coríntios 6.19, que diz "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?", o que está sendo tratado aqui são questões de natureza sexual.
Veja os versículos anteriores, a partir do 15: "Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De maneira nenhuma! Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: "Os dois serão uma só carne". Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo". E aí vem o versículo em questão: "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?". Logo, o que está sendo discutido aqui é o corpo como santuário do Espírito de Deus no que tange à imoralidade sexual, não tem nada a ver com tinta aplicada sobre a pele.
 
Sob o aspecto cultural, a repulsa que a Igreja sempre mostrou a essa prática vem do fato que, até algumas décadas atrás, nas sociedades ocidentais, os grupos que se tatuavam geralmente apresentavam um comportamento bastante mundano. Eram, em especial, marinheiros, que quando aportavam em alguma cidade podiam ser vistos em prostíbulos ou bastante bêbados, com atitudes bastante réprobas. Logo, sempre que a sociedade "bem-comportada" via essas pessoas tatuadas era em situações de devassidão, mau exemplo ou pecado. Assim, essa visão foi sendo passada de geração em geração e, para um grupo como os cristãos, para quem prostituição e beber álcool são o supra sumo da pecaminosidade, gente tatuada passou a ser sinônimo de gente pecadora. Só que o problema desses indivíduos não eram as tatuagens, era seu comportamento antibíblico.
O tempo passou e nos nossos dias a tatuagem perdeu essa conotação. Hoje há muitas e muitas pessoas de vida honesta que se tatuam. A associação de tatuados com baderneiros arruaceiros e gente de má fama deixou de existir. Então, com o passar do tempo, na sociedade ocidental aplicar pigmentos sobre a pele perdeu aquele aspecto negativo de décadas e séculos passados. Mas, por uma tradição cultural, as novas gerações herdaram das antigas que se tatuar é sinônimo de devassidão anticristã e por isso, sem conhecer as origens da questão, dão continuidade ao que aprenderam de seus pais, sem nem ao menos saber explicar as razões. Bem, aqui expliquei.
Portanto, não podemos dizer que biblicamente ou culturalmente haja condenação para o uso da tatuagem.
 
Mas, antes que os tatuados saiam dando gritinhos de alegria, temos que dar atenção a outros fatores, em especial no meio cristão. É de suma importância aos olhos de Deus a unidade do Corpo. Por isso, em diversas passagens da Bíblia somos alertados que existem coisas que "são lícitas mas não nos convém". Devemos estar atentos para não levar os irmãos à murmuração, ao escândalo, ao julgamento. Muitas vezes o fazem por tradição, outras por ignorância ou mesmo por diferença de gerações, mas, indepentente da razão, o que importa é termos paz com todos. Romanos 8.13ss, nos alerta: "Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência".
Repare as palavras de Paulo: é mais importante não gerar maledicência ou escândalo entre os irmãos do que fazer aquilo que não tem nenhum problema segundo a Bíblia. O mesmo ele repete pouco depois, no capítulo 14: "Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência. Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova".
O que essas passsagens nos dizem? Tatuar-se biblicamente é pecado? Não. Tatuar-se culturalmente no Brasil é sinal de devassidão moral? Não. Mas ainda há aqueles que se escandalizam ao ver na igreja quem se tatue? Sim. Portanto, o grande problema de o cristão se tatuar não passa por "poder ou não poder", passa pelo amor ao próximo.
 
É o mesmo caso de mulheres usarem saias ou calças em igrejas mais conservadoras. Esse hábito surgiu porque décadas atrás, no início do século 20, calça era roupa exclusivamente de homens. Absolutamente todas as mulheres no Brasil usavam saia. As décadas se passaram e a calça, entre os anos 50 e 60, deixou de ser traje exclusivo de homens e foi adotado pelas mulheres. Ninguém mais se escandaliza em nossa sociedade ao ver uma mulher, por exemplo, de terninho. Porém, nessas igrejas o costume foi passando de geração a geração, os mais antigos foram morrendo e os mais novos, sem saberem explicar a origem da proibição de calças na igreja por mulheres apenas mimetizam o que aprenderam, sem saber as origens ou as razões. E aí criamos um bando de estranhos ao século 21, que acreditam que mulher usar calça é pecado - quando não é, se for uma calça decorosa.
Mas, do mesmo modo que a tatuagem, se você opta voluntariamente por ser membro de uma congregação onde a norma seja a mulher usar saia, se usar calça estará sendo desobediente às regras da assembleia onde está e, portanto, em rebeldia - e pecará por levar os irmãos ao escândalo e à murmuração.
A conclusão é: se o meio que você frequenta tem usos e costumes, não afronte, faça parte. Se discordar, saia e procure outro meio. Ou fique, adote o hábito e tente com amor ir influenciando os irmãos no conhecimento da verdade. O confronto jamais é o caminho. Por uma razão simples: é pecado.
 
E há ainda alguns pontos a ponderar. Aqui tomo por base um texto muito bem refletido publicado no blog de Nathan Joyce (foto à esquerda), Pastor do Heartland Worship Center, em Paducah (EUA) e divulgado no twitter pela irmã Francine Veríssimo (@FranVerissimo_), de quem tirei as boas reflexões que acrescento abaixo. O artigo, originalmente em inglês, chama-se "O que tatuagens realmente dizem". Após mencionar que estimados 45 milhões de estadunidenses hoje são tatuados, o autor lembra alguns pontos relevantes:
1. Você vai envelhecer e se tornar um avô ou avó. E ninguém quer identificar seus avós como aqueles que têm "uma caveira ou arame farpado".
2. Lembre-se que, na medida em que envelhece, seu corpo muda. Sua tatuagem vai acompanhar as mudanças. Cuidado, pois ao passo que sua pele se torna mais flácida, a borboleta em seu ombro pode se transformar num pterodáctilo e sua rosa pode virar o planeta Saturno.
3. De jeito algum tatue o nome de um namorado ou noivo. Se o relacionamento acabar, seu futuro marido ou esposa não vai gostar nada disso.
Joyce se pergunta por que afinal alguém precisa tanto se tatuar. Tatuagens dizem algo a nosso respeito. Que necessidade tentamos suprir com elas? Qual é a psicologia das tatoos? Mais ainda: qual é a espiritualidade delas? E ele apresenta sua conclusão: as pessoas se tatuam porque desejam desesperadamente pertencer e se expressar. Desejamos ter vidas que digam algo, queremos nos identificar com algo publicamente e nos marcar permite que nos expressemos e nos identifiquemos com a imagem de nossa escolha. Certo ou errado, é uma tentativa de realizar uma necessidade humana. Uma vez que se tatua, você assumiu um compromisso de longo prazo com uma imagem que para sempre vai marcá-lo, ou seja, identificá-lo e expressar algo a seu respeito para os outros. Ou seja: nos etiquetamos.
 
E ele continua: "De onde vem essa necessidade? Do fato de que fomos feitos à imagem de Deus, que também ama o pertencimento e a autoexpressão. Mesmo antes da Criação, Deus se identificava e pertencia à Trindade e a Criação é uma autoexpressão de Deus. E assim o Senhor nos criou do mesmo modo. Somos incompletos, a menos que pertençamos a algo ou alguém - nosso desenvolvimento depende disso. Os humanos também almejam uma vida que expresse legado. O problema é que o pecado atrapalhou todo o processo. Por causa dele, nossa busca por identificação tornou-se tóxica e compulsiva e nossa necessidade de autoexpressão deixou de ser motivada por amor, mas por desejo de grandeza e egocentrismo. Nossa cultura ama se expressar, não porque desejemos amar o próximo por meio dessa expressão, mas porque amamos ser o centro das atenções". No final, essa profunda necessidade humana de pertencimento e expressão não será alcançada por meios humanos - somente quando o amor passar a habitar em você. E não qualquer tipo de amor, mas o amor de Cristo. Esse amor lhe convida a pertencer a um Deus eterno e a expressar Seu amor e Seus propósitos eternos.
Ao final, Pastor Joyce tem uma magnífica epifania: tatuado ou não, o amor é a marca que identifica você com Cristo. Um amor expressado por boas obras em benefício do próximo deixa uma marca que jamais se apagará.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Apenas
 
Extraído de www.ministeriobbereia.blogspot.com