quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos Pregadores

por

John Wesley e John Trembath



O que tem lhe prejudicado excessivamente nos últimos tempos e, temo que seja o mesmo atualmente, é a carência de leitura. Eu raramente conheci um pregador que lesse tão pouco. E talvez por negligenciar a leitura, você tenha perdido o gosto por ela. Por esta razão, o seu talento na pregação não se desenvolve. Você é apenas o mesmo de há sete anos. É vigoroso, mas não é profundo; há pouca variedade; não há seqüência de argumentos. Só a leitura pode suprir esta deficiência, juntamente com a meditação e a oração diária. Você engana a si mesmo, omitindo isso. Você nunca poderá ser um pregador fecundo nem mesmo um crente completo. Vamos, comece! Estabeleça um horário para exercícios pessoais. Poderá adquirir o gosto que não tem; o que no início é tedioso, será agradável, posteriormente. Quer goste ou não, leia e ore diariamente. É para sua vida; não há outro caminho; caso contrário, você será, sempre, um frívolo, medíocre e superficial pregador."
Fonte: Revista Fé para Hoje, Editora Fiel

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Pr. Altino Firmino da Silva Júnior
(Ruciene Barros da Silva Firmino e Thaís Ellen Barros Firmino)
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"Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma" (3 Jo 3)
Pregação Superficial

John MacArthur


John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.



Estou comprometido com a pregação expositiva. Tenho a convicção inabalável de que a proclamação da Palavra de Deus sempre deve ser o âmago e o foco do ministério da igreja (2 Timóteo 4.2). E a pregação bíblica correta deve ser sistemática, expositiva, teológica e teocêntrica.



Esse tipo de pregação está em falta nestes dias. Há abundância de comunicadores talentosos no movimento evangélico moderno, porém os sermões de hoje tendem a ser curtos, superficiais e tópicos. Fortalecem o ego das pessoas e centralizam-se em assuntos completamente insípidos como relacionamentos, vida de sucesso, problemas emocionais e outros temas práticos, mas seculares.

Assim como os púlpitos de materiais leves e transparentes dos quais as mensagens são apresentadas, esse tipo de pregação não tem peso nem consistência; é barata e sintética, deixando pouco mais do que uma impressão efêmera na mente dos ouvintes.



Há algum tempo realizei um seminário sobre pregação em nossa igreja. Ao preparar-me para as palestras, peguei um caderno de anotações, uma caneta e comecei a listar os efeitos negativos desse tipo superficial de pregação, tão predominante no evangelicalismo moderno.



Inicialmente, pensei que seria capaz de identificar pelo menos dez efeitos negativos, mas, no final, eu havia alistado sessenta e uma conseqüências devastadoras! Apresento aqui as mais importantes como um aviso contra a pregação superficial — tanto para os pastores, nos púlpitos, quanto para seus ouvintes, nos bancos das igrejas.

USURPA A AUTORIDADE DE DEUS



Quem possui o direito de falar à igreja? O pregador ou Deus? Sempre que a Palavra de Deus é substituída por qualquer outra coisa, a autoridade dEle é usurpada. Que atitude arrogante! Na verdade, substituir a Palavra de Deus pela sabedoria do homem é uma atitude insolente.



DESAFIA O SENHORIO DE CRISTO



Quem é o cabeça da igreja? Cristo é realmente a autoridade dominante no ensino da igreja? Se isso é verdade, por que há tantas igrejas nas quais a Palavra dEle não está sendo proclamada com fidelidade?



Quando observamos o ministério contemporâneo, vemos programas e métodos que são fruto da invenção humana, resultado de pesquisa de opinião pública e avaliação da vizinhança da igreja, além de outros artifícios pragmáticos. Os especialistas em crescimento de igreja têm lutado para assumir o controle das atividades da igreja, tomando-o de seu verdadeiro Cabeça, o Senhor Jesus Cristo.



Quando Jesus Cristo é exaltado no meio de seu povo, seu poder é manifestado na igreja. Quando a igreja é controlada por comprometedores cuja única ambição é conformar-se à cultura, o evangelho é minimizado, o verdadeiro poder é perdido, uma energia artificial precisa ser fabricada, e a superficialidade toma o lugar da verdade.

OBSTRUI A OBRA DO ESPÍRITO SANTO



Ele usa a Palavra de Deus para realizar a sua obra. Ele a usa como instrumento de regeneração (1 Pe 1.23; Tg 1.18) e de santificação (Jo 17.17). Na verdade, a Palavra de Deus é a única ferramenta que o Espírito Santo usa (Ef 6.17). Então, quando os pregadores negligenciam a Palavra de Deus, debilitam a obra do Espírito Santo, produzindo conversões superficiais e crentes aleijados em sua vida espiritual — e, talvez, completamente falsos.

Conseqüentemente, o púlpito perde o seu poder. “A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4.12). Qualquer outra coisa é impotente, oferecendo apenas uma ilusão de poder. A habilidade do homem em seduzir as pessoas não deve impressionar-nos mais do que a capacidade da Bíblia em transformar vidas.

DEMONSTRA FALTA DE SUBMISSÃO



Nas abordagens modernas de “ministério”, a Palavra de Deus é deliberadamente subestimada; o opróbrio de Cristo (Hb 11.26), repudiado com sagacidade; a ofensa do evangelho, removida com cuidado; e a “adoração”, moldada com o propósito de se ajustar às preferências dos incrédulos. Isto não é nada mais do que uma recusa em se submeter ao mandamento bíblico para a igreja. A insolência dos pastores que seguem um caminho como esse é assustadora para mim.

SEPARA O PREGADOR DA GRAÇA DE SANTIFICAÇÃO



O maior benefício pessoal que recebo da pregação é a obra que o Espírito de Deus realiza em minha própria alma, quando estudo e me preparo para duas mensagens expositivas a cada Dia do Senhor. Semana após semana, o dever da exposição cuidadosa mantém o próprio coração focalizado e fixo nas Escrituras; e a Palavra de Deus me alimenta, enquanto me preparo para alimentar o rebanho.



Deste modo, eu mesmo sou abençoado e fortalecido espiritualmente por meio deste empreendimento. Ainda que não houvesse qualquer outra razão, eu jamais abandonaria a pregação bíblica. O inimigo de nossa alma persegue os pregadores, e a graça santificadora da Palavra de Deus é essencial à nossa proteção.

OBSCURECE A TRANSCENDÊNCIA DE NOSSA MENSAGEM



Conseqüentemente, a pregação superficial enfraquece tanto a adoração congregacional como a adoração pessoal. O que hoje é recebido como pregação, em algumas igrejas, é tão superficial quanto as mensagens que os pregadores de gerações anteriores ministravam em cinco minutos às crianças. Isto não é exagero. Esse tipo de abordagem torna impossível a verdadeira adoração, porque a adoração é uma experiência transcendente que deveria nos elevar acima do que é mundano e simplista.

A verdadeira adoração é uma resposta do coração à verdade de Deus (Jo 4.23). O nosso povo não pode ter pensamentos sublimes a respeito de Deus, se não os fazemos mergulhar nas profundezas da auto-revelação de Deus. Mas a pregação de hoje não é profunda nem transcendente. Não se aprofunda nem se eleva às alturas. Almeja apenas entreter.

IMPEDE O PREGADOR DE DESENVOLVER A MENTE DE CRISTO

Os pastores devem viver em submissão a Cristo. Muitos pregadores modernos se mostram de tal modo determinados a compreender a cultura, que desenvolvem a mente da cultura, e não a mente de Cristo. Começam a pensar como o mundo, e não como o Salvador.



Sinceramente, as nuanças da cultura mundana são irrelevantes para mim. Quero conhecer a mente de Cristo e usá-la para influenciar a cultura, não importando qual seja a cultura em que ministro. Se tenho de subir ao púlpito e ser representante de Jesus Cristo, quero conhecer o que Ele pensa — e declarar isso ao seu povo.

DEPRECIA A PRIORIDADE DO ESTUDO BÍBLICO PESSOAL

O estudo bíblico pessoal é importante? Claro que sim! Mas, que exemplo o pregador oferece quando negligencia a Bíblia em sua própria pregação? Por que estudariam a Bíblia, se o próprio pregador não a estuda com seriedade, ao preparar seus sermões?



Alguns dos gurus do ministério “Sensível aos Interessados” nos aconselham a retirar do sermão todas as referências explícitas à Bíblia. Eles dizem: “Nunca peça à sua congregação que abra a Bíblia em uma passagem específica, porque esse tipo de coisa deixa os interessados desconfortáveis”.

Algumas igrejas “sensíveis aos interessados” desencorajam veementemente seus membros a trazerem Bíblias à igreja, com receio de que a visão de tantas Bíblias intimide os interessados. Como se fosse perigoso dar ao povo a impressão de que a Bíblia é importante!

SILENCIA A VOZ DE DEUS

Jeremias 8.9 diz: “Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria é essa que eles têm?”



Quando eu falo, quero ser o mensageiro de Deus. Não estou interessado em interpretar o que algum psicólogo, ou guru de negócios, ou professor universitário tem a dizer sobre qualquer assunto. O meu povo não precisa de minha opinião; precisa ouvir o que Deus tem a dizer. Se pregarmos como a Escritura nos ordena, não será difícil saber de quem é a mensagem que vem do púlpito.

PRODUZ INDIFERENÇA EM RELAÇÃO À GLÓRIA DE DEUS

A pregação “sensível aos interessados” nutre pessoas centralizadas em seu próprio bem-estar. Quando você diz às pessoas que o principal ministério da igreja é consertar para elas o que estiver errado nesta vida — suprir suas necessidades e ajudá-las a enfrentar seus desapontamentos neste mundo — a mensagem que você está enviando é que os problemas desta vida são mais importantes do que a glória de Deus e a majestade de Cristo. Novamente, isto corrompe a verdadeira adoração.

ROUBA ÀS PESSOAS A SUA ÚNICA FONTE DE AJUDA VERDADEIRA

As pessoas que vivem sob um ministério de pregação superficial tornam- se dependentes da habilidade e criatividade do orador. Assim, elas se tornam espiritualmente inativas e vão à igreja apenas para serem entretidas. Não têm interesse pessoal na Bíblia, porque os sermões que ouvem não emergem das Escrituras. São impressionadas pela criatividade do pregador e manipuladas pela música; e isso se torna toda a sua perspectiva de espiritualidade.

ENGANA AS PESSOAS QUANTO AO QUE ELAS REALMENTE PRECISAM

Em Jeremias 8.11, Deus condena os profetas que tratavam de modo superficial as feridas do povo. Este versículo se aplica poderosamente aos pregadores artificiais que ocupam muitos púlpitos evangélicos proeminentes, em nossos dias. Tais pregadores omitem as verdades mais severas sobre o pecado e o julgamento. Abrandam as partes ofensivas da mensagem de Cristo.



Enganam as pessoas sobre aquilo que elas realmente precisam, prometendo- lhes “satisfação” e bem-estar terreno, quando o que necessitam é de arrependimento, fé e uma visão exaltada de Cristo, bem como de um verdadeiro entendimento do esplendor da santidade de Deus.

Portanto, os pastores têm de pregar a Palavra, embora fazê-lo esteja fora de moda em nossos dias (2 Tm 4.2). Essa é a única maneira pela qual o ministério deles pode dar frutos. Além do mais, a pregação da Palavra assegura que os pastores serão frutíferos no ministério, porque a Palavra de Deus jamais volta vazia para Ele; ela sempre faz aquilo que Lhe apraz e prospera naquilo para o que foi designada (Is 55.11).


http://www.gty.org/


Fonte: www.editorafiel.com.br
Enviada pelo Rev. Altino Jr
A Importância dos Presbíteros
Dean Allen
A natureza deste ofício supõe a importância dos presbíteros



O presbiterato implica em liderança. A liderança deste ofício se manifesta: a) por meio de administração ou governo; b) por meio de instrução, ensino e pregação; c) por meio de exemplo. Vemos isto claramente em Hebreus 13.17: “Obedecei [esta é uma norma para a igreja] aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros”. Em seguida, considere o versículo 7 deste mesmo capítulo: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram”.



Nestes dois versículos, vemos aqueles três elementos da liderança. Primeiro, existem aqueles que governam sobre os crentes (“os vossos guias”); eles têm governado sobre os crentes e velado por estes. Segundo, eles têm pregado a Palavra de Deus para os crentes. Terceiro, considerando atentamente a maneira como eles vivem, os crentes têm de imitar a fé exercida por seus líderes. Portanto, o presbiterato bíblico é um ofício de autoridade que se expressa por meio de governo, instrução e exemplo.



O verdadeiro cristianismo depende de presbíteros bíblicos que agem de conformidade com as Escrituras, pregando todo o conselho de Deus e cuidando do rebanho. Este foi o exemplo de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso. Várias vezes, ele disse: “Jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus” (Atos 20.27); ou seja, “não me esquivei de ensinar-vos qualquer coisa proveitosa, fazendo-o publicamente e de casa em casa; eu vos ensinei e preguei o arrependimento para com Deus e a fé no Senhor Jesus Cristo”. O apóstolo Paulo pregou...pregou...pregou!



A função bíblica do presbítero não é somente pregar todo o conselho de Deus, mas também a indispensável supervisão do rebanho. Observe: “Pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas” (Hebreus 13.17); “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constitui bispos [supervisores], para pastoreardes a igreja de Deus” (Atos 20.28). Eles governam sobre vocês para o próprio bem de vocês. Quando é necessário, eles têm de se colocar no meio do caminho e dizer-lhes: “Parem! O que vocês estão fazendo?”, porque eles velam pela alma de vocês, como aqueles que prestarão contas delas no Dia do Juízo”.



A condição do homem exige o ofício de presbítero



Presbíteros, os líderes bíblicos da igreja, preservando a Palavra da Vida através de um exemplo santo, são extremamente essenciais em nossos dias, assim como sempre foram, por causa da condição dos homens. Em Atos 20.29, o apóstolo Paulo advertiu os crentes de Éfeso a respeito dos lobos que se introduziriam na igreja, não poupando o rebanho. O Espírito Santo havia constituído aqueles homens como presbíteros de um rebanho de ovelhas. O perigo: lobos vorazes sobreviriam ao rebanho para devorar as ovelhas. As ovelhas, por natureza, são errantes e vulneráveis aos lobos. Elas precisam de vigilância e proteção; elas necessitam de uma boa e sábia liderança de presbíteros fortes.



O apóstolo se mostrou urgente em sua última visita aos presbíteros de Éfeso, a fim de incutir em suas consciências o dever que agora estava sobre eles. Estes presbíteros não veriam mais o rosto do apóstolo. Eles não teriam mais consigo o apóstolo, para vir e resolver os problemas deles. Portanto, eles tinham de atentar por si mesmos, primeiramente, e depois por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os havia constituído presbíteros, por causa dos lobos perigosos que se introduziriam na igreja e não poupariam o rebanho. A existência de presbíteros é imprescindível. Eles têm de velar e alimentar as ovelhas. A condição do homem exige isto.



A ordenança de Cristo requer o ofício de presbítero



Efésios 4 diz que estes oficiais foram estabelecidos por Cristo, para que nós (os santos) não sejamos mais crianças levadas de um lado para o outro por todo vento de doutrina. Cristo sabia que necessitamos de presbíteros. Observe em Atos 20.28: “...o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos”. O presbítero bíblico não é presbítero apenas porque ele escolheu esta função como sua carreira; o presbítero bíblico é alguém colocado por Cristo neste ofício. O Espírito Santo o constituiu um supervisor do rebanho de Cristo. O presbítero tem de cuidar do rebanho e alimentá-lo (literalmente, fornecer pasto). Esta não é uma posição que você designa para si mesmo.



Somos mais sábios do que Deus? Ele, que designou tal ministério, haverá de rejeitá-lo com leviandade, porque decidimos que temos superado a necessidade de tal ministério? O ofício do presbítero que proclama a Palavra da Vida com regularidade, a cada semana, noite e dia, de casa em casa ou publicamente, é extremamente essencial. É uma ordenança de Cristo.



A essência da obra necessita do ofício de presbítero



Em Romanos 10.14, Paulo nos apresenta a razão (o objetivo ou propósito) fundamental por que Cristo estabeleceu os presbíteros – “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” Observe a pergunta de Paulo, a pergunta do Novo Testamento: como é que Cristo falará à sua alma, para a sua salvação, se não houver um pregador?



Quando Paulo esteve entre os efésios durante aqueles muitos meses, a essência de sua mensagem foi o arrependimento e a fé para a salvação. Em essência, o propósito de todo o trabalho de Paulo foi pregar o arrependimento para com Deus e a fé em Jesus, para a salvação dos pecadores e a edificação do corpo de Cristo.



Em 1 Timóteo 4.16, o apóstolo Paulo disse a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”. O coração de Paulo vibrava com a salvação daqueles que ouviam a pregação do evangelho. O alvo, o objetivo e a própria essência de nossa obra é a salvação da alma daqueles que se encontram sob o nosso ministério.



Paulo não partiu de Creta sem deixar ali alguém para completar a obra iniciada. O apóstolo disse a Tito: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade constituísses presbíteros” (Tito 1.5). Isto era vital! Os apóstolos sabiam que era melhor não deixar a obra apenas em seu estágio inicial. O objetivo do presbiterato não termina quando pessoas se convertem ou você pensa que elas estão convertidas. É por isso que temos de ir de casa em casa, com lágrimas e labores; é por isso que temos de permanecer de joelhos e temos de perscrutar as consciências. O objetivo do presbiterato é a salvação de pessoas e nada menos do que isto.



A tarefa do presbítero consiste em edificar as muralhas de Sião, em meio a inimigos violentos. Nas Escrituras somos chamados de cooperadores de Deus – “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (I Coríntios 3.9). Somos cooperadores de Deus no edificar a igreja. Você lembra de Neemias quando ele trabalhava na reconstrução das muralhas de Jerusalém? As pessoas se mostraram dispostas para fazer a obra. Em uma das mãos, elas tinham uma colher de pedreiro e na outra mão, uma espada. Enquanto edificavam a muralha com os materiais de construção, os judeus tinham necessidade de defender-se contra os inimigos que desejavam destruir a muralha. Houve zombaria, blasfêmias, resistência, táticas e artifícios políticos que visavam arruinar a obra – tudo que os inimigos podiam fazer para destruir aquela muralha, a cidade e a sua proteção. Quando Sambalate desejou que Neemias descesse para conversar com ele sobre a obra, Neemias, respondeu-lhe: “Não posso descer. Tenho de construir uma muralha e não posso desperdiçar meu tempo conversando com você”.



Cristo estabeleceu o ofício de presbítero para a construção das muralhas de Sião em meio aos inimigos. Pessoas que se passam por ovelhas freqüentemente deixam rastros de lobos. O pastor corre o risco de ter todo o seu rebanho devorado, enquanto ele próprio se assenta e dorme, na vã esperança de que seu rebanho está se alimentando sozinho.



Conclusões



É dever da igreja fortalecer, e não enfraquecer, as mãos dos ministros de Deus. Irmãos, vocês não sabem que, às vezes, também somos sensíveis. Uma das coisas que nos qualifica para o presbiterato é que nos preocupamos com as pessoas. Uma das razões por que somos tardios em repreender é que desejamos ser gentis. Queremos ter certeza de que pensamos de maneira completa no assunto, de que procuramos conselho e de que não sobrecarregamos, não ferimos, nem machucamos vocês, que são nossas ovelhas. Somos sensíveis. Quando sentimos que vocês não nos amam, não nos apreciam nem gostam de nós e que prefeririam que deixássemos a igreja, isto nos magoa. Entendam que os presbíteros precisam da ajuda de vocês. O diabo está cochichando, em todo o tempo, no ouvido dos presbíteros, os pecados, os erros, as fraquezas deles mesmos. Suportem e sustentem os presbíteros.



Honrem o ofício dos supervisores designados por Deus. Obedeçam-nos, como aqueles que têm de prestar contas da alma de vocês, para que cumpram seu ministério com alegria e sem tristeza. Ouçam-nos. Orem por eles. Trabalhem para a edificação deles. Preparem os filhos de vocês para este ofício, visto que Deus os auxiliará a fazê-lo. Sustentem esse ofício. E que Deus conceda graça àqueles que, dentre nós, exercem o ofício de presbítero, para que o façamos com fidelidade, por amor à alma de vocês.Ajuda-nos, ó Pai. Ajuda-nos a entender a crucial necessidade dos meios de graça escolhidos por Ti e depositados nos dons que tens dado à igreja, em seus homens que estão no ministério.
Mensagem enviada pelo Rev. Altino Jr. (Igreja Presbiteriana do Brasil em Monteiro).

Fonte: Fé para Hoje