quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Motivo Central da Bíblia

Herman Dooyeweerd

Do ponto de vista bíblico, devemos definir, antes de tudo, que toda a revelação divina tem um motivo central que é a chave do conhecimento e que, por conta de seu caráter integral e radical, exclui qualquer concepção dualista do mundo e do ser humano. Trata-se do motivo da criação, queda e redenção em Cristo Jesus na comunhão do Espírito Santo. Esse motivo não é de forma alguma uma doutrina que pode ser aceita à parte de sua obra poderosa em nossos corações. Acima de tudo, trata-se de um motivo-força no centro de nosso ser, a chave do conhecimento de Deus e do ego que pode destrinchar para nós a revelação de Deus nas Escrituras e em toda a obra das Suas mãos. É um motivo que é tão central, a ponto de ser o alicerce até mesmo da exegese científica das próprias Escrituras.
Este é um tríplice motivo. Não obstante, ele se unifica em uma única peça. É impossível compreender o sentido verdadeiramente bíblico do pecado e da redenção sem que se tenha entendido o verdadeiro significado da criação. Ao se revelar como Criador, Deus se revela como a única e exclusiva Origem de tudo o que há. Nenhuma força se pode contrapor a Ele com algum poder em si mesma. De fato, com referência ao Criador, não poderíamos definir uma área sequer de insulamento para a nossa autonomia na vida terrena. Ele tem o direito à toda nossa vida, a todo o nosso pensamento e a toda ação nossa. Nenhuma esfera da vida pode ser divorciada do serviço a Deus. Ao se revelar como o Criador, Deus ao mesmo tempo mostrou ao homem o sentido da sua existência [...].
Da mesma forma que a criação é centrada em Deus em analogia a sua Origem unificada e integral, Deus também criou dentro do homem um centro unitário, que é o ponto de concentração de sua existência temporal com todos os seus distintos aspectos e poderes. Trata-se do coração, no sentido religioso da palavra: a fonte de onde fluem as fontes da vida. A alma ou o espírito da nossa existência temporal (a saber, a nossa existência corpórea). Pois a nossa existência corpórea inclui não somente os aspectos físicos e biológicos do nosso ser, mas também os aspectos racionais e mesmo a função temporal da fé.
Dentro do coração do homem Deus concentrou o sentido de toda a realidade terrena. É por isso que a queda do homem representa a queda da criação temporal por inteiro. É por isso que, segundo o ponto de vista bíblico, o mundo, tal como aparece nos reinos inorgânico, orgânico e animal, não pode ser visto como uma coisa-em-si, independente do homem. O próprio Deus nos revelou em Sua Palavra que Ele só vê a criação com referência ao homem. Ela foi prejudicada por causa do pecado do homem. E ela será salva por causa da redenção do homem.
É por isso que toda a filosofia que nega esse lugar central do homem no mundo é antibíblica [...]. Em conexão com o significado bíblico da criação, também o sentido da queda se torna claro. Isso pode ser expresso de forma breve. Ora, o homem, que foi criado à imagem de Deus, desejou ser algo em si mesmo, independente do Criador. O ego humano, considerado como o centro individual de sua existência é, segundo a ordem da criação, destinado a refletir a imagem de Deus. Uma imagem não pode ser algo em si mesma. É por isso que toda a existência humana, em seu centro religioso, está sujeita à lei da concentração religiosa, que jamais foi abrogada, mesmo com a queda. Todo o poder do diabo se basea nessa lei da concentração na existência humana, porque sem essa lei a idolatria não seria possível [...].
Visto que o homem foi criado à imagem de Deus, a queda é uma queda radical: no centro religioso, a própria raiz da existência humana; uma queda do mundo inteiro, que tem seu ponto de concentração no homem. É por isso que a redenção em Cristo Jesus tem um caráter radical e integral. É a regeneração, em Jesus Cristo, do próprio coração da nossa existência. A redenção é em Jesus Cristo, que é a nova Raiz da raça humana e de toda a terra. Em oposição a qualquer concepção dualista e dialética, é preciso enfatizar a natureza radical e integral do reino de Jesus Cristo, que está inseparavelmente ligado à natureza radical e integral da criação. Em outras palavras, como Abraham Kuyper coloca, não existe um só segmento da vida sobre o qual Jesus Cristo, o supremo Soberano, não possa reivindicar o direito exclusivo.

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Sobre o autor:
Herman Dooyeweerd (1894-1977), filósofo e jurista, ensinou por várias décadas na Universidade Livre de Amsterdã. Escreveu uma das obras fundamentais da filosofia neocalvinista, os quatro volumes de A New Critique of Theoretical Thought. Seu sistema anti-reducionista, também chamado de Filosofia da Ideia Cosmonômica, explica por que toda formulação teórica científica e toda filosofia tem uma raiz inerentemente religiosa. A partir daí, desenvolve uma teoria para sistematizar uma visão radicalmente cristã acerca da realidade, passível de aplicação em cada área científica.

Traduzido por: Lucas G. Freire (Out. 2010).
Fonte: The Secularization of Science (trans. R. Knudsen).
Extraído: Neocalvinismo sem Mundanismo

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org

Isto É Uma Vergonha!!!

Orgulho do Que?


O governo espanhol multou a rede de televisão Intereconomía com 100.000 euros por atacar a dignidade dos homossexuais. Os spots da rede mostravam cenas típicas das paradas de orgulho gay, desde expressões eróticas e debochadas a expressões anti-religiosas, com as perguntas: É essa a sociedade que queremos? Com o apoio do nosso dinheiroorgulho do Que? Os spots foram veiculados 273 vezes entre 22 de junho e 17 de setembro do ano passado, e concluíam com a frase: "Um dia de orgulho gay; 364 dias de orgulho para as pessoas comuns, normais".

Fonte: www.anglican-maisntream.net.

Desafios da Pós-Modernidade para o Novo Calvinismo:
A Questão da Inspiração das Escrituras

Leandro Antonio de Lima

Não pode haver dúvidas de que Calvino sustentava um conceito de inspiração que somente poderia ser descrito como “verbal” e “plenário”, estendendo-se tanto à linguagem quanto ao estilo (Polmann, 1974, pág. 102). Entretanto, para Calvino, Deus se revelou adaptando-se à capacidade humana, isso quer dizer que ele usou descrições e palavras que tornavam compreensíveis para o ser humano a mensagem. São muitos os textos de Calvino que descrevem esse processo. No comentário de Deuteronômio, ele assinalou:
Os crentes têm que sempre recordar que Deus não falou de acordo com sua natureza. Se tivesse falado com sua própria linguagem, que mortal poderia ter compreendido? Não! Como ele tem nos falado na Escritura Sagrada? Tem se adaptado a nossa reduzida natureza como uma babá balbucia palavras a uma criança adaptando-se a seu nível de entendimento. Assim, Deus tem se adaptado a nós, uma vez que nunca estaríamos em condições de compreender o que ele diz, se não tivesse se aproximado de nós. Consequentemente, ele faz o papel de uma babá na Escritura (Citado por Polmann, 1974, pág. 110).[1]
Calvino não tinha dificuldades em entender que certos termos utilizados na Bíblia foram acomodados para a compreensão de um povo que era, segundo suas palavras, rude, ignorante e imperfeito (Ver comentários de Calvino em Dt 22.23; Êx 24.9; Êx 33.21; Dt 30.1). Para Calvino, quando Deus fala, “ele se acomoda à nossa capacidade” (1996, pág. 82, 1Co 2.7).
Em outro lugar, Calvino volta a descrever a tarefa divina de se revelar como a de uma babá que balbucia a um infante, não obstante, ele entende que isso não desqualifica a Escritura, antes faz com que nos apeguemos ainda mais a ela, pois somente ela pode nos mostrar quem é Deus:
Onde quer que falemos dos mistérios de Deus, temos que tomar a Escritura como Guia, adotar a linguagem que ela ensina e não nos exceder nesses limites, já que Deus sabe que nossa mente não pode ascender tão alto como para compreender a ele se tivesse que empregar palavras dignas de sua majestade, e, por isso, ele se adapta a nossa pequenez. E como uma babá balbucia ao infante, assim ele emprega uma linguagem especial para nós, de forma que possamos compreendê-lo (Citado por Polmann, 1974, pág. 111).[2]
A importância desse conceito está justamente no não insistir no literalismo excessivo da Escritura. Certos aspectos da Bíblia não precisam ser literais para que sejam inspirados ou normativos ou para que tenham o caráter de verdadeiro, como é o caso dos seis dias da criação. Isso, evidentemente, não envolve uma aceitação simples das teorias científicas, nem mesmo uma adaptação às teorias científicas, mas apenas um entendimento mais profundo do caráter da Escritura como revelação de Deus. Faz tempo que os reformados aceitam que a Escritura usa a linguagem do homem comum para descrever os fenômenos. Se a Escritura diz que o sol gira ao redor da terra e que o vento tem seus depósitos em algum lugar, ela o está fazendo nos termos que os homens daquela época podiam compreender. Ela não está usando linguagem científica justamente porque o povo daquela época não tinha acesso à linguagem científica. Assim também ela diz que Deus tem ouvidos e até estômago, além de sentimentos humanos como arrependimento e ciúmes, porque precisa descrever Deus com categorias humanas, afinal, essas são as únicas que o homem consegue entender. Para muitas pessoas, ou todo o texto da criação do livro do Gênesis tem que ser literal, ou não pode mais ser aceito como inspirado. Embora essa opinião deva ser respeitada, talvez não seja necessário tal radicalismo para continuar crendo na inspiração plenária das Escrituras.
É importante que se entenda que o que se está propondo não é um abandono puro e simples das definições normalmente aceitas sobre o caráter da Bíblia, mas apenas um diálogo e uma avaliação de outras possibilidades, como um desenvolvimento da própria concepção de Calvino sobre a Escritura.
Se o conceito de inspiração em Calvino envolve, em algum ponto, uma acomodação, então, definitivamente, ele não poderia ser submetido a um teste de caráter científico. O ponto chave é que Calvino defendia a questão do testemunho interno do Espírito Santo como “prova” definitiva para o cristão da veracidade da Bíblia e não a submissão aos testes empíricos.
Assim, com surpresa, é possível perceber que o conceito de Calvino a respeito da Bíblia tem muito mais potencial para a pós-modernidade do que o literalismo bíblico do fundamentalismo influenciado pelo modernismo. Tinha também mais potencial para a própria modernidade, mas, como McGrath observou, talvez ele não tenha sido levado tão a sério.

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Sobre o autor: Leandro Antonio de Lima é Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição, Mestre em Teologia e História pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie, e doutorando em Letras (Literatura), pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro em São Paulo e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. É também professor de teologia na FITref. Escreveu Razão da Esperança - Teologia para hoje (2006) e Brilhe a sua luz: o cristão e os dilemas da sociedade atual (2009), ambos da Editora Cultura Cristã.
Fonte: Novo Calvinismo

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org

Devem Crentes Fazer o

Teste do Velo de Lã?



Título original: "SHOULD WE USE FLEECES TODAY?"
“36 E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, COMO DISSESTE, 37 Eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste. 38 E assim sucedeu; porque no outro dia se levantou de madrugada, e apertou o velo; e do orvalho que espremeu do velo, encheu uma taça de água. 39 E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho. 40 E Deus assim fez naquela noite; pois só o velo ficou seco, e sobre toda a terra havia orvalho.” (Jz 6:36-40 ACF)
Deus ordenou Gideão "livrar a Israel das mãos dos midianitas" (Juízes 6:14). Quando Gideão duvidou deste chamado divino, ele pediu a Deus dois sinais de confirmação. No primeiro, Gideão pediu a Deus para fazer umedecer um seco velo de lã enquanto a terra em redor ficasse seca. No segundo, Gideão pediu que o velo de lã permanecesse seco enquanto a terra em redor se tornasse molhada.
Enquanto Deus graciosamente respondeu o "teste do velo de lã" a Gideão, há razões para crer que é hoje perigoso seguir-se este padrão para se determinar qual é a vontade de Deus
1. Este é o único lugar na Bíblia que nós lemos sobre "lançando um teste do velo de lã” para testar a vontade de Deus, e isto ocorre no livro de Juízes, no meio da apostasia e fraqueza e confusão espiritual [reinando em Israel]. Muitas coisas estranhas são registradas em Juízes, mas isto não significa que nós devemos seguir todas elas. Considere, por exemplo, o voto louco de Jafté (Juízes 11:30-31).

2. Deus já tinha falado francamente para Gideão (Juízes 6:14), e ele devia ter procedido pela fé. É da vontade de Deus que nós vivamos pela fé em Sua Palavra, e não por sinais.
“Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas;” (Mt 12:39 ACF)
"Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” (Jo 20:29 ACF)
“ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” (Hb 11:1 ACF)
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb 11:6 ACF)
3. Deus não tem prometido responder ao "teste do velo de lã", e o diabo pode imitá-los.
Deus respondeu ao velo de Gideão, mas a Bíblia em nenhuma parte promete que Deus responderá outros "testes de velo de lã", feitos por qualquer pessoa.

Antes de eu ser salvo eu lancei alguns velos [diante de Deus], mas as respostas podem, na melhor das hipóteses, ser descritas como confusas [duvidáveis, ou indefinidas, ou conflitantes com a Bíblia, etc.]. Por exemplo, no final do verão de 1973, eu estava dirigindo o meu automóvel com o homem crente que me conduziu para Cristo alguns dias depois. Eu tinha estudado Ciência Cristã, Hinduísmo e outras religiões, e não sabia em que acreditar, na Bíblia ou em alguma outra coisa mais. Assim, enquanto eu estava dirigindo meu automóvel, eu orei: "Deus, eu estou confuso, por isso eu solicito a sua ajuda. Se a Bíblia é verdadeira, deixe um passarinho estar lá no segundo poste de telefone após nós passarmos pela próxima curva na estrada, e se a Bíblia não é verdadeira não deixe um passarinho estar lá." Bem, nenhum pássaro estava lá, mas isto não provou que que a Bíblia é falso [só provou que eu era um tolo tentando testar Deus ao invés de aceitar o que Sua palavra claramente diz milhares de vezes].

Considere o caso de Pierre Teilhard de Chardin. Ele foi um padre católico romano que rejeitou a criação, a queda, o Deus da Bíblia e o Jesus da Bíblia. Ele desenvolveu a teoria da "Evolução Teística", na qual o ser humano está evoluindo rumo à perfeição em um "cristo" cósmico. Mas poucos dias antes da sua morte em 1955, ele orou: "Se em minha vida eu não tenho estado errado, eu rogo a Deus que me permita morrer em um Domingo de Páscoa" ("Pierre Teilhard", Wikipedia). Bastante seguro, ele morreu no dia 10 de abril, que era um domingo de Páscoa. O que isto prova? Nada, absolutamente nada!

Testes do velo de lã são inseguros, mas a Palavra de Deus é firme e segura! (2Pe 1:19-21; João 20:29-31).
“19 ¶ E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. 20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2Pe 1:19-21 ACF)
“29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. 30 Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. 31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20:29-31 ACF)
Autor: David Cloud

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Agora virou moda! Estevam Hernandes chama blogueiros evangélicos de endemoniados e vagabundos.

No culto do poder desta quarta-feira, o Apóstolo Estevam Hernandes, fundador da Igreja Renascer em Cristo, voltou a criticar donos de blogs que expressam na internet suas opiniões. Durante a pregação na igreja Estevam afirmou:

Esses vagabundos que ficam escrevendo esses blogzinhos, gente que se diz servo de Deus e ficam escrevendo bobagens na internet, isso é tudo endemoniados. Amém?

No dia seguinte após um questionamento de um membro da Renascer que se disse chocado com a afirmação, o Apóstolo usou o Twitter para reafirmar sua opinião sobre os blogueiros: “a verdade choca mesmo”, mas fez uma ressalva: “não falei todos (os blogueiros), mas, sim os que usam pra destruir.o Corpo esses sao mesmo…”

Entre blogueiros e twitteiros a alguns concordaram com o líder da Renascer, já outros demonstraram profunda indignação e reprovação ao ato. Diversas publicações no Twitter surgiram sobre o caso: “E eu achando que o foco de um culto teria que ser Deus… Sinceramente acho que tem coisas mais importantes para se falar no púlpito”, disse um, “Chamar blogueiro de vagabundo endemoniado só porque ele deu uma opinião e ainda querer que a igreja (que nada tem a ver com isso) concorde é RIDÍCULO”, afirmou efusivamente outra “twittada”.

Outros famosos líderes evangélicos, como os Pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia, também já se expressaram contra as opiniões contrárias a eles publicadas em sites e blogs pessoais na internet.

Igreja Renascer em dificuldade financeira e oferta de “R$15 é uma miséria”

Aparentemente nervoso e emocionado, Estevam afirmou que despesas de energia elétrica das igrejas, rádio e televisão chegam à 400 mil reais. “Sinceramente eu fico revoltado, porque agente vai na rádio e fala ‘você pode ajudar a obra de Deus com R$15?’. É uma dificuldade queridos, R$15 é uma miséria. Só de energia elétrica por mês de rádio e televisão mais as igrejas nós pagamos quase R$400 mil. Ninguém tem idéia. Sabe quanto é o aluguel deste prédio (regional Santana)? R$ 65 mil reais e se atrasar um dia é 20% a mais. ”

O líder da igreja admitiu que o aluguel da Regional Santana está atrasado: “…dizem a igreja atrasou o aluguel. Atrasou sim, você pensa que tenho vergonha em falar? Atrasou porque não tinha dinheiro para pagar, mas vai pagar. Em nome de Jesus. Não devemos nada para ninguém não queridos e todo mundo que trabalha conosco sabe que vai receber, mas as vezes temos dificuldade. Só que estamos de pé lutando e a obra crescendo”, finalizou.



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Deixei de ser evangélico...

Marcelo Lemos

Sem o menor sentimento de culpa admito que me tem sido coisa rara a afirmação "sou evangélico". Nem sempre foi assim. Houve tempos, já escondidos pela névoa do tempo, nos quais eu sentiria santo orgulho de tal identificação: que saudades! O tempo não para, dizia o poeta. E o tempo passou, sem muita poesia, assassinando poetas, e consagrando, quase sempre, gente cuja poesia maior é dedicada a ídolos. Nos esquecemos da primeira regra do Decálogo: adoramos personalidades, a nós mesmos, o sucesso, o dinheiro, o poder, os títulos eclesiásticos... Diante de Deus, nós, e nossos muitos deuses.

Recentemente questionaram qual minha opinão sobre o Padre Fábio de Melo, o cabeleira de gel, sem batina, que vive dizendo que tudo é "liiiiindo!", ter dito: "Eu também sou Evangélico!". Não deixa de ser uma declaração bonita e, quiçá, fruto de algum amadurecimento proporcionado em tempos pós Vaticano II. Tudo muito "liiiiiiindo!". Admitamos, por mais anti-catolicos sejamos, nada é tão prazeiroso que ouvir um padre reconhecendo que a salvação é por Graça, e que nossa missão principal é anunciar o Evangelho de Cristo. No entanto, creio que o padre precisa dar uma atualizada na cabeleira, já que a idéia que ele tem sobre o que é ser "evangélico" está defasada há, no mínimo, uma década e meia! Atualmente, ser evangélico pode significar qualquer coisa, o que nos leva a significado nenhum. Eis o grande mal dos evangélicos de nosso tempo: crise de identidade. A única coisa que o evangélico mediano parece saber sobre si mesmo, via de regra, inclui: que sua denominação é, em algum sentido, melhor; que ele é filho da promessa; que ele tem o selo da promessa, e que apesar de não ser dono do mundo, é filho do Dono! Não é "liiiiindo, minha gente"?

Assim, minha primeira razão para deixar de ser evangélico está no fato de que essa gente, os evangélicos, não sabe o que ser evangélico significa. Pergunte a maioria de seus amigos evangélicos: o que é o evangelicalismo? Qual sua origem? Quais seus postulados? Faça um teste, e comprove: quase absoluta ignorância. Somos uma geração que nada sabe sobre os Grandes Depertamentos, ou sobre nomes consagrados de nossa tradição evangélica, como Jonathan Edwards, John Wesley, Charles Finney, Dwigth L. Moody, etc. Nem mesmo o contemporâneo Billy Granham escapa imune a nossa ignorância crônica. Aliás, o Billy só volta ao imaginário dos "gospi" quando algum aloprado escatólogico faz malabarismo para associá-lo a sociedades secretas, e a complôs promotores do Anticristo... Em contrapartida, sabemos tudo sobre espiritos territóriais, ex-satanistas, ex-noivas-do-Capeta, símbolos satanistas ocultos, pregadores-sem-língua, maldições hereditárias, e, claro, campanhas de Sementes, com Bíblias superfaturadas.

Por falar em Bíblia, eis minha segunda razão para deixar de ser evangélico: somos um povo ignorante das Escrituras, e da Teologia! Não só isso, além de ignorantes, temos orgulho do fato! Dia após dia, cresce a idéia de que um cristianismo realmente bíblico, que segue o modelo da Igreja Primitiva, é um cristianismo anti-intelectual. Canonizamos a ignorãncia. Tal blasfêmia sempre esteve presente, com honrosas excessões, na religiosidade pentecostal (de onde eu venho), mas não é privilêgio apenas daquele grupo, infelizmente. Mas, como pentecostal de berço, vou me ater ao que diz respeito a minha experiência mais imediata. "Igreja do Senhor!" - esbraveja o falastrão: "eu tinha um sermão prontindo para vocês esta noite; porém, quando eu chegei neste lugar, o Espírito Santo mudou tudo – fez aquele rebuliço! Por isso, quero lhes dizer que tenho uma mensagem vinda diretamente do céu para vocês! Hoje, eu não quero nada com Teologia: Deus vai falar diretamente com você!”.

Só tem um nome para isso: apologia da burrice. Atitude que não encontra nenhum paralelo no exemplo deixado por Jesus Cristo: "E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que deles se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24.27).Que ousadia têm aqueles pregadores e cristãos que desprezam o saber teológico, preferindo em seu lugar qualquer outra coisa, como experiencias e emoções! Eles se acham melhores que Cristo? Eles se consideram mais eficazes que o próprio Senhor, a quem dizem servir e amar? Do contrário, não é certo que deveriam seguir Seu exemplo? Como se atrevem a desprezar aquilo que Seu Deus valorizou?

Intimamente relacionado ao que foi dito acima, identifico minha terceira razão para deixar de ser evangélico. Aqui, um boa dose de cautela, pois estarei pisando em terreno perigoso. Inicio meu argumento com uma exemplificação: que dirá um cristão evangélico contra um cristão católico que, por exemplo, acredita em Purgatório? Resposa bem fácil: "A Bíblia não fala nada sobre um Purgatório, meu filho, acorda!". De fato, e não falando, os evangélicos se recusam a se submterem a um dogma extra-bíblico. Sabem o motivo? É que um dos pilares do Evangelicalismo vem direto da Reforma Protestante: o sola scriptura, segundo o qual, nada do que não esteja explicitamente ensinado nas Escrituras possa ser imposto aos crentes. Mas, ironicamente, aqui nasce um problema para os evangélicos de nossos dias: quando se trata de passar suas próprias tradições e práticas pelo crivo das mesmas Escrituras, ele rapidamente se saírão com a excusa de "não julgueis para não serdes julgados", ou qualquer imbecilidade como "cuidado, o cara é ungido Senhor; e não se deve tocar nos ungidos". Santa hipocrisia!

Ainda sobre isto há mais a se dizer: não apenas usamos o Sola Scriptura na balança da hipocrisia, como também o elevamos a um status de ídolo cego e manco. Calvino? Wesley? Spurgeon? Agostinho? Cramer? Confisões de Fé? Livros de Oração Comum? Não precisamos de nada, nem de ninguém, só das Escrituras! Conseguem perceber o desvirtuamento, a falsidade insinuante? Inventamos a idéia de que ter a Bíblia como regra suprema de fé implica na rejeição do que Deus, por Seu Espírito, fez durante séculos de cristianismo! Porém, se alguém ousar questionar o desatino anti-biblico de algum apóstolo moderno, temos resposta rápida e eficaz: "Cuidado com a Letra, abra seu coração para o mover do Espírito!". Nada mais nos interessa, ao menos, nada que tenha acontecido antes do nosso profeta, apóstolo ou bispa preferidos.

Admito, meus queridos, que há gente na Igreja Brasileira que ainda faz jus ao título "evangélico". É possível que os mesmos sintam-se injustiçados com minhas generalizações. Me solidarizo, acreditem. Infelizmente, por mais triste que seja, o termo evangelico perdeu seu valor, não por si mesmo, mas pelo mau cheiro de quem não lhe soube extrair o perfume. E, cá entre nós, nada mais eficaz para despetar um moribundo que uma boa descarga eletrica no peito: ou acorda, ou bate as botas de vez!

De modo que, tomo a liberdade de me definir como "um cristão, a favor do Evangelho, mesmo que precise ir contra os evangélicos". Peraí! Acho que isso é bem Evangélico, com E maiúsculo, não acham?


Marcelo Lemos é mais um desviado que resolveu ser subversivo do Reino e caiu aqui no Genizah


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Debandada geral na Renascer, O último a sair apague a luz!


Isto se a Eletropaulo não cortar primeiro, pois a coisa está muito feia mesmo.

Ou melhor, não para todos: O casal Hernandes e a bispa patricinha continuam com patrimônio intocado e gastando a dar com o pau, ou melhor a dar com a bolsa Hermès!

Não falta dinheiro para arrotar caviar numa festa faraônica, tipo despedida (ou debandada) de quase todo o casting musical que as organizações tinha, mas falta dinheiro para a reconstrução da sede, pagamento de funcionários (de alguns setores) e alugueres e impostos amontoados em pilhas mais altas que o pão de açúcar!

Junto com a debandada que ganhou força com a saída do bispo Bruno e as demissões por falta de caixa mesmo, agora, o critério para o  "enxugamento da máquina administrativa" (digamos assim, risos),  é a caça às bruxas. A guilhotina dos Hernandes desce a lâmina com a maior facilidade, a qualquer questionamento. Como já informamos em outra reportagem, no mesmo discurso em que Hernandes exigiu ser chamado de Pai, também informou que não queria mais ser questionado. Só está com o emprego garantido na Renascer quem diz amém para tudo o que o casal real diz.

Até o garoto Kaká anda saidinho, flerta com a Bola de Neve, sua esposa diz que serve a Jesus e não ao casal Hernandes, enfim estão ganhando asas rapidamente.

Na frente criminal a coisa não anda fácil também.  As  sarnas provocadas pela tornozeleira do FBI nem sararam ainda e o casal só toma bola nas costas nos diversos inqueritos em curso no país. E o caldo só engrossa. O novo escândalo com o uso fraudulento das verbas do ministério da educação só piora a imagem da cúpula junto aos fiéis. Os bispos seguem sendo pressionados a faturar mais e controlar os prejuízos e segurar os motins que se formam.

O relato a seguir é só mais um reflexo da pressão da caldeira renascer.

Em culto celebrado em Santo Amaro, neste mês de setembro,  o bispo Gabriel, mais uma vez, faz campanha de ofertas para a reconstrução da sede desmoronada. Coisa normal. O fato inédito foi o uso de uma nova tática espiritual para levantar ofertas. Após listar pela enézima vez os valores necessários para quitar os débitos existentes, Gabriel deixa membros e oficiais ali reunidos pasmados ao urrar:

 - Quem não participar deste desafio da igreja estará em maldição!

Ao final do culto mais um grupo grande de membros e oficiais decidiram abandonar a Renascer.  


"este bingo evangélico não tem mais sentido. O Evangelho de Cristo há muito foi deixado para trás. Está em último plano depois dos escândalos, débitos, sustento nababesco da família apostólica e suas doutrinas espúrias. Estamos assistindo o fim melancólico da Renascer, uma igreja que um dia foi uma referência de pioneirismo e ousadia na evangelização, mas que foi sufocada, feita negócio familiar de seus diretores e presidentes, sugada até o fim. Um negócio de homens. Há muito o Senhor virou suas costas para esta iniquidade".
Oficial da Renascer, por telefone ao Genizah.


Vivendo uma situação difícil na administração da membresia dividida, nunca o mote famoso da organização: “Renascer até morrer!” foi tão usado nos cultos. Contudo, cada vez mais, a doutrina da “cobertura espiritual apostólica” vem sendo usada como instrumento de coerção e medo: “quem se afasta da cobertura (da Renascer) corre o risco de não mais sentir a presença física de Jesus”. O clima é de revolta e medo.

Irmãos e irmãs. Neste momento devemos orar muito por aqueles vivendo no laço destes falsos profetas na Renascer.

Devemos reproduzir este artigo, ou produzir outros. O importante é refutar de todas as maneiras este engano, permitindo o entendimento da verdade, desde ao mais simples  até ao mais soberbo. É hora de educar e retirar deste engano quem vive este verdadeiro estupro espiritual. Nem mesmo eu me atrevo a fazer humor com um assunto destes. Senhor envia Seus anjos àquele lugar!

 


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Amor, sexo e Espiritualidade

Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos e adúlteros Deus os julgará” (Hb.13:4). O tradutor usa a palavra “leito”, que é sinônimo de “cama”; talvez por ser uma palavra mais elegante. Porém, o texto original usa o vocábulo grego “koité”, de onde vem a palavra “coito”. Portanto, tanto o matrimônio quanto o coito (o ato sexual em si) devem ser igualmente honrados.
Parece bobagem? Mas não é! Nossa sociedade tem transformado o sexo numa coisa suja, banalizando-o, coisificando-o. Rita Lee retrata isso em uma de suas composições, em que diz que o amor é cristão, mas o sexo é pagão. A pornografia nada mais é do que a vulgarização de algo sagrado, a perversão da justiça. Sexo é comunhão, e a cama do casal é um altar onde o que ali se pratica deve ser encarado como uma oferta de amor. Não há comunhão sem comunicação. Tampouco há sexo plenamente satisfatório sem amor. 

Um relacionamento sem amor não produz um ambiente propício à comunicação franca, sincera, aberta. Logo na primeira estrofe de seu maravilhoso hino acerca do amor, Paulo declara: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine”. Ora, Paulo era um poliglota. Para circular livremente pelas províncias romanas, ele teria que falar, pelo menos, quatro idiomas: grego, latim, aramaico e hebraico. Ele sabia, entretanto, que não bastava dominar vários idiomas para poder comunicar-se com pessoas de culturas diferentes. Se ele quisesse comunicar algo, ele teria que dominar o idioma do amor. O verbo “comunicar” tem o sentido de tornar algo comum entre pessoas diferentes. Comunicar é construir pontes entre mundos diferentes. Cada pessoa é um mundo distinto. Para podermos atravessar o abismo que nos separa uns dos outros, precisamos de pontes. O idioma é apenas o pavimento desta ponte. O amor pode ser comparado às colunas abaixo do pavimento, que dá sustentação à estrutura da ponte. Sem amor, o pavimento cede, e a ponte cai.

A pessoa pode falar quantos idiomas puder, e até mesmo a língua angelical. Com isso, ela impressionará muita gente, mas não fará mais do que barulho. Ela pode até comunicar idéias, mas jamais vai conseguir comunicar seu ser. A verdadeira comunicação transcende o campo das idéias. Os termos comunicação e comunhão são sinônimos. Através da Sua Palavra, Deus nos comunica Seu próprio Ser. Não nos comunicamos pra tentar convencer alguém de que estamos certos em nosso ponto de vista. Em vez disso, nos comunicamos para tornar alguém participantes daquilo que temos recebido. Essa é a essência da comunicação, de acordo com as Escrituras. E isso só é possível mediante o amor.

Quando não há amor, falta diálogo, mas sobra discussão. E sabe por quê? Porque ninguém quer dar o braço a torcer. Aos poucos, o tom de voz vai se alterando, e o que deveria ser um diálogo edificante, torna-se uma gritaria irracional.

A diferença entre um diálogo e uma discussão é que o primeiro se baseia na necessidade que ambos de têm de se compreender mutuamente. O segundo se baseia na insistência que ambos têm de provar que estão com a razão.

Discutir é entrar na contramão do outro. Toda discussão leva à colisão. Já o diálogo produz o encontro.

O amor tem sua própria linguagem, que abrange desde sons inteligíveis pronunciados pelos lábios, passando por expressões corporais, cheiros, toques, olhares, gemidos, sendo capaz de expressar-se até no silêncio.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com

Valor à Vida

Olá! Recebi esta mensagem do amigo Alberto Monteiro para diovulgação. Tire suas conclusões. Leia o e-mail do leitor.

A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA:

PRECISAMOS DE SUA AJUDA, PARA A DEFESA
DA DEMOCRACIA E DO RESPEITO À VIDA NO BRASIL.

No dia 26 de agosto de 2010 a Comissão Representativa do
Regional Sul 1 da CNBB acolheu e recomendou a ampla difusão do
documento intitulado Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras,
que denunciava o compromisso histórico do Partido dos Trabalhadores
com as organizações internacionais que planejam a implantação do aborto
e da Cultura da Morte no Brasil e na América Latina.

Os primeiros cem mil exemplares do documento foram impressos pelo
próprio Regional Sul 1 e, a partir daí, o documento foi
disponibilizado na Internet para que pudesse ser impresso e
distribuído pelas dioceses e movimentos a favor da vida que estivessem
interessados.

A distribuição dos documentos foi implacavelmente perseguida pelo
Partido dos Trabalhadores durante o segundo turno das eleições. A
Igreja foi acusada de espalhar boatos e uma gráfica que estava
imprimindo os documentos a pedido do bispo de Guarulhos foi cercada por
militantes do Partido dos Trabalhadores durante toda a noite e parte
do dia seguinte até o material ser apreendido. O cerco foi filmado
pelo próprio PT, que publicou o vídeo em que o proprietário era
ilegalmente constrangido e o estabelecimento rotulado como a "Gráfica
do Capeta".

http://www.youtube.com/watch?v=THvAV30BQp8

Após a apreensão a própria candidata à presidência da República
Dilma Rousseff, em conjunto com uma coligação de partidos
encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, decidiu processar o
estabelecimento junto ao Tribunal Superior Eleitoral de Brasília.
A ação cautelar 3526-20.2010, impetrada pela candidata,
coloca em dúvida que os folhetos contendo o Apelo a Todos os
Brasileiros e Brasileiros, apreendidos na Gráfica Pana em São
Paulo, no sábado dia 16 de outubro de 2010, contém realmente
um documento dos bispos de São Paulo, e acrescenta que as
informação contidas são "INVERÍDICAS E
DEGRADANTES, ALÉM DE CONFIGURAREM
CRIMES CONTRA A HONRA".

Chama a atenção que o réu processado pela candidata Dilma Rousseff
por crime eleitoral e difamação é o dono da gráfica, e não o bispo
de Guarulhos que encomendou os folhetos, nem os bispos do Regional
Sul 1 da CNBB, que assinam ostensivamente o documento. Se
tivesse havido um verdadeiro crime de difamação, seriam estes os
réus que deveriam estar sendo processados.

Chama a atenção também o fato que o documento, com a assinatura dos
bispos responsáveis, estêve publicamente disponível no site do
Regional Sul 1 desde o final de julho, e ainda pode ser encontrado
em cópias em mais de 50 mil outros sites na Internet, mas o
Partido dos Trabalhadores, que tinha perfeito conhecimento disto,
jamais apresentou nenhuma queixa a respeito na justiça.

ISTO MOSTRA QUE O PARTIDO SABE QUE O
DOCUMENTO É AUTÊNTICO E QUE VEICULA
DENÚNCIAS VERÍDICAS.

O QUE SE PRETENDEU FAZER COM ESTA
APREENSÃO FOI APENAS UMA GROTESCA E
ILEGAL ENCENAÇÃO MIDIÁTICA PARA
DESVIAR A ATENÇÃO DO PÚBLICO DAS
VERDADEIRAS ACUSAÇÕES CONTIDAS NO
DOCUMENTO.

Na quarta feira dia 20 de outubro de 2010, a Mitra Diocesana
de Guarulhos entrou com um recurso para liberar o material apreendido
irregularmente pela campanha do Partido dos Trabalhadores. O recurso
afirma que o material foi encomendado pelo Bispo de Guarulhos, que é
documento oficial da Igreja Católica, que as informações
veiculadas são verídicas e denunciam, com base em ampla
documentação, o envolvimento internacional do Partido dos
Trabalhadores com a promoção do aborto no Brasil, e o fundamento
jurídico para a divulgação do material nada mais é do que o direito
à liberdade de expressão assegurado pela Constituição a todos os
brasileiros.

O andamento do processo pode ser acompanhado no site do Tribunal
Superior Eleitoral (http://www.tse.gov.br), no seguinte
endereço:

http://www.tse.gov.br/internet/home/acompanhamento.htm?comboTribunal=tse&siglaTribunal=tse&nomeTribunal=TSE&acao=pesquisarNumProcesso&tipoPesquisa=divProcesso&numProcesso=

digitando, no espaço a preencher, o número do processo
352620.

Os processos eleitorais costumam ser julgados em pouquíssimos dias,
mas ainda não há sinal de sentença. É interesse do Partido dos
Trabalhadores adiar o espetáculo e a sentença o mais possível, para
que a verdade sobre o seu vergonhoso envolvimento e compromisso com a
promoção do aborto no Brasil não seja conhecida entre os eleitores.

PRECISAMOS DE SUA AJUDA.

PEDE-SE A TODOS OS QUE RECEBEREM ESTA
MENSAGEM QUE ESCREVAM, MUITO
RESPEITOSAMENTE, À CORREGEDORIA GERAL
ELEITORAL DO TRIBUNAL SUPERIOR
ELEITORAL, NO SENTIDO DE PEDIR QUE A
SENTENÇA SEJA DADA O MAIS RAPIDAMENTE
POSSÍVEL.

Explique cada qual com suas próprias palavras, sem esquecer de pedir
a toda a sua lista de contatos que façam o mesmo.

Leiam a íntegra desta mensagem e exponham o quanto este processo não
passa de uma encenação do Partido dos Trabalhadores e de sua
candidata para obstruir a livre circulação de informações cruciais
para o debate eleitoral.

O QUE ESTÁ EM JOGO NÃO É UM TEMA
SECUNDÁRIO. São os próprios princípios do direito
fundamental à vida, base do Estado democrático.

TODOS VOCÊS ESTÃO, SEM NENHUM EXAGERO,
IMPEDINDO A IMPLANTAÇÃO DE UM
HOLOCAUSTO QUE ESTÁ SENDO
CUIDADOSAMENTE PLANEJADO HÁ ALGUMAS
DÉCADAS PARA SER FUTURAMENTE O PONTO DE
PARTIDA DE TODA UMA NOVA GERAÇÃO DE
GRAVÍSSIMAS E JAMAIS VISTAS VIOLAÇÕES
DE DIREITOS HUMANOS.

Os mails podem ser enviados aos endereços

cge@tse.gov.br; cge@tse.jus.br;

CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE TODOS
PARA QUE TAMBÉM NESTE CASO POSSAMOS
FAZER COM QUE TODA A VERDADE VENHA À
LUZ.

O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR E O
MAIS SOFISTICADO ATAQUE JÁ
DESENCADEADO CONTRA A DIGNIDADE DA
VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE EM TODA A SUA
HISTÓRIA. O problema transcende o próprio Brasil e
representa o coroamento de investimentos estrangeiros de várias
décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como também a
toda a América Latina e a todo o mundo e tem ao Partido dos
Trabalhadores como seu principal aliado no país.

Agradecemos a todos pelo imenso bem que estão ajudando a promover.

Continuaremos informando a todos o desenrolar dos acontecimentos.

Alberto R. S. Monteiro

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Para sair da lista, envie um mail com o título REMOVER para

albertomonteiro@mailandweb.com.br

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LEIA EM SEGUIDA:

1. Uma nota que mostra que, já em pleno segundo turno, enquanto a
candidata Dilma Rousseff assinava documentos afirmando-se contrária
à legalização do aborto, o Diário Oficial publicava, no dia 4
de outubro de 2010, a assinatura de um convênio entre a União e
um grupo de especialistas, contratado para assessorar o governo federal
no objetivo de obter a completa legalização do aborto no Brasil.

2. Um condensado da defesa apresentada pela Mitra Diocesana de
Guarulhos sobre a apreensão irregular dos folhetos contendo o Apelo a
Todos os Brasileiros e Brasileiras.

======================================

1. O GOVERNO FEDERAL CONTRATA
ASSESSORIA ESPECIALIZADA PARA
LEGALIZAR ABORTO NO BRASIL.

======================================

Nos últimos dias do primeiro turno, para desmentir as denúncias de
que o Partido dos Trabalhadores possui um plano de governi e acordos
internacionais para implantar a completa legalização do aborto no
Brasil, a candidata Dilma Rousseff assinou uma carta onde ela afirma
ser pessoalmente contrária ao aborto e que nada fará para legalizar a
prática no Brasil.

No entanto, na segunda feira dia 4 de outubro de 2010, já no
segundo turno das eleições, o governo esqueceu-se de avisar o
Diário Oficial da União para que adiasse por mais um mês, até
após o segundo turno, a publicação do contrato de uma parceria entre
o Governo Federal e a Fundação Osvaldo Cruz, para continuar as
atividades do GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA PARA
DESPENALIZAR O ABORTO NO BRASIL, cujo
objetivo maior é assessorar o governo para a completa
descriminalização do aborto no Brasil.

Confira os detalhes no vídeo recém postado A IGREJA
AMORDAÇADA PELO PT:

http://www.youtube.com/watch?v=PkzoKCkgMCo

O vídeo comenta também o substitutivo do PL 1135/35, o
projeto de lei apresentado em 2005 pelo governo Lula à Câmara
dos Deputados em Brasilia, ainda em tramitação no Congresso, que
pretende tornar o aborto totalmente livre durante todos os nove meses da
gestação, desde a concepção até o momento do parto. Deve-se
notar, como mostra muito bem o vídeo, que o projeto foi encaminhado
ao Congresso apenas alguns dias depois do presidente ter assinado um
compromisso no qual que prometia que nada faria para legalizar o aborto
no Brasil.

O PL 1135/91 NÃO É UM PROJETO COMUM.

Elaborado por iniciativa do governo federal pela Comissão Tripartite
criada pelo próprio governo para tal, e contando com a assessoria de
técnicos da ONU, trata-se do mais arrojado projeto de
implantação do aborto já apresentado em todo mundo, tornando o
aborto não apenas legal, mas reconhecido como direito e totalmente
livre durante todos os nove meses da gravidez, o que colocaria o
Brasil na vanguarda da Cultura da Morte em todo o planeta.

Simulando ser contrária ao aborto, Dilma Rousseff comprometeu-se a
não apresentar nenhum projeto que pretenda legalizar o aborto, mas
recusou-se a atender o pedido de lideranças evangélicas que desejavam
que também assinasse o compromisso de vetar qualquer projeto que venha
a legalizar o aborto no Brasil que possa vir a ser aprovado pelo
Congresso, como o substitutivo do PL 1135/91 apresentado por
Lula em 2005.

=================================

2. CONDENSADO DO RECURSO APRESENTADO
PELA MITRA DE GUARULHOS CONTRA A
APREENSÃO ILEGAL DO APELO A TODOS OS
BRASILEIROS E BRASILEIRAS.

=================================

Exmo. Sr. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro
Henrique Neves da Silva

A Mitra Diocesana de Guarulhos vem respeitosamente apresentar pedido
de revogação de liminar e extinção do processo pelas razões de fato
e de direito a seguir expostos.

Esta Corte deferiu a busca e apreensão de material gráfico
consistente em um documento elaborado pela CNBB Regional Sul 1,
que compreende as 41 Dioceses Católicas do Estado de São
Paulo.

O deferimento da cautelar foi baseado na falsidade do documento, visto
que a CNBB não teria autorizado a sua impressão e, também, na
suposta existência de crime eleitoral.

Entretanto, o documento é verdadeiro e foi aprovado pelo Conselho
Regional Episcopal Sul 1, que compreende todo o Estado de São
Paulo, designado por CNBB-Regional Sul 1, distribuído em
41 Dioceses, na Assembléia Geral. A Assembléia aconteceu no
dia 03.07.2010 e aprovou o "APELO A TODOS OS
BRASILEIROS E BRASILEIRAS", conforme a Ata e a
lista de presença de todos os bispos participantes. A convocação da
Assembléia foi dirigida para todas as Dioceses. Compareceram à
Assembléia 57 pessoas. Os bispos, representados por sua diretoria
executiva, composta por 11 bispos, ratificaram o documento e
emitiram a nota, assinada pelo presidente Dom Nélson, pelo vice
presidente, Dom Beni, e pelo Secretário Geral, Dom Airton,
"ACOLHENDO E RECOMENDANDO A AMPLA
DIFUSÃO DO APELO A TODOS OS BRASILEIROS
E BRASILEIRAS". Depois de todas as etapas deliberativas e
administrativas, o documento foi aprovado e determinada a
publicação, no site do Regional Sul 1, em 31.07.2010.

Ao contrário do que afirma a representante Dilma e a Coligação
para o Brasil Seguir Mudando, não se trata de um "panfleto", mas
de um documento da Igreja Católica. E o documento é verdadeiro.
Tanto é verdadeiro que a própria CNBB-Regional Sul-1
contratou a impressão dos primeiros 100 milheiros, no formato
A-4, frente e verso, na Empresa Artes Gráficas Prática
ltda-ME, através da nota fiscal 2955.

Depois disso a CNBB-Regional Sul-1 franquou o documento, para
ampla divulgação, como escrito na NOTA, para todas as outras
Dioceses e Movimentos em Defesa da Vida que quisessem distribuir
para seus fiéis, evidentemente no formato e na quantidade que achassem
melhor e mediante o custeio das despesas pelas mesmas interessadas.

Desta forma foi elaborado o formato que foi apreendido por ordem desta
E. Corte.

O serviço de impressão foi, inclusive, solicitado na mesma gráfica
utilizada pelo Partido dos Trabalhadores, porque tinha o melhor
preço e capacidade para execução do serviço.

Destarte é um documento oficial da Igreja Católica e da CNBB
Regional Sul1, que tem autoridade para deliberar e expedir
documentos em seu nome, orientando os fiéis.

O dispositivo constitucional garante a liberdade de consciência
religiosa e de crença. Isso significa que qualquer brasileiro ou
brasileira, por meios verbais, escritos, eletrônicos ou qualquer
meio de comunicação, pode expressar seus princípios e sua crença
religiosa. Não há limite temporal para as pessoas expressarem suas
convicções religiosas. Portanto, no período eleitoral os crentes
não estão impedidos de expor suas idéias.

Também não há nenhuma proibição, legal ou moral, de indicar
candidatos que professam a mesma fé e os mesmos princípios.

Prova disso é o livre exercício de manifestação do "bispo" Edir
Macedo, favorável à liberação do aborto, estar apoiando
diretamente a candidata à presidência da República do Partido dos
Trabalhadores, Dilma Rousseff. Ele usa, inclusive, dos meios de
comunicação concedidos pelo Estado para demonstrar essa
preferência.

A reportagem feita sobre a apreensão dos documentos da Igreja
Católica visa, exatamente, denegrir a imagem do catolicismo e
favorecer a candidata do Partido dos Trabalhadores.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no Canon 2270:

"A VIDA HUMANA DEVE SER RESPEITADA E
PROTEGIDA DE MANEIRA ABSOLUTA A PARTIR
DO MOMENTO DA CONCEPÇÃO".

Portanto, é obrigação dos católicos, sem exceção, e, com mais
gravidade ainda, é obrigação dos padres e bispos, defender, até
com a própria vida, os princípios de sua religião, em especial a
vida humana, desde a sua concepção. Por estas razões, é preciso
deixar claro que tanto a CNBB-Regional Sul 1, quanto a Mitra
Diocesana de Guarulhos, não estão fazendo política.

É claro que, defendendo princípios cristãos, eles podem gerar
conseqüências para terceiros. Isso não acontece somente com a
Igreja Católica. Se a OAB defender algum princípio de
advocacia, pode gerar consequencias para terceiros. Se um sindicato
defender os princípios da classe trabalhadora que representa, também
pode gerar conseqüências para terceiros. Isso faz parte da vida e da
democracia.

A Mitra Diocesana não apoiou nenhum candidato a deputado estadual ou
federal, senador, governador ou presidente. Estão acompanhando a
orientação do Papa Bento XVI que, desde o início de seu
papado, está alertando os católicos sobre o relativismo.

Relativismo é votar em algum político que "rouba mas faz". Se ele
rouba, não poderia ser candidato. É mandamento cristão: "NÃO
ROUBAR". Em obediência ao mandamento, os católicos não
devem votar em quem rouba. Relativismo é aceitar e votar em um
partido que está empenhado na liberação do aborto.

Além da questão do aborto, o Código de Direito Canônico obriga
o bispo diocesano a

"PROPOR E A EXPLICAR AOS FIÉIS AS
VERDADES QUE SE DEVEM CRER E APLICAR
AOS COSTUMES" (Canon 386).

Dom Luiz cumpriu a sua obrigação canônica. Dom Luiz poderia
inclusive indicar candidatos, se quisesse. Isso não é proibido.
Mas não o fêz. Está apenas defendendo princípios. Se os
princípios conflitam com os princípios de outras pessoas, as
conseqüências cada um deve assumir para si. No caso presente os
bispos das 41 dioceses do Estado de São Paulo resolveram emitir um
documento que explicasse em quem não votar, tendo como base principal
o aborto, ponto que Sua Santidade o Papa Bento XVI vem,
exaustivamente, chamando a atenção de todo o povo do mundo.

A apreensão dos documentos pertenentes à Mitra Diocesana de
Guarulhos, autorizada pela CNBB-Regional Sul 1, é uma ação
discriminatória da candidata Dilma Rousseff e da Coligação Brasil
Seguir Mudando, que está perseguindo e tentando impedir a Igreja
Catóilica e seus membros de expressar suas convicções religiosas.

A EXCEÇÃO DA VERDADE: O PT ASSUMIU O
COMPROIMISSO DE LIBERAR O ABORTO EM
VÁRIOS DOCUMENTOS.

A Diocese de Guarulhos tem um trabalho antigo e contínuo na luta
contra a liberação do aborto. A Folha Diocesana de Guarulhos
publicou, em 2005, 2006 e 2010 , relatórios sobre o
compromisso do PT para a liberação do aborto, todos fatos públicos
e notórios. A HISTÓRIA DO ABORTO NO BRASIL
CONFUNDE-SE COM A HISTÓRIA DO PT E DE
OUTROS PARTIDOS DE ÍNDOLE COMUNISTA,
COMO O PC DO B E O PPS.

[SEGUEM NOVE PÁGINAS DE DOCUMENTOS QUE
COMPROVAM AS ACUSAÇÕES CONTIDAS NO
APELO SOBRE O COMPROMISSO
INTERNACIONAL DO PARTIDO DOS
TRABALHADORES COM A PROMOÇÃO DO ABORTO
NO BRASIL. OMITO ESTA SEÇÃO, MESMO
RESUMIDA, POR QUESTÃO DE BREVIDADE E
PORQUE GRANDE PARTE DESTES DOCUMENTOS
PODEM SER ENCONTRADOS NESTE LINKS:

VÍDEO A MÃE DO BRASIL:
http://www.youtube.com/watch?v=4cJZZzWysN4

DOSSIÊ EM PDF: COMO FOI PLANAJEDA A
INTRODUÇÃO DA CULTURA DA MORTE NO
BRASIL: http://www.votopelavida.com/defesavidabrasil.pdf]

DE TODO O EXPOSTO, DESSUME-SE QUE O
DOCUMENTO DA CNBB REGIONAL SUL 1 É A
VERDADEIRA EXPRESSÃO DA VERDADE.

Não há ofensa, injúria, difamação ou qualquer outro crime quando
a verdade é tão cristaLina e inquestionável, como neste caso.
Não há nenhuma figura que tipifique um crime eleitoral ou não
eleitoral.

Essa E. Corte costuma tratar de casos de panfletos apócrifos
distribuídos por sindicatos, com o objetivo específico de denegrir a
imagem de candidatos, sem qualquer fundamento de veracidade, sem
assinatura e identificação de quem produziu. Não é o caso destes
autos, que é um documento assinado e identificado. É um documento
que defende um princípio sagrado, que é a vida, produzido por uma
religião e baseado na doutrina fundamentada no livro mais conhecido do
mundo, a Bíblia Sagrada, que contém o Evangelho, norteador do
comportamento de todos os cristãos.

A CNBB-Regional Sul 1 e a Mitra Diocesana de Guarulhos não
apoiaram nenhum candidato a qualquer cargo. A Mitra não age por
interesses comerciais, políticos ou pessoais. Dom Luiz não tem
nenhum interesse no resultado das eleições. No ano que vem,
completará 75 anos de idade e será forçado, pelo Código
Canônico, a renunciar. Que vantagem ele teria?

A censura é proibida pelo artigo 220 da Costituição:

"É VEDADA TODA E QUALQUER CENSURA DE
NATUREZA POLÍTICA, IDEOLÓGIA E
ARTÍSTICA".

A liberdade de expressão é o preço que se paga pela democracia.

A CNBB-Regional Sul 1 e a requerente não estão fazendo
política. Estão defendendo convicções e o Evangelho, no qual
depositam a sua fé e, pode-se dizer, defendendo a sua ideologia
cristã. Ainda que fosse propaganda política, a Constituição não
permite a censura, dizendo claramente: "É VEDADA".

Assim, não há como manter a liminar deferida, a qual deve ser
revogada imediatamente, sob pena de ser uma censura ao direito da
Igreja Católica Apostólica Romana, no Brasil.

A rigor, a cautelar não poderia ter sido deferida, pois não há nos
autos qualquer prova da alegação dos autores. Uma simples notícia
de jornal não poderia ser suporte para o deferimento de uma medida tão
grave como a que foi tomada, com apreensão do material da requerente e
com a utilização espetaculosa da polícia federal e da imprensa. O
material apreendido, conforme anotado acima, foi impresso pela
primeira vez pela própria CNBB-Regional Sul 1, nota fiscal
ajuntada, na quantidade de 100 milheiros, no dia 20 de agosto
passado. Desde esta data está sendo distribuído, sem que os autores
se preocupassem com isso. Não havia razão para o ajuizamento de uma
cautelar na época, e não há agora.

Diante do exposto, com base na Constituição Federal, requer se
digne Vossa Excelência de revogar a liminar concedida para os autores
do pedido cautelar, Dilma Rousseff e Coligação para o Brasil
Continuar Mudando, determinar a imediata devolução de todo o
material apreendido pela Polícia Federal, e extinguir o processo
cautelar e todos os outros existentes.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O homem a quem Deus usa

Referência: Lucas 3.1-14
INTRODUÇÃO
1.A maior necessidade do mundo é de Deus que sejam usados por Deus. Deus não unge métodos, Deus unge homens. Não precisamos de melhores métodos, mas de melhores homens.
2.Havia 400 anos que a Nação de Israel estava sem ouvir a voz profética. Ele não veio da classe sacerdotal. Não veio no palácio. Mas veio a Palavra do Senhor a João, no deserto. Deus usa gente estranha, em lugares estranhos.
3.João Batista era fruto de profecia, resposta de oração, milagre do céu.
I. É UM HOMEM COM UMA MISSÃO – V. 4
1.Por que Deus usou este homem?
a)Porque ele não era um caniço balançado pelo vento (Mt 11:7-11)
Hoje estamos vendo líderes vendendo seu ministério, negociando valores absolutos, mercadejando o evangelho. João não transigia com a verdade. Ele denunciava o pecado na vida do rei, dos religiosos, dos soldados e do povo.
Ele não era um profeta da conveniência. Seus inimigos diziam: Tem demônio; Jesus dizia: É profeta!
b)Porque era uma lâmpada que ardia e alumiava (Jo 1:6-9)
Ele não era a luz, mas uma lâmpada que ardia e alumiava. Ele apontou para Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus”. Ele não buscou glórias para si mesmo. Disse: “Convém que ele cresça e eu diminua”.
Ele era como uma vela: iluminou com intensidade enquanto viveu.
c)Porque ele não era um eco, mas uma voz (Jo 1:22,23)
João não apenas proferia a verdade, ele era boca de Deus. Ele falava com poder. Hoje, há muitas palavras, mas pouco poder; as pessoas escutam belos discursos, mas não vêm vida. Ele prega o conhece e experimenta. Ele não era da elite sacerdotal. Ele não estava no templo. Mas havia poder em sua vida.
Não basta ser um eco, é preciso ser uma voz. Não basta carregar o bastão profético como Geazi, é preciso ter poder como Eliseu. Não basta falar aos homens, é preciso conhecer a intimidade de Deus.
“Se Deus não falou com você, não fale a nós.”
d)Porque ele era um homem humilde (Mt 3:11)
João Batista disse: “eu não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”. Disse ainda: “Convém que ele cresça e eu diminua”.
Lata vazia é que faz barulho. Espiga chocha é que fica empinada.
O albatroz voa baixo porque tem o papo muito grande.
e)Porque ele era um homem corajoso (Lc 3:19)
João Batista não aplaudiu Herodes quando ele casou-se com a mulher do seu irmão. Ele denunciou o pecado do rei. Ele preferiu ser preso e ser degolado do que transigir com a verdade. Ele preferiu a morte à infidelidade.
Hoje, há pastores que vendem o ministério e a própria alma por dinheiro. Em vez de denunciar o mal, praticam-no.
f)Porque era um homem cheio do Espírito Santo (Lc 1:15)
João Batista era um homem cheio do Espírito Santo desde o ventre materno.
Aos 5 meses de idade, estremeceu de alegria no ventre da sua mãe. Aos 5 meses já vibrava por Cristo. Há muitos que envelhecem frios e indiferentes ao Salvador.
2.Como Deus usou este homem?
a)Deus usou este homem para aterrar os vales (Lc 3:5)
Vale é uma depressão, um buraco – Há abismos na vida do povo: impureza, desânimo, comodismo, mundanismo.
Vale separa dois montes – Falta de comunhão, mágoa, contendas, maledicência.
b)Deus usou este homem para niver os montes (Lc 3:5)
Montes falam de soberba – O orgulho são montanhas que impedem a passagem do Senhor. Onde há soberba Deus não se manifesta. Nabucodonosor foi comer capim. Herodes foi comido de vermes.
Montes falam de incredulidade – A increduldade nos afasta de Deus e de suas bênçãos.
c)Deus usou este homem para endireitar os caminhos tortos (Lc 3:5)
Caminho torto fala de duplicidade, hipocrisia, e desonestidade – Muitas pessoas são impedimentos para a manifestação de Cristo, porque têm vida dupla. São uma coisa na igreja e outra em casa.
d)Deus usou este homem para aplainar os caminhos escabrosos (Lc 3:5)
Caminho escabroso fala de algo que está fora do lugar – Há algo fora do lugar em sua vida: vida devocional? Namoro? Casamento? Dinheiro? Dízimo?
II. É UM HOMEM COM UMA MENSAGEM – Lc 3:8
1.A Palavra que ele prega é Palavra de Deus e não palavras de homens – Lc 3:2
Depois de 400 anos de silêncio profético, João aparece pregando sobre arrependimento. A nação havia se desviado de Deus. A religião estava corrompida. Os palácios estavam corrompidos. Os que trabalhavam na secretaria da fazenda estavam corrompidos. Os soldados estavam corrompidos.
A mensagem do arrependimento não é popular. Não é palatável. Mas, João não quer agradar a homens, mas a Deus.
Nossa nação está vivendo um tempo de crise sem precedentes. Estamos de luto. Nossas instituições estão doentes. A corrupção está no DNA da Nação.
a)Numa época de crise moral na nação
Os líderes religiosos da nação estavam corrompidos: Anás e Caifás eram sumo sacerdotes, mas não conheciam a Deus.
A polícia extorquia o povo para engordar o salário e fazia denúncias falsas.
Herodes, era um homem devasso e adúltero.
Nosso país atravessa uma aguda crise moral: lares sendo destruídos; o tráfico de drogas crescendo, o nosso parlamento se enchendo da lama da corrupção. A corrupção ganhando o cérebro e o coração da nação.
b)Numa época de crise social na nação
O povo trabalhava, mas Roma ficava com o lucro. Reinava a pobreza, a fome, o desespero. O Brasil é o segundo país do mundo com o pior distribuição de renda.
Vivemos a crise da pobreza, da fome, da violência, da impunidade.
c)Numa época de crise política na nação
A nação estava nas mãos de homens maus. Pôncio Pilatos e Herodes eram um espelho da nação.
Nossa representação política agoniza num dos níveis mais baixos de descrédito, de desmoralização, de aviltamento da honra.
d)Numa época de crise espiritual na nação
O povo era religioso, mas não convertido. Eles não produziam frutos dignos de arrependimento.
O povo estava descansando numa falsa segurança (v. 8).
O povo estava indo para o juízo, sem se preparar (v. 7,9).
Hoje, a igreja evangélica cresce, mas a nação não muda. As pessoas estão entrando para um outro evangelho, o evangelho da conveniência.
2. O cenário em que ele prega e quem ele é demonstram que Deus pode trazer restauração para a nação a partir do próprio caos (Mt 3:5)
e)O local parecia impróprio – Era no deserto – João não pregava no templo, nas sinagogas, nas praças floridas de Jerusalém, mas no deserto árido da Judéia.
f)A apresentação pessoal parecia imprópria – Vestia-se não de terno, mas de peles de camelo. Não comia nos restaurantes requintados de Jerusalém, mas alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Não aperou um só milagre. Não se assentou aos pés dos grandes mestres. Não se apresentava como Exmo. Sr. Dr. Professor João. Mas ele abalou uma nação! Fez tremer o palácio de Herodes.
g)Mas a multidão é atraída – Vinha a ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão. Oh! Que Deus levanta homens nessa Nação com a fibra de João. Que as multidões possam ser confrontadas!
3.As pessoas que ele chama ao arrependimento revelam sua ousadia espiritual
a)Os fariseus e saduceus (Mt 3:7-9) – Ele denunciou os conservadores fariseus e os liberais saduceus. A religião judaica estava tomada por um bando de homens não convertidos.
b)A multidão (Lc 3:10) – “Que havemos de fazer?” Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem. Quem tiver comida, faça o mesmo.
c)Os Publicanos (Lc 3:12) – “Não cobreis mais do que o estipulado”. Honestidade nas transações. Deixem de lado as superfaturações.
d)Os soldados (Lc 3:14) – “A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, contentai-vos com o vosso soldo”.
e)Herodes (Lc 3:19) – João denunciou o pecado do rei. Chamou-o de adúltero.
f)O arrependimento é grande manchete de Deus – a) Na preparação – João Batista diz: Arrependei-vos; b) Na Inauguração – Jesus vem e conclama: Arrependei-vos; c) No Pentecostes – Pedro prega: Arrependei-vos.
g)O arrependimento envolve: 1) Generosidade no dar (v. 10,11); 2) Honestidade nos negócios (v. 12,13); 3) Justiça nos relacionamentos (v. 14); 4) Integridade na palavra; 5) Ausência de ganância
III. É UM HOMEM COM UMA CONVICÇÃO – Lc 3:9: “Mas já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo”.
1.A mensagem de Deus é arrepender e viver ou não arrepender e morrer
A mensagem do evangelho traz salvação e condenação.
O ímpio não permanecerá na congregação dos justos.
Quem não estiver trajado de vestes nupciais será lançado fora.
A figueira sem fruto secou desde à raiz.
A figueira estéril será cortada.
2.A mensagem de Deus é um apelo urgente a todos
O apelo de Deus alcança os religiosos, a multidão, os soldados, os publicanos. Deus desnuda a todos. As máscaras caem. Deus diz o machado já está posto na raiz. Não dá mais para esperar. O tempo é agora. O reino já chegou.
Deus espera agora frutos dignos de arrependimento!
Você tem produzido frutos dignos de arrependimento?
3.A mensagem Deus mostra o juízo inevitável para quem deixa de arrepender-se – v. 7-8
O tempo de João era de profunda crise espiritual. Os próprios líderes eram homens não regenerados. A multidão estava perdida. Havia crise nos políticos, nos comerciantes, na polícia. João diz que a ira vindoura chegará.
Os que escapam dos tribunais da terra, jamais escaparão da ira de Deus!
CONCLUSÃO
1.O arrependimento prepara o caminho para uma grande bênção
a)Uma bênção sem limites – “toda a carne vera a salvação de Deus”
Quando a igreja se arrepende, o mundo vê a salvação de Deus.
Quando a igreja se volta para Deus, o mundo experimenta a salvação de Deus.
b)Uma bênção inequívoca – “toda a carne VERÁ”
Quando a igreja se arrepende, a salvação de Deus irromperá além das quatro paredes. Multidões virão a Cristo.
O avivamento que alcança o mundo com a salvação, começa com a igreja através do arrependimento.
c)Uma bênção indizível – “toda a carne verá a salvação de Deus”
Quando a igreja acerta sua vida com Deus, algo tremendo e extraordinário pode acontecer no mundo.
Se queremos ver nossa cidade impactada, precisamos acertar nossa vida com Deus. Precisamos aplicar os princípios de Deus em nossa própria vida.
Exemplo: Jonathan Gofford na China, pedindo avivamento.

Sermonário Reformado

Batismo com fogo

Referência: Lucas 3.16
INTRODUÇÃO
1.O grande avivalista Edwin Orr, certa feita, pregava à uma grande multidão. Para espanto dos presentes, chamou um pastor imersionista e outro aspersionista e perguntou: Qual de vocês usa mais água no batismo? Antes que o constrangimento se instalasse, ele disse: Não importa a quantidade de água. A água só lava o interior. É preciso receber o batismo com fogo, porque o fogo queima e purifica o interior. Terminada essas palavras, ele voltou-se para a multidão e disse, vocês precisam ser batizados com fogo.
2.Deus sempre se revelou através do fogo. Ele selou sua aliança com Abraão no meio do fogo. Ele revelou-se a Moisés através do fogo. Ele conduziu o povo pelo deserto por uma coluna de fogo. O fogo do altar não podia apagar-se. Quando Moisés consagrou o templo, o Senhor respondeu com fogo. Elias foi levado para o céu numa carruagem de fogo. Deus é como uma coluna de fogo ao redor do seu povo. Deus é fogo. O trono é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo. O Espírito Santo desceu sobre a igreja em labaredas como de fogo. Nós precisamos desse batismo de fogo.
3.Jesus falou-nos de vida abundante. Deus promete-nos a suprema grandeza do seu poder. A Bíblia fala de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Não basta falar de poder. Precisamos ser possuídos por esse poder. O Reino de Deus consiste não de palavras, mas de poder. O Espírito que recebemos é espírito de poder.
4.Quais são as implicações do batismo com fogo?
I. O FOGO ILUMINA
1.Aquele é batizado com fogo anda na luz – Jo 8:12
Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida”. Viver em trevas é longe de Jesus. Aquele que vive longe de Jesus é como Pedro na noite de traição, envolve-se nas trevas, caminha nas trevas, segue a Jesus de longe e nega a Jesus.
Quem é batizado com fogo não vive se escondendo atrás de máscaras; ao contrário, vive vida limpa, pura, santa.
2.Aquele que é batizado com fogo tem comunhão com Deus – 1 Jo 1:6
Aquele que é batizado com fogo tem prazer em Deus, deleita-se em Deus e anda face a face com Deus. Não tem mais prazer no pecado. Abomina o pecado e não apenas suas consequências. Quem é batizado com fogo tem fome de Deus, tem sede Deus, tem saudade de Deus, tem pressa para estar a sós com Deus.
É impossível ter comunhão com Deus e andar nas trevas. É impossível andar com Deus e andar em pecado ao mesmo tempo. Quem acaricia o pecado não tem intimidade com Deus.
Enquanto abrigarmos práticas pecaminosas em nossa vida, desejos lascivos no coração e alimentarmos nossos olhos com a cobiça não poderemos ser batizados com fogo.
3.Aquele que é batizado com fogo tem comunhão com os irmãos – 1 Jo 1:7
Onde há relacionamentos quebrados, mágoas, ressentimentos, falta de perdão não pode haver avivamento. Onde há divisões, brigas, contendas, ciúmes, discórdias não há revestimento de poder. Onde o ressentimento queima, as chamas do Espírito se apagam.
Ilustração: Minha experiência na IPB de Ermelino Matarazzo e as duas líderes que se perdoaram.
Em Kwa Sizabantu, os crentes saíram do culto para acertarem suas vidas uns com os outros. Três meses depois, veio sobre eles, um poderoso avivamento.
A experiência de Jonathan Gofforth em Xangai, ao ler o livro de Finney. Ao perdoar o seu ofensor, o Espírito foi derramado e ele foi revestido com o poder do Espírito
II. O FOGO PURIFICA
Muitas vezes choramos e gememos em oração, pedindo: “Senhor, batiza-nos com fogo. Enche-nos do teu Espírito”, mas nada acontece. Os céus continuam fechados. É que a nossa vida ainda está entupida de pecado. Não podemos ser cheios do Espírito, se já estamos cheios de pecado. Exemplo: somos como os poços de Isaque. Tem água, água boa. Mas ela não jorra por causa do entulho dos filisteus.
A igreja precisa de purificação. Jesus disse que quem nele crer não vai ter mais sede. Mas há muitos crentes com sede de pecar. Jesus disse que quem nele cresse rios de águas vivas iriam fluir. Mas, esses rios estão sendo estacandos pelo entulho do pecado.
A cidade de Campo Verde sem água. Um rato morto ficou encalhado no cano que levava a água para a caixa da cidadezinha. Se existirem ratos mortos em nossa vida, essas torrentes de Deus não vão passar.
Precisamos do batismo de fogo para purificar nossa língua, nossa mente, nossos pensamentos, nossos desejos, nossos sentimentos. Precisamos como os filhos de Jacó, limpar nossas mãos e tirar de nós as vestes sujas.
ÀS vezes estamos como Naamã: somos heróis lá fora, mas na intimidade somos cheios de lepra. Perdemos a batalha na nossa vida íntima. Agasalhamos pecados na privacidade. É preciso tirar a máscara, a armadura. É preciso buscar vida limpa, chorar pelo pecado, clamar como Davi: “Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração…”. Precisamos clamar como Josué: “Santificai-vos porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”.
III. O FOGO AQUECE
Hoje há um exército de crentes frios, apáticos, sem entusiasmo, sem calor. Empolgam-se com futebol, com política, com cinema, com negócios, com dinheiro, mas não com Jesus. São crentes, mas mentem. São crentes, mas são impuros. São crentes, mas são desonestos. São crentes, mas são amigos do mundo. São crentes, mas não batizados com fogo.
1.Falta fervor na igreja. Fervor na oração, fervor da adoração, fervor da evangelização. Os crentes estão como Geazi, carregam o bordão profético, mas estão frios, sem calor. Os mortos não ressuscitam por meio deles. Eliseu não apenas carrega o bordão, ele tinha poder: Ele levou o menino para o seu quarto. Ele se envolveu. Ele se identificou. Ele agonizou. O menino levantou vivo!
2.A Palavra de Deus precisa ser verdade em nossa boca como era na boca de Elias. Hoje não temos equilibrio entre ortodoxia e ortopraxia. Uns são ortodoxos, mas não têm poder. Outros querem o poder, mas não são ortodoxos. Muitos têm medo de irem além, mas não de ficarem aquém das Escrituras.
3.Não há limitação em Deus. Enquanto tiver vazilhas vazias o azeite não pára de jorrar. O clube santo na Inglaterra, aquecido pelo fogo do Espírito começou a orar. João Wesley foi incendiado. George Withefield tornou-se uma tocha viva.
4.Wesley dizia: Ponha fogo no seu sermão ou ponha o seu sermão no fogo.
5.Moody e as mulheres metodistas. Sua experiência na Wall Street.
6.A experiência de Evan Roberts no País de Gales.
V. O FOGO SE ALASTRA
1.O fogo ou propaga ou apaga. Muitos crentes fazem ACERO para que o fogo do Espírito não chegue à sua vida.
2.Quando você se torna um graveto seco a pegar fogo, até lenha verde começa a arder. O que espalha as chamas do fogo é o vento. O vento e o fogo são símbolos do Espírito. O vento e fogo se uniram no Pentecoste. Aquele fogo se alastou de maneira poderosa. Um crente incendiado incendia outros. Não somos chamados a ser uma geladeira a conservar nosso religiosismo, mas uma fogueira a espalhar o fogo de Deus.
3.Perguntaram a Moody: Como começar um avivamento? Acenda uma fogueira no púlpito, ele respondeu.
4.Os Morávios foram incendiados por Deus e começaram uma reunião de oração que durou cem anos. Eles enviaram mais missionários para o mundo em 25 anos do que toda a igreja tinha feito até então.
5.Avivamento não emocionalismo. Não é fuga. Não é novidade. Não é desvio. Avivamento é volta para Deus. É santidade. É oração fervorosa. É amor à Palavra. É evangelização regada por lágrimas. É fogo do céu. Quando o fogo de Deus cai sobre o altar, os pecadores caem de joelho. Quando a igreja perde o fogo de Deus, os pecadores perecem no fogo do inferno.
6.A igreja na Koréia: nasceu no berço do avivamento e não se desviou até hoje. São 10 milhões de presbiterianos. Simonton clamou em seu diário: Senhor batiza-me com fogo!
7.A experiência do Antonio Carlos. O fogo está se alastrando.
8.O avivamento do País de Gales, de Kwa Sizabantu.
CONCLUSÃO
A igreja que pegou fogo. E o ateu disse: “… mas também é a primeira vez que essa igreja pega fogo”.
Você quer hoje esse batismo com fogo?

Você Prega [Sempre] a Salvação?


Por Charles H. Spurgeon

A salvação é uma doutrina peculiar da Revelação. A Revelação nos proporciona uma história completa da salvação, e não poderíamos encontrar indícios da salvação em outro lugar. Deus escreveu muitos livros, porém, apenas um de Seus Livros tem como objetivo ensinar os Caminhos da Misericórdia. Ele escreveu o grandioso Livro da Criação, que é nosso dever ler admirados. Trata-se de um volume com uma capa decorada com joiás reluzentes, e com cores do arco-íris; e em suas páginas possui maravilhas que exatasiam o sábio ao longo de todos os séculos, e das quais obteve renovados temas para suas conjecturas. A natureza é o professor com o qual o homem aprende a ler, e onde aprende acerca de seu Criador. O Criador a decorou com bordados, com ouro e com joias.


Encontramos doutrinas sobre a verdade nas incontáveis estrelas, e descobrimos lições escritas sobre a terra verde, e nas flores que brotam em meio ao cipestre. Lemos os livros de Deus quando vemos a tormenta e a tempestade, pois todas as coisas nos transmitem uma mensajem de Deus; e se nossos ouvidos estivessem abertos, poderíamos ouvir a voz de Deus nas ondas dos riachos, e no soar dos trovões, e nos estalido dos raios, no tilitar das estrelas, e no brotar das flores... Deus tem escrito o grandioso Livro da Criação, para nos ensinar a conhecê-lo: quão grande és! E quão poderoso!

Porém, na criação não posso ler a respeito da Salvação. As letras me dizem: “a salvação não está aqui”. Os ventos uivam, todavia, não anunciam Salvação. As ondam quebram na costa, porém, entre os restos dos naufrágios que chegam a praia, não se mostra nenhum vestigio da Salvação. As insondáveis cavernas do ocenano escondem pérolas, porém, não são as pérolas da Salvação. Os céus, cheios de estrelas, possuem meteóros fulgurantes, porém, não falam de Salvação!

Não encontro que a salvação esteja escrita em parte alguma. Apenas Neste Volume de graça de meu Pai, [A Bíblia] descubro Seu amor bendito manifesto a toda a grande família humana, ensinando-lhe que está perdia, todavia, que Ele pode salva-la, e que ao salvá-la, “é Justo, e o que justifica o ímpio”. Então, a Salvação se descobre nas Escrituras, e unicamene nas Escrituras, pois não podemos ler nada acerca da Salvação em qualquer outro lugar!

E, como somente podemos encontrá-la na Escritura, eu sutento que a doutrina peculiar da Revelação é a Salvação. Não creio que a Bíblia tenha sido inspirada para me ensinar acerca de História, antes, para me revelar a Graça. Não foi revelada para me dar um sistema de filosogia, antes, para me entregar um sistema de teologia. Não foi dada para me ensinar sabedoria mundana, antes, sabedoria espiritual.

Por tal razão, eu sustento que toda pregação sobre filosofia e ciência, está completamente fora de lugar. Não pretendo reprimir a liberdade de ninguém quanto a este assunto, pois unicamente Deus é o Juiz da consciência do homem; porém, sou da firme opinião que se professamos ser cristãos; se professamos ser ministros cristãos, e todavia oferecemos conferencias sobre botânica, ou geologia – ao inves de pregar sermões a respeito da salvação, estariamos despedicando o dia do Senhor, estaríamos zombando de nossos ouvintes, e insultando a Deus. Aquele que não prega sempre o Evangelho, não deveria ser considerado um ministro com um chamado verdadeiro.
[Traduzido por Marcelo Lemos, para o projeto "Olhar Reformado"]
Apocalipse: Chaves Para Interpretação
 
 
 Por David Chilton

Desde o principio, os loucos e excêntricos tentam utilizar o Apocalipse para advogar alguma nova distorção daquela doutrina que diz: O Céu Está Caindo! Porém, como espero mostrar nesta exposição (1), ao invés disso o Apocalipse de João ensina que os cristãos vencerão toda oposição por meio da Obra de Cristo Jesus. Meu estudo me convenceu de que uma verdadeira compreensão desta profecia deve estar baseada na aplicação correta de cinco chaves cruciais de interpretação:

1. O Apocalipse é o livro mais “bíblico” da Bíblia. João cita centenas de passagens do Antigo Testamento, freqüentemente com sutis alusões a rituais religiosos pouco conhecidos do povo hebreu. Para compreender Apocalipse, necessitamos conhecer nossas Bíblias de trás pra frente. Uma das razões do por quê este comentário ser tão extenso, é que tratei de explicar alguns extensos antecedentes bíblicos, comentando numerosas porções das Escrituras que lançam luz sobre a profecia de João. Também, reimprimi, como Apêndice A, o excelente estudo de Philip Barrington sobre o simbolismo levítico em Apocalipse.

2. Apocalipse contém um sistema de simbolismo. Quase todo o mundo reconhece que João escreveu sua mensagem em símbolos. Porém, o significado de tais símbolos não é para ser captado por qualquer um. Há uma estrutura sistemática no simbolismo bíblico. Para entender Apocalipse corretamente, devemos nos familiarizar com a ‘linguagem’ na qual foi escrito. Entre outras metas, este comentário se propõe a tornar a Igreja mais intima, ou ao menos dar alguns passos, rumo a uma verdadeira Teologia do Apocalipse (2).

3. Apocalipse é uma profecia sobre eventos iminentes. Em outras palavras, eventos que estavam a ponto de se desencadearem no mundo do primeiro século. Apocalipse não fala de uma guerra nuclear, de viagens espaciais, ou do fim do mundo. Vez ou outra adverte especificamente que “o tempo está próximo”. João escreveu seu livro como uma profecia sobre a destruição iminente de Jerusalém no ano 70 d.C., mostrando que Jesus Cristo havia entronizado o Novo Pacto e a Nova Criação. Apocalipse não pode ser compreendido a menos que este fato fundamental seja levado a sério.

4. Apocalipse é um serviço de culto. João não escreveu um livro de texto sobre profecia. Ao invés disso, registrou um serviço de culto celestial em progresso. De fato, uma de suas principais preocupações é a de que o culto a Deus é o centro de tudo na vida. É o que de mais importante fazemos. Por esta razão, através de todo este comentário, dediquei especial atenção aos mais consideráveis aspectos litúrgicos de Apocalipse, bem como suas implicações para nossos serviços litúrgicos na atualidade.

5. Apocalipse é um livro sobre domínio. Apocalipse não é um livro sobre quão terrível é o Anticristo, ou quão poderoso é o diabo. Como afirma o primeiro de seus versículos, trata-se de “a revelação de Jesus Cristo”. Nos fala de seu senhorio sobre tudo; nos fala de nossa salvação e de nossa vitória no Novo Pacto, o “maravilhoso plano de Deus para nossas vidas”; nos diz que o reino deste mundo veio a ser o reino de nosso Deus e de seu Cristo; e nos diz que Ele e seu povo reinarão para todo o sempre!

Deu no Blog 5 Calvinistas

Graça e paz!

Eu lendo o Blog 5 Calvinistas vi esta bela mensagem e publico para nossa edificação. Pb Missº Veronilton Paz

As igrejas têm o direito de falar!

As eleições de 2010 certamente marcarão uma mudança na forma como as igrejas evangélicas participarão da política brasileira de agora em diante. Até agora, os evangélicos eram mais lembrados pela eleição de deputados e pouco considerados em eleições majoritárias (exceto no Rio de Janeiro, onde Anthony Garotinho e Marcelo Crivella conseguiram ser eleitos governador e senador, respectivamente). Mas em 2010 foi a primeira vez em que os evangélicos ocuparam um papel de destaque nas eleições presidenciais, inclusive colocando temas religiosos na campanha, como o aborto.

Mas, até onde a Igreja pode interferir em uma eleição? Se há uma separação entre a Igreja e o Estado, ela pode dizer o que o Estado deve fazer? A Igreja pode indicar algum candidato ou não recomendar o voto em alguém? Todas estas perguntas foram levantadas em 2010 e causam polêmica na sociedade. Respondê-las pode parecer irrelevante para algumas pessoas...mas a forma como nos posicionamos diante destas questões diz muito sobre como nós enxergamos qual o verdadeiro papel dos cristãos neste mundo.
A forma como você crê determina a forma como você vê e vive
O "não-posicionamento"
A postura mais aceita na sociedade é a do não-posicionamento. Os fiéis, individualmente, podem se posicionar, mas as igrejas não. É o ponto de vista que foi defendido por Frei Betto, em uma entrevista para a Folha de São Paulo em 23/10/2010:
FOLHA: Como o sr. vê a participação direta de bispos, padres e pastores na campanha, pregando contra ou a favor de um ou outro candidato?

FREI BETTO: Eu defendo o direito de que qualquer cidadão brasileiro, seja bispo, seja até o papa, tenha a sua posição e a manifeste. O que considero um abuso é, em nome de uma instituição como a Igreja, como a CNBB, alguém se posicionar tentando direcionar o eleitorado. Eu, por exemplo, posso, como Frei Betto, manifestar a minha preferência eleitoral. Mas não posso, como a Ordem Dominicana à qual eu pertenço, dizer uma palavra sobre isso. Considero um abuso.
Frei Betto vai além. Para ele, a discussão de temas religiosos é um oportunismo, algo que não é tão importante para o país:
FOLHA: Pelo que se supõe, já que não há muita clareza nos candidatos, nem Dilma nem Serra são favoráveis ao aborto em si, mas ambos parecem abertos a discutir sua descriminalização. Por que é tão difícil para ambos debater esse tema com clareza e honestidade?

FREI BETTO: Porque é um tema que os surpreende. Não é um tema fundamental numa campanha presidencial. É um vírus oportunista, numa campanha em que você tem que discutir a infraestutura do país, os programas sociais, a questão energética, a preservação ambiental. Entendo que eles se sintam constrangidos a ter que se calar diante dos temas importantes para a nação brasileira e entrar num viés que infelizmente está plantando no Brasil as sementes de um possível fundamentalismo religioso.
Embora Frei Betto seja católico, seu ponto de vista mostra um desprezo muito grande pela religião. As instituições religiosas não devem opinar e sua agenda não é importante. Quando a sociedade vai discutir valores ou questões éticas, atendendo ao apelo das igrejas, ela se desvia do "principal" e as igrejas se tornam "fundamentalistas".

Quadro de Giovanni Fattori mostrando João Batista repreendendo Herodes
O exemplo dos profetas
A melhor resposta que pode ser dada ao frei está na figura dos profetas. Ao longo de todo o Antigo Testamento, os profetas repreenderam reis e poderosos, denunciaram crimes e colocaram temas religiosos na agenda política de Israel. Quando faziam isso, os profetas não falavam apenas em seu próprio nome...mas sim no nome de Deus. A fala deles era, portanto, mais do que um posicionamento institucional...era revestida da autoridade do próprio Deus e deveria ser observada pelo povo.

Um exemplo interessante é a questão das leis. Dentro de um ponto de vista laico ou extremamente legalista (no sentido jurídico), não cabe ã Igreja julgar leis, e sim os seus fiéis. Mas não era o que pensava Isaías:
Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão, para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! (Isaías 10:1-2)
O "ai" vai para os legisladores, mas as leis são avaliadas por Deus. O profeta se levanta, por exemplo, contra as leis que promovem injustiça contra os pobres, os órfãos e as viúvas. O profeta Amós proclama o juízo de Deus por causa de um imposto cobrado sobre o trigo:
Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis tributo de trigo, não habitareis nas casas de pedras lavradas que tendes edificado; nem bebereis do vinho das vides desejáveis que tendes plantado. (Amós 5:11)
Até mesmo as alianças feitas com outros países eram criticadas pelos profetas:
Depois disto, Josafá, rei de Judá, se aliou com Acazias, rei de Israel, que procedeu iniquamente. Aliou-se com ele, para fazerem navios que fossem a Társis; e fizeram os navios em Eziom-Geber. Porém Eliézer, filho de Dodavá, de Maressa, profetizou contra Josafá, dizendo: Porquanto te aliaste com Acazias, o SENHOR destruiu as tuas obras. E os navios se quebraram e não puderam ir a Társis. (2 Crônicas 20:25-27)
Estes textos mostram que a Igreja pode sim se posicionar, biblicamente, sobre a agenda política do país. A Igreja pode denunciar os pecados dos governantes, as leis injustas, os impostos opressivos e até mesmo sobre política externa. Não é preciso ficar calado e deixar que o debate seja feito por outros segmentos sociais: Deus também tem algo a dizer sobre estes assuntos e cabe ao Seu povo refletir a voz divina. O mesmo pode ser dito sobre autoridades. A base do ensino bíblico é a de que as autoridades, mesmo as ímpias (como era o Império Romano nos dias dos apóstolos) devem ser respeitadas:
Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. (Romanos 13:1)
No entanto, em circunstâncias específicas, alguns profetas foram usados por Deus até mesmo para dar golpes de Estado e derrubar governantes impiedosos:
Então, o profeta Eliseu chamou um dos discípulos dos profetas e lhe disse: Cinge os lombos, leva contigo este vaso de azeite e vai-te a Ramote-Gileade; em lá chegando, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; entra, e faze-o levantar-se do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior. Toma o vaso de azeite, derrama-lho sobre a cabeça e dize: Assim diz o SENHOR: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, foge e não te detenhas. Foi, pois, o moço, o jovem profeta, a Ramote-Gileade. Entrando ele, eis que os capitães do exército estavam assentados; ele disse: Capitão, tenho mensagem que te dizer. Perguntou-lhe Jeú: A qual de todos nós? Respondeu-lhe ele: A ti, capitão! Então, se levantou Jeú e entrou na casa; o jovem derramou-lhe o azeite sobre a cabeça e lhe disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do SENHOR, sobre Israel. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do SENHOR. Toda a casa de Acabe perecerá; exterminarei de Acabe todos do sexo masculino, quer escravo, quer livre, em Israel. Porque farei à casa de Acabe como à casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como à casa de Baasa, filho de Aías. Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezreel; não haverá quem a enterre. Dito isto, abriu a porta e fugiu. (2 Reis 9:1-10)
Logo, o respeito às autoridades não anula o dever cristão de criticá-las quando elas erram (oposição) e até mesmo de derrubá-las em situações excepcionais (o caso de Jeú e Acabe não é o único). Desta maneira, dependendo da circunstância, as igrejas podem sim se colocar contra candidatos ou autoridades que defendam pontos de vista opostos aos bíblicos.

E isso vale até mesmo para questões de "foro íntimo". No Novo Testamento, João Batista tornou-se inimigo do rei Herodes porque denunciava os pecados reais, especialmente as suas relações com a sua cunhada Herodias. E, por causa disso, o profeta acabou virando mártir:
Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta. Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes. Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; e deu ordens e decapitou a João no cárcere. Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe. Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus. (Mateus 14:1-12)
A verdade é que não há um assunto político que deva ser um tabu para as igrejas, desde que exista uma base bíblica clara e consistente para tratar a matéria.

Os limites
Contudo, isso não significa que a Igreja deva assumir o papel do Estado e comece, ela mesma, a legislar e julgar as pessoas. A teocracia não é o caminho, como já falei em outro post. A Igreja deve influenciar, nunca impor. E esta influência deve acontecer em cima de bases e princípios bíblicos claros e estabelecidos. Nos assuntos em que a Bíblia se cala, a Igreja deve se calar também. Naqueles assuntos onde as Escrituras não são claras, os posicionamentos devem ser cautelosos.

O verdadeiro limite para a liberdade de pensamento e opinião política dentro da verdadeira Igreja de Cristo (na sociedade a liberdade deve ser ampla) deveria ser este: a Bíblia. Naqueles assuntos onde o ensino bíblico é claro (como, por exemplo, no papel dos governos), nem os cristãos e nem a instituição Igreja deveriam ter vergonha de se posicionar. E se os assuntos são mencionados na Escritura, a Palavra de Deus, não é um frei quem vai desconsiderá-los como sendo sem importância.


A Bíblia: a única regra de fé e prática do protestante e também de suas instituições
Contudo, isso não significa que a instituição Igreja também deva ir para o outro lado e apoiar formalmente candidatos, especialmente quando esse apoio é dado como moeda de troca e não em cima de um programa de governo. Mas, dependendo da circunstância e das opções que estão em jogo, apoiar algum candidato também não é um erro. Aliás, em alguns casos, a omissão é que é o pecado.

Que circunstâncias justificariam as excepcionalidades? Governos ou candidatos que ameacem a liberdade religiosa e a pregação do Evangelho, com certeza devem ser combatidos. Fora isso, entendo que é preciso uma discussão maior por parte de todo o povo de Deus para uma melhor definição.

Se este é o caso das eleições de 2010? Ao meu ver, sim. Embora as igrejas evangélicas históricas não tenham se posicionado, vários pastores e personalidades protestantes têm declarado abertamente o seu voto. Para alguns, como Frei Betto, isso é um oportunismo. Mas não creio que seja este o caso de homens como Solano Portela e Geremias do Couto. Quanto ao meu posicionamento, ele pode ser conferido clicando aqui.

Que possamos aprender, especialmente os reformados, a pautarmos as nossas discussões e decisões políticas pelos ensinos da Escritura Sagrada e não pela opinião dos teólogos "da moda". Que a Bíblia seja não apenas regra de fé, mas também de prática...inclusive na política.

Graça e paz do Senhor,

Rev. Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

P.S: Já está avisado no blog, mas não custa repetir que este post reflete um ponto de vista pessoal.