sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Reflexão - Maná Diário

Mateus 6.9-10
“9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que está nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”.

A vontade de Deus para nós

Uma pergunta que nos é feita é: Como saber a vontade de Deus para a nossa vida? Como identifica-la? A verdade é que a pergunta não deveria ser esta, mas a seguinte: Será que estou disposto a me submeter à vontade de Deus? Estes versículos escolhidos fazem parte da oração modelo que Cristo ensinou e nós chamamos de “Pai nosso”, nesta parte da oração Jesus ensina que devemos desejar o cumprimento da vontade do Pai em nós, da mesma forma como é feita no céu. Iremos aqui aprender algumas verdades sobre a vontade de Deus para nossas vidas, que você pode conferir a seguir.

Primeira, a fonte do conhecimento da vontade de Deus para as nossas vidas. Quando queremos conhecer a vontade de Deus não existem formulas mágicas ou mirabolantes, de maneira simples devemos e podemos saber qual a vontade de Deus para as nossas vidas, para isto precisamos usar as fontes que Deus nos forneceu, selecionamos algumas, tais como:

A) As Escrituras Sagradas: Leia a Bíblia, pois ela é inspirada por Deus, útil para nos repreender, corrigir, educar na justiça e nos deixar aptos para realizar toda a boa obra (II Tm 3.16), assim sendo, quando você ler a Palavra de Deus deve saber revela a vontade de Deus para a sua vida.

B) Vida de oração: É impossível que você tenha comunhão com Deus e sem as Escrituras, mas outra fonte importante é a oração, pois Deus fala conosco pelas Escrituras, mas nós falamos com Ele pela oração, portanto, não podemos compreender a vontade de Deus para nós nas Escrituras, sem uma vida de oração, a oração é o combustível da vida cristã, Jesus orou para que fosse feita a vontade do Pai e não a Dele (Lc 22.41-42), o crente que ora sabe discernir entre a voz de Deus e as propostas do inimigo, quando o crente ora de maneira bíblica ele experimenta a vontade de Deus, mas além de ler a Bíblia e orar, Deus também nos demonstra a sua vontade por meio das circunstancias, vamos observar isto a seguir.

C) As circunstancias experimentadas: O apostolo Paulo percorreu a região frígio-gálata, mas Deus não permitiu, uma circunstancia de uma visão, na qual Paulo viu um varão macedônio pedindo ajuda, ele foi pregar o evangelho ali (At 16.6-10), queridos, saibam que as circunstancias que você passa, pode ser uma visão espiritual, pode ser uma dor, um não de Deus, apresentam a sua vontade para nossas vidas. Você tem buscado conhecer a vontade de Deus? Leia a Bíblia, ore e observe as circunstancias para a gloria de Deus, mas, além disso, existem algumas características que a vontade de Deus se apresenta pra nós, observaremos isto nas próximas linhas.

Segunda, as características da vontade de Deus para as nossas vidas: A vontade do Senhor para nós possui identificações, anotamos algumas:

A) Ela é boa, perfeita e agradável: Paulo falou isso quando tratava a nova vida do cristão relatando que quando experimentamos a vontade do Senhor percebemos justamente que ela é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2), José também teve a experiência de experimentar os propósitos perfeitos de Deus na sua vida, pois as circunstancias pareciam contrárias, mas Deus lhe mostrou por trás das circunstancias carrancudas que lhe aconteceram, estava a mão de Deus o guiando (Gn 50.19-21), assim também acontece conosco.

B) Ela é mais alta do que nossa mente possa compreender: A vontade de Deus pode ser identificada pelos seus servos, mas nem sempre compreendida, Jó fez muitas perguntas a Deus, mas Deus não respondeu nenhuma das suas perguntas, pelo contrario, fez cerca de setenta perguntas a ele, o servo de Deus chegou à conclusão que os planos do Senhor não podem ser frustrados (Jo 42.2), a vontade de Deus foi feita na vida de Jó, mas não foi plenamente compreendida, Deus promete restauração, nem sempre explicação. O profeta Isaias declara essa dificuldade nossa de compreender de maneira exaustiva ao Senhor, pois os pensamentos e caminhos são mais altos do que os nossos (Is 55.8-9), não poderíamos com a nossa mente finita entender a mente infinita de Deus, pois o universo que nos parece infinito, Ele mede a palmos, pesa os montes da terra em romana e os outeiros em balança de precisão, as nações são como um pingo de agua dentro de um balde, os moradores são como gafanhotos, reduz os príncipes a nada e com um sopro da sua boca os extermina, conta as estrelas todas e as chama pelo nome, por Ele ser grande em força forte em poder, quando as chama, nenhuma vem a faltar, por isso o seu entendimento não se pode esquadrinhar (Is 40.12-31). Por isso mesmo que você não entenda, glorifica a Deus por sua vontade na sua vida, saiba que você não precisa entender, precisa confiar Nele.

C) Ela tem em Jesus seu fiel cumprimento: Todas as promessas, a vontade e os propósitos de Deus possuem o seu cumprimento pleno em Jesus (II Co 1.20), se precisa está dentro da vontade de Deus precisa estar em Cristo, pois o Pai somente se agrada do Filho (Mt 3.17), se você deseja que Deus se agrade da sua vida, precisa se entregar a Cristo como o seu Senhor e salvador, buscar andar na presença do Senhor Jesus. A vontade de Deus além de ter uma fonte de conhecimento e características que a identificam, também traz resultados para as nossas vidas, observaremos isto a seguir.

Terceira, o resultado da vontade de Deus. A vontade de Deus traz resultados para o seu povo, estes resultados estão identificados nas Escrituras, tal como:

A) Resulta em salvação para o povo de Deus: O Senhor Jesus declarou que veio aqui realizar a vontade de Deus de salvar o seu povo, por isso Cristo não perderia nenhum daqueles que o Pai lhe deu (Jo 6.38-39), por isso que Jesus disse que ele deu a vida eterna aos seus e eles nunca se perderiam (Jo 10.28), por isso que Deus preserva os salvos e os apresentará um dia na gloria (Jd v.24). A teologia reformada apresenta a salvação como um ato de Deus do começo ao fim, pois Deus não apenas tocou no pecador para que este vá a Cristo, Ele mesmo traz o salvo até Cristo (Jo 6.44), aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados (Hb 10.14), receberá os salvos na glória (Sl 73.24), A salvação foi planejada na eternidade, executada na história e será culminada na glória.

B. Resulta no bem do povo de Deus: Toda a vontade de Deus visa o nosso bem, não apenas as coisas, as próprias lutas, aflições e agruras, servem para o nosso bem, por isso que Paulo afirmou que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28), Paulo e barnabé se desentenderam (), embora Deus não concorde com o seu desentendimento, mas isto não anulou o proposito de Deus que foi expandir o evangelho. Paulo adoeceu e precisou passar um tempo na Galácia, este doença serviu para que ele pregasse o evangelho ali, saiba que a doença não é uma coisa boa, mas Deus na sua soberania usa uma doença para que o seu evangelho seja pregado (Gl 4.13), a doença de Paulo resultou no bem da Galácia que pode conhecer mais de perto o evangelho. Nós não cremos em sorte, azar, coincidência ou coisas do tipo, cremos na ação de um Deus poderoso e soberano que dirige a nossa vida, como um bordado que se visto de baixo o que se enxerga são fios, mas se olhado de cima se verifica que há uma bela obra de arte, assim é o Senhor conosco, no meio de fios desconexos aos olhos humanos, Ele está fazendo um grande bordado na nossa vida.

C. Resulta na benção para quem se aproxima do seu povo: A vontade de Deus não traz satisfação apenas para nós, quem está perto também é abençoado, na vida de José Potifar foi abençoado (Gn 39.4-6), quando foi para a prisão, o copeiro – chefe foi abençoado, tenho seu  sonho interpretado e o cumprimento realizado (Gn 40.1-23), o próprio Faraó foi abençoado e em consequência toda a nação que se livrou da destruição pela fome por causa da interpretação dos sonhos de José (Gn 41.1-36). Daniel e seus companheiros Sadraque, mesaque e Abedenego influenciaram a Babilônia com os seus exemplos, quando o rei lançou os três jovens na fornalha precisou reconhecer que o poder do Deus deles (Dn 3.1-30), quando Daniel foi lançado na cova dos leões o rei teve que reconhecer que o Deus daquele jovem era o Deus eterno que livra, salva e faz maravilhas (Dn 6.1-28). Os apóstolos Pedro e João quando iam ao templo encontraram um mendigo que ia ao templo, ele queria esmolas, mas eles não tinham dinheiro, porém, possuíam uma coisa que ele não tinha, a autoridade do nome de Jesus, por esta autoridade eles o curaram (At 3.1-10). Se Deus tem colocado pessoas ao teu lado é apara que você seja uma benção para elas. Sê tu uma benção!

Concluindo, Gostaríamos de dizer que esta mensagem tratou sobre a vontade de Deus para nós, trabalhamos o assunto da seguinte forma: Primeira, A fonte de Conhecimento da vontade de Deus: Conhecemos a vontade de Deus pelas Escrituras Sagradas, por meio de uma vida de oração, pelas circunstancias experimentadas. Segunda, as Características da vontade de Deus: Ela é boa, perfeita e agradável, mais alta do que a nossa mente possa compreender e tem em Jesus o seu fiel cumprimento. Terceira, o Resultado da vontade de Deus: A vontade de Deus para o seu povo resulta em salvação, no bem e na benção para quem está próximo do seu povo.  Você já experimentou a vontade de Deus para a sua vida, saiba que o que Deus quer para você é uma vida de santidade, longe do pecado. Busque se aproximar de Deus e a vontade Dele para você será deleitada por você!

Autor: Missº Veronilton Paz da Silva


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Sempre mudando?

A expressão semper reformanda tem sido traduzida de modo a significar “sempre mudando” e deturpada no interesse da mudança pela mudança. Para muitos, significa que tudo — desde o que acreditamos, o modo como nos comportamos em uma cultura que muda rapidamente, até à maneira como “organizamos a igreja” — está sujeito à revisão e reinvenção em cada geração. A expressão costumava ser usada por cristãos liberais para justificar a adequação da mensagem aos tempos, mas agora os evangélicos argumentam que é essencial para a sobrevivência do Cristianismo que nos harmonizemos com a cultura mutável se quisermos salvar a igreja da extinção.
Temos observado essa ideia ganhar força nas últimas décadas. Os líderes e membros da igreja estimulam a “mudança” como um sinal de “integridade” ou um elemento essencial para serem “relevantes” na geração atual. Há apelos para novas formas, métodos e estruturas para a igreja. A maioria dos chamados à inovação são impulsionados pela cultura sem Deus ao nosso redor e por nossos corações rebeldes em nosso interior. Queremos modificar a mensagem para atrair a sociedade; desejamos tornar a igreja mais “amigável” aos de fora, em vez de vê-la como a assembleia solene do povo da aliança de Deus.
Vemos esse espírito atuando na revisão das principais doutrinas bíblicas. Vozes imperativas desejam que reinterpretemos o ensino básico para acomodar a hegemonia da teoria da evolução. O abandono de um Adão histórico (ou, onde isso é admitido, a negação de que Adão foi o primeiro homem) é impulsionado por pessoas no banco que enfrentam diariamente os incômodos desafios dos seus colegas e vizinhos não-cristãos.
Esse clamor por mudança está por trás do redesenho dos limites do discipulado cristão. Quer se trate de encorajar um “discipulado secreto ou silencioso” entre os convertidos do Islã, a aceitação de novas definições de casamento para apaziguar o espírito da época, ou a tolerância de estilos de vida abertamente pecaminosos com a intenção de não julgar, observamos que o discipulado está sucumbindo à pressão externa sobre a igreja.
Isso também afetou o uso da palavra adoração. Em alguns contextos, ela é aplicada apenas à música — seja da variedade clássica ou contemporânea — e criou com ela um novo ofício na igreja: o “líder de adoração”. Outros querem deixar a palavra adoração completamente, argumentando que a adoração se aplica à “toda a vida” e não às assembleias do povo de Deus. Assim, o Dia do Senhor é como qualquer outro dia; a liturgia é substituída por “eventos de convivência”; os sermões tornam-se “conversas bíblicas”; e a ênfase das “reuniões” de domingo torna-se comunhão ou evangelização ao invés de uma assembleia pactual e adoração corporativa.
Essas inovações são contrárias ao exemplo dos reformadores, que negaram que fossem mutantes que estavam interessados ​​na mudança pela mudança em si. No sentido estrito, eles estavam estimulando um retorno à radix, à “raiz” do Cristianismo bíblico. Eles foram acusados por seus oponentes ​​de promover a mudança, mas a sua defesa foi que, na verdade, eles queriam conduzir a igreja de volta à Palavra de Deus. Eles imaginaram a reforma não como “fazermos mudanças” (ativo), mas como o “sermos transformados” (passivo). Em outras palavras, quando falamos sobre a reforma, pensamos no Senhor que nos reforma e na Escritura que é o seu meio de reforma.
O que acontece quando aplicamos a Escritura e nossas confissões à questão da adoração? O Novo Testamento retoma a linguagem do Antigo Testamento ao chamar a assembleia de povo de Deus. Os cristãos primitivos se reuniam no dia do Senhor com o povo do Senhor para ouvir a sua Palavra e oferecer orações. Pedro descreve como chegamos a Deus quando nos reunimos como pedras vivas em um templo — Deus está presente de uma maneira especial onde o seu povo se encontra. O culto público com a sua proclamação da Palavra é para Deus e para o seu povo da aliança e faz esses últimos serem edificados na mais santa fé (1 Coríntios 14). Os incrédulos podem estar presentes e estar sob convicção ao verem a obra da Palavra na vida dos santos.
Desde os primeiros dias, os cristãos cantavam bem como oravam. O Antigo Testamento até mesmo incentiva o povo de Deus a usar instrumentos na adoração (Salmos 33.2-3). Instrumentos de todos os tipos certamente contribuem para o canto cristão, e a música é um dom singular e belo de Deus. No entanto, o uso de instrumentos pode ter um impacto negativo, às vezes: eles podem manipular erroneamente as emoções das pessoas, podem se sobressair aos louvores do povo de Deus reunido, ou podem inibir a participação congregacional na adoração. A experiência musical em si pode ser adorada como um ídolo. Assim, devemos ter cuidado para não fazer uso do que é digno, auxiliar e útil — a música — e torná-la absoluta. Devemos ter cuidado para que a música não ocupe o lugar de Deus em nossa adoração.
Esses exemplos ilustram a necessidade de estarmos constantemente perguntando se as tradições herdadas ou práticas novas são bíblicas. Precisamos considerar se nossas práticas estão ajudando ou inibindo a nossa adoração a Deus. Onde nossas práticas contribuem com algo, precisamos ter cuidado para não as considerarmos em demasia e assim sacrificarmos os meios de graça ordinários: a Palavra, a oração e os sacramentos.

Dados Sobre o Autor: Dr. William W. Goligher é ministro sênior na Tenth Presbyterian Church em Filadélfia, Pensilvânia. Ele é autor de The Jesus Gospel e Joseph: The Hidden Hand of God.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

REFLEXÃO BÍBLICA (JOÃO 4.46-54)

A cura do filho de um oficial

Rev. Romildo Lima de Freitas

Esse milagre, registrado em João 4.46-54, e também o descrito no capítulo 2, ocorreram em Caná da Galileia. Algum tempo já havia passado desde que Jesus transformara água em vinho. Ambos foram realizados em particular, sem multidão vendo o acontecimento, num contexto familiar. O de Caná foi de alegria (casamento) e o de Cafarnaum de tristeza (enfermidade).

O texto nos apresenta os seguintes personagens envolvidos no milagre: Jesus, o pai ansioso, o filho moribundo, testemunhas, a família e os servos do oficial.

Jesus dirigiu-se, de novo, a Caná da Galileia, que era a cidade natal de Natanael, um de seus discípulos (Jo 21.2), onde é provável que tenham passado a noite. Esse era um lugar já marcado por um grande milagre dele, quando a água foi feita em vinho, seu primeiro sinal milagroso (Jo 2.11). João também nos diz que outro motivo para eles receberem Jesus com boas-vindas foi porque viram tudo o que Ele havia feito na festa da Páscoa.

O texto menciona um oficial do rei, servidor de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e de Pereia e transmite a ideia de figura eminente, de grande importância, figura ilustre da corte. Não era qualquer um, mas um nobre que tinha livre acesso ao rei.

Alguns teólogos acreditam que esse homem fosse CUZA, cuja esposa era JOANA. Pelo fato de Jesus ter curado seu filho, ambos, passaram a servi-lo com bens, dando-lhe todo apoio e infraestrutura necessários ao crescimento do Seu ministério. Veja o texto de Lucas 8.3: “E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens”.

A cidade de Cafarnaum foi construída de forma octogonal, dividida por uma importante estrada comercial que liga o Egito e a Síria a Damasco. Quero destacar alguns pontos sobre Cafarnaum:

Ficava ao lado do famoso Lago da Galileia, região pesqueira. Ocupava os confins territoriais de Naftali e Zebulom (Mt 4.13). Cafarnaum vem do hebraico “Kfar” + “Nachum”, ou seja, “Aldeia (Cidade ou Vila) de Naum” ou “Cidade de Consolo”.

Na Cidade havia Coletoria de Impostos – Era onde Mateus trabalhava.

Havia uma Sinagoga – Construída pelo Centurião citado em Mateus 8.5-13.

Havia uma Centúria – O centurião residia ali e comandava pelo menos 100 soldados romanos. Segundo estudiosos, a cidade não tinha mais do que 1.000 habitantes. A ONU diz que o número ideal de policiais é de 1 para cada 250 habitantes.

Jesus realizou vários milagres de cura em Cafarnaum. Por ex.: Mt 8.5-17 – do criado do centurião; Mt 9.1-8 – de um paralítico; Mt 9.27-31 – de dois cegos; Mt 12.9 – do homem da mão ressequida; Mc 1.21-28 – de um endemoninhado; Jo 4.46-54 – do filho de um oficial; Mt 8.14-15 – da sogra de Pedro. E mais o milagre da moeda no ventre do peixe (Mt 17.24-27).

Quero fazer algumas aplicações, com base em João 4.46-54:

1 – Esse homem foi em busca de cura e não de salvação – v.47 – O oficial estava ansioso pela cura física do filho, pois ouvira que Jesus estava na região. Sua fé baseava-se, de início, inteiramente no relato de terceiros. Ele morava lá em baixo e o assunto que corria era que um profeta, operador de maravilhas, aquele que tinha transformado água em vinho, estava novamente em Caná. Ele nuca vira Jesus, mas acreditava no relatório dos outros. Observe o final do v. 47: “… para curar seu filho”. Ele não percebia a necessidade do próprio coração, a cegueira espiritual em que vivia. Seu desejo era a cura do filho moribundo.

2 – O poder de Jesus está acima do tempo e do espaço – A fé do oficial era tão fraca que restringia o poder de Jesus à Sua presença local. Por isso, sua oração era: Tempo: “Senhor, vem, antes que meu filho morra!” Espaço: Cafarnaum.

3 – A fé que é exercitada cresce e se espalha – v. 53 – Sua fé não só amadureceu: ela foi refletida em toda sua casa. Todos creram em Jesus e foram alcançados pela Sua graça salvadora.

Querido irmão, busque sempre a solução de suas necessidades em Jesus. Procure vencer os obstáculos do caminho. Em nossa vida o que não falta são obstáculos. Vença os impedimentos, supra as barreiras e obedeça às palavras de Jesus. O oficial recebeu dele estas: “Vai para casa. Teu filho vive”. Ele creu e a vitória chegou ao seu lar.

Que o Eterno se compadeça de você, de todos os seus e derrame as bênçãos de que você precisa.

Com carinho.

 Rev. Romildo Lima de Freitas

terça-feira, 21 de novembro de 2017

ESBOÇO DE SERMÃO TÓPICO BASEADO EM JOÃO 18.33-38

TEXTO: JOÃO 18.33-38
33 Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? 34 Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito? 35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? 36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. 37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. 38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum”.

INTRODUÇÃO

O site significados.com.br traz um conceito sobre verdade dizendo que

Verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a ausência da mentira. Verdade é também a afirmação do que é correto, do que é seguramente o certo e está dentro da realidade apresentada. A verdade é muitas vezes desacreditada e o ceticismo é a descrença ou incredulidade da verdade. Aquele indivíduo que tem predisposição constante para duvidar da verdade é chamado de cético (O que é a verdade. Extraído de: https://www.significados.com.br/verdade/)

Esta passagem trata da prisão de Jesus e seu julgamento. Pilatos, cremos que por ironia, pergunta se ele é o rei dos judeus (v.33), Jesus sabia que aquela pergunta não vinha dele, mas os judeus haviam o acusado falsamente de se declarar rei (v.34). Cristo afirma que seu reino não seria daqui, por isso não seria defendido por humanos (v.36), Pilatos novamente pergunta, certamente com ironia, se ele era um rei, Jesus diz que era Pilatos que estava afirmando (v.37). Jesus então fala que veio dar testemunho da verdade, Pilatos faz uma pergunta que nos deixa pensativos: “Que é a verdade?”, esta pergunta ecoa nos nossos ouvidos até o dia de hoje, pois as pessoas estão confusas, sem rumo, sem direção, sem saber para onde estão indo, estão querendo que não existe verdade absoluta, mas para o cristão existe uma verdade absoluta extraída da Escritura Sagrada manifesta na pessoa de Jesus, mas quer saber o que é a verdade? Preste atenção que iremos extrair algumas lições sobre a verdade, tendo como base o tema abaixo.

TEMA: VOCÊ SABE O QUE É A VERDADE?

1.        A VERDADE É O QUE DIZ A ESCRITURA.

1.1     A Escrituras foi escrita para nos instruir. Lc 1.1-4
1 Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, 2 conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, 3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, 4 para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído”.

1.2     A Escritura foi escrita para nos apresentar Jesus. Jo 5.39
39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.

1.3     A Escritura foi escrita para nos ensinar, erram os que não a observam. Mt 22.29
29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”.

1.4     A Escritura foi escrita para nos ajudar a vivermos em santidade. Jo 17.17
17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”.

2.        A VERDADE É A PESSOA DE JESUS CRISTO.  

2.1     Ele é a verdade do Pai. Jo 14.6
6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

2.2     Ele é a verdade que liberta. Jo 8.32,36
32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

2.3     Ele nos ensina o caminho da verdade. I Tm 2.4
4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

3.        A VERDADE É O QUE NÓS DEVEMOS SEGUIR

3.1     Nós não devemos lutar contra a verdade, mas a favor da verdade. II Co 13.8
8 Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”.

3.2     Nós devemos obedecer à verdade. Gl 5.7
7 Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?”

3.3     Nós devemos viver a verdade em amor. Ef 4.15
15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.

3.4     Nós devemos manejar bem a Palavra da verdade. II Tm 2.15
15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

3.5     Nós fomos gerados pela Palavra da Verdade. Tg 1.18
18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”.

3.6     Nós precisamos falar a verdade sobre Cristo. Rm 9.1
1 Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência”.

CONCLUSÃO

A mensagem tratou baseada na pergunta feita a Jesus: “O que é a verdade?”, vimos que a verdade é a Escrituras, chegamos a conhecer esta verdade por meio de Jesus, mas precisamos seguir a Jesus. Você tem feito isto? Voce já conhece a verdade das Escrituras? Já conhece a verdade sobre Jesus? Já segue a verdade? Saiba que para morar no céu você precisa seguir esta verdade, você precisa entregar a tua vida a Cristo, recebe-lo como teu Único e Suficiente Senhor e Salvador. Voce deseja fazer isto agora?

AUTOR: Missº Veronilton Paz

É MELHOR MORAR NUMA TERRA DESERTA

"É melhor morar numa terra deserta do que com uma mulher briguenta e impaciente." (Provérbios 21.19)
 
A reflexão do Sábio vai direto a nossa imaginação. Podemos enxergar, como se fosse um efeito 3D, o contraste nítido entre os dois cenários.
 
"Está vendo essa terra distante, isolada, e resecada?" pergunta o Sábio. "É melhor gastar tua vida em uma terra assim do que em um relacionamento assim!"
 
Uma família sábia produzirá bons frutos, independente do seu contexto. A gente consegue, com tempo, superar o vento quente e a terra dura. Mas o mesmo não pode ser dito do casal que alimenta atitudes rixosas e briguentas. Eles trazem o deserto para dentro da casa. Há pouco fruto, pouco legado, pouca sombra no calor do dia.
 
Estaria o Sábio dizendo que não há esperança para aquele(a) que tem um cônjuge bringuento? Claro que não. Assim como a chuva no deserto, é Deus quem derrama graça sobre os relacionamentos. Toda boa dádiva vem do alto. Ele vai trabalhar a terra, e a colheita será para sua glória somente.
 
Mas para nós — os cônjuges impacientes e mimizentos — fica a dica do Sábio: uma terra deserta é mais produtiva do que a nossa frustração continua.
 
Procure a graça divina. Jesus faz brotar água da rocha. Ele é a fonte da água viva. Portanto, Ele pode vivificar teu 'coração deserto' também.

Fonte: http://palavraprudente.com.br/

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

IDOLATRIA, AÇÃO DIRETA DE SATANÁS

TEXTO: I CORÍNTIOS 10.19-20 
19 Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? 20 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios”.

Aqui está dizendo que aquilo que as pessoas sacrificam aos ídolos é aos demônios que estão sacrificando, ou seja, quando as pessoas se dobram diante de um ídolo estão se dobrando diante dos demônios. Está implícito aqui que por trás dos ídolos estão os demônios. O site Bíblia.com traz uma definição sobre ídolo, afirmando que:

A palavra ídolo vem do grego eidólon, e significa ‘imagem’. É, pois, uma representação da divindade, de que se faz objeto de culto, usurpando essa imagem o lugar de Deus, e recebendo a adoração ou o culto que só a Ele é devido. No A.T. aquelas palavras que mais freqüentemente se empregam para significar um ídolo ou imagem são: (1) Tselem, imagem – cp. Gn 1.26 com Ez 16.17 e Dn 3.1. (2) Pesel, imagem de escultura (Êx 20.4). (3) .Vassekah, uma imagem de fundição (Êx 32.4). (4) .Watstsebah, a pedra sagrada – cp. Êx 23.24 e 2 Rs 3.2 com Gn 28.18. (Definição de Idolo, extraído de: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/i/idolo)

A Igreja Romana diz que Deus proíbe apenas fazer imagens de falsos deuses, para eles não seria proibido fazer imagens de Deus, mas esta informação é falsa, pois Deus proíbe fazer imagens dele mesmo, segundo foi escrito por Moisés em Deuteronômio:

14 Também o SENHOR me ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os cumprísseis na terra a qual passais a possuir. 15 Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; 16 para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher” (Dt 4.14-16)

A Igreja Romana fez uma distorção no Decálogo, excluindo o segundo mandamento e dividindo o Décimo em dois. Ela diz que o segundo é não tomar o nome de Deus em vão, mas este é o terceiro. Ela diz que o nono mandamento é “não cobiçar a mulher do próximo” e o décimo “não cobiçar as coisas alheias”, porém não cobiçar é um mandamento só. Fez esta distorção porque o segundo condenava a prática da referida religião do uso de imagens e relíquias, vejamos o que foi omitido:

2º mandamento: Não farás para ti imagens de escultura: “4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem6 e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êx20.4-6). 10º mandamento: Não cobicaras, a mulher, o boi, jumento ou qualquer outra coisa que pertença ao próximo: “17 Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Êx 20.17).

 Outra passagem que trata sobre idolatria é na passagem de Apocalipse que trata da igreja de Pergamo onde diz que aquela igreja estava localizada no lugar onde estava o trono de satanás (Ap 3.12-13), Hernandes Dias diz que quando vai se estudar sobre a cidade verificamos que

Em Pergamo havia duas particularidades que nos levam a entender o que significa “trono de satanás”, são eles os seguintes: 1. Naquela cidade havia um templo de adoração ao imperador romano com uma imagem dele, em que as pessoas diziam: “Cesar Et Kyrios”, ou “Cesar é o Senhor, os cristãos eram mortos porque eles diziam “Cristus Et Kyrios”, mas a cidade adorava a imagem do imperador, aqui se infere que qualquer lugar seja igreja, clube, partido politico, onde um  homem é colocado em posição superior ali está o trono de satanás, ali está idolatria. 2. Outro fenômeno que acontecia ali era que também havia no mesmo local um templo que cultuava o deus Esculápio, o deus da cura, em forma de serpente, por isso que no jaleco do médico há uma serpente, isto vem de Pergamo, isto vem de Esculápio, portanto, se entende que onde uma imagem é cultuada, ali está a ação e o trono de satanás, onde há idolatria há o trono de satanás (LOPES, Hernandes Dias. Restaurando o fervor espiritual. Extraído de: <https://www.youtube.com/watch?v=p-CpoCR4s98>).

Quando a igreja Romana diz que o culto aos santos é legítimo, ela está fazendo a mesma sugestão de satanás, de que se adore a outro que não seja Deus, pois prestar culto e adorar só se faz a Deus, veja este trecho da tentação de Jesus:

8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.8-10).

O culto aos santos surgiu em 375 d.C., ano 431 criou-se o culto à virgem Maria, o uso de imagens e relíquias dos santos teve como inicio em 783 d.C. com a intenção de ganhar dinheiro, pois isto gerava renda para a igreja, tudo teve um fundo financeiro, tudo girava em torno do lucro.

Para concluir, gostaria de dizer que de fato por traz de qualquer ídolo tem de fato um demônio recebendo a adoração, seja o ídolo uma imagem de um deus, santo, ou um homem, qualquer lugar que se faz um culto a outro que não seja Deus ali está a ação de satanás e devemos fugir da idolatria (I Co 10.14) e prestar culto somente a Deus. Deus tenha misericórdia de cada um de nós!

Referências

A Bíblia de Estudo de Genebra. 2 ed. Ampl. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

Definição de Idolo, extraído de: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/i/idolo

LOPES, Hernandes Dias. Restaurando o fervor espiritual. Extraído de: <https://www.youtube.com/watch?v=p-CpoCR4s98>

Autor: Missº Veronilton Paz da Silva




IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL - PARTE III - TEOLOGIA


14. Que é Escritura Sagrada? 
R. É a palavra de Deus expressa em forma escrita. É o livro que nos dá “aquele conhecimento de Deus e de Sua vontade, necessário para a salvação” (2 Tm.3:15, 16). A Bíblia é composta de 66 livros, escritos, por, no mínimo, 36 autores, que viveram em tempos e lugares diferentes, num período de 1600 anos. No entanto, o Autor da Bíblia é o próprio Deus, que inspirou os autores a que nos referimos. 

15. Como sabemos que a Bíblia foi inspirada por Deus? 
R. O Testemunho de Jesus sobre o Antigo Testamento (Mt.22:29; Mc.12:24; Lc.24:25, 27, 32 e Jo.5:39). O testemunho da Bíblia sobre sua natureza (2 Tm.3:16-17; 2 Pe. 1.20:21). A experiência de milhões de pessoas cuja vida foi transformada pela leitura da Bíblia e a nossa própria experiência de sentir Deus falando conosco, quando lemos a Bíblia. Tudo isso é evidência da inspiração divina das Escrituras. Porém, como esta Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 4 aceitação é matéria de fé e não de prova científica, só a operação do Espírito Santo em nós é que nos dá a convicção de que a Bíblia é a palavra de Deus. 

16. Por que a Bíblia “católica” tem 7 livros a mais do que a “nossa” Bíblia? 
R. Porque o concílio de Trento, no dia 15 de abril de 1546, anexou, por decreto, esses livros à Bíblia. Nós não aceitamos e a “nossa” Bíblia não os tem porque eles não tem nem as evidências externas nem as evidências internas de que são inspirados por Deus. A Igreja Católica Romana nos acusa de termos retirado 7 livros das Escrituras. No entanto, foi ela que os acrescentou à Bíblia, no concílio de Trento. 

17. O Que as Escrituras nos revelam a respeito de Deus? 
R. Que Deus é Espírito (Jo.4:24) e, portanto, não tem corpo como nós (Lc.24:39); que Deus é um Ser pessoal, capaz de compreender os nossos sentimentos e conhecer os nossos pensamentos (Sl.103:14 e 139:1-7); que Deus é eterno (Sl.90:2), imutável (Ml.3:6), infinito (I Rs. 8:27), conhece todas as cousas (Sl.139:4), vê tudo o que se passa no céu e na terra (Pv.15:3), está presente, ao mesmo tempo, em todos os lugares (Sl.139- 7-10), é onipotente (Mt.19:26), nos ama (I Jo.4:8), é cheio de misericórdia (Sl.57:10 e 100:5). Revela-nos também que Deus é justíssimo (Sl. 119:137) e terrível em Seus juízos (Hb.10:31). O Deus de quem a Bíblia nos fala é um Deus Triuno, isto é, subsiste em três pessoas. 

18. Que é a Santíssima Trindade? 
R.. É a coexistência das Três Pessoas na Divindade Única: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt.27:19; 2 Co.13:13). São Três Pessoas distintas, da mesma substância, iguais em poder e glória, porém um só Deus. É um mistério que não pode ser explicado nem definido, porque está além do alcance da mente do homem. Em suma: Ou aceitamos a Triunidade do Deus Único, ou temos de admitir três Deuses na Bíblia. A Bíblia, no entanto, nos ensina com muita clareza que existe um só Deus verdadeiro (1 Co.8:5-6; 1 Tm 2:5), e que o pai é Deus (Gl.1:1; Ef.6:23), que o filho é Deus (Jo.1:1 e 2 Pe.1:1) e que o Espírito Santo é Deus (At.5:3-4). 

19. Como Deus se relaciona com o universo? 
R. Deus o criou (Gn.1:1 e Ef.3:9), Deus o dirige (Dn.4:35), Deus o governa (Jó.34:12- 15; Sl.22:28; 103:19), Deus o preserva (Ne.9:6). Ele tem um plano eterno de ação (Ef.1:11). Nada acontece sem que Ele tenha ordenado ou permitido (Mt.10:29). Deus não improvisa nem é surpreendido pelos acontecimentos. Na Sua infinita sabedoria, Ele dirige tudo segundo Sua própria vontade sem, contudo, tirar a liberdade do homem nem violentar a vontade do ser humano. 

20. Que é predestinação? 
R. É a doutrina bíblica segundo a qual Deus já determinou o destino eterno de todo o ser humano (Rm.8:29-30; Rm.9:14-21; Ef.1:3-5), tanto dos que se salvam como dos que se perdem. 

Fonte: http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/razao-nossa-fe-1981.pdf

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Igreja Presbiteriana do Brasil - PARTE II - HISTORIA (CONT.)


9. Em que estão baseadas as doutrinas da Igreja Presbiteriana? 
R. Estão baseadas na Bíblia, a palavra de Deus. Nossa Igreja não aceita nenhuma doutrina que não tenha base sólida nas escrituras (Gl.1:8, 9). 

10. Quando Simonton Chegou ao Brasil, já havia aqui missionários de outras denominações? 
R. Simonton encontrou, no Rio de Janeiro, o Dr. Robert Reid Kalley, médico escocês, que fazia um trabalho missionário independente. Do trabalho do Dr. Kalley resultou a Igreja Evangélica Fluminense. Havia também pastores que vieram acompanhando imigrantes europeus. Estes pastores, entretanto, se limitavam a dar assistência espiritual aos imigrantes europeus. Simonton foi, portanto, o primeiro missionário enviado ao Brasil, com o objetivo de evangelizar os brasileiros. Os missionários de outras denominações só chegaram bem mais tarde. 

11. Que é uma “doutrina baseada solidamente nas Escrituras Sagradas?” 
R. É uma doutrina baseada na Bíblia toda ou, seja, que compreende todos os livros da Bíblia, do Gênese ao Apocalipse. A nossa Igreja não aceita doutrinas baseadas em apenas algumas passagens ou textos isolados das Escrituras. 

12. Quais são os padrões doutrinários da Igreja Presbiteriana? 
R. Nossa Igreja adota, como exposição das doutrinas bíblicas, a confissão de fé e os Catecismos como exposição do sistema de doutrinas ensinadas nas Santas Escrituras. Isto se faz necessário em virtude de a Bíblia não trazer as doutrinas já sistematizadas. 

13. Quem elaborou a Confissão de Fé e os Catecismos? 
R. A confissão de Fé e os Catecismos foram elaborados por 151 teólogos de várias Igrejas Evangélicas, reunidos na Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro de 1649. Estes livros foram preparados em espírito de oração e profunda submissão ao ensino das Escrituras. 

Fonte: www.charlezine.com.br/wp-content/uploads/razao-nossa-fe-1981.pdf

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

JESUS NÃO É PLANO B


Persiste no Cristianismo moderno um ensino sútil, mas diabólico. É a idéia de que, uma vez salvo pelo Senhor Jesus Cristo, cabe ao cristão somente a responsabilidade de glorificar a Deus com suas próprias forças. Nessa visão, Jesus Cristo é um mecânico, e uma vez concertado o carro (vida cristã), o cristão segue na sua jornada sozinho. Até quebrar o carro novamente.
 
O cristão é instigado a se exaustar, muitas vezes cumprindo longas listas de exigências, para tentar 'glorificar a Deus' por forças próprias. Somente quando a vaca vai pro brejo, e você se pega pecando, é que se recorre ao socorro do Senhor Jesus. Ele é o último recurso. O estepe. O plano B quando nosso plano não dá tão certo.
 
O antídoto se encontra na oração de Jesus Cristo, transcrita em João 17, aonde lemos essas lindas palavras: "Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho, para que também o Filho te glorifique."
 
O Pai é glorificado quando o Filho é glorificado. E só. Não há outro meio de glorificar o Pai se não por meio do Filho.
 
Isso é uma tremenda lição e um enorme encorajamento para os filhos de Deus. Cristão, não pense por um segundo que sua necessidade de Jesus Cristo é de alguma forma um sinal de imaturidade. Não! Você foi criado para confessar sua incapacidade. Você foi transformado para confessar sua necessidade de Jesus. Você foi salvo para reconhecer — a cada manhã — que Jesus Cristo é o único que cumpriu as exigências da glória de Deus e, portanto, o único que expressa toda a glória de Deus.
 
Não seja tímido em reconhecer que seu Salvador é todo-poderoso, magnífico em amor, misericórdia e santidade.
 
Glorificar a Deus através de Jesus Cristo sempre foi o plano divino. Desde antes da fundação do mundo. Não há plano B. Cristo é a Alfa e o Omega da glória, para todo sempre, amém.

Fonte: www.palavraprudente.com.br

terça-feira, 7 de novembro de 2017

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL - PARTE I - HISTÓRIA


A Razão da Nossa Fé - Adão Carlos Nascimento 

 “A história, as doutrinas e o governo da Igreja Presbiteriana do Brasil, ao alcance de todos.” 65 questões que precisamos saber responder. 

1. Como surgiu a Igreja Presbiteriana? 
R.Surgiu da Reforma do Século XVI. Deus levantou um homem chamado João Calvino para conduzir Seu povo de volta à Bíblia. E, desta volta à Bíblia, nasceu a Igreja Presbiteriana. 

2. Como se processou a Reforma Religiosa do Século XVI? 
R. A Reforma tem, como data básica de sua origem, o dia 31 de outubro de 1517, dia em que Lutero afixou as suas 95 teses, contra as indulgências, na porta da capela de Wittenberg. Martinho Lutero era monge agostiniano e pretendia reformar a Igreja à qual pertencia. Porém, como foi excomungado pelo papa Leão X, viu-se obrigado a romper com a sua igreja, dando, assim, origem ao movimento religioso conhecido como Luteranismo. Movimentos religiosos independentes surgiram em outras regiões. Na Suíça, levantou-se Zwinglio, sucedido depois por Calvino. As Igrejas que adotaram as doutrinas e o sistema Calvinista, denominan-se Igrejas Reformadas ou Presbiterianas. Da Suíça, o Presbiterianismo se espalhou para os Países Baixos, França, Escócia e Inglaterra. E, a seguir, atingiu todos os Continentes. Hoje, os presbiterianos são o segundo maior grupo evangélico do mundo, perdendo em número apenas para os luteranos. 

3. Quem foi João Calvino? 
R. Foi um dos Reformadores do Século XVI. Nasceu em Noyon, Picardia, na França, no dia 27 de maio de 1564. Aos 14 anos de idade, Calvino entrou para a universidade de Paris. Formou-se em direito na Universidade de Orleans, aos vinte anos de idade. Converteu-se a Cristo em 1533. Calvino foi o mais culto e o mais inteligente entre os reformadores. Escreveu comentários sobre todos os livros da Bíblia, com exceção do Apocalipse . Escreveu Sermões e Cartas e também tratados. Sua obra mais importante foi A Instituição da Religião Cristã, mais conhecida como As Institutas. Nesta obra ele apresenta um sistema de doutrinas absolutamente bíblicas. Este sistema de doutrinas é conhecido como Calvinismo. 

4. É verdade que a primeira Igreja que surgiu foi a Igreja Católica? 
R. Não, não é verdade. A Igreja do Novo Testamento é chamada de Igreja Primitiva, por ter sido a primeira e não ter nenhum nome especial. Esta Igreja já não pode ser identificada com a Igreja Católica Romana, por várias razões, como, por exemplo, as seguintes: 1. Os problemas doutrinários e éticos surgidos na Igreja Primitiva eram resolvidos pelo presbitério (At.15.1-29) na Igreja Católica, são resolvidos pelo papa; 2. Na Igreja Primitiva não havia missa; havia culto com cânticos de hinos, orações, leitura e pregação; 3. Todos os membros da Igreja Primitiva participavam do pão e do vinho, na Santa Ceia (I Co.11:23-29); na Igreja Católica só o padre é que participa do vinho, na comunhão. 4. Na Igreja Primitiva não havia padre, nem cardeal, nem papa; havia, sim, presbíteros e diáconos. Qualquer pessoa que examinar o Novo Testamento, fundamento da Igreja Cristã, verá claramente que a Igreja Católica Romana não tem nenhuma semelhança com a Igreja Primitiva. 

5. Como surgiu a Igreja Católico Romana? 
R. Surgiu da degeneração da Igreja Primitiva. Desde o início, homens fraudulentos entraram para a Igreja. No princípio, entretanto, as perseguições contra os cristãos se encarregaram de purificar a comunidade cristã. No ano 323, por um decreto do imperador Constantino, o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano. Cessaram as perseguições e muitas pessoas, sem serem verdadeiras convertidas, entraram para a Igreja. A atuação de tais pessoas e a influência do mundo pagão levaram a Igreja a adotar doutrinas e práticas que se chocam brutalmente com os ensinos bíblicos. Eis alguns exemplo: No ano 375 foi instituído o culto aos santos; no ano 431, instituiu-se o culto a Maria; a partir do concílio de Éfeso, cidade que pontificava a grande Diana dos Efésios, divindade feminina pagã; em 503, surgiu a doutrina do purgatório; em 783 foi adotada a adoração de imagens e relíquias; em 1090, inventou-se o rosário; em 1229, foi proibida a leitura da Bíblia. Há muitas outras inovações que seria longo mencionar aqui. Felizmente, Deus levantou homens para conduzir Seu povo de volta à Bíblia. Vários movimentos de reforma religiosa, inclusive os propostos pelos Concílios de Constantino, Pisa e Basiléia, fracassaram. Porém, a Reforma Religiosa do Século XVI triunfou. 

6. Por que Calvino não se uniu a Lutero, ao invés de criar um movimento à parte? 
R. Porque Lutero queria apenas reformar a Igreja, enquanto Calvino entendia que a Igreja estava tão degenerada, que não havia como reformá-la. Calvino se propôs organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina, na sua liturgia e na sua forma de governo, fosse idêntica à Igreja Primitiva. 

7. Como o presbiterianismo chegou ao Brasil? 
R.. No Século XVI houve uma tentativa de implantação do presbiterianismo no Brasil, através dos franceses que aqui chegaram em 1557. A Ceia do Senhor, segundo o rito bíblico calvinista, foi celebrada pela primeira vez, na América do Sul, no dia 21 de março de 1557, no Rio de Janeiro. Os franceses, no entanto, foram expulsos de nosso país em 1567. Duas outras tentativas foram feitas através dos holandeses, em 1624 e em 1630. Em 1654, os holandeses foram expulsos do Brasil, e as comunidades presbiterianas que eles haviam implantado no nordeste, desapareceram. A implantação definitiva do presbiterianismo, no Brasil, se deu através do trabalho de missionários, que vieram especialmente para evangelizar os brasileiros. 

8. Quem foi o primeiro missionário presbiteriano a vir para o Brasil? 
R. Foi o Rev. Ashbel Green Simonton, que chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, no dia 12 de agosto de 1859. Tinha apenas 26 anos de idade. Seu ministério durou apenas 8 anos, pois Simonton faleceu em São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1867. A esta altura, a nossa Igreja já tinha um presbitério (Presbitério do Rio de Janeiro), um Seminário, cinco pastores e três Igrejas organizadas (A 1ª do Rio de Janeiro, a primeira de São Paulo e a de Brotas, no Estado de São Paulo). 

Fonte: www.charlezine.com.br/wp-content/uploads/razao-nossa-fe-1981.pdf