quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cartas a Lene - Soli Deo Gloria


Por Marcelo Lemos

Olá, Lene, como está você? Fiquei feliz quando me disse que suas férias – merecidas, aliás – foram tão abençoadas. E aqui estou eu, com mais uma das nossas cartas, a quinta, tratando dos pilares da Fé Reformada. Você talvez já tenha escutado falar em “Soli Deo Gloria” – este será nosso tema hoje.

Somente à Deus a Glória. Uma declaração certamente bonita, e doce para os evangélicos. Uma declaração facilmente desejável. Mas, como praticar tal princípio? Será que temos vivido isso em nosso ministério, trabalho, e no dia-a-dia em geral? Um jeito simples de medir o quanto compreendemos a doutrina do Soli Deo Gloria é perguntar a nós mesmos:

- Afinal, porque Deus me salvou da condenação eterna?


Muitas respostas corretas poderiam ser dadas a esta pergunta, sem que atingissem o centro da questão. Ou seja, repostas certas que só contam parte da história.

- Deus me salvou do Inferno porque, em Cristo, me amou desde a eternidade!

- Deus me salvou da Condenação porque Cristo, Deus feito homem, pagou pelos meus pecados!

- Deus me salvou da Morte, visto que, onde abundou o Pecado, por Cristo superabundou a Graça!

Não há nada de errado com nenhuma dessas respostas. Cada uma delas é ensinada nas Escrituras, portanto, verdadeiras. Mas não é só isso. Segundo a Escritura, tudo que Deus faz, o faz para Sua própria Glória. Deus trabalha para sua própria exaltação. Tudo o que Ele faz visa sua Glória, e isso inclui nossa salvação. É certo que ao nos salvar, amou-nos, desejou-nos, teve compaixão de nós, etc., mas não é tudo! Qual o fim último, qual o objetivo maior da nossa salvação?

“Nele, digo, em quem também fomos feito herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória...” – Efésios 1. 11,12.

A fim de sermos para louvor da sua glória. Existimos como o povo que promove a Glória Deus. Não existimos para desfrutar de bênçãos, prazeres, privilégios, dons espirituais ou o mesmo céu. Podemos ter todas estas coisas, mas existimos por uma única razão última: a glória de Deus. Lene; sabe aquele desejo que o evangélico brasileiro nutre em ver um Brasil de “maioria evangélica”? Olha; tal sonho só terá sentido, só será agradável ao Senhor, se for para a Sua glória pessoal, e de mais ninguém – “... para que a Graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para a glória de Deus” (II Coríntios 4.15).

Acredito que você já esteja desvendando algumas das implicações práticas dessa doutrina bíblica abraçada pelos Reformadores. Vou listar algumas de modo breve e simples.

O impacto sobre nossa espiritualidade. Somos sempre vitimas da tentação de criarmos um Deus a nossa imagem e semelhança. Queremos dizer a Deus o que Ele é, e como deve agir – quando essa tarefa pertence apenas a Ele. E o “deus” preferido da nossa geração é aquele que foi feito refém dos nossos caprichos e desejos. Somos atrevidos o bastante para dizermos a ele que “não aceitamos” os problemas da vida, frutos do pecado de Adão, como a morte, a doença, a fome, e o desemprego! Temos coragem o bastante para introduzir “fogo estranho” no Altar de Deus, transformando a liturgia num culto a serviço de nós mesmos, e das nossas preferencias.

Lene, talvez eu fique rico, talvez eu fique famoso, talvez eu seja curado de um câncer ou de uma paralisia, talvez eu faça um paralítico andar com uma oração, talvez eu fale mandarim sob a iluminação do Espírito, talvez eu ande sobre as águas, talvez eu compre um Camaro amarelo (!) – porém, não foi para nada disso que Cristo me salvou dos meus pecados. Cristo morreu por mim apenas para a glória do Deus Triuno. É certo, contudo, que a Graça de Deus pode nos trazer maravilhosos efeitos colaterais.

O impacto sobre nossa vida cotidiana. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus!” (I Coríntios 10.31). Bem, sei que os sindicalistas aqui da firma vão querer me prender por isso, mas, ouça o que diz o apóstolo S. Paulo, Lene: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” (Efésios 6.6ss). Tudo para a Sua Glória, inclusive meus afazeres diários, ainda que seja ajudar minha esposa com a louça do jantar. Aliás, falando em família, até mesmo as obrigações – e privilégios! – sexuais do cristão devem ser regrados por tal princípio máximo: a glória de Deus.

O impacto sobre nossa vida social. Talvez eu te agrade, Lene, mostrando as razões pelas quais não gosto dos políticos evangélicos se candidatando a torto e a direito no Brasil. E está na moda criticar evangélicos que se envolvem com política e políticos. Mas, talvez te assuste ao lhe contar qual é a visão bíblica de um político realmente comprometido com a Religião Cristã. Princípios que valem para qualquer cristão, político ou não. Em primeiro lugar, o cristão deve se engajar na vida da sociedade para a glória de Deus. Ele não defende um partido, uma ideologia, uma escola econômica. Claro, ele pode preferir este a aquele, mas seu compromisso último é com a glória de Deus. Seu objetivo é promover o Reino de Deus sobre toda a terra (S. Mateus 28. 18; I Tim. 6.15; Ef. 1.20-22). Sabemos que políticos, mesmo se cristãos, costumam trair seus princípios se precisam defender uma causa, uma cartilha, um projeto, um padrinho... Se fizermos assim, não estaremos governando – ou exercendo qualquer outra função - para a glória de Deus. Se fizermos assim, estaremos nos curvando aos homens. Se fizermos assim, nos tornamos idólatras.

Em segundo lugar, nossa atuação na sociedade precisa vir acompanhada de dois verbos: reconstruir e resistir. Reconstruir aquilo que perdemos; valores que abandonamos; verdades que esquecemos ou desprezamos. Um exemplo? A ilusão de que nossa sociedade possa chegar ao conhecimento da Verdade sem o auxilio da Lei de Deus. Não pode! Aqui temos algo a reconstruir, certamente. Mas, é também preciso resistir aos constantes ataques do mundo moderno contra a Igreja e a moral cristã. Rendemos glória apenas a Deus! Servimos apenas a Ele, e isso exige que não nos curvemos diante do maior ídolo que a humanidade já produziu, o Estado. Entre servir a Cristo ou prostrar-se diante de César, a arena dos leões é a única opção para o crente.

Você certamente já terá notado, querida Lene, que ser um cristão reformado, ou evangélico, não é coisa simples. Optar pelo legado dos Reformadores é uma escolha radical e trabalhosa. Aceitar a primazia completa de Deus, e de Sua Graça, sobre tudo o que somos, temos e fazemos, é um desafio para toda a vida. Estamos preparados? Espero que sim. Espero - de coração - que nos libertemos das amarras intelectuais e emocionais daqueles que nos convenceram de que a fé evangélica resume-se apenas a um playground dominical.

Bem, até aqui chegamos ao fim dos Cinco Solas da Reforma. Nestas cinco cartas, tentei mostrar de modo simples cada um dos principais pilares que moldaram a fé evangélica. Pelas reações, constato aquilo que já imaginava: o quão longe estamos de ser o que afirmamos ser! E se você quer, e Deus permite, continuaremos a conversar, aprofundando um pouco mais em nossas meditações.

Um abraço, e até nossa próxima conversa!

Nota da CNTE sobre Adin contra a Lei do Piso

cnte_banner_governadores_inimigo_educacao_site

No mesmo dia em que os movimentos sociais comemoraram a derrubada do recurso que impedia a tramitação ordinária do PNE no Senado Federal, e em que a CNTE e a CUT realizaram a 6ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, foi publicada no Diário Oficial de Justiça, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 4.848 contra o art. 5º da Lei 11.738, que trata da atualização monetária anual do piso nacional do magistério. Subscrevem a referida ação os governadores dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí e Roraima – os novos "e velhos" Inimigos da Educação, Traidores da Escola Pública.
A CNTE lamenta, profundamente, a atitude leviana dos governadores que abdicam do debate democrático em torno da valorização dos profissionais da educação, para continuar a tumultuar o processo de implementação integral do piso no país, além de tentar rebaixar os objetivos da Lei Federal.
Cabe informar que, nesse exato momento, o Congresso Nacional discute alternativas para a alteração do critério de reajuste do piso do magistério, mantendo-o porém atrelado à meta 17 do PNE, que prevê equiparar a remuneração média do magistério à de outros profissionais – hoje a diferença é de 40%. O mesmo debate pretende ampliar a complementação da União ao piso, à luz de diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da educação.
Vale destacar que ao contrário do que alega os Governadores, não é a União quem dita aleatoriamente o índice de atualização do piso. O mecanismo associa-se ao Fundeb, que conta com recursos dos estados e mais a perspectiva de complementação da União ao piso. Portanto, o mecanismo possui sustentação financeira. Ocorre que, transcorridos 4 anos de vidência da Lei, nenhum ente federado comprovou cabalmente a incapacidade de pagar o piso. O que se vê Brasil afora são redes públicas de ensino extremamente desorganizadas, inchadas e com desvios de dinheiro da educação que tornam o piso impagável na carreira do magistério.
A nova ADIn dos governadores, além de afrontar a luta dos trabalhadores e da sociedade por uma educação pública de qualidade e com profissionais valorizados, despreza a importância do debate cooperativo entre os entes federados para cumprir as exigências do piso, e por isso a mesma merece o nosso repúdio. Desde já a CNTE compromete-se a mobilizar sua base social e a arregimentar todas as formas de lutas para combater mais essa investida de gestores públicos contra o direito à educação de qualidade e à valorização de seus profissionais.
 
Fonte: CNTE

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Cristianismo e Política

   As eleições municipais estão se aproximando e nosso contexto atual não está muito propício ao otimismo. A crise de liderança política atinge a todas as nações e a nossa tem sofrido muito. Diante disso qual deve ser nosso papel como cristãos? Isolar-nos e rejeitar todo e qualquer envolvimento político? Ou será que devemos criar um partido ou nos associar a candidatos do meio evangélico para defender os interesses da igreja?
   Por perceber a necessidade de responder essas perguntas, resolvi escrever esse artigo. 
  Muitos cristãos tem se aventurado na política sob pretexto de salvar a igreja dos ataques do mundo. Alguns se envolvem em partidos cujos ideais são opostos ao aos ideais cristãos e ainda acham que vão transformar o mundo. Mas infelizmente não é isso que muitos dos candidatos que usam o evangelho como plataforma de governo tem em mente. Há uma busca de interesses denominacionais, partidários e até mesmo particulares.
   Existem candidatos que entram na política para defender sua denominação. Eles se ajuntam e formam um colégio eleitoral onde se comprometem a eleger o candidato tal, que é da denominação tal, para defender os direitos dela.
  Outros são lançados na política com interesses puramente eleitoreiros. São partidos que enxergam o público evangélico como uma grande fatia do mercado e investem nos candidatos evangélicos apenas para eleger seus partidos.
  E há aqueles cujo objetivo maior é apenas a satisfação de seus interesses pessoais. Quanto a estes não tenho muito o que dizer. Seus objetivos falam por si só.
  Eu reconheço que há muito que mudar no quadro político do país. E que a idéia de candidatos com princípios cristãos seja muito tentadora do ponto de vista ético para consertar esta situação. Mas será que só o fato de ser cristão habilita alguém a um cargo publico?

Somos criaturas políticas

  A política é um dom de Deus. É por causa da imagem de Deus no homem que este é um ser político.
  Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil[1]. Neste sentido, política está relacionada ao mandato social. Já no ato da criação o Senhor deu ao homem tarefas políticas: crescer, multiplicar, cultivar o jardim... todas essas ordens são políticas.
  Por isso o problema não é com a política, mas com o homem. Por causa da queda, a corrupção do pecado afetou toda capacidade humana de desenvolver de forma correta o potencial que Deus lhe deu na criação. A política não é corrupta, os homens políticos (falo de todos os homens em geral e não apenas candidatos) é que são. Por isso o papel do cristianismo na política é de grande importância.
  O cristianismo não é uma religião meramente restrita aos atos de adoração litúrgica nos templos cristãos. O cristianismo é uma religião de princípios que afetam a maneira de enxergar a vida em todas as suas áreas. Paulo diz que a Escritura, que é a única regra de fé e prática, é capaz de tornar o homem “perfeito para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17). Isso inclui a política.
  Quer dizer que todos os cristãos devem se tornar candidatos ao um cargo público? Não! Isso é apenas para mostrar que nós não podemos nos alienar da política e viver como se não tivesse nada a ver conosco.
  O papel da Igreja é ser instrumento de Deus na obra de salvação que faz do homem uma nova criatura capaz de exercer os dons que Ele deu em todas as áreas da existência humana, inclusive na política. O papel da Igreja é pregar o evangelho que transforma vidas. É manter um comportamento ético que faça diferença além dos muros do templo.
  E se algum cristão tem o dom e o chamado para política pública, este deve assumir sua responsabilidade e exercer seu mandato guiado por uma cosmovisão bíblica. E a igreja deve orar por ele encomendando-o à graça de Deus. Isso significa que devemos formar um partido cristão, ou manifestar apoio público a algum candidato cristão?

Política para todos

  Muitos cristãos tem se candidatado a cargos públicos. Muitas igrejas têm buscado votar em candidatos de suas denominações. E isso não é pecaminoso se a motivação for um governo justo para todas as pessoas e não apenas para defender interesses pessoais e ou de um grupo em detrimento da maioria.
  Na Teologia Bíblica existe um aspecto da doutrina da Graça chamado de Graça Comum. Esta é aquela ação proveniente da graça de Deus pelo qual ele cuida e sustenta todos os homens em geral, e age no mundo de tal maneira a restringir os males de suas ações, e por meio delas, proclamar Sua Glória.
  A graça comum inclui a capacidade dos homens de produzir arte, tecnologia, avanços científicos, zelar pela ética e pela moral, ainda que sejam corruptos e não tenham qualquer temor de Deus em seu coração. Deus é quem faz isso para que sua glória seja proclamada e o mundo viva em razoável tranqüilidade.
  Dentro da graça comum está a capacidade política do ser humano. Uma pessoa pode não ser cristã e ainda assim realizar um governo excelente em prol de todos e não apenas de alguns, como deve ser a política bem feita.
  Cristãos que foram devidamente vocacionados por Deus para a política, que exerçam uma liderança eficaz para todas as pessoas, que demonstrem capacidade para assumir o que o cargo público exige, devem ser o alvo de nossas orações e votos.
  Não apenas pelo fato de ser crente, mas de ser habilitado para isso. Cristãos que se candidatam apenas para defender igreja devem ser rejeitados. Por sua graça, Deus cuida do bem comum de todos e não apenas de alguns. Não devemos ser partidaristas, mas correspondendo ao mandamento de amar ao próximo devemos selecionar aqueles que de fato estão interessados no bem estar comum, sejam crentes ou não.
   Lembremos que Deus é glorificado em tudo, quer na vida correta do justo, sobre os quais resplandece sua graça e misericórdia, quer na impiedade dos ímpios, sobre os quais pesa sua ira e justa condenação.   
  Assim não é obrigatório votar em cristãos, mas é imprescindível votarmos naqueles que foram dotados por Deus de habilidades governamentais e de liderança, quer sejam crentes ou não. Isso demanda atenção, oração e cuidado na hora da escolha.

 Concluindo, nós cristãos temos um papel singular na política pública. Temos a responsabilidade de pregar o evangelho que habilita o homem para toda boa obra; a responsabilidade de incentivar àqueles que foram dotados por Deus para o exercício da política pública; a responsabilidade de votar consciente e em busca do bem comum; e a responsabilidade de orar por aqueles que se acham investido de autoridade.   


 

JESUS, O PASTOR DA NOSSA ALMA


“Eu sou o bom pastor. 
O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.”
Jo 10.11

Um dos títulos mais importantes que Jesus Cristo ostenta é o de pastor. O Salmo 22 nos apresenta o Filho de Deus como o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas. O Salmo 23 nos apresenta Jesus como o grande pastor que vive para as ovelhas e o Salmo 24 nos apresenta Jesus como o supremo pastor que voltará para as ovelhas. Jesus é o bom, o grande e o supremo pastor.

Como bom pastor, ele morreu por nós para nos dar a vida eterna. Como grande pastor, Jesus Cristo vive para nos dar provisão, direção e comunhão. Ele é quem nos conduz aos pastos verdes e às águas tranquilas. Ele é quem nos guia por veredas de justiça e caminha conosco mesmo nos vales escuros da sombra da morte. Ele é quem coloca diante de nós uma mesa no deserto e nos dá vitória contra os inimigos.

Ele promete caminhar conosco aqui e depois nos receber na glória. Como supremo pastor, Jesus voltará em majestade e glória e trará em suas mãos a sua gloriosa recompensa. Você já é ovelha de Jesus, o bom, o grande e o supremo pastor?

Ore


Senhor, concede-me o privilégio de ser ovelha do supremo e bom pastor. Aceite-me pela tua graça! Permita-me fazer parte desse abrigo guardado e cuidado por Jesus. No nome de quem peço.
 
Fonte: LPC

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Esboço do Sermão do Missº Veronilton Paz (IPB Sítio Serrote)



TEXTO: I JOÃO 2.7-11
[7] Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. [8] Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nEle e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz. [9] Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. [10] Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. [11] Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.

TEMA: A EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL

1.       É BASEADO NA PALAVRA DE DEUS. V.7

1.1    O amor é um mandamento antigo porque é ordenado desde o inicio e durante toda a história da salvação. V. 7a
“Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio [...]”.

1.2    O amor é uma ordem de Cristo em sua Palavra. V.7b
“[...] Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes”.

2.       É APERFEIÇOADO EM CRISTO. V.8a, 8b

2.1    O amor é um novo mandamento porque Cristo está em nós. V.8a
“Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nEle e em vós [...]”.

2.2    O amor do cristão deve ser verdadeiro e não fingido. V.8b
“[...] o qual é verdadeiro Nele e em vós [...]”.

3.       É VIVENCIADO POR QUEM VIVE NA LUZ. V.8c, 9, 10, 11

3.1    O amor dissipa as trevas e faz a luz de Cristo brilhar em nós. V.8c
“[...] porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz”.

3.2    Quem não ama está nas trevas. V.9,11

3.2.1          Mesmo se falar que anda na luz, se não ama está nas trevas. V.9
“Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas”.

3.2.2          Se não ama, está, anda e não sabe para onde vai, porque está cego. V.11
"Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos".

3.3    O amor nos faz permanecer na luz de Cristo e não tropeçarmos. V.10
Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço”.

CONCLUSÃO:
O amor fraternal é baseado na Palavra de Deus, é aperfeiçoado em Cristo e vivenciado por quem vive na luz. O amor de Cristo está em nós?

APLICAÇÃO:
  1. Musica: Qual o adorno desta vida?
  2. Desafio ao amor cristão
  3. Oração.

Pastor evangélico libertado após três anos de prisão por ter recusado a fé muçulmana; veja imagens

O pastor evangélico  Yousef Nadarkhani  foi libertado no último sábado da cadeia onde estava detido após cumprir pena de três anos por ter dito que tinha perdido a fé muçulmana.
O advogado Mohamad Ali Dadjah contou à agência EFE que o seu cliente chegou a ser condenado à morte por três vezes, até em 2009 o tribunal de Gilan decidir alterar a acusação de apostasia para propagação da fé cristã, acabando condenado aos três anos de cadeia.
Nadarjani admitiu que se tinha convertido ao cristianismo há 16 anos. Cumprida a pena foi colocado em liberdade.
As imagens abaixo, feitas a distância, mostram o momento em que o pastor Yousef Nadarkhani era libertado da prisão no Irã sendo ansiosamente aguardado pela família. Acusado por não negar sua , ficou preso por três anos, ele chegou a ser sentenciado à morte mas ontem foi inocentado.


A Trindade e os "cristãos" que não reconhecem a Cristo


Por Jorge Fernandes Isah

INTRODUÇÃO
Antes de entrarmos propriamente na doutrina da Trindade, a qual passaremos a chamar de Triunidade, a fim de não confundi-la com o triteísmo, farei uma apanhado da crença herética do antitrinitarianismo.

Primeiro, há de entender que o judaísmo, o islamismo e o cristianismo são as únicas grandes religiões monoteístas do mundo. Muitos judeus e islâmicos consideram que somos triteístas, de que acreditamos em três deuses, pelo fato de não se interessarem pelo estudo da doutrina da Triunidade e, portanto, ao não fazê-lo, não compreendem-na, ou por uma deliberada má-vontade e oposição com o objetivo de nos rechaçar das suas companhias. Entendo que também não temos interesse nessa companhia porque, apesar de monoteístas, tanto judeus como islâmicos estão equivocados em sua fé e desprezam flagrantemente a revelação divina, a Bíblia Sagrada. Para o judaísmo existem apenas os livros do AT e aqueles que fazem parte da sua tradição, os quais não são livros inspirados; enquanto para o islã há somente o livro de Maomé, ainda que eles se reconheçam como herdeiros do patriarca Abraão, e reconheçam alguns dos nossos profetas como enviados por Alá. Ambos rejeitam peremptoriamente o NT como livro sagrado, como a palavra fiel de Deus, e a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, como a segunda pessoa da Santíssima Trindade.

Este estudo tem por objetivo esclarecer os princípios norteadores da doutrina da Trinitariana existentes na Escritura Sagrada e, em caráter secundário, demonstrar a falácia dos que se opõem à Triunidade de Deus.

Da mesma forma, temos de distinguir os movimentos que se consideram cristãos mas nada têm de bíblicos, como os unicistas e o unitarianistas. A importância de reconhecê-los com clareza é fundamental para que não sejamos presas fáceis dos enganos perpetrados por essas correntes teológicas. Muitos se misturam no nosso meio com o intuito de enredarem incautos para suas doutrinas espúrias e diabólicas, já que uma característica das seitas é o proselitismo. Há muitos cristãos bíblicos que os consideram como a irmãos, talvez acometidos pela condescendência, pela ignorância ou seduzidos pela astúcia deles. O fato é que Deus nos exorta a afastar-nos e a rejeitar qualquer proposição que não seja bíblica, pois enquanto devemos batalhar pela verdade, aqueles estão interessados exclusivamente na difusão da mentira, e qualquer associação com eles nos fará igualmente mentirosos ou, no mínimo, transigentes com a mentira [Tt 3.10-11]. A questão é que estamos muito preocupados em parecer conciliadores, amistosos e flexíveis, quando devemos ser intransigentes e repelir tudo o que vai contra a sã doutrina. Como o apóstolo Pedro disse diante do sumo sacerdote: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” [At 5.29].

Ainda que o estudo não seja exaustivo, ele nos dará o fundamento necessário para defender a fé cristã e rejeitar o falso cristianismo, e, mais do que isso, aperceber-nos de que muitos deles, utilizando-se de argumentos ou raciocínios ardilosos, querem confundir e transtornar irmãos ingênuos ou de boa-fé, apresentando-se como iguais quando em nada se lhes assemelham. O espírito deles é guiado pelo enganador, e devemos estar atentos para os sinais que eles apresentam e que, no início, não são muito perceptíveis, mas se tornam evidentes com o tempo, ao rejeitarem a revelação especial para dar ouvidos à mentira que, em seu discurso, tem alguma aparência de verdade.

A fé cristã é uma, mas muitos grupos se apropriam do termo Cristianismo para terem seu trabalho facilitado. E, para isso, utilizar-se-ão do que foi dito pelos hereges no passado, os quais já existiam à época dos apóstolos, para garantirem o uso do designativo “cristão”. O fato de reconhecerem Cristo como o Messias, Salvador, ou o enviado de Deus para revelar a sua vontade ao mundo é suficiente para que se autodenominem com tal. Não importa se o que pensam de Cristo é diametralmente oposto ao que ele é e se deu a revelar na Escritura. Importam-lhes mais embaraçar, se misturar, de forma que os tolos e ignorantes, aqueles que não sabem dar a razão da sua fé, não percebam as diferenças entre o que eles dizem e o que a Bíblia afirma. E a ignorância de muitos, aliada à astúcia daqueles, fazem com que sejam reputados como seguidores de Cristo quando, na verdade, odeiam-no, ao desprezarem-no, ao não reconhecerem quem ele é, ao tentarem fazer dele uma outra pessoa ou personalidade.

Interessante que quase sempre é ele, Cristo, o pomo da discórdia, e que somente acontece por obra exclusiva daqueles que, pela própria incredulidade, negam a sua divindade.

"CRISTÃOS" QUE NÃO RECONHECEM A CRISTO

Há entre os cristãos [uso o termo de maneira ampla e genérica, abrangendo todos os que se autodenominam cristãos] dois grandes grupos doutrinários: os trinitarianos e os antitrinitarianos.

Entre os opositores da fé bíblica, encontramos dois subgrupos:

1)      Os unitarianos;
2)      Os unicistas.

Eles afirmam, via de regra, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são meros nomes, modos, estados ou aspectos de uma mesma pessoa, de forma que Deus assumiria modos diferentes ao invés de ser três pessoas distintas [modalismo, sabelianismo, patripassianismo]; ou de que Jesus Cristo não é Deus mas um deus inferior, uma espécie de semi-deus, criado pelo verdadeiro Deus, e por ele capacitado com alguns “poderes”, podendo mesmo ser adorado como Deus [arianismo]. Com isso, eles dizem que Cristo é divino em algum aspecto, mas não é Deus em essência [algumas das várias formas de unitarismo]. Já o Espírito Santo pode ser tanto um ser criado por Deus, com a ajuda do Filho, como uma força emanada do próprio Deus [esta visão é bem próxima do que crêem as Testemunhas de Jeová, que poderiam ser chamados de semi-arianos].

Outra variação dessa mesma doutrina diz que Cristo é Deus, e como a Bíblia diz que há um único Deus, Jesus Cristo é Deus em plenitude, sendo ele o Pai, o Filho e o Espírito Santo [unicismo]. Esta corrente doutrinária está em processo de difusão entre os pentecostais, especificamente.

Em sua maioria, os unitaristas e unicistas são também universalistas, acreditando que haverá uma salvação final para todos os homens, inclusive o diabo e seus demônios, como propunha Orígenes. Além de não crerem na divindade de Cristo, rejeitam-no como Salvador e Redentor.

Há uma boa variedade de conceitos díspares nessas crenças, dependendo do grupo que se estude, podendo ser em maior ou menor grau as divergências, mas resumida o suficiente para considerá-los hereges. Seria essa a linha geral de suas doutrinas. Podemos desconsiderar os detalhes capciosos das doutrinas antitrinitarianas, pois esse elemento geral está presente em tudo o que os rege, e em tudo o que professam.

LOBO EM PELE DE OVELHA ENTRE OS TOLOS E INCAUTOS


Alguns, se utilizam de formas engenhosas e sutis de se expressar, como o bispo Eusébio de Cesárea: “E quem, a não ser o Pai, poderia conceber sem impureza a luz que é anterior ao mundo e a sabedoria inteligente e substancial que precedeu aos séculos, o Verbo vivente no Pai e que desde o princípio é Deus, o primeiro e único que Deus engendrou antes de toda a criação e de toda a produção de seres visíveis e invisíveis, o general do exército espiritual e imortal do céu, o anjo do grande conselho, o servidor do pensamento inefável do Pai, o fazedor de todas as coisas junto ao Pai, a causa segunda de tudo depois do Pai, o Filho de Deus, genuíno e único, o Senhor, o Deus e Rei de todos os seres, que recebeu do Pai a autoridade soberana e a força, junto com a divindade, o poder e a honra? Porque, em verdade, segundo o que dizem d’Ele os misteriosos ensinamentos das Escrituras: No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito”

Outros, sem sutileza alguma, expressam aquilo que lhes vem à mente sem qualquer constrangimento em suas falsas autoridades, como certo autodenominado “Apóstolo”, que escreveu no site da sua igreja, e, posteriormente, suprimiu o texto sem qualquer explicação: “Muita gente pela tradição da religião, não entende a historia de Jesus. Alguns falam de natal, mas ninguém sabe o dia exato em que Jesus Cristo nasceu. Segundo que Jesus já existia muito antes de tudo. Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre existirá. A primeira obra dele foi Jesus Cristo, não a partir de Maria, que foi obra do Espírito Santo para ser feito carne, antes ele já existia. “Façamos” é no plural, porque Jesus estava com Ele e a palavra que lemos confirma”.

Analisemos o que nos diz o famigerado "apóstolo", e que não é difícil de se refutar. Pois bem, ele diz: "Muita gente pela tradição da religião não entende a história de Jesus". Qual é o alvo do seu ataque? A igreja, que durante séculos e séculos tem sido usada pelo Espírito Santo para defender a fé cristã e a sã doutrina, em especial, o centro do Cristianismo, sem o qual ele não teria o menor sentido ou significado: a divindade de Cristo. O que ele está tentando dizer é que tudo o que a igreja acreditou durante os últimos dois mil anos a respeito do Senhor é fruto da ignorância. Ele diz que ela “não entende a história de Jesus”. Assim se coloca numa posição privilegiada, numa condição superior, de crítico e de único entendedor ou, talvez, de participar de um seleto grupo de entendedores a respeito de quem é o Cristo. Até então, houve apenas um ataque sem fundamentação, sem argumentação, de simples especulação, de que a culpa de toda a ignorância da igreja sobre o assunto é fruto da tradição. Mas em quê essa tradição [que podem ser todos os debates ao longo da história da igreja, que podem ser os Concílios, os estudos meticulosos de homens fiéis que se debruçaram sobre as Escrituras, o testemunho dos santos que foram martirizados pelo nome de Cristo], pode levar a igreja à ignorância por tanto tempo? 

Sabemos que desde os primórdios satanás levantou homens na igreja para atacarem a verdade: Ário, Montano, Sabélio, Marcião, Nestório, Socino, Serveto e muitos mais como eles. E eles mesmos seguem uma tradição de, tempos em tempos, retornarem ao próprio vômito, numa espécie de “revival” maligno. Afinal essa heresia não foi criada pelo “apóstolo”, nem pelos seus seguidores, mas ela remonta aos séculos 2 e 3 da era cristã. Portanto, o único argumento utilizado pelo “apóstolo”, de que a ignorância da igreja se deve à tradição, é um tiro no próprio pé. 

Em seguida, para defender o seu argumento de que a tradição é culpada pela ignorância da igreja, ele se utiliza do natal para justificá-la. Ora, se o fato da Bíblia não revelar a data exata do nascimento de Jesus implica em que o natal nada mais é do que uma tradição, sem base bíblica, a crença na divindade de Cristo somente pode ser equiparada ao natal, como fruto de outra tradição da igreja. Acontece que, se a Bíblia não revela a data exata do nascimento do Senhor, isso não quer dizer que não se possa comemorá-la, não como uma data específica mas como o advento da encarnação do Verbo divino. A mesma Bíblia nos dá uma profusão de trechos e versos em que a divindade do Senhor Jesus é declarada. 

Então, ele diz sobre Cristo: "Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre existirá". 

Tem-se a afirmação de que o Senhor é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo, o que é uma verdade. Mas dita por sua boca, certamente os termos “imagem” e “encarnação do verbo” têm sentidos diversos do que a Escritura diz. Quando ele escreve “encarnação do verbo” em minúsculas demonstra ter a idéia de que o verbo não pode ser equiparado a Deus. De que ele é inferior e não faz jus ao “V”. Isso não é descuido, mas intencional. Com a aparência de verdade, ele distorce-a, e cria uma mentira.

A expressão “imagem” estará ligada a uma certa aparência, a uma certa semelhança, que não é igualdade essencial, assim como nós somos semelhantes e a imagem de Deus. Em outras palavras, o “apóstolo” está dizendo que, como nós, Cristo é um ser criado, parecido com Deus, mas não é Deus. Logo, ele mesmo confirma o dito com um jogo de palavras ao diferenciar “sempiterno” de “eterno”. Fiz uma busca em vários dicionários portugueses e o que encontrei não foi distinção entre os termos mas igualdade. Sempiterno e eterno são sinônimos em, pelo menos, três dicionários conceituados, Priberan, Michaellis e Aurélio.

Mas pode ser que ele tenha proferido a sentença não do ponto de vista semântico, mas do ponto de vista filosófico. Porém, se ele vislumbrou essa diferenciação a partir da conceituação dos termos, deveria indicá-la, explicando o sentido que lhes deu. Mas, pelo pouco que compreendo de filosofia, o sempiterno e eterno significam a mesma coisa. Fico com a definição de Tomás de Aquino, na qual eterno é a “posse total, simultânea e perfeita de uma vida sem limites", caracterizada pela ausência de princípio e fim, e pela ausência de sucessão, porquanto, para ele, é um presente eterno.

Distinguir o que é igual em nada ajudará o “apóstolo”, mostrando apenas a sua incapacidade em lidar corretamente com a questão. Mas a distinção tem por objetivo unicamente rebaixar a Cristo, reputando-o como criatura e não como Deus eterno. Então, ele diz que “O pai que é Deus é sempiterno”. O fato de se distinguir Deus chamando-o de “pai” já mostra a confusão em que o “apóstolo” se meteu, ou a confusão que deseja meter nas cabeças alheias. Os unitaristas e unicistas em sua loucura, e como todo louco é incoerente, utilizam-se dos termos trinitarianos para explicarem sua heresia. Não lhes bastam as palavras do próprio Deus, creio que seria necessário que estivessem lá, in loco, para ver que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sempre são; mas isso os faria iguais a ele, então penso que essa deve ser a maior frustração deles: já que não podem ser Deus, imaginam que a saída seja se rebelarem contra ele da forma mais baixa e desprezível possível, atacando aquele que disse: quem vê a mim, vê ao Pai [Jo 14.7-9], e, “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” [Jo 5.26]. Ah, como gostaria que eles explicassem esses versos sem os malabarismos que insistem em executar, quando estão acuados pela verdade. 

Mais à frente em nosso estudo, meditaremos sobre a Pessoa de Cristo, em seus aspectos divinos e humanos, o que dará o entendimento correto sobre as afirmações bíblicas sobre ele, e que os unitaristas, como o “apóstolo” negligenciam vergonhosamente, para a sua própria desgraça.

Fonte: Kálamo