Leandro Quadros adverte: ‘não leiam o Blog MCA’ – minha resposta
Caro Leandro Quadros, diante de suas observações sobre a postagem “Leandro Quadros: cair no 'espírito' não pode... mas Ellen White podia?!” quero disponibilizar uma resposta ao que apresentou como justificativas aos histerismos de Ellen White:
1. O ‘contraponto’.
Quando você propôs o ‘contraponto’, na verdade se tornou mais ‘divino’
do que pretendia. Acabou por dizer que o atual movimento de ‘cair’ não
produz frutos do Espírito no caráter. Como que se apenas o movimento carismático ariano adventista
teve os frutos proposto em Gl 5.22,23 e que o atual não revela isso.
Desde quando o senhor tem essa capacidade de dizer que uma igreja que é
bagunçada em sua liturgia não pode ser depositaria do Espírito Santo na
produção de Seus frutos? Sua intenção foi apenas deixar um subterfúgio
para justificar os tombos de Ellen White.
2. “Não tive o propósito de avaliar todas as experiências carismáticas dos filhos de Deus de todas as épocas”
Porém disse: “a Terceira pessoa da trindade não gosta das manifestações pentecostais pós-modernas...”.
Vamos considerar 1960 como uma data [bem aberta] para o início desse
período. Então você acha que esquadrinhou o movimento pentecostal pós-moderno
de maneira que pôde dizer que as experiências têm a antipatia do
Espírito Santo? Com isso você deixou claro que suas objeções aos
pentecostais teria uma exceção temporal, a saber; os dias de Ellen
White, pelo que posso perceber quando escreveu: “Se o MCA tivesse consultado essa obra primária básica [Os Adventistas do Sétimo Dia e as experiências carismáticas] talvez
não tivesse cometido tamanho deslize em comparar as experiências
carismáticas genuínas, ocorridas entre alguns cristãos sinceros nas
décadas de 1830 e 1840, com o atual “cair no espírito” sobre uma
influência que não vem do pacífico Espírito Santo”
O ‘ouve e há experiências genuínas’ apenas deixaram seu
argumento ambíguo, visto que sabemos como os adventistas tratam as
outras denominações. No seu site mesmo alguns comentários (que quando
vem de adventistas são liberados rapidamente) revelam a verdadeira
indisposição dos adventistas para com as experiências carismáticas. Um
adventista por exemplo escreveu:
"Eu tenho feito estudos bíblicos com um casal que acredita muito
nesta história de dons de linguas, batismo do Espirito Santo, etc. É
muito complicado colocar na mente das pessoas que vem de crenças
pentecostais que estas manifestações não são de nenhum proveito para a
vida do Cristão e muito menos de Deus. Eu sempre digo que ser Cristão é
simples, não tem esse negócio de “poder, rolar no chão, falar nada com
nada, etc”. (Na Mira da Verdade)
Leandro Quadros, sabe qual é o seu problema? Um compromisso cego em defender o mito Ellen White! Embora acusou-nos de ‘incoerentes’,
suas palavras demonstram incoerência tamanha que não sabe o que quer
dizer de fato. Na verdade, levando a história em conta, para você, os
pentecostais estão sob influência demoníaca simplesmente por não serem os adventistas histéricos que esperaram Jesus voltar na pedra da ascensão em 22 de outubro de 1844!!!
Essa não seria, conforme você questionou a validade das experiências
carismáticas, uma prova de que as tais experiências estavam levando-os
para longe da Palavra (Mateus 24.36)???
3. ‘O MCA não diferenciou experiências genuínas de Ellen White das que jogam pessoas no chão’.
Lamentável que você não tratou das que jogaram Ellen White no chão!!! Só nos disse que ‘ela perdia as forças’ mas isso vinha acompanhado de “paz com Jesus”.
Obviamente que os meus irmãos pentecostais [digo isso de verdade!] tem A
Paz de Jesus, mesmo errando em manifestar exteriormente o culto da
maneira que fazem. Se fosse esse o caso, não tem nada de diferente nos
tombos de Ellen White com as do Benny Hinn.
4. “O MCA TEM DE EXPLICAR AO LEITOR COMO ELLEN
WHITE PODERIA TER AS MESMAS EXPERIÊNCIAS CARISMÁTICAS DA ATUALIDADE E,
AO MESMO TEMPO, CONDENÁ-LAS.”
Se ela teve as mesmas experiências, e as criticou, é o problema ‘bipolar denominacional’. Aqui é de Deus lá é do diabo! Simples não é mesmo?
Eu sei que na verdade você está negando, pois disse que os
contemporâneos poderiam contraditar ela. Pois bem, mas quando agente
consegue alguém que disse exatamente isso que você pediu, você sai
correndo dizendo que é ‘um apóstata que escreveu bobagens’...
“Nada disse acerca da gritaria, das prostrações físicas, das
demonstrações de humildade voluntária (arrastar-se, latidos).
Aparentemente, estas estavam presentes em muitas das primeiras reuniões
adventistas. Lucinda Burdick observou essas atividades fanáticas em
reuniões a que assistia com os White: "Quando os conheci pela primeira
vez [Ellen e Tiago White], eram exageradamente fanáticos – costumavam sentar-se no solo em vez de em cadeiras, engatinhar pelo piso como criancinhas.
Tais extravagâncias eram consideradas sinais de humildade”.O propósito
dessa atividade de engatinhar não era só para demonstrar humildade. John
Doore testificou no tribunal que havia "visto
homens e mulheres engatinhar pelo solo sobre mãos e pés”.George S.
Woodbury disse: "Minha esposa e Dammon passaram pelo piso engatinhando
sobre mãos e pés”. Bruce Weaver explica como se praticava essa atividade entre os primeiros adventistas:
"Um correspondente do Norway Advertiser oferece uma descrição do
engatinhar que teve lugar na casa do capitão John Megquier em Poland,
Maine: ‘Raras vezes se sentam em
qualquer posição que não seja sobre o piso desnudo... na reunião a que
ele assistiu, uma mulher se pôs sobre as mãos e pés, e engatinhou por
todo o piso como uma criança. Um homem, na mesma posição, a seguiu,
chocando-se cabeça com cabeça várias vezes. Outro homem se estendeu de
costas sobre a cama em toda sua extensão, e três mulheres o cruzaram com
seus corpos”. Pelos idos de 1894, a Sra. White
parece ter mudado de posição quanto às inusitadas atividades praticadas
pelos primeiros adventistas:"Cada parte do serviço de Cristo se
caracterizará pelo decoro e a reverência. A verdade de Cristo não pode
limitar-se a um certo âmbito, mas será ativa na criação do ambiente, da
conduta, dos hábitos, e das práticas que estarão em harmonia com seu
Autor. Tudo se fará decentemente e com ordem. Os métodos descontrolados,
os caprichos estranhos, e a confusão não estão autorizados pelo Deus de
ordem”. (A Nuvem Branca).
Pelo que ela disse (e em sua citação também), ela estava abrindo os
olhos para as experiências que tiveram nos primórdios do adventismo.
Minha interpretação dessa tendência é como se segue: Ela teria
que tirar o fluxo profético dentre o movimento adventista para
estabelecer a sua Cátedra Papal. Tanto que após ela não se aceitou mais
profetas 'de seu calibre', ainda que para mantê-la como espírito de
profecia, devem defender os ‘dons do Espírito’. Ela fechou o profetismo
no seio adventista, deixando de ser um movimento ‘benny hinn’, com um
solo fétil para novos profetas, e passou a ser mais tradicional. Algo
semelhante ocorreu com os wesleyanos*.
CONCLUSÃO
Leandro Quadros, embora você classificou sua postagem como ‘útil e irrefutável’ e as postagens do MCA ‘como incoerentes, rasas e sem cristianismo’, o fato é que destacamos, levando em consideração a seu artigo, um detalhe que você fez questão de omitir em sua postagem: Ellen White caia, e muuuuuiiito! E que ela sim foi incoerente quando disse “Os métodos descontrolados, os caprichos estranhos, e a confusão não estão autorizados pelo Deus de ordem” ao passo que nem se lembrou do quanto fez exatamente isso!
*Nenhuma das extravagâncias emocionais são produzidas pelo Espírito Santo. Nenhuma!
Quer seja em Wesley ou Edwards, o que eles presenciaram foram
exteriorizações daquilo que a pessoas aceitaram com fé e verdade e se
arrependeram drasticamente. No período bíblico as revelações causavam o
que era normal. Choque emocional diante de uma visão extraordinária.
Mais nada.
O que devemos distinguir é se tais
exteriorizações são genuínas – isto é: se resultam de uma expressão
sentimental legítima. Ou se é uma manipulação emocional por parte do que
está se manifestando de certa maneira ou o próprio clima o induz a um
êxtase frenético. No segundo caso, torna-se uma manifestação pecaminosa
por envolver falsidade para promoção própria entre o grupo.