sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O Princípio Regulador do Culto e sua Relevância Hoje


por Felipe Assis

O princípio regulador do culto tem sido uma das principais manchetes da atualidade nos nossos círculos reformados. Recentemente, a I.P.B. passou uma resolução vinda da C.E. proibindo o uso de manifestações corporais nos cultos da denominação. O meu objetivo não é de refutar o documento produzido pela C.E, mas de refletir sobre os princípios do Principio Regulador concernente às suas repercussões em nossas congregações.
Quando se toca neste assunto, principalmente em conversas entre ministros reformados, dois posicionamentos podem ser identificados: o primeiro parte de um grupo que defende com unhas e dentes o Principio Regulador do Culto e que o aplica da forma mais radical possível proibindo o uso de instrumentos musicais, expressões corporais, apresentações teatrais e o canto de qualquer coisa que não provenha ipsi literis das Escrituras. Geralmente, esses não cantam nada em culto público a não ser os Salmos. O outro grupoé bem maior do que o primeiro; rejeita completamente o Principio Regulador, acusando-o de ir além dos princípios escriturísticos da adoração a Deus. Esses geralmente não são confessionais (não aderem à Confissão de Fé de Westminster), mas ainda permanecem dentro de uma denominação confessional reformada e gastam suas forças combatendo-a.

Pessoalmente, acho que essas duas correntes são extremadas. O Princípio Regulador é bem bíblico e pode ser usado de uma forma equilibrada, ajudando as igrejas locais a serem contextualizadas e ainda assim manterem suas raízes nos princípios das Escrituras, que ensinam a respeito do culto a Deus.
A Lei de Deus regula o culto no Antigo Testamento mais do que qualquer outra área da vida. Por isso, devemos prestar mais atenção no que diz respeito ao nosso culto a Deus, do que outras coisas da vida como: “Que carreira devo seguir?” ou “Com quem devo me casar?” Isso mostra que o principio por trás do Principio é consistente e correto.
A Confissão de Fé de Westminster, no cap. 21 art. 1, nos dá uma clara definição do que é o Princípio Regulador do culto. Ela diz:
“...o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras”.
A palavra “prescrito” tem sido alvo de muitas confusões e más interpretações. A ala que interpreta a Confissão de um modo mais radical afirma, por exemplo, que nada deve ser cantado no culto público a não ser os Salmos. Esses se embasam em outro artigo da Confissão para fundamentar seu posicionamento. O artigo 7 do mesmo capítulo diz:
“A leitura das Escrituras com o temor divino, a sã pregação da palavra e a consciente atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos com graças no coração, bem como a devida administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo - são partes do ordinário culto de Deus”.
Veja que o artigo mostra os elementos essenciais do culto cristão. Estes são: 1. Leitura das Escrituras 2. Pregação da palavra 3. O cantar dos salmos 4. Administração dos Sacramentos (batismo e santa ceia). Se destacarmos o terceiro elemento, que é o centro de nossa discussão, veremos que ele não é “Salmos” e sim “salmos”. “Salmos” é muito diferente de “salmos”. Salmos é o livro inspirado da bíblia, salmos é uma forma de expressão a Deus. A palavra salmos quer dizer literalmente “cantar ao som da harpa”. Se Salmos é um livro da Bíblia, o uso de salmos é recomendação paulina ao culto público (Efésios 5:19, Colossenses 3:16).
Aqueles que adotam exclusivamente literatura inspirada para cantar, mas ao mesmo tempo usam palavras improvisadas para orar, são extremamente inconsistentes. Se quiser usar literatura para cantar, use também orações inspiradas ao dirigir-se a Deus.
Retornando ao artigo primeiro do capítulo 21 citado acima, concluímos que “prescrito” não quer dizer um uso literal dos textos bíblicos que se referem ao culto, até mesmo por que se fosse assim teríamos muitos problemas de ordem interpretativa. O que “prescrito” quer dizer é que devemos ter embasamento bíblico para tudo que venhamos a utilizar no nosso culto público. Isto é o que nos diferencia dos católicos, luteranos e anglicanos.
É bom lembrarmos que o Princípio Regulador do Culto foi criado com dois propósitos básicos.
1. Eliminar do culto cristão toda idolatria que era presente na missa Católica. Isso ia desde os ritos, às vestimentas. Da remoção das imagens às simplificações litúrgicas. 2. Proteger a liberdade de consciência que era constantemente violada pelas liturgias anglicanas, onde até aleijados eram obrigados a se ajoelharem para receberem os elementos eucarísticos. Ambos os propósitos do Princípio são bíblicos, portanto, corretos e relevantes para qualquer era. A Bíblia transcende culturas e épocas. Por isso devemos continuar removendo os ídolos dos nossos cultos e continuar protegendo a liberdade de consciência do rebanho.
Para aplicar o Princípio corretamente hoje, não podemos apenas repetir o que foi feito nos séculos 16 e 17. Se reproduzirmos literalmente, estaremos ignorando o próprio lema da Reforma: ecclesia semper reformanda est (a igreja sempre reformando). Richard Pratt diz que “não podemos representar a tradição reformada sem re-representá-la”. Isso significa que devemos continuar a identificar os ídolos e as imposições à liberdade de consciência. Certamente os ídolos que o culto medieval enfrentava eram bem diferentes daqueles que a Igreja de hoje enfrenta. As imposições também são diferentes. Honestamente, hoje, os ídolos se diferenciam de igreja para igreja e de local para local. A idolatria de uma cultura pode não ser a idolatria de outra e as imposições de uma congregação podem não ser as mesmas de outra congregação.
Quais são alguns dos ídolos hoje?
Esta é uma tarefa muito difícil. De início, é bom estabelecermos que ídolos não são apenas imagens de escultura. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. É tudo aquilo que venha obscurecer a Cristo. Exige muita introspecção e sinceridade para darmos nome aos nossos ídolos hoje, mas geralmente os ídolos das nossas comunidades evangélicas se resumem a alguns: 1. Aqueles que transformam o culto num divã da auto-ajuda; 2. Aqueles que transformam o culto numa sala de aula; 3. Aqueles que transformam o culto num show; 4. Aqueles que transformam o culto numa sessão de descarrego emocional. Lembre-se que nenhuma dessas formas de culto são necessariamente incorretas em si mesma. Mas, quando se tornam o modelo central de se cultuar, a coisa vira idolatria.
Pessoalmente, acho que no nosso círculo reformado, o intelectualismo é o nosso ídolo. Tornamos os cultos numa sala de aula. Com certeza este modelo foi necessário e relevante há alguns séculos atrás, porém isso não quer dizer que seja tão essencial hoje. No cristianismo brasileiro (católicos e evangélicos) acho que a emoção de uma forma geral é o nosso ídolo. Ninguém sente o mover do Espírito a menos que um irmão chore ou outro caia duro no chão. É claro que temos outros ídolos até mesmo porque o culto sempre é oferecido por seres humanos, criaturas inerentemente idólatras. Calvino costumava dizer que “o coração humano é uma indústria de ídolos”. Como disse anteriormente, é muito difícil identificarmos todos os nossos ídolos, porém isso não significa que devamos nos acomodar neste sentido.
Outra pergunta que devemos fazer é: O que hoje aflige nossa liberdade de consciência?
Novamente, é difícil identificarmos este outro fator já que temos cultos e igrejas para todos os gostos. Existe até igreja pra metaleiro e surfista. Na nossa tradição reformada, acho que a insistência por parte de uns em cantar única e exclusivamente os Salmos tem se tornado um ataque à consciência alheia, sem falar que as provas bíblicas para tal medida são fraquíssimas. É também muito comum em nossas igrejas dirigentes de louvor que forçam as pessoas a levantarem as mãos, pularem e ficarem de pé. Isso também não deixa de ser uma forma de ataque à liberdade de consciência. A consciência do crente não pode ser cativa senão às Escrituras. Foi isso o que Lutero disse quando questionado na dieta de Worms: “Minha consciência é cativa a Palavra de Deus. Eu não posso e não me retratarei em nada, porque ir de encontro à consciência não é certo nem seguro”.
De fato, o nosso desafio de nos mantermos fiéis no Culto à Trindade, não é tarefa fácil. Os nossos antepassados reformadores fizerem um bom trabalho nos seus dias; resta-nós fazermos o mesmo. O Princípio Regulador do Culto tem caracterizado a nossa tradição reformada há séculos. Apesar de anos passados, ele é relevante hoje do mesmo jeito que foi quando foi estabelecido. Devemos aplicar os seus princípios no séc. 21 onde a Igreja de Cristo procura novos meios para que possa adorar a Deus em Espírito e em Verdade.
Para compreensão posterior deste posicionamento leia:
Contemporary Worship Music: A Biblical Defense – John M. Frame.
Worship in Spirit and in Truth – John M. Frame.
The Regulative Principle of Worship (paper) – Douglas F. Kelly.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

DEUS: AUTOR E OBJETIVO DA SALVAÇÃO

John Piper


Você já se perguntou por que o perdão de Deus possui algum valor? E quanto à vida eterna? Você já se perguntou por que você quer a vida eterna? Estas questões são importantes porque é possível querer o perdão e a vida eterna por razões que podem indicar que você não os possui.
Tome o perdão, por exemplo. Você pode querer o perdão de Deus por estar muito infeliz com sentimentos de culpa. Você só quer alívio. Se você puder crer que ele te perdoa, poderá ter algum alívio, mas não necessariamente a salvação. Se você quer o perdão só por causa do alívio emocional, você não terá o perdão de Deus. Ele não o dá a quem o usa apenas para obter seus dons, mas não a ele mesmo.
Ou você pode querer ser curado de uma doença, ou conseguir um bom emprego, ou encontrar um cônjuge. Então você ouve que Deus pode ajudá-lo a obter essas coisas, mas que primeiro os seus pecados devem ser perdoados. Alguém lhe diz para crer que Cristo morreu pelos seus pecados, e que se você crer nisso, seus pecados serão perdoados. Então você crê apenas para remover o obstáculo à saúde, ao emprego e ao cônjuge. Isso é a salvação do evangelho? Acho que não.
Em outras palavras: importa, sim, o que você espera por meio do perdão. Importa por qual motivo você o quer. Se você quer o perdão só por uma questão de desfrutar a criação, o Criador não é honrado e você não é salvo. O perdão é precioso por uma razão definitiva: ele permite que você desfrute de comunhão com Deus. Se você não quer perdão por essa razão, você não irá tê-lo de forma alguma. Deus não será usado como moeda para a compra de ídolos.
Semelhantemente, por que queremos a vida eterna? Pode-se dizer que é porque o inferno é a alternativa, e isso é doloroso. Ou pode-se dizer que é porque não haverá nenhuma tristeza lá. Ou porque nossos entes queridos foram para lá, e queremos estar com eles. Ou pode-se sonhar com sexo ou comida sem fim. Ou ainda, buscar fortunas mais nobres. Em todos estes alvos, uma coisa está faltando: Deus.
O motivo salvador para querer a vida eterna é dado em João 17.3: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Se não queremos a vida eterna porque ela significa alegria em Deus, então não teremos vida eterna. Simplesmente nos enganamos que somos cristãos se usamos o glorioso evangelho de Cristo para obter o que amamos mais do que Cristo. A “boa nova” não se mostrará boa para ninguém que não tenha Deus como o bem maior.
Jonathan Edwards apresenta isso desta maneira em seu sermão “Deus Glorificado na dependência do homem”, pregado em 1731. Leia isto lentamente e deixe-o acordar você para o verdadeiro bem do perdão e da vida.
Os redimidos têm todo o seu bem objetivo em Deus. O próprio Deus é o grande bem que recebem a posse e o gozo através da redenção. Ele é o bem mais elevado, e a soma de todo o bem que Cristo adquiriu. Deus é a herança dos santos; ele é a porção de suas almas. Deus é a sua riqueza e tesouro, seu alimento, sua vida, sua morada, o seu ornamento e diadema, e sua honra e glória eterna. Eles não têm a ninguém no céu senão Deus; ele é o grande bem no qual os resgatados são recebidos na morte, e para o qual eles se levantarão no fim do mundo. O Senhor Deus, ele é a luz da Jerusalém celestial, e é o “rio da água da vida” que corre, e a árvore da vida que cresce “no meio do paraíso de Deus”. A gloriosa excelência e beleza de Deus será o que para sempre entreterá a mente dos santos, e o amor de Deus será o seu banquete eterno. Os remidos, de fato, desfrutarão de outras coisas; eles apreciarão os anjos, e desfrutarão uns dos outros; mas o que eles desfrutarão nos anjos, ou no outro, ou em qualquer outra coisa que seja, que irá render-lhes prazer e felicidade, será o que de Deus será visto neles.
O evangelho é, em última análise, a respeito de Deus. Só ele é o autor e alvo da salvação. A boa notícia de João 3.16 é que Deus é o fim principal do evangelho. Ele amou o mundo de tal maneira não apenas para nos dar perdão ou vida eterna, mas para nos dar algo ainda maior: a si mesmo.
Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira
Revisão: Yago Martins
Fontehttp://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/962/?utm_source=inf-sendinblue-Deus-autor-objetivo-Piper&utm_medium=inf-sendinblue-Deus-autor-objetivo-Piper&utm_campaign=inf-sendinblue-Deus-autor-objetivo-Piper

terça-feira, 16 de agosto de 2016

RESGATANDO NOSSA CONFESSIONALIDADE E REAFIRMANDO SUA IMPORTÂNCIA EM NOSSOS DIAS


(Este texto é para todos os cristãos protestantes, especialmente para os presbiterianos)

De onde viemos e para onde vamos? Essa pergunta não diz respeito somente à nossa origem conquanto seres vivos e pensantes. Ela também aplica-se à questão da nossa confessionalidade.

Essa palavra (confessionalidade) que originariamente veio do meio acadêmico, aos poucos está se tornando mais e mais conhecida e empregada em nosso dia a dia, especialmente nas questões da nossa fé. Daí daremos o enfoque a esta palavra no nosso contexto presbiteriano, e falaremos aqui sobre a “confessionalidade presbiteriana”.

Vejamos primeiramente:

I – A essência da nossa confessionalidade

Olhando para as nossas origens destacamos que a nossa confessionalidade é: puritana, confessional e reformada (e tudo isso e sinônimo de “bíblico”).

A Igreja Presbiteriana em seu nascedouro é puritana. Os puritanos ingleses do século XVI eram homens piedosos que buscavam uma igreja pura, que não fosse influenciada e dominada pelo Estado. Para isso tiveram de lutar contra os vestígios remanescentes do catolicismo romano e expurgar do ministério e do meio da congregação todos aqueles que se comportassem como incrédulos e ímpios. Daí receberam o nome de “puritanos”. Não deveríamos nos esquivar dessa identificação, ainda que em nossos dias ela tenha uma conotação pejorativa da parte dos ímpios. Deus nos chama à pureza, e o crente deve amar a pureza que Cristo lhe conquistou na cruz.

Foram esses homens que produziram a Confissão de Fé de Westminster, os Catecismos Maior e Breve e um Diretório de Culto para instrução da Igreja na Assembleia que foi convocada em 12 de junho de 1643, em Londres. Muitas igrejas de confissão reformada adotaram esses Símbolos de Fé, inclusive a nossa amada IPB.

Por séculos as igrejas reformadas que adotaram esses Símbolos de Fé prevaleceram enquanto tantos modismos e pragmatismos devastaram outras denominações. Estes Símbolos de Fé são instrumentos de “fiel exposição das Escrituras Sagradas”. Não visam substituí-las, mas, sim, conduzir-nos no estudo e aplicação das Escrituras Sagradas ao nosso coração.

II – Resgatando a confessionalidade

“Mas, pastor, lá vem o senhor com doutrina de novo! Nós precisamos de ensinamentos que sejam atuais, que nos ajudem a enfrentar as questões do nosso cotidiano!”. Quase todos (senão todos) pastores que são zelosos pelo ensino e pregação doutrinária já ouviram esse tipo de comentário; e provavelmente, sucumbiram a ele.

É muito comum encontrarmos pastores que evitam ensinamento doutrinário nas igrejas, preferindo assuntos “do dia a dia”. Mas, queridos irmãos e colegas de ministério, definitivamente, esta não é a hora de cedermos a esses comentários. A Igreja de Cristo deve ser alimentada com a Sã Doutrina da Palavra de Deus. Não devemos ter medo de nos debruçarmos sobre esses assuntos, de transformá-los em algo prático (essa é a função daqueles que ensinam) para que as nossas Igrejas entendam que somente a Sã Doutrina sustentará seus corações quando as tribulações, provações e ataques vierem sobre nós.

Neste sentido, os nossos Símbolos de Fé são ferramentas imprescindíveis. Eles são riquíssimos, profundos e refletem com segurança o que a Palavra de Deus ensina. Por isso, faz-se necessário que os estudemos em nossas Escolas Dominicais, nos Estudos Bíblicos durante a semana, ou em outras reuniões da Igreja. Nós pregadores devemos saturar nossas exposições bíblicas citando trechos ou perguntas dos Símbolos de Fé explicando-os; devemos despertar a curiosidade das nossas ovelhas para conhecê-los, e, assim, amá-los. Devemos incentivar nossas crianças a memorizarem o Breve Catecismo, e os adultos, o Catecismo Maior, tal como era feito nas Escolas Dominicais, quando os professores davam a “tarefa da semana” que era a memorização de uma ou duas perguntas.

III – A importância da confessionalidade

A confessionalidade de uma igreja está diretamente ligada à sua estabilidade e crescimento. Alguém disse que as igrejas de hoje dão muita atenção à porta da frente, mas, pouca à porta dos fundos, ou seja, estão ansiosas para ver mais e mais pessoas entrarem na igreja, mas, não se preocupam em mantê-las. Daí tais igrejas serem comparadas a rodoviárias, pois, estão sempre cheias de pessoas, mas, a rotatividade destas faz com elas não permaneçam nas igrejas.

As nossas Igrejas que estão se empenhando para resgatar a nossa confessionalidade e identidade bíblica e reformada estão experimentando um crescimento consistente e constante; estão vendo pessoas entrando e permanecendo porque encontraram alimento real para os seus corações. Em dias como os nossos em que o descartável é a característica dos objetos, relacionamentos e das “programações” das igrejas, aqueles que bebem da Sã Doutrina e nela deleitam-se não saem atrás de “ventos de doutrinas”. Crentes que são alimentados com a Palavra de Deus e com pregação e ensino que refletem a autoridade da Palavra jamais se satisfarão com eventos e métodos carnais.

Numa época em que a identidade de tudo e de todos está sendo não só questionada, mas, desconstruída, nós, presbiterianos reformados e confessionais devemos ser firmes e zelosos pela Palavra de Deus. Ele sabe recompensar os fiéis, “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos” (Hb 6.10).

Rev. Olivar Alves Pereira