sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tópicos sobre Martinho Lutero

Martinho LuteroSobre a conexão entre a doutrina e a vida
“É preciso distinguir vida e doutrina. A doutrina pertence ao lado de Deus, a vida, ao nosso. A doutrina não nos pertence, a vida é nossa. Da doutrina não posso dispensar nada, em relação à vida, tudo. A doutrina tem que ser pura de ponta a ponta, e isso com a mais rigorosa necessidade. Pois ela é a nossa luz, que nos ilumina para o céu. Essa distinção de doutrina e vida (na qual aparece, apenas sob outra forma, a diferenciação de fé e amor) é muito necessária: a doutrina é o céu, a vida é a terra. Em relação à doutrina não há perdão dos pecados, pois com isso seria suspensa a palavra de Deus que traz perdão de pecados”.
Sobre si mesmo e sua fé
“Em primeiro lugar, peço omitir meu nome e não se chamar de luterano, mas cristão. Quem é Lutero? A doutrina não é minha. Tampouco fui crucificado em favor de alguém. Em I Co 3, 3-5 Paulo não quer que os cristãos se chamem de paulinos ou petrinos, mas cristãos. Que pretensão seria essa de um miserável e fedorento saco de vermes como eu se quisesse que os filhos de Cristo fossem chamados por meu desastrado nome? Que não seja assim, amigo. Vamos extirpar as siglas partidárias e nos chamar de cristãos, de quem temos a doutrina. Os papistas apropriadamente têm nome de partido. Já que querem ser papistas, que sejam do papa, que é seu mestre. De minha parte, não sou nem quero ser mestre de ninguém. Junto com a comunidade, comungo da única universal doutrina de Cristo, que é nosso Mestre exclusivo, Mt 23, 8”. (OS 6,481.6-18)
Sobre a doutrina ser “evangélica” somente, pois vem do Evangelho de Jesus Cristo
“Nós, porém, não inventamos uma pregação nova, e sim, trouxemos novamente à tona a mesma antiga, comprovada doutrina dos apóstolos. Assim também não inventamos um novo Batismo, Sacramento, Pai- Nosso, Credo. Não queremos saber de nada de novo na cristandade nem tolerá-lo, mas lutamos exclusivamente pelo antigo (que Cristo e os apóstolos nos legaram e nos deram), e a ele nos atemos. O que fizemos foi o seguinte: visto que constatamos que tudo isso havia sido obscurecido pelo papa por meio de sua doutrina humana, sim, porque o havia velado com uma grossa camada de pó e teias de aranha e toda sorte de excrementos de bicharia, tendo-o inclusive lançado e pisado na lama, nós o trouxemos novamente à tona pela graça de Deus, o limpamos dessa imundície, podendo agora cada qual enxergar o que é o Evangelho, Batismo, Sacramento [Ceia do Senhor], [Poder das] Chaves, oração, o que Cristo nos legou, e como se deve fazer uso salutar deles”. (WA 46, 62.67-63.2)
Sobre a doutrina estar em conformidade com Jesus Cristo
“É verdade! Por amor de tudo que é sagrado, jamais digas: eu sou luterano ou papista, pois nenhum deles morreu por ti nem é teu mestre, e sim, somente Cristo. Por isso deves confessar-te cristão. Mas se és da opinião de que a doutrina de Lutero é evangélica e a do papa anti-evangélica, não deves rebaixar tanto Lutero, senão também rebaixas sua doutrina, que afinal, reconheces como doutrina de Cristo. Mas deverás dizer: quer Lutero seja um safado ou um santo – isso não me importa. Sua doutrina, porém, não é sua, e sim, do próprio Cristo, pois vês que os tiranos perseguem essa causa não para matar Lutero, e sim, querem exterminar a doutrina. É por causa da doutrina que te atacam e te perguntam se és luterano. Aqui, na verdade, não deves falar com palavras toscas, e sim, confessar francamente a Cristo, não importando se foi Lutero, Claus ou Jorge que o pregou. Deixa a pessoa de lado, mas confessa a doutrina. Assim também escreve São Paulo a Timóteo em II Tm 1,8: ‘Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, encarcerado por amor dele’. Se tivesse sido suficiente que Timóteo confessasse o Evangelho, Paulo não lhe teria ordenado que também não se envergonhasse dele, não da pessoa de Paulo, e sim, do encarcerado por amor do Evangelho. Se agora Timóteo tivesse dito: Não sou partidário nem de Paulo nem de Pedro, mas atenho-me a Cristo, sabendo, não obstante, que Pedro e Paulo ensinam a Cristo, teria negado com isso o próprio Cristo. Pois Cristo diz em Mt 10, 40 a respeito dos que pregam: ‘Quem vos recebe a mim me recebe’ e ‘quem vos despreza a mim me despreza’ [Lc 10,16]. Por que isso? Porque tratam desse modo seus mensageiros (que trazem sua palavra), e isso é como se tivessem sido tratadas assim suas palavras”. (WA 10/II, 40.5-29).

O Ato da Pregação

Pregação e Pregadores Amados leitores – Pregadores e ouvintes da Palavra de Deus:
Vejam a seguir um pequeno trecho do livro clássico do Dr. Martyn Lloyd-Jones sobre o ato da pregação da Palavra de Deus, Pregação e Pregadores. Em poucas palavras somos confrontados com a solenidade, importância, serieadade e grandeza do ato de pregar as insondáveis riquezas da Palavra do Deus vivo. Uma mensagem urgente para pregadores e ouvintes da Palavra hoje – principalmente para aqueles que se entediam ao ouvir a Palavra e, pior, os que pregam a Palavra de forma tediosa e aborrecida. Não há muito que eu possa dizer e comentar. Ouçamos Lloyd-Jones:
Tiago Santos
A Pregação é a teologia em chamas! É a lógica pegando fogo!
D. Martyn Lloyd-Jones
Lloyd-Jones O que está acontecendo? O pregador está falando aos ouvintes da parte de Deus e a respeito dEle, está falando sobre a condição dos ouvintes — o estado da sua alma. Está lhes dizendo que, por natureza, estão sob a ira de Deus — são “filhos da ira, como também os demais” — e que o caráter de seu viver é ofensivo a Deus, está sob o juízo dEle. O pregador está advertindo-os sobre a temível possibilidade eterna que os aguarda. De alguma maneira, o pregador, entre todos os homens, deve estar consciente da natureza fugaz da vida neste mundo. Os homens mundanos vivem tão imersos em seus negócios e atividades, em seus prazeres e toda a sua ostentação, que a única coisa sobre a qual eles nunca param para considerar é o caráter passageiro da vida. Tudo isso enfatiza que o pregador sempre deve criar e comunicar a impressão da seriedade daquilo que está acontecendo no momento em que ele aparece no púlpito. Você deve lembrar as famosas palavras de Richard Baxter:
Preguei como se não tivesse certeza de que pregaria novamente, como um homem moribundo para moribundos.
Creio que esta declaração não pode ser melhorada. Você também recorda o que se disse a respeito do piedoso Robert Murray McCheyne, da Escócia, no século XIX. Afirma-se que, ao subir ao púlpito, antes mesmo de haver proferido uma única palavra, o povo começava a chorar em silêncio. Por quê? Por causa deste elemento da seriedade. A própria contemplação daquele homem dava a impressão de que ele viera da presença de Deus e de que lhes transmitiria uma mensagem da parte de Deus. Isso é o que exercia tão extraordinário efeito sobre os ouvintes, antes mesmo de McCheyne abrir a boca. Esquecemos este elemento ao nosso risco e a grande custo para os ouvintes.
Apresento agora algo cujo propósito é corrigir (ou talvez não tanto corrigir, e sim salvaguardar) toda incompreensão daquilo que venho afirmando. Refiro-me ao elemento da “vivacidade”. Isto ressalta o fato que a seriedade não significa solenidade, nem tristeza, nem morbidez. Todas estas coisas são distinções importantes. O pregador deve mostrar-se vívido; e é possível mostrar-se vívido e sério ao mesmo tempo.
Permita-me expressar isto em outras palavras. O pregador jamais deve ser monótono, nunca deve ser enfadonho; ele nunca deve ser o que se chama de “cansativo”. Estou enfatizando estas particularidades por causa de algo que já me disseram muitas vezes e que me preocupa em grande medida. Pertenço à tradição Reformada e, talvez, tenha contribuído algo, na Inglaterra, para a restauração desta ênfase, nos últimos quarenta anos. Portanto, sinto-me perturbado quando membros de igrejas me dizem, com frequência, que muitos dos pregadores reformados mais jovens são homens excelentes, que lêem muito e são eruditos, mas são homens bastante monótonos e enfadonhos; e isso me tem sido dito por pessoas que seguem a tradição Reformada. Para mim isso é muito sério; existe algo radicalmente errado em pregadores monótonos e enfadonhos. Como pode ser monótono um homem que trata desses assuntos? Quero dizer que um “pregador monótono” é uma contradição; se ele  é monótono, não é um pregador. Pode subir a um púlpito e falar, mas certamente não é um pregador. Ante o grandioso tema e mensagem da Bíblia, a monotonia se torna impossível. Este é o assunto mais interessante, mais emocionante e mais envolvente que há no universo. E a idéia de que isto pode ser apresentado de maneira enfadonha me faz duvidar seriamente que os homens culpados desta monotonia compreenderam a doutrina que estão defendendo e na qual afirmam crer. Com freqüência, somos traídos por nossa conduta.

Um Velho Lenhador

Um jovem procurou um velho lenhador e pediu para ser seu discípulo. O lenhador concordou e começou a ensiná-lo, mas não passou muito tempo e o discípulo julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para ver quem cortava mais lenha numa competição em público.

O velho lenhador aceitou o desafio e durante a competição o jovem trabalhava sem parar e, de vez em quando, olhava para conferir o trabalho do velho. Para sua surpresa, ele, muitas vezes, estava sentado. Isso fortaleceu ainda mais a determinação do jovem, que continuou a cortar a lenha. Terminada a competição, ao medir os resultados, para surpresa do rapaz, o velho havia cortado muito mais lenha que ele. O jovem, surpreso, disse:

— Não entendo. Não parei de cortar lenha o dia todo, com toda minha energia, e sempre que olhava, o senhor estava descansando!

Serenamente, o velho respondeu:

— Enquanto descansava, eu amolava o meu machado!
Há momentos na vida em que precisamos parar e afiar o machado, ou seja, dar uma pausa no ativismo que muitas vezes nos cega e distrai para revisitar as razões que nos levam ao movimento e à ação. Cortar lenha com um machado cego não é produtivo nem prazeroso; demanda mais esforço, com menos resultado. Por isso, todos nós precisamos, periodicamente, de uma PAUSA.

Biblicamente, o nome que se dá a essa parada é SHABAT, ou, simplesmente, DIA DE DESCANSO. No livro de Gênesis, até o Criador "descansou" no sétimo dia, depois de concluir o seu trabalho de criação. Num certo sentido, não é o ser humano que deve guardar o shabat, mas o shabat é quem guarda o ser humano, pois é através dele que nos lembramos que não somos máquinas, avaliadas a partir do desempenho, da produtividade e da performance, mas sim pessoas, definidas a partir das nossas relações.
 
O ex-presidente americano Abraham Lincoln afirmou certa vez: "Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis horas afiando meu machado".

Pense nisso!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Noticias Cristãs

Ex-banda de Elvis Presley se apresentará em Campo Grande Postado em Eventos, Música às 08:40


O grupo norte-americano The Gatiher Vocal Band, de música gospel, no qual o rei do rock, Elvis Presley fez parte em 1954, tocará em Campo Grande no dia 30 de março, às 20h no Ondara Palace.

Em sua primeira passagem pelo Brasil o The Gatiher Vocal Band, apresentará a turnê Homecoming Tour Brazil 2011.

A banda possui mais de 110 CDS e 100 DVDs em 58 anos de carreira, com 10 prêmios Grammy’s, na categoria melhor álbum e melhor composição.

O The Gatiher Vocal Band é formado por Bill Gaither, Marky Lowry, Wes Hampton, Michael English e David Phelps, os dois últimos ícones da música cristã.

divulgação

Campo Grande será a primeira cidade a receber a banda no Brasil, que se apresentará também em Salvador (BA), São Paulo (SP) e Maringá (PR).



Notícias Cristãs com informações do MidiaMax

Devocional Spurgeana

"Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa. " 2 Crônicas 15:7






Deus tinha feito grandes coisas para o rei Asa e para Judá, mas eles permaneciam sendo uma frágil nação. Seus pés, eram extremamente vacilante nos caminhos do Senhor, e seus corações muito indecisos, de tal forma que necessitavam ser advertidos de que o Senhor estaria com eles enquanto eles estivessem com Ele, mas, se O abandonassem, Ele também lhes deixaria. (2 Crônicas 15:2) Também lhes recordava do reino irmão, o de Israel, ao norte, e como mal lhe foi em sua rebelião, e como o Senhor fora misericordioso com esse reino quando este mostrou arrependimento (2 Crônicas 15:3-4). O desígnio do Senhor era confirmar-lhes em seu caminho, e fazer-lhes fortes em justiça. O mesmo haverá de ser conosco. Deus merece ser servido com toda a energia de que sejamos capazes.





Se o serviço de Deus é digno de algo, então é digno de tudo. Encontraremos nossa melhor recompensa na obra do Senhor, se a levarmos a efeito com resoluta diligência. Nosso trabalho não é vão no Senhor, e o sabemos. Uma obra pela metade não trará recompensa - mas quando entregamos nossa alma inteira à causa, veremos a prosperidade. Esse texto foi enviado ao autor dessas notas em um dia de uma terrível tormenta, e esse lhe sugeriu avançar a todo vapor, com a certeza de chegar ao porto a salvo e com uma carga gloriosa.





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FONTE: Talonário de Cheques do Banco da Fé

trad. projeto Spurgeon

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que a Religião não faz e o Cristianismo faz

Trecho do sermão "Olhando para Jesus", futura publicação deste site, por J.C.Ryle, tradução: Maria Eduarda Lyra

Uma simples religião de domingo não é o suficiente. Algo que colocamos e tiramos com nossas roupas de domingo é impotente. Os homens sabem que há sete dias na semana, e que a vida não é feita só de domingos. A ronda diária de formalidades e cerimônias nos edifícios consagrados não é o bastante. Os homens espertos lembram que há um mundo de obrigações e aflições fora das paredes da igreja, no qual eles devem exercer o seu papel. Eles querem algo que possam levar consigo neste mundo.

Uma religião monástica nunca conseguiria. Uma fé que não pode florescer fora de uma estufa eclesiástica, uma fé que não pode encarar o ar frio dos negócios do mundo, e frutificar, exceto se for por trás do muro do isolamento e do asceticismo – tal fé é uma planta que o nosso Pai Celestial não plantou, e ela não leva nenhum fruto à perfeição.

Uma religião de entusiasmo espasmódico e histérico não consegue. Ela pode servir para mentes fracas e sentimentais por um tempo; mas ela raramente dura, e não satisfaz a vontade de muitos. Ela enfraquece ossos e músculos, e geralmente termina em morte, pela força da reação. Não é o vento, nem o fogo, nem o terremoto, mas a voz, ainda que pequena, que mostra a real presença do Espírito Santo.

O Cristianismo que o mundo requer, e que a Palavra de Deus revela, é de um tipo bem diferente. É uma religião útil para todos os dias. É uma planta saudável, forte e viril, a qual pode viver em qualquer posição, e florescer em qualquer atmosfera, exceto a do pecado. É uma religião que o homem pode levar com ele aonde ele for, e nunca precisa deixar para trás. No Exército ou na Marinha, na escola pública ou na faculdade, no anfiteatro de um grande hospital ou no bar, na fazenda ou na cidade, no mercado ou nas trocas, no parlamento ou na corte, o Cristianismo puro e verdadeiro viverá e não morrerá. Ele vai durar, permanecer e prosperar em qualquer clima, no inverno e no verão, no calor e no frio. Tal religião encontra os desejos do homem.
J. C. Ryle

Alfabetização para a Melhor Idade

Alfabetização para a Melhor Idade – a palavra por meio da Palavra.
Numa iniciativa de valorização ainda maior da chamada Terceira Idade, Ministério Casa da Honra da Lagoinha lança o projeto de alfabetização totalmente baseado na Bíblia. É a palavra pela Palavra.
Há muito na trincheira do cuidado e do amparo aos que estão na chamada Terceira Idade – cuidado esse que vai muito além dos aspectos como saúde, psicossociais, de relação de trabalho e estudo e convívio familiar, mas acima de tudo espiritual e pastoral – a Casa da Honra da Lagoinha, inaugurada em fevereiro do ano passado, acaba de lançar o projeto Alfabetização da Melhor Idade. Sendo essa uma iniciativa do Ministério Melhor Idade, o projeto visa oferecer a esse público não só a chance de aprender a ler e escrever, mas dar-lhe a oportunidade de se incluir ainda mais na sociedade. “Entendo que a alfabetização é mais do que aprender a ler e escrever. É fazer com que a pessoa sinta-se um participante da sociedade”, diz Jemima Maia Cordeiro, Terapeuta Ocupacional com especialização em saúde mental, idealizadora e coordenadora do projeto, em parceria com Marcos Vilar, que além de Geógrafo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cursou Metodologia Científica na FEBRACE da Universidade de São Paulo e na MOSTRATEC pela Fundação Liberato. Sobre o projeto, Marcos também afirma: “Ele tem a função de não só alfabetizar, mas também de conscientizar os alunos da importância de serem ativos na sociedade, a fim de transformá-la.”

O diferencial e a metodologia
O mérito e o peso de um trabalho como esse não estão apenas no trabalho em si, o que não é de somenos importância, mas sim no fato de que tudo se dará por meio da Bíblia. “Esse é o maior diferencial”, diz Jemima, que detalha ainda: “As palavras, as frases, os textos utilizados serão todos cristãos, palavras que levam vida e esperança. Tudo será feito de uma forma estimulante e motivadora.” Marcos endossa: “Associamos o método à introdução de princípios bíblicos,para termos um mecanismo efetivo de transformação social.”
Acerca do público a que o projeto é direcionado em relação à faixa etária e sexo, são homens e mulheres com cerca ou acima de 60 anos, de perfil econômico bem diversificado, sendo a maioria da classe B. “Mas os adultos interessados poderão se inscrever e participar da atividade. O convite é para toda a comunidade, não apenas para os evangélicos e/ou membros da Lagoinha”, diz Marcos. Em relação ao tempo que se levará para que se possa considerar de fato que o idoso ou a pessoa na terceira idade seja considerada alfabetizada, Jemima adianta: “Nossa meta é de seis meses, o que vai depender do desempenho de cada um.” “São seis meses de curso divididos em 3 módulos. Mas este processo vai depender da evolução da turma”, reitera Marcos.
Findada ou cumprida a meta da alfabetização, segue-se outra etapa: a do incentivo, para que todos não parem no tempo. “Incentivaremos os mesmos a não parar de estudar, a se capacitarem, a continuarem. Isso é só o começo de uma linda caminhada”, comenta Jemima. “A ideia é que a alfabetização seja apenas uma semente plantada no coração dos alunos, a fim de que eles possam buscar o conhecimento para se sentirem presentes na sociedade”,complementa Marcos. Sobre a expectativa da liderança e dos envolvidos na Casa da Honra em relação a tudo que se pretende fazer a partir e com o projeto, tudo está muito claro: “A liderança está envolvida totalmente, incentivando e dando condições para que o mesmo se realize, e nos dando também cobertura espiritual”, diz Jemima. “A equipe de trabalho é excelente, formada de líderes como os pastores Paulo César, Ana Lúcia, Regina Estrela. Eles têm dado todo o apoio espiritual e estrutural para que o projeto abençoe o maior número possível de pessoas”, diz Marcos. Jemima e Marcos são os coordenadores do projeto. Eles contarão também com uma equipe de professores que se voluntariarem. “Qualquer pessoa que tenha formação, sendo da área ou não, e tiver o interesse de ajudar como professor, poderá se inscrever”, diz Marcos.
As expectativas acerca de tudo que vai acontecer com a partir do projeto Alfabetização Para Idosos do Ministério Melhor Idade são grandes e as melhores também por parte da Jemima e do Marcos. “Creio que Deus vai fazer grandes coisas. Esse projeto será um instrumento de evangelização e realização de sonhos, fazendo com que todos saiam de um lugar de vergonha e discriminação, para um lugar de honra”, diz Jemima. Marcos arremata em fé e concordância: “A expectativas de todos estão em Deus. Cremos que Ele irá transformar a realidade dessa gente.”
A palavra não poderia ser outra, se não de gratidão. Primeiro, Jemima: “Agradeço a toda a liderança do ministério pelo o apoio e pela credibilidade. Que vocês continuem sendo benção e cooperadores do Reino de Deus. Agradeço a Ele por permitir que eu sonhe os sonhos dele. Agradeço ao pastor Márcio Valadão, um grande homem de Deus. Aos líderes do Ministério da Melhor Idade, pastores Paulo Cezar, Ana Lucia e Regina. Aos obreiros e voluntários da Casa da Honra, grandes guerreiros do Senhor Jesus. E especialmente aos da terceira idade, por todo amor, carinho e toda confiança. Sei que infinitamente mais Deus fará em nosso favor!” Por fim, o Marcos: “Primeiro a Deus, pois a Palavra nos fala que todo dom perfeito, toda boa dádiva, vem do Pai das luzes, e qualquer coisa ou projeto bom, antes de nascer em nosso coração, nasceu primeiro no coração dele. Agradecemos pela visão do pastor Márcio Valadão, que tem dado todo o apoio ao projeto que leva mudança e melhoria
de vida para a comunidade. Aos nossos líderes, pastores Paulo Cezar, Ana Lucia e Regina. E aos obreiros e voluntários da Casa da Honra, que são como uma família para nós.”
Está dado o recado. E dada foi a largada e arrancada para a aprendizagem. Uma deixa final: a inclusão digital também fará parte do projeto Alfabetização para Terceira Idade do Ministério da Terceira Idade da Casa da Honra.
Para mais informações sobre a Casa da Honra, só ligar para o Pr. Paulo César – (31) 8489-2348. Para mais informações sobre o Projeto de Alfabetização da Melhor Idade, só ligar para Jemima ou Marcos – (31) 8447-2192

Com a palavra, o líder da Casa da Honra
“Estamos entre o grupo de pessoas que mais leem no país, exatamente pelo estímulo que a Bíblia nos dá de nos aproximarmos dela e apreendermos aquilo que Deus tem para nos ensinar. Isso é fundamental, especialmente para o idoso. É muito difícil, mas não impossível, o idoso se converter. E o maior índice de analfabetismo está entre eles. Queremos investir nesse projeto para vermos cada um deles crescendo no Senhor, para que novas perspectivas sejam abertas para eles, sejam elas naturais ou espirituais.”

Notícias Cristãs com informações do Portal Lagoinha

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com

Igreja oferta até R$ 20 milhões por madrugada do SBT

A venda do banco Pan Americano por Silvio Santos atiçou ainda mais o apetite de igrejas pentecostais interessadas em comprar horários na grade de programação do SBT.
Isso porque, além do banco, Silvio Santos perdeu com ele o anunciante. Cientes disso, dirigentes das igrejas Internacional da Graça (R.R.Soares) e Mundial do Poder de Deus (Valdemiro Santiago) voltaram a fazer propostas à direção do SBT, para adquirir a madrugada toda do SBT ou parte dela.
Segundo Ooops! apurou, a Igreja Mundial do Poder de Deus teria subido sua oferta inicial de R$ 15 milhões para quase R$ 18 milhões mensais. Isso lhe daria a grade do SBT da 1h às 6h de segunda a domingo. A igreja do missionário R.R.Soares também teria feito oferta semelhante.
Até a Universal de Edir Macedo teria entrado no páreo — no entanto, é a igreja que teria menos simpatia no SBT.
Procurada, a assessoria de imprensa do SBT não confirmou a negociação com os religiosos.

Notícias cristãs com informações de o Diário Inforgospel

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com

ESSES PENSAMENTOS DE UM DOS LIVROS DE D.MOODY SÃO PARA NOSSA MEDITAÇÃO NO DIA DE HOJE

este artigo foi do site do pastor pentecostal Daniel Nunes, só faltou o Pastor Daniel Nunes dizer que Moody era reformado, por que não disse, não disse porque?

7 de Dezembro E vieram ter com ele conduzindo um paralítico. Marcos 2.3 Não fosse a paralisia, talvez esse homem nunca visse a Cristo! Selecionado 8 de Dezembro Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios... [ele] te coroa de benignidade e de misericórdia. Salmos 103.2,4 Falamos do telescópio da fé, mas creio que precisamos ainda mais do microscópio do amor alerta e grato. Aplique isso a cada pedacinho de sua vida diária, à luz do Espírito, e veja como se torna maravilhoso! Frances Ridley Havergal

Médico Cristão é Demitido por Apresentar Estudo Bíblico

Por Marcelo Lemos

Estou trabalhando na tradução do sermão “Human Responsibility“, do celebre pregador batista Charles H. Spurgeon. Armando Marcos, blogueiro, tem se tornado, na minha opinião, um dos principais responsáveis pela publicação em terras tupiniquins de sermões inéditos deste grande herói do Púlpito, e a seu pedido, estamos nessa trabalhosa empreitada. Quando escolhi este sermão pregado numa manhã de domingo em 1858, dentre os milhares de sermões de Spurgeon que ainda não foram traduzidos para o nosso idioma, não imaginei que usaria sua introdução para comentar uma atrocidade que aconteceu recentemente na queria Inglaterra, país onde o 'príncipe dos pregadores' dedicou-se ao serviço de seu Senhor.

Pelo título do artigo o leitor já suspeita tratar-se de mais uma notícia envolvendo a cada vez maior criminalização do cristianismo conservador, que se dá não apenas na Inglaterra, mas em todo o mundo ocidental, em maior ou menor grau, incluindo o Brasil. De fato, mas não só isso. Mais uma vez, trata-se também de um embate entre um cristão conversador e a intolerância dos tolerantes, neste caso, encarnada, uma vez mais, pela militância gay.

Estamos falando do Dr. Hans-Christian Raabe, que fora indicado para compor o Conselho Consultivo sobre o Mau uso das Drogas (ACMD), indicação que foi grandemente aplaudida pelos ativistas antidrogas, já que a maioria dos que compõem a ACMD defendem o uso “seguro” das drogas, enquando Raabe “defendia uma politica agressiva contra as drogas”. Mas, a comemoração não duraria muito, Raabe seria demitido sob a acusação de manter opiniões “embaraçosas” para ACMD, as quais, julgou-se, o poderiam fazer “potencialmente discriminar contra pessoas gays”.

Pois bem, Raabe foi demitido de um conselho que trata dos problemas das drogas, pelo simples fato de não concordar com o homossexualismo, e de ter, num estudo, apontado a forte relação entre a prática homossexual e a pedofilia. Sua pesquisa, publicada com o título “Casamento gay e homossexualismo: Alguns apontamentos médicos”, baseou-se em dados extraídos de estudos realizados por outras autoridades acadêmicas no assunto, e dentre seus apontamentos se faz presente um que diz haver “número desproporcionalmente maior de homossexuais entre pedófilos”, e que este fato científico era causa de “grande preocupação”. Pimba! Quando se descobriu tal estudo, a carta de demissão de Raabe foi assinada! Leia a notícia completa aqui.

Ninguém está dando a mínima se Raabe fez tal comentário, juntamente com outros especialistas, baseado em fatos científicos; tudo que a militância gay quer saber é que estes dados não são favoráveis a sua conduta, e portanto, devem ser censurados. Não importa a verdade, importam os interesses, mesmo que para isso, proíba-se a própria ciência de cumprir o seu papel. Se houvesse interesse na verdade, os militantes gays assumiriam, por exemplo, que os esforços feitos em todo o mundo pela redução cada vez maior da idade para sexo consensual, são encabeçados por grandes lideranças homossexuais. Isso é fato facilmente comprovável. O estudo de Raabe nem tocou neste fato, mas sua cabeça foi colocada na bandeja dos que temem a voz profética da Verdade; coisa digna da prole de Herodes.

Evidentemente, Raabe não acusou cada homossexual de pedofilia, assim como eu não creio que todo homossexual apoie as leis pro-pedofilia que estão em tramite em todo o mundo, inclusive no Brasil. Mas, fatos são fatos: que boa parte da militância gay está nessa jogada, não se pode negar! Para não ficar apenas nas minhas palavras, eis o que foi publicado no jornal gay SENTINEL, em 26 de Março de 1992: “O amor entre homens e meninos é o alicerce do homossexualismo... Não devemos deixar que a imprensa e o governo nos seduzam e nos façam acreditar em informações erradas. O estupro de crianças realmente existe, mas há também as relações sexuais boas. E precisamos apoiar os homens e os meninos nesses relacionamentos”.

Mas, no caso de alguém preferir citações nacionais, e mais recentes, fiquemos com essa (vou citar apenas um trecho pois o autor é extremamente obsceno em sua declaração): “No meu caso, para dizer a verdade, se pudesse escolher livremente, o que eu queria mesmo não era um “homem” e sim um meninão. Um “efebo” do tipo daqueles que os nobres da Grécia antiga diziam que era a coisa mais fofa e gostosa para se amar e *&%$*... Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, (…) Ah, meu menino lindo! Se você existir, se você algum dia me aparecer, que seja logo, pois quero estar ainda com tudo em cima e dar conta do recado...” (Luiz Mott, um dos principais líderes da liderança gay brasileira).

Não é questão de se abrir fogo contra os homossexuais por sua opção sexual. Tal atitude não seria cristã – o problema aqui é dar a militância gay privilégios que são negados a qualquer outro segmento da sociedade (no trecho acima, Mott não apenas defende a pedofilia, como também debocha dos cristãos, “santos e santas”). E os militantes gays compromissados com a verdade, hão de concordar comigo. Do contrário, os desprezo, não por sua sexualidade, mas por sua índole covarde e mentirosa. Os que não se importam com a verdade, se acham no direito de publicar tais coisas sem que sejam molestados por suas opiniões, e nós não podemos criticar suas opiniões, nem alertar nossos pais ou filhos... Tudo que podemos fazer é assistir a reengenharia social que eles pretendem nos impor goela abaixo! Eis a ditadura daqueles que se dizem “tolerantes”.

Porém, voltemos ao sermão de Spurgeon que citei ainda na introdução. A mensagem começa traçando um paralelo entre o pecado cometido pelos judeus em rejeitar o Messias, e o nosso próprio pecado, que fazemos o mesmo nos dias de hoje. Muitos de nós, cometem a mesma iniquidade dos judeus do primeiro século. No entanto, Spurgeon comenta que seus contemporâneos não tinham coragem de irem a público blasfemar contra o Filho do Deus Eterno:

Não existem muitos entre os aqui presentes hoje, escutando minha voz, que rejeitam o Messias? Vocês evitam a saia justa de negá-lo; vocês não querem se prejudicar, indo a público para blasfemá-lo, já que vivem num país de maioria cristã” (SPURGEON, Charles H., 'Human Responsibility').

Bem, essa Inglaterra parece não mais existir! Hoje, sair no prejuízo é ir a público defender a cosmovisão cristã. Se você pretende se dar bem, faça de tudo para destruir os valores que edificaram a civilização ocidental. Nascerá, em você, mais um herói pós-moderno! E, mesmo se você morar num país de maioria cristã, como o Brasil, faça todos engolir seus desatinos, sem protestos; afinal, se Mott consegue, você também:

“…que nossas leis sejam mudadas e sobretudo, que se mudem as mentalidades …daqueles que, sob a desculpa de proteger a inocência dos mais jovens, negam o direito inalienável das crianças e adolescentes de terem respeitadas sua livre orientação sexual e sua liberdade sexual” (Luiz Mott)

Viva a ditadura dos "tolerantes"!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Daniel Rowlands: vida e ministério

memória* escrirta por J. C. Ryle  


Capítulo I
Um dos maiores campeões espirituais do último século, o qual desejo introduzir aos meus leitores neste capítulo, é alguém muito pouco conhecido. O homem a quem me refiro é Daniel Rowlands, de Llangeitho, em Cardiganshire. Eu suspeito que milhares dentre os meus conterrâneos que sabem alguma coisa a respeito de Whitefield, Wesley e Romaine, nem mesmo ouviram falar do nome do grande apóstolo de Gales.


Ninguém deveria se surpreender com isso. Rowlands era um ministro galês, e raramente pregava em língua inglesa. Ele residiu em uma parte muito remota do Reino Unido, e é difícil que sequer tenha vindo à Londres. Seu ministério foi realizado quase que inteiramente entre as classes média e baixa em cerca de cinco condados. Só estas circunstâncias já são suficientes para explicar o fato de que tão poucas pessoas sabem alguma coisa sobre ele. Quaisquer que possam ser as causas, não há muitos ingleses que entendam galês ou que possam sequer pronunciar os nomes das paróquias onde Rowlands costumava pregar. A luz destas circunstâncias, não devemos nos surpreender se sua reputação ficou confinada à sua terra natal.

Em adição a isso, devemos lembrar que nenhum relato biográfico de Rowlands jamais foi escrito por seus contemporâneos. Material para tal relato foi coletado por um de seus filhos e remetido à Lady Huntigdon. Desafortunadamente a morte dela, logo depois, impediu que este material fosse usado; e nunca se soube o que aconteceu com ele depois de sua morte. As únicas memórias de Rowlands são duas biografias escritas por ministros que ainda estão vivos. Ambas são excelentes e úteis para o que se propõem, mas, certamente, têm a desvantagem de terem sido escritas muito tempo depois que os assuntos que tratam ocorreram.[1][1]

Estes dois volumes e algumas valiosas informações que consegui obter de um gentio correspondente em Gales são as únicas fontes sobre o assunto aos quais tive acesso para esboçar esta memória.

Suficiente, entretanto, e mais do que suficiente existe para provar que Daniel Rowlands, no sentido mais elevado, foi um dos gigantes espirituais do século passado. O fato é que Lady Huntingdon, se não houver outro meio de julgar ministros, tinha a mais elevada opinião de Rowlands. Poucas pessoas tiveram melhor oportunidade para formar um julgamento de pregadores do que ela, e ela considerava Rowlands o segundo, ultrapassado apenas por Whitefield. O fato é que nenhum pregador britânico do século passado reuniu em um distrito tão grande congregação de almas por cinqüenta anos como Rowlands fez. O fato é, acima de tudo, que nenhum homem há cem anos atrás parecia pregar com tal indiscutível poder do Espírito Santo acompanhando-o como Rowlands. Estes grandes fatos isolados não podem ser questionados. Como os poucos ossos espalhados dos extintos mamutes e mastodontes, eles falam volumes a todos os que têm ouvidos para ouvir. Eles nos dizem que ao considerar e examinar a vida de Daniel Rowlands, nós não estamos lidando com um homem comum.

Daniel Rowlands nasceu no ano de 1713, em Panty-Beudy, na paróquia de Llancwnlle, perto de Llangeitho, em Cardiganshire. Ele era o segundo filho do Rev. Daniel Rowlands, Reitor de Llangeitho, e Jennet, sua esposa. Quando criança, aos três anos de idade, ele escapou por pouco de morrer, como John Wesley. Uma grande pedra caiu da chaminé no preciso lugar onde ele estivera sentado dois minutos antes, a qual, se ele não tivesse providencialmente mudado de lugar, certamente o teria matado. Nada mais se sabe a respeito dos seus primeiros vinte anos de vida, exceto que ele recebeu sua educação em Hereford Grammar School, e que perdeu seu pai quando tinha dezoito anos de idade. Parece, por uma placa (inscrição) na igreja de Llangeitho, que quando Rowlands nasceu seu pai tinha cinqüenta e quatro anos e sua mãe, quarenta e cinco. Logo, a morte do seu pai provavelmente não foi um evento prematuro, visto que deve ter atingido a idade de sessenta e dois anos.

Por uma razão ou outra que não podemos precisar, Rowlands parece não ter ido à nenhuma universidade. A morte do seu pai pode ter interferido na situação da família. De qualquer modo, o próximo fato que ouvimos sobre ele após a morte de seu pai é sua ordenação em Londres, com a pouca idade de vinte anos, no ano de 1733. Ele foi ordenado por cartas demissórias do Bispo de St. David, e é recordado como uma prova curiosa tanto de sua pobreza como de sua diligência de caráter, que ele foi a Londres a pé.

O posto para o qual Rowlands foi ordenado foi o de curado de seu irmão mais velho, John, o qual havia sucedido seu pai, e era o responsável pelas três localidades vizinhas de Llangeitho, Llancwnlle e Llandewidrefi. Ele parece ter iniciado seu ministério como milhares em sua época - sem o menor sentido de suas responsabilidades e totalmente ignorante do Evangelho de Cristo. De acordo com Owen, ele era um bom erudito clássico, e havia progredido rapidamente em todo o estudo secular, em Hereford School. Mas, na vizinhança onde ele nasceu e iniciou seu ministério, é relatado que ele nunca deu nenhuma prova de estar habilitado para ser um ministro. Ele era conhecido apenas como um homem de notável vivacidade natural, de estatura mediana, de constituição firme, de ação rápida e ágil, muito destro, e bem-sucedido em todos os jogos e diversões desportivas, e tão pronto quanto qualquer outro a, após realizar seus deveres na igreja, no domingo de manhã, gastar o resto do dia do Senhor nos esportes e festanças, quando não em bebedice.

Este foi o caráter do grande apóstolo de Gales, por algum tempo, mesmo após sua ordenação! Ele era o tipo de pessoa que depois não poderia esquecer as palavras de Paulo aos Coríntios ‘‘tais fostes alguns de vós’’ (1 Co 6:11), ou duvidar da possibilidade de conversão de qualquer pessoa.

O tempo preciso e a forma como Rowlands se converteu são pontos envolvidos em muita obscuridade. De acordo com Morgan, a primeira coisa que o despertou de seu torpor espiritual foi a descoberta de que por melhor que tentasse pregar, ele não podia evitar que nenhuma de suas congregações fossem completamente esvaziadas por um ministro dissidente chamado Pugh. Diz-se que isto fez com que ele alterasse seus sermões, e adotasse um estilo mais vivo e urgente de pregação. De acordo com Owen, ele primeiramente caiu em si ao ouvir um excelente e bem conhecido ministro, chamado Griffith-Jones, pregar em Llandewibrefi. É dito que nesta ocasião, seu comportamento ao se encontrar no meio do povo diante do púlpito era tão cheio de vaidade, soberba e leviandade que o Sr. Jones parou o seu sermão, e orou especialmente por ele, a fim de que Deus tocasse o seu coração e fizesse dele um instrumento para transportar almas das trevas para a luz. Diz-se que esta oração teve um imenso efeito sobre Rowlands e que ele passou a ser um homem diferente a partir daquele dia. Eu não tentarei conciliar os dois relatos. Eu bem posso acreditar que ambos são verdadeiros. Quando o Espírito Santo toma em mãos a conversão de uma alma, ele freqüentemente ocasiona uma variedade de circunstâncias que concorrem e cooperam em produzi-la. Isto, eu estou certo, é o testemunho de todo crente experimentado. Owen soube de alguns fatos e Morgan de outros. Ambos, provavelmente, aconteceram ao mesmo tempo e ambos provavelmente são verdadeiros.

De qualquer modo uma coisa é certa. A partir de 1738, quando Rowlands tinha vinte e cinco anos, uma completa transformação ocorreu em sua vida e ministério. Ele começou a pregar como um homem com sério ardor, e a falar e a agir como alguém que havia descoberto que pecado, morte, julgamento, céu, inferno, eram grandes realidades. Agraciado mais do que a maioria dos homens, com qualificações físicas e mentais para a obra de púlpito, ele começou a consagrar-se totalmente a isto, e atirou-se de corpo, alma e mente aos seus sermões. A conseqüência, como era de se esperar, foi um enorme grau de popularidade. As igrejas onde ele pregava ficavam superlotadas. O efeito do seu ministério no que diz respeito ao despertamento de pecadores, foi alguma coisa tremenda. ‘‘A impressão’’, diz Morgan, ‘‘no coração da maioria das pessoas era de terror e desespero, como se eles estivessem vendo o fim do mundo aproximando-se e o inferno pronto para tragá-los. Sua fama cedo se espalhou por todo o condado, e as pessoas vinham de todas as partes para ouvi-lo. Não apenas as igrejas ficavam cheias, mas também a área ao redor delas. E dito que sob profunda convicção, um bom número de pessoas prostrava-se no chão ao redor da igreja de Llancwnlle, e não era fácil para uma pessoa passar sem chocar-se com alguns deles.’’

Nesta época, por mais curioso que possa parecer, fica claro que Rowlands não pregava todo o Evangelho. Seu testemunho era indubitavelmente verdadeiro, mas ainda assim, não era toda a verdade. Ele pintava a espiritualidade e o poder condenatório da Lei com cores tão vivas que seus ouvintes tremiam diante dele e clamavam por misericórdia. Mas ele não havia ainda exaltado a Cristo em toda sua plenitude, como um refúgio, um médico, um redentor e um amigo; por isso, embora muitos fossem feridos, não eram curados. Por quanto tempo ele pregou deste modo é difícil de dizer, devido ao tempo que nos separa. Até onde eu posso determinar, comparando datas, isto durou cerca de quatro anos. A obra que ele fez para Deus neste período, eu não tenho dúvida, foi extremamente útil, como uma preparação para a mensagem que pregaria depois. Eu particularmente acredito que há lugares, tempos, épocas e congregações nos quais uma poderosa pregação da Lei é de grande valor. Eu suspeito fortemente que muitas pregações evangélicas nos dias presentes seriam imensamente beneficiadas por uma ampla e poderosa exibição da Lei de Deus. Mas que houve muita Lei na pregação de Rowlands durante os quatro anos que seguiram sua conversão, tanto para o seu próprio conforto quanto para o bem de seus ouvintes, é muito evidente através dos relatos fragmentários que restam do seu ministério.

O modo pelo qual a mente de Rowlands foi gradualmente dirigida à plena luz do Evangelho não tem sido totalmente explicado por seus biógrafos. Talvez a explicação mais simples seja encontrada nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, ‘‘se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina’’ (Jo 7:17). Rowlands, evidentemente, foi um homem que viveu honestamente à altura da luz que tinha, e prosseguiu em conhecer ao Senhor. Seu Mestre cuidou a fim de que ele não andasse por muito tempo em trevas, mas mostrou-lhe a ‘‘luz da vida’’. Um dos principais instrumentos para guiá-lo a toda verdade foi o mesmo Sr. Pugh, o qual anteriormente havia esvaziado sua congregação. Ele se interessou bastante por Rowlands neste período crítico de sua história espiritual e lhe deu muitos conselhos excelentes. ‘‘Pregue o Evangelho, caro senhor’’, ele dizia; ‘‘pregue o Evangelho ao povo, e aplique o bálsamo de Gileade, o sangue de Cristo, às suas feridas espirituais, e mostre a necessidade de fé no Salvador crucificado.’’ Felizes, na verdade, são os jovens ministros que têm um Áquila ou uma Priscila perto deles, e ao receberem bons conselhos, desejam ouvi-lo! A amizade do eminente leigo Howel Harris, com o qual Rowlands teve contato durante esta época foi, sem dúvida, uma grande ajuda adicional à sua alma. De um modo ou de outro, o grande apóstolo de Gales foi gradualmente conduzido à plena luz da verdade de Cristo; e ao redor do ano de 1742, aos trinta anos de idade, estabeleceu-se como um pregador de um evangelho singularmente pleno, livre, claro e bem balanceado.

O efeito do ministério de Rowlands deste tempo em diante até o fim de sua vida foi algo tão vasto e prodigioso, que quase tira a respiração ouvir sobre ele. Infelizmente nós vemos tão poucas influências espirituais nos dias de hoje, e as operações do espírito Santo parecem confinadas dentro de limites tão estreitos e alcançar tão poucas pessoas, que os frutos colhidos em Llangeitho, há cem anos atrás soam quase que inacreditáveis. Mas a evidência dos resultados de sua pregação é tão abundante e incontestável que não há lugar para dúvidas. Um testemunho universal consiste no fato de que Rowlands foi uma bênção para centenas de almas. Pessoas costumavam se aglomerar para ouvi-lo pregar de todas as partes do Reino, e não se importavam em viajar cinqüenta ou sessenta milhas para este propósito. Não era incomum, nos domingos de Santa Ceia, ele ter mil e quinhentos, dois mil ou até dois mil e quinhentos comungantes! As pessoas, nestas ocasiões, iam juntas, em grupos, como os judeus subindo para a festa no templo em Jerusalém. Retornavam depois para casa cantando hinos e Salmos na viagem, sem atentar para a fadiga.

E inútil tentar atribuir estes efeitos do ministério do grande pregador de Gales, como muitos fazem, a excitamento religioso. Estas pessoas fariam bem em lembrar-se que a influência que Rowlands tinha sobre seus ouvintes não desvaneceu por pelo menos quarenta e oito anos. Ela, sem dúvida, teve seus fluxos e refluxos, e elevou-se em diversas ocasiões à primavera dos reavivamentos; mas, em tempo algum, seu ministério deixa de apresentar resultados imensos e sem paralelo. De acordo com Charles of Bala e muitas outras testemunhas inquestionáveis, seu ministério parecia tão atrativo e eficaz quando ele tinha setenta anos de idade, quanto quando tinha cinqüenta. Quando, além disso, recordamos o fato singular que pelo menos aos domingos, Rowlands muito dificilmente ausentava-se de Llangeitho, e que por quarenta e oito anos ele esteve constantemente pregando no mesmo lugar, ao invés de pregar sempre para congregações novas como Whitefield e Wesley, nós certamente devemos admitir que poucos pregadores obtiveram tal extraordinário sucesso espiritual desde os dias dos apóstolos.

Certamente seria absurdo dizer que não houve excitamento, crentes não sadios, hipocrisia e fogo falso entre os milhares que se aglomeravam para ouvir Rowlands. Houve muito, sem dúvida, como sempre haverá quando grandes massas de pessoas reúnem-se juntas. Talvez nada seja tão contagioso quanto um tipo de cristianismo simulado e sensacional, e particularmente entre pessoas sem instrução e ignorantes. Os galeses também são notoriamente um povo excitável. Ninguém, entretanto, estava mais plenamente despertado para estes perigos do que o próprio grande pregador, e ninguém poderia advertir seus ouvintes mais incessantemente de que o cristianismo que não era prático era inútil e vão. Apesar de tudo, entretanto. os efeitos do ministério de Rowlands foram claros e palpáveis demais para serem equivocados. Há clara e abundante evidência de que as vidas de muitos de seus ouvintes foram grandemente transformadas depois que o ouviram pregar, e que o pecado foi refreado, e que um distinto conhecimento do Cristianismo cresceu a um ponto surpreendente por todo o Reino.

Nenhum cristão ficará surpreendido em ouvir que desde muito cedo Rowlands descobriu que era impossível confinar seus labores à sua própria paróquia. O estado do país era tão deplorável no que diz respeito à religião e à moralidade, e as solicitações que ele recebia por ajuda eram tantas, que ele sentiu que não tinha escolha nesta questão. As circunstâncias sobre as quais ele começou a pregar fora de sua própria vizinhança, segundo descreve Owen, são tão interessantes que eu transcreverei suas palavras na íntegra: ‘‘Havia uma esposa de um fazendeiro em Ystradffin, no condado de Carmarthen, que tinha uma irmã morando perto de Llangeitho. Esta mulher ocasionalmente vinha ver sua irmã; e em uma destas ocasiões, ela ouviu algumas coisas estranhas a respeito do ministro da paróquia - isto é - Rowlands. Dizia-se comumente que ele não era bom da cabeça. Não obstante, ela foi ouvi-lo, e não foi em vão; mas ela não falou nada à sua irmã nem a ninguém mais acerca do sermão, e retornou para casa para sua família. No domingo seguinte ela voltou à casa de sua irmã em Llangeitho. “O que foi que houve?”, disse sua irmã com grande surpresa. “Seu marido e seus filhos estão bem?” Ela temia por vê-la novamente tão cedo e inesperadamente que alguma coisa ruim houvesse acontecido. “Oh, não”, foi a resposta, “nada disso está fora de ordem”. Novamente ele perguntou: “Então qual é o problema?” Ao que ela respondeu: “Eu não sei bem qual é o problema. Alguma coisa que o seu ministro maluco disse no domingo passado trouxe-me aqui novamente. Isto grudou na minha mente durante toda a semana, e não me deixou por um momento nem de noite nem de dia.” Ela foi ouvi-lo novamente, e continuou a vir todo domingo, embora a estrada fosse difícil e montanhosa, e sua casa ficasse a mais de vinte milhas de Llangeitho.

‘‘Depois de ouvir Rowlands continuamente por cerca de meio ano, ela sentiu um forte desejo de convidá-lo para ir pregar em Ystrandffin. Ela decidiu que iria tentar; e depois do culto em um domingo, ela foi a Rowlands e o interpelou da seguinte maneira: “Senhor, se o que o Sr. diz é verdade, há muitos na minha região em uma situação muito perigosa, caminhando rapidamente para a miséria eterna. Por amor às almas deles, venha até nós, senhor, para pregar a eles.” O pedido da mulher pegou Rowlands de surpresa; mas sem um momento de hesitação ele disse rápido como era seu costume: “Está bem, eu irei, se você conseguir a permissão do ministro de sua paróquia.” Isto satisfez a mulher, e ela retornou para casa tão feliz quanto se houvesse encontrado um tesouro. Ela aproveitou a primeira oportunidade para pedir a permissão do seu ministro, e facilmente teve sucesso. No domingo seguinte ela foi alegremente a Llangeitho, e informou Rowlands sobre o seu sucesso. Cumprindo sua promessa ele foi e pregou em Ystrandffin, e seu primeiro sermão ali foi maravilhosamente abençoado. Diz-se que não menos do que trinta pessoas foram convertidas naquele dia! Depois disso, muitos deles vinham ouvi-lo regularmente em Llangeitho.’’

Deste tempo em diante, Rowlands nunca hesitou em pregar fora de sua própria paróquia, sempre que uma porta se abrisse. Quando podia ele pregava em igrejas. Quando as igrejas lhe estavam fechadas ele pregava em uma sala, em um celeiro, ou a céu aberto. Entretanto, em nenhuma época de sua vida ministerial ele pareceu ser tão itinerante quanto alguns de seus contemporâneos. Ele corretamente achava que os ouvintes do Evangelho precisavam ser tão edificados quanto despertados, e para este trabalho ele era peculiarmente bem qualificado. Assim, o que quer que ele fizesse nos dias de semana, o domingo geralmente o encontrava em Llangeitho.

As circunstâncias nas quais ele começou a pregar em campo aberto foram não menos interessantes do que aquelas em que foi chamado para pregar em Ystrandffin. Parece que após sua própria conversão ele sentiu grande ansiedade a respeito da condição espiritual de seus velhos companheiros de pecado e tolices. A maioria deles eram jovens tão cabeça-duras que não gostavam de ouvir seus penetrantes sermões e se recusavam até mesmo a ir à igreja. ‘‘O costume deles’’, diz Owen, ‘‘era ir aos domingos a um lugar apropriado em uma das montanhas próximas de Llangeitho, e ali se distraírem com esportes e jogos.’’ Rowlands tentou por todos os meios acabar com esta pecaminosa profanação do dia do Senhor, mas por algum tempo falhou completamente. Por fim, decidiu ir lá ele mesmo em um domingo. Visto que aqueles rebeldes contra Deus não vinham a ele, na igreja, ele resolveu ir aonde estavam. Assim, ele foi e subitamente entrou no ringue quando acontecia uma briga de galo, e falou-lhes poderosa e ousadamente sobre a pecaminosidade da conduta deles. O efeito foi tão grande que nenhuma boca se abriu para responder-lhe ou opor-se a ele, e daquele dia em diante eles desistiram definitivamente daqueles encontros no dia do Senhor. Rowlands nunca mais hesitou, pelo resto de sua vida, sempre que a ocasião requeria, pregar em céu aberto.

O ministério extra-paroquial que Rowlands realizou através de sua pregação itinerante foi cuidadosamente acompanhado para não permitir que caísse por terra. Ninguém melhor do que ele compreendia que as almas requerem quase tanta atenção depois que são despertadas quanto antes, e que na lavoura espiritual há necessidade de regar assim como de plantar. Assim, ajudado por alguns zelosos colaboradores, tanto leigos quanto ministros, ele estabeleceu um sistema regular de sociedades, de acordo com o esquema de John Wesley, por toda parte de Gales, através do qual ele conseguia manter constante contato com todos os que valorizavam o Evangelho que ele pregava, e mantê-los juntos. Estas sociedades eram todas conectadas com uma grande associação que se reunia quatro vezes por ano, e da qual ele era geralmente o moderador. A influência destes encontros da associação pode ser medida pelo fato de que mais cem ministros no Reino o consideravam como seu pai espiritual! Desde o início essa associação parece ter sido uma instituição muito sabiamente organizada e útil, e a ela pode ser atribuída a existência do Calvinismo Metodista em Gales nos dias de hoje.

O poderoso instrumento que Deus empregou para realizar toda boa obra que venho descrevendo não pôde fazê-la sem muitas provocações. Com o propósito sábio e bom, sem dúvida, - de mantê-lo humilde em meio ao seu imenso sucesso e prevenir que fosse demasiadamente exaltado - ele foi chamado a beber muitos cálices amargos. Como seu Mestre divino, ele foi ‘‘um homem de sofrimentos e de muitas tristezas’’. A maior destas provações, sem dúvida, foi a sua expulsão da Igreja da Inglaterra em 1763, depois de servi-la fielmente por quase nada, como um ministro ordenado por trinta anos. O modo pelo qual este desastroso acontecimento ocorreu, foi tão notável que merece ser descrito na íntegra.

Deve-se lembrar que Rowlands nunca foi o encarregado de uma paróquia. Desde o tempo de sua ordenação em 1733, ele foi simplesmente curado de Llangeitho, sob a autoridade de seu irmão John, até a época da morte dele em 1760. Que tipo de ministro foi seu irmão mais velho, não é muito claro. Ele morreu afogado em Aberystwinth, e nós só sabemos que por vinte e sete anos ele parece ter deixado tudo nas mãos de Daniel em Llangeitho, e ter permitido que ele fizesse o que queria. Por ocasião da morte de John Rowlands, o Bispo de St. David, que era patrono de Llangeitho, foi solicitado a dar o lugar ao seu irmão Daniel, devido à óbvia razão que ele vinha servindo a paróquia como curado por não menos de vinte e sete anos! Infelizmente o bispo recusou-se a atender a solicitação, alegando como desculpa que ele havia recebido muitas queixas quanto às suas irregularidades. Ele tomou a decisão mais simples de dar o lugar a John, o filho de Daniel Rowlands, um jovem homem de vinte e sete anos de idade. O resultado desse procedimento muito esquisito foi que Daniel Rowlands tornou-se curado de seu próprio filho, assim como havia sido curado de seu próprio irmão, e continuou seus labores em Llangeitho por mais três anos ininterruptamente.

Não é difícil de imaginar as razões que levaram o Bispo de St. David a se recusar a dar a Rowlands o living (incumbência) de Llangeitho. Ele sabia que enquanto ele fosse apenas um curado, ele poderia facilmente silenciá-lo. Uma vez que Rowlands fosse designado e empossado como o encarregado, ele ocuparia uma posição da qual não poderia ser removido a não ser com muita dificuldade. Influenciado, provavelmente, por algumas considerações, deste tipo, o bispo permitiu que Rowlands continuasse pregando em Llangeitho como curado de seu próprio filho, advertindo-o ao mesmo tempo que o clero de Gales estava constantemente queixando-se de suas irregularidades, e que ele não poderia passar por cima delas por muito tempo. Deve ser lembrado que estas ‘‘irregularidades’’ não eram nem embriaguês, nem a quebra do sétimo mandamento, caça, tiro ao alvo, ou jogo! A sua única ofensa era pregar fora de sua própria paróquia, sempre que podia conseguir ouvintes! Às ameaças do bispo, Rowlands respondeu ‘‘que ele não tinha em vista a não ser a glória de Deus na salvação de pecadores, e visto que seus labores haviam sido tão abençoados, ele não poderia desistir deles’’.

O passo fatal foi dado, finalmente, em 1763. O bispo mandou a Rowlands um mandato revogando sua licença, sendo que foi tolo o suficiente para mandar entregá-la em um domingo! A sobrinha de uma testemunha ocular do fato descreve o que aconteceu nas seguintes palavras: ‘‘Meu tio estava na Igreja de Llangeitho naquela manhã exata. Um estranho foi a frente e entregou ao Sr. Rowlands uma notificação do bispo, exatamente no momento exato em que subia ao púlpito. O Sr. Rowlands leu-a, e comunicou ao povo que a carta que ele acabara de receber era do bispo, revogando sua licença. Então o Sr. Rowlands disse: 'Nós devemos obedecer às autoridades superiores. Assim, eu peço que saiam calmamente, e então concluiremos o culto da manhã fora da igreja.' E assim eles saíram, chorando e soluçando. Meu tio achou que não havia um olho seco na igreja naquele momento. Desse modo, o Sr. Rowlands pregou fora da igreja com extraordinário efeito.’’

É literalmente difícil de conceber um exercício do poder episcopal mais inoportuno e errôneo do que este! Aí estava um homem de dons e virtudes singulares que não tinha nenhuma objeção quanto aos Artigos e Livro de Orações, expulso da Igreja da Inglaterra, por nenhuma outra razão, a não ser excesso de zelo. E esta objeção ocorreu em uma época quando grande número de ministros galeses negligenciavam vergonhosamente seus deveres, e eram freqüentemente beberrões, jogadores e homens dedicados apenas aos esportes, se não pior! Que o bispo depois se arrependeu amargamente do que fez é, na verdade, um consolo muito pobre. Era tarde demais. O mal já havia sido feito. Rowlands foi colocado para fora da Igreja da Inglaterra, e um número imenso dentre o seu povo por toda Gales o seguiu. Uma ruptura foi feita na Igreja Estabelecida, a qual provavelmente nunca mais será sanada. Enquanto houver mundo, a Igreja da Inglaterra em Gales jamais se eximirá da injúria feita a ela através da despropositada e estúpida revogação da licença de Daniel Rowlands.

Há muitas razões para crer que Rowlands sentiu profundamente sua expulsão. Entretanto, isto não fez diferença alguma em sua linha de ação. Seus amigos e seguidores logo lhe construíram uma grande e cômoda capela na paróquia de Llangeitho, e migraram para lá como um corpo. Ele nem mesmo a reitoria (deixar o local em que morava), pois seu filho, sendo reitor permitiu que ele permanecesse ali enquanto viveu. Na verdade, foi a Igreja da Inglaterra que perdeu tudo ao expulsá-lo, e não ganhou absolutamente nada. O grande pregador de Gales não foi silenciado praticamente por um só dia, e a Igreja da Inglaterra apenas colheu frutos de opróbrio e desagrado em Gales, que está produzindo frutos até hoje.
Desde a época de sua expulsão até a sua morte, o curso da vida de Rowlands parece ter sido sereno num grau comparativo. Não mais perseguido e esnobado por superiores eclesiásticos, ele prosseguiu seu caminho por vinte e sete anos em grande quietude, popularidade não diminuída, e imensa utilidade, morrendo finalmente na reitoria de Llangeitho no dia 16 de outubro de 1790, com a avançada idade de setenta e sete anos.

‘‘Ele esteve doente durante o último ano de sua vida’’, diz Morgan, ‘‘mas em condições de continuar seu ministério em Llangeitho, embora raramente fosse a qualquer outro lugar. Era seu desejo particular que pudesse deixar seu ministério diretamente para seu descanso eterno, sem ficar por muito tempo em um leito de morte. Aprouve ao seu Pai Celestial atender seu desejo, e quando sua partida estava se aproximando, ele teve a agradável idéia de que seu fim estava se aproximando.’’

Um de seus filhos fornece o seguinte interessante relato dos seus últimos dias: ‘‘Meu pai fez as seguintes observações, em seu sermão dois domingos antes da sua partida. Ele disse: 'Eu estou quase partindo, e a ponto de ser tomado de entre vocês. Eu não estou cansado da obra, mas na obra. Tenho o pressentimento de que o meu Pai Celestial cedo me aposentará dos meus labores, e me lavará para meu descanso eterno. Mas espero que Ele permanecerá com Sua graciosa presença entre vocês depois que eu vá.' Ele nos disse, conversando sobre sua partida, após o culto no domingo passado, que ele gostaria de morrer de modo calmo e sereno, e que esperava não ser perturbado por nossos lamentos e prantos. Ele acrescentou, ‘‘eu não tenho nada mais para apresentar a fim de ser aceito por Deus, do que tenho sempre apresentado: 'eu morro como um pobre pecador, dependendo total e inteiramente dos méritos de um Salvador crucificado para ser aceito por Deus.' Nas suas últimas horas ele usou freqüentemente a expressão, em latim, que Wesley usou em seu leito de morte - 'Deus seja conosco', e finalmente partiu em grande paz.’’

Rowlands foi enterrado em Llangeitho, no lado oeste da igreja. Seus inimigos puderam expulsá-lo do púlpito, mas não dos jardins (cemitério) da igreja. Um antigo habitante da paróquia, agora com oitenta e cinco anos, diz: ‘‘Eu me lembro muito bem de sua tumba, e muitas vezes li a inscrição, seu nome e idade, com o de sua esposa, Eleonor, que morreu um ano e dois meses depois do marido. A pedra foi colocada sobre uma parede de três pés de altura, mas agora se encontra gasta pelas mãos do tempo.’’

Rowlands foi casado. Acredita-se que sua esposa tenha sido a filha do Dr. Davies de Glynwchaf, perto de Llangeitho. Ele teve sete filhos que sobreviveram a ele e dois que morreram na infância. O que aconteceu com sua família, e se houve descendentes diretos dele, eu não pude descobrir com certeza.

O retrato dele que é encontrado em frente à página de título de suas biografias escritas por Morgan e Owen, dá a idéia de que Rowlands era um homem sério, de aparência solene. Este retrato foi provavelmente tirado do retrato que Lady Huntingdon mandou um artista fazer bem no fim de sua vida. O digno e idoso santo não gostou de modo algum que o retratassem. ‘‘Por que o senhor faz objeção?”, disse finalmente o artista. ‘‘Por que?’’, replicou o velho homem com grande ênfase; ‘‘Eu sou apenas um pouco de barro, como você mesmo.’’ E então exclamou: “Essa não! Essa não! Essa não! Fazer um retrato de um pobre pecador! Essa não! Essa não!” ‘‘Seu semblante’’, diz Morgan, ‘‘logo fechou, e esta é a razão pela qual a pintura parece tão pesada e abatida.’’

Eu ainda tenho outras coisas para dizer sobre Rowlands. Sua pregação e muitas histórias características a seu respeito merecem menção especial. Mas eu reservarei estes assuntos para o capítulo seguinte.


[1][1] As memórias de Rowlands às quais me refiro são dois pequenos volumes escritos pelo Rev. John Owen, Reitor de Thrussington, e o Rev. E. Morgan, Vigário de Syston, ambos no condado de Leicester. As informações privadas que recebi foram supridas por um parente do grande apóstolo de Gales, embora não em linha direta, o Rev. William Rowlands, de Fishguard, no sul de Gales. Alguns outros poucos fatos que podem interessar aos meus leitores, vem de um idoso homem de oitenta e cinco anos, o qual, quando criança, ouviu Rowlands pregar.

 
* Traduzido por Paulo R. B. Anglada, a partir de J. C. Ryle, Christian Leaders of 18th. Century (reprint, Edinburgh and Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1978), 180-215.

Padre tem computador apreendido após acusação de pedofilia

O padre, que de acordo com a igreja está afastado das missas por motivo de saúde, alegou não saber que o garoto era menor de 18 anos.
São Paulo - Um padre de Araçatuba, no interior de São Paulo, teve os computadores apreendidos pela polícia após acusação de praticar pedofilia pela internet com um adolescente de 13 anos, morador de Limeira. O caso é investigado desde dezembro de 2009, quando a mãe do jovem procurou a polícia. Nesse período, os dois trocaram mensagens e fotos de cunho sexual, segundo a investigação. O padre, que de acordo com a igreja está afastado das missas por motivo de saúde, alegou não saber que o garoto era menor de 18 anos. O bispo de Araçatuba não quis falar.

Notícias Cristãs com informações do D24AM

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com

O que Perseverar Até o Fim Será Salvo

Por Marcelo Lemos

Nosso leitor, André, pergunta sobre o modo como os calvinistas interpretam S. Mateus 24. 12, 13. A pergunta se justifica, pois a primeira vista, tem se a impressão de que tal texto nega um dos chamados “Cinco Pontos do Calvinismo”, a saber, a Perseverança dos Santos. Quando falamos em 'perseverança dos santos', estamos dizendo que o pecador, uma vez salvo, não tornará a se perder, antes, será eternamente preservado por Deus. Aí entra a dúvida nosso irmão André, uma vez que o texto bíblico diz “aquele que perseverar até o fim, será salvo”. Realmente parece haver um contraste entre a fé calvinista e o ensino das Escrituras. Veremos se é realmente assim.


Analisando o contexto.

A primeira coisa que devemos observar é o contexto da afirmação feita por Jesus Cristo. Estamos no capítulo 24 de S. Mateus, onde Jesus fala da Destruição de Jerusalém, por volta do ano 70 d.C. É importante compreender isso, para que não se pegue literalmente o que é dito aqui, e aplique a todos os crentes de todas as eras.

Em síntese, o objetivo de Cristo aqui é mostrar aos seus discípulos que o fim de Jerusalém estava próximo, e que eles deveriam tomar certas precauções a fim de escaparem do cerco, e não serem enganados pelos falsos profetas que viriam prometendo salvação aos judeus sitiados. Todas as profecias de Cristo, aqui em Mateus 24, se realizaram, como se pode verificar, por exemplo, lendo as obras de Flávio Josepho, um judeu que estava em Jerusalém quando a tragédia atingiu a cidade.

A interpretação aqui é semelhante a que podemos aplicar as cartas que S. João enviou ás Sete Igrejas da Asia, onde lemos: “Ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá” (Apoc. 2.26). O problema é que interpretamos tais promessas como referencia a algo que ainda não aconteceu, quando eles tinham em mente o Juízo de Deus contra Jerusalém, e o triunfo histórico do Evangelho. Jesus tem mente, no Livro do Apocalipse, e em Mateus 24, orientar seus discípulos sobre o fim da Era Judaica. Era o Reino de Deus sendo entregue a Igreja da Nova Aliança:

“Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que de os seus frutos. E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-a; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó!” (S. MATEUS 21.43,44).

Este é o contexto de Mateus 24: a Destruição de Jerusalém, de modo que a fé em Cristo era o único meio de escapar de tal juízo. Por isso, alguns poucos anos antes da Destruição de 70, S. Paulo escreveu sobre os judeus: “Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judeia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles. Os quais também mataram o Senhor Jesus Cristo e aos seus próprios profetas, e nos tem perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens, e nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao extremo!” (I Tess. 2.14-16). O juízo contra Jerusalém já se tornava realidade, mesmo antes de 70, pois cerca de 30.000 judeus foram mortos em um tumulto durante a Páscoa do ano 48. Era apenas o “princípio de dores”, o começo do “fim”.

É desta salvação que fala Mateus 24, o escape da Grande Tribulação contra Jerusalém. Entre a Ressurreição de Cristo e a vinda de Cristo em juízo contra Jerusalém, na Grande Tribulação, haveria vários “sinais do fim”; a saber:

a) Falsos messias: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (v.5). De fato aconteceu, quando Jerusalém foi cercada, os judeus recusaram se render, confiando em muitos profetas que garantiam que Deus não os havia abandonado... Mas, os cristãos, sabiam que isso era mentira, que deviam fugir para escapar, pois foram alertados por Cristo (S. MATEUS 24.15-18).

b) Guerras e ameaças de guerras: “E ouvireis de guerras e rumores de guerras”(v.6,7). Vide comentário acima sobre I Tess, 2.14-16.

c) Desastres naturais: “fome, pestes, terremotos” (v.7,8).

d) Perseguição aos cristãos: “vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome” (v.9). Vide, novamente, I Tess, 2.14-16.

e) Apostasia: “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (vv. 10.13).

O contexto continua sendo Israel e seu povo. Jesus está dizendo que eles abandonariam a fé, até mesmo aqueles que nominalmente diziam acreditar no Messias. Estes não perseverariam, e cairiam juntamente com Jerusalém, a Grande Prostituta. Entretanto, estes apostadas jamais foram verdadeiros discípulos de Jesus, pois quanto a estes, a promessa de Cristo é: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos eleitos serão abreviados aqueles dias... Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (vv. 22,24).

Concluindo

Assim, apenas os que preservassem até o fim escapariam, e sua perseverança e escape seria por Graça divina. Apesar de tais profecias já se terem cumprido – segundo cremos na visão preterista – o mesmo princípio pode ser aplicado também quando a salvação: serão salvos os que perseverarem, e perseverarão todos os que Cristo chamou para