quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Programação da Igreja Presbiteriana do Brasil em Monteiro-PB

Graça e paz!
Estamos com este espaço para trazer as informações da nossa IPBM
FIque Atento!
Toda Terça-Feira
Oração
Toda Quinta-Feira
Doutrina
Toda Quarta
Trabalho nas Congregações do Mutirão e Prata-PB
Sexta-Feira 09/10
UPH (União Presbiteriana de homens)
Reunião na casa de Sinval
Em frente a Associação de Esposas dos POliciais Militares
SAF (Sociedade Auxiliadora Feminina)
Departamental na casa de Jakeline
Vila Popular
Sábado
03/10 Plenária e Palestra sobre Reforma Protestante
17/10 Noite dos Talentos.
As duas Programações são no Templo Da IPBM
Rua Prefeito Inácio José Feitosa-339
Domingo 04/10
Escola Biblica Dominical 09:30h
Culto Solene com Santa Ceia do Senhor
Participe conosco!
Deus tem vida para te dar!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A peregrina cidade de Jerusalém”. Jerônimo, Agostinho e o Império.

05 setembro 2006
Líderes de grande projeção, freqüentemente com personalidades fortes e pitorescas, os primitivos “Pais da Igreja” ainda continuam a influenciar muita gente na atualidade. A “Era de Ouro” da Patrística deu-se no quarto e quinto séculos. O pregador João Crisóstomo (344-407), o scholar Jerônimo (c. 342-420) e o teólogo Agostinho (354-430) são exemplos proeminentes, cujas vidas e obras, começando no quarto século e findando no quinto, revelam muito acerca do tempo em que viveram.1 No Ocidente, a influência destes dois últimos foi enorme.

Após uma longa peregrinação, e havendo acumulado uma inigualável erudição e conhecimento dos idiomas bíblicos, Jerônimo (Eusebius Hieronymous Sophronius)2 visitou Roma em 382, cidade na qual residiu, ministrou e que conhecia muito bem. O bispo Damásio (“papa” de 366 a 384) o fez seu secretário, e pediu-lhe que preparasse uma nova tradução latina da Bíblia. Em toda a Cristandade, Jerônimo era o homem melhor preparado para esta empreitada. A nova tradução da Bíblia para o latim consumiu boa parte de sua vida e foi o seu principal monumento. Naturalmente já existiam outras traduções das Escrituras naquela época. Mas todas tinham sido feitas a partir da Septuaginta, isto é, a tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego. Jerônimo se pôs ao trabalho, apesar de ser constantemente interrompido por sua enorme correspondência, suas constantes controvérsias e as calamidades que assolavam o mundo. Ele finalizou o seu trabalho em 405, levando, portanto, vinte e três anos para concluí-lo. A sua tradução foi inteiramente nova e arejada, utilizando como base o Novo Testamento Grego e o original hebraico do Antigo Testamento. A longo prazo, a versão de Jerônimo – conhecida como a Vulgata – se impôs em toda a igreja de fala latina, conquanto no princípio não tenha sido bem recebida.3

Quando decidiu ir embora de Roma para a Terra Santa, Jerônimo dizia que estava indo de “Babilônia para Jerusalém”. A partir de 386 ele viveu o restante de seus dias num mosteiro em Belém, constantemente escrevendo e ensinando a outros monges. Em 410, Roma foi tomada e saqueada pelos Godos. Todo mundo estremeceu diante desta notícia. Quando Jerônimo a recebeu, escreveu perplexo em seu retiro em Belém: “Quem pode acreditar que Roma, construída pela conquista do mundo, tenha caído? Que a mãe de muitas nações se transformou num túmulo?”4 Por esta época, Jerônimo sabia que não apenas ele se aproximava de seu fim, mas toda uma era. Ele morreu em Belém, doente e quase cego, em 30 de setembro de 420, havendo sobrevivido, ainda, cerca de dez anos à queda de Roma. Durante a Idade Média, a fama e influência de Jerônimo entre os cristãos ocidentais só foram superadas pelas de Agostinho de Hipona.

Precipitada por uma série de eventos, a queda do Império Romano do Ocidente produziu um impacto de grandes proporções. Ainda que tenha formalmente continuado por outros sessenta anos ou mais, após 410 o Império efetivamente deixara de ser um poder militar e político. Quando Agostinho falecia, em 28 de agosto de 430, a sua cidade no norte da África já estava sob o poder do reino Vândalo.

Logo após o saque de Roma, Agostinho tomara ciência de que muitos pagãos atribuíam as calamidades do Império aos cristãos. Os pagãos apontavam que o desastre romano foi no “período dos cristãos” e que Roma havia caído porque se tinha entregue ao cristianismo e abandonado “os antigos deuses que a tinham feito grande”. Para os pagãos, os cristãos tinham destruído a maior realização humana já concebida.

A grande preocupação de Agostinho, entretanto, era acerca do modo como os cristãos reagiram àquele evento catastrófico. Em muitos cristãos, a queda de Roma produzira um desespero atônito e um temor de que o fim do mundo havia chegado. Quando Roma foi tomada pelos Visigodos, de seu mosteiro em Belém Jerônimo escrevia no prólogo de seu Comentário em Ezequiel: “Quando a mais esplendorosa luz do mundo foi apagada, quando a própria cabeça do Império Romano foi decepada, o mundo inteiro pereceu em uma única cidade”.5 Em uma carta escrita naqueles dias, Jerônimo expressou a sua perplexidade diante da adversidade que os cidadãos de Roma atravessavam. Ele chegou mesmo a comparar o saque de Roma com a tomada de Jerusalém pelos exércitos de Babilônia. O Salmo 79.1-3 proveu-lhe uma descrição gráfica do horror de ambos: “Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a um montão de ruínas. Deram os cadáveres dos teus servos por cibo às aves dos céus e a carne dos teus santos, às feras da terra. Derramaram como água o sangue deles ao redor de Jerusalém, e não houve quem lhes desse sepultura”.6

O que é admirável nesta passagem é que se fosse indagado a autores cristãos tais como Tertuliano (160-225) ou Cipriano (200-258) – os quais viveram antes da tolerância da Cristandade no quarto século – a qual cidade bíblica Roma seria melhor comparada, sua resposta inevitavelmente seria: “Babilônia!”. Tal como a antiga Babilônia, Roma era culpada de sangue e luxúria em sua dominação e poder, e era culpada da perseguição aos santos. E mesmo Jerônimo, tempos antes, comparara Roma à Babilônia no tocante ao aspecto moral. Porém, se o próprio Jerônimo pôde comparar Roma com Jerusalém indica que ocorrera uma inteira transformação na cosmovisão, em comparação com os tempos de Tertuliano ou Cipriano. Pela época de Agostinho e Jerônimo, a cidade de Roma, além de capital do Império, tornara-se o centro da Igreja no Ocidente. Roma era agora "a santa cidade, onde os santos estão sepultados, especialmente Pedro e Paulo”, e tal como Jerusalém, ela é amada de Deus. Assim, para Jerônimo a questão que necessariamente se levantava é a seguinte: “Como Deus podia permitir que um desastre deste houvesse ocorrido?” Desde que o Império era agora conduzido por professos cristãos, essa se tornava uma questão bastante inquietante.

Se por um lado, cristãos como Jerônimo estavam chocados, aturdidos ou até desesperados, havia também aqueles cristãos que reagiam com uma alegria sadística ao novo saque de Roma. O ressentimento contra Roma também havia se assentado fortemente no coração de muitos na Cristandade.

Contra a acusação dos pagãos, e diante do desespero de muitos cristãos, e no contexto da celebração ou indiferença de outros, a resposta de Agostinho veio na sua monumental, penosa e volumosa Cidade de Deus (413‑26). Talvez a maior de todas as suas obras, esse tratado sobre a providência de Deus é, na verdade, a primeira filosofia cristã da história. Para Agostinho, história é o estágio no qual o drama da redenção está sendo encenado. No princípio da história está a Queda e em sua conclusão o Julgamento Final. Entre estes dois eventos ocorre o mais crucial de todos os eventos – a entrada do Deus eterno no tempo como um homem, a encarnação do Senhor Jesus Cristo, e seu conseqüente ministério, morte e ressurreição. Deus, então, está vitalmente trabalhando na história. Agostinho, portanto, tem uma visão unificada daquilo a que chamamos de história; ela não é um pacote de querelas e eventos desconectados. Não obstante, Agostinho também está convencido de que é impossível traçar em detalhes a obra de Deus na história fora das Escrituras. Enquanto seria blasfemo negar que Deus está trabalhando no domínio da história, tal trabalho é amplamente oculto aos homens.

Na Cidade de Deus encontra-se a afirmação de que nenhuma cidade terrestre pode se comparar com a Jerusalém Celestial, a cidade de Deus. A cidade terrestre tem sua ascensão e queda, mas a cidade de Deus permanece para sempre. Para Agostinho, a cidade terrestre pode assumir muitas formas ao longo do tempo. A Cidade do Homem está fundada sobre o amor a si mesmo, glorifica a si própria, e é contra Deus. Ela tem sua origem na rebelião de Satanás e dos outros anjos caídos. A cidade de Deus é invencível e continuará triunfando e realizando a vontade de Deus. Ela é guiada e amada por Deus, especialmente marcada por humildade, e encontra sua glória mais elevada em Deus. Seu início está no céu, antes mesmo da existência do universo material. Na essência, homens e nações se levantam e caem, mas a cidade de Deus conquistará tudo.

As diferentes naturezas das duas cidades podem ser vistas nas diferentes características dos seus dois primeiros habitantes: Caim e Abel. Caim era um habitante da Cidade do Homem, cujo “desejo é contra ele” e que o “domina” (Gn 4.7). Ele então assassina o seu irmão, e deseja dominar sozinho, edificando sua própria cidade. Abel, por outro lado, “era um peregrino e estrangeiro no mundo”, pertencendo à Cidade de Deus. Ele foi predestinado pela graça, e escolhido pela graça, pela graça um peregrino daqui, e pela graça um cidadão de lá. Através do curso dessas duas cidades, quando elas se colocam lado a lado na história, Deus está trabalhando para livrar homens e mulheres da primeira cidade e torná-los parte da segunda. Embora a cidadania última seja na Cidade de Deus, não podemos, no momento, identificar as pessoas de acordo com ela. Deus antevê. Nós não. O pecador poderá ser o santo de amanhã, e vice-versa. Membros professos da Igreja na terra terminarão no inferno. Os de fora terminarão no paraíso. A Cidade de Deus, pela graça e poder de Deus, acabará substituindo os reinos terrestres na cidade celeste na ocasião da segunda vinda de Cristo. E até então, a Cidade de Deus será um reino espiritual oculto que existe sempre e onde quer que a vontade de Deus o queira. A separação definitiva ocorrerá quando, no juízo final, a Cidade de Deus entrará num gozo eterno, e a Cidade do Homem será precipitada no inferno. Nenhuma sociedade terrena ou instituição humana pode, entretanto, ser plenamente identificada com qualquer dessas duas cidades, porque elas perpassam a humanidade inteira, no passado, presente e futuro. Agostinho, então, rejeita qualquer sorte de fusão do Reino de Deus com alguma sociedade humana em particular.

Esta interpretação cristã da história, conforme defendida por Agostinho, foi um grande consolo para muitos cristãos que viram o Império Romano no Ocidente esfacelar-se por causa das invasões dos vândalos. Como vimos, até mesmo cristãos estavam identificando o Império Romano cristianizado com o Reino de Deus. Isto era uma enorme tentação naqueles dias. Roma parecia, para os homens desse tempo, o princípio organizador de toda a história humana. Ao desaparecer, que sentido teria o mundo? Vários cristãos estavam contemplando o Império Romano como desempenhando um papel central na história da redenção. O próprio historiador Eusébio de Cesaréia (263-339) esposara tal opinião, quando se referiu à ascensão do imperador Constantino. Assim, desenvolvera-se uma teologia da história na qual aqueles “tempos cristãos” eram, por assim dizer, co-extensivos com o Império, tanto quanto este era com a Cidade de Deus.

Para Agostinho, nada disso era contemplado pelas Escrituras, bem como esta opinião falhava em articular a natureza peregrina do povo de Deus. A idéia central de Agostinho é: a Cidade de Deus não é afetada pelo declínio do Império Romano, porque esta cidade, em rigor, não é deste mundo. No caso particular de Roma e do Império, Deus lhes permitiu crescer como cresceram, inclusive para que servissem de meio para a propagação do evangelho. Esta função agora estava cumprida, e Deus fez com que Roma seguisse o destino de todos os reinos humanos, recebendo o justo castigo por seus pecados e egoísmo. Roma nunca seria a cidade que satisfaria o coração humano. Somente a cidade de Deus poderia fazer isto. Virgílio (Públio Virgílio Marão, 70-19 a.C.) descreveu o plano dos deuses para tornar Roma uma imagem de justiça de ordem divina. Agostinho diz que Roma jamais se tornou isso, nem nunca poderia se tornar. Nenhuma instituição meramente humana pode. Somente a Cidade de Deus tem a ordem perfeita. O Cristianismo não oferece conforto ou sucesso nesta vida, mas paz interior e um destino eterno. Por isso, enquanto o descrente ama o que há no mundo, o cristão ama a Deus.

Agostinho não apenas escreveu, mas pregou sobre isto. Em um sermão pregado em Cartago, durante o verão de 411, quando a lembrança do saque de Roma ainda permanecia bastante fresca em muitas mentes, Agostinho relembra aos seus ouvintes que nenhum reino terrestre é para sempre.7 O Senhor e Mestre Jesus Cristo já advertira que os reinos desta terra pereceriam. Agostinho relembrou as palavras de Cristo: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino” (Mt 24.7). E prosseguiu: “reinos terrestres têm seu auge e seu declínio; mas está vindo aquele Homem de quem é dito: ´E o seu reino jamais terá fim´.”

Para Agostinho, cada membro da Cidade de Deus tem, certamente, sua responsabilidade histórica. Ele é capaz de ser grato a Deus por Roma, e de orar pelos seus cidadãos que permaneciam em seu paganismo. “Que experimentem um nascimento espiritual, e que passem adiante conosco para a eternidade”. O fim virá. Apenas Deus e seu reino são eternos. Portanto, como os cristãos deveriam viver? Eles deveriam fixar a sua esperança firmemente em Deus. Tal esperança, contudo, não deveria fazer com que os cristãos se mantivessem insensíveis aos sofrimentos daqueles que os rodeiam. Os cristãos naquele contexto de crise não deveriam esquecer as necessidades dos outros. Agostinho conhecia o poder apologético das boas obras. Ele instou com os cristãos naquele momento, lembrando-lhes que, ao fazerem o que Cristo mandou, eles estariam respondendo muito convenientemente às blasfêmias dos pagãos. Ele mesmo, com seus quase setenta anos, foi capaz de viajar centenas de quilômetros visando à preservação da ordem política e ao bem-estar da Igreja.

Os cristãos daquele tempo estavam vivendo num cenário de incerteza e de falência. Para aqueles que viam o Império Romano como central nos propósitos de Deus, não é de admirar que o saque de Roma tenha sido encarado como um evento devastador para o Cristianismo. Falando aos cristãos do Império, entretanto, Agostinho pôde declarar que nada tem sido perdido. Uma porção da “peregrina cidade de Jerusalém” permanecia lá em Roma, e, embora houvessem sofrido perdas temporais, os cristãos não deveriam perder de vista os ganhos eternos. Agostinho era capaz de contemplar que o colapso da infra-estrutura política e social do Império não era simplesmente um evento histórico e nada mais. Ele ofereceu uma âncora com sua visão bíblica de que a história é oficina de Deus. Para o povo de Deus, aquele sofrimento tinha propósitos redentivos. Agostinho defendeu e expôs, portanto, a soberania do reinado de Cristo na história. O reino de Deus é eterno; seu triunfo é certo; e nada pode pará-lo! Compartilhar de tal triunfo é o grande privilégio que um ser humano pode desfrutar. E mesmo em sua morte, no contexto de uma ordem social destruída, Agostinho mantinha a firme esperança do reino celeste e da resplendente “Cidade de Deus”. Em meio aos seus últimos combates, ingentes e afirmativos, ele esperava “a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador”.

Consulte também a seguinte postagem:

071 - 30/08/2006 - Agostinho, bispo de Hipona (354-430)

____________

1. NEEDHAM, N. R. 2000 Years of Christ´s Power; Part One: The Age of the Early Church Fathes. London: Grace Publications Trust, 2002, pp. 230-262.

2. Para um acervo das obras de Jerônimo em Língua Inglesa, online: http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf206.toc.html

3. O apelido Vulgata vem da palavra latina para “comum” – a Bíblia comum, isto é, aquela comumente utilizada.

4. GONZALES, Justo L. A Era dos Gigantes. Uma História Ilustrada do Cristianismo, Vol. 2. São Paulo: Vida Nova, 1980, pp. 161-162.

5. KELLY, J. N. D. (trad.). Jerome: his Life, Writings, and Controversies. New York: Harper & row, 1975, p. 304, apud HAYKIN, Michael. Defence of The Truth; Contending for the Truth Yesterday an Today. Darlington, England: Evangelical Press, 2004, p. 101. Cf. online: http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf206.vii.iv.x.html

6. Carta 127.12, in: FREEMANTLE, W. H. The Principal Works of St. Jerome. Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Séries, vol. 6. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1979, p.257, apud HAYKIN, op. cit. Para outros textos que mostram a reação de Jerônimo ao saque de Roma, veja Carta 123.16-17; 126.2; 128.4. Para as cartas de Jerônimo, online: http://www.newadvent.org/fathers/3001.htm

7. Sermão 105.9-11, in: HILL, Edmund. Sermons; The Works of Saint Augustine. Brooklyn, New York: New City Press, 1992, III/4, p. 94, apud. HAYKIN, op. cit.. Cf online: http://www.ewtn.com/library/PATRISTC/PNI6-10.TXT. Para sermões de Agostinho, online: http://www.theworkofgod.org/Library/Sermons/Agustine.htm

Fonte:Blog do Rev. Gilson Santos www.gilsonsantos.com.br

Esportes na Paraíba

Treze define preço de ingressos para clássico contra Campinense
Da Redação com Ascom

O Departamento Financeiro do Treze definiu os preços dos ingressos para o Clássico dos Maiorais, diante do Campinense, no próximo domingo, às 16h no Estádio Amigão pela quarta rodada da Copa Paraíba.

Mandante do jogo, a direção decidiu que mulheres terão desconto nos valores cobrados nas arquibancadas sol, sombra e nas cadeiras. As torcedoras alvinegras irão pagar 4,00, 8,00 e 15,00 respectivamente.

Os ingressos para o jogo serão vendidos a partir do sábado na Loja do Treze e na secretaria do Estádio Presidente Vargas.

Sócios-torcedores, estudantes e idosos terão descontos nos valores, mediante apresentação de documento de identificação correspondente. Crianças até 12 anos pagam R$ 3,00. Confira os outros valores:

Arquibancada Sol:
Sócio Ouro = R$ 1,00
Criança = R$ 3,00
Sócio Prata = R$ 4,00
Estudante / Idoso = R$ 4,00
Mulher = R$ 4,00
Inteira = R$ 8,00
Arquibancada Sombra:
Sócio Ouro = R$ 1,00
Criança = R$ 3,00
Sócio Prata = R$ 8,00
Estudante / Idoso = R$ 8,00
Mulher = R$ 8,00
Inteira = R$ 16,00

Cadeiras:
Sócio Ouro = R$ 1,00
Sócio Ouro portador de cadeira cativa no PV = R$ 1,00
Criança = R$ 3,00
Estudante / Idoso = R$ 15,00
Inteira = R$ 30,00

Notícias da Paraíba

NOTÍCIAS
29/09/09 - 12:39
Vândalos lançam pedras contra ônibus da cidade de Teixeira
Da Redação com Ascom
Os estudantes da cidade de Teixeira passaram por um susto na noite desta última segunda-feira. Por volta das 22h, no bairro Alto da Tubiba, em Patos, o ônibus que transportava cerca de 55 alunos foi atingido por duas pedras. A primeira acertou a lataria do veículo, e a segunda atingiu uma das janelas do mesmo, que espalhou estilhaços por todos os lados.

“A princípio, eu pensei que o ônibus tivesse sido atingido por um tiro, pois o impacto foi muito forte. Ficamos apavorados, mas não sabíamos como proceder. Pensamos até que tivesse ocorrido uma tentativa de assalto. Contudo, em seguida, algumas pessoas ouviram uma de nossas colegas gritar que iríamos ser atingido pelo objeto”, afirmou Rejanio Lima.

De acordo com os acadêmicos, o autor da ação, que não foi identificado, estava acompanhado de mais quatro indivíduos. “No momento em que passamos, o sujeito, juntamente com mais quatro pessoas, estavam escondidos na esquina de uma rua. Depois do ocorrido, três deles saíram correndo a pé, e dois de bicicleta, explicou Hylana Ventura.”

Pouco tempo após o incidente, às 22h25min, o carro da Polícia Militar chegou ao local para realizar os procedimentos legais. O motorista do ônibus, José Edmárcio Alves dos Reis, fez um boletim de ocorrência. “Esta não é a primeira vez que um transporte de estudantes é atingido aqui em Patos. Recentemente, o ônibus de Mãe D´água também foi vítima dessa prática inconseqüente, enfatizou Edmárcio.

Logo após o registro do B.O., os policiais encaminharam ao 3º Batalhão da Polícia Militar da cidade de Patos os relatos e às provas apresentadas pelas testemunhas.

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deus Criador


Deus criou tudo para sua glória, sua criação é perfeita expressa e revela a sua soberania, a majestade do teu poder. Quando nos deparamos com a complexidade de tudo que contém no universo, ficamos maravilhados, e com Seus infindáveis propósitos,
Deus não criou a terra para ser um lugar vazio sem vida, mas com propósitos de colocar a sua criação seu povo:

“ Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro”. (Isaias 45:18)

Ele Criou tudo para o Louvor de Sua Glória. Amém
Postado por Francis Silva Santos às Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009 10:04:00 1 comentários
A MENSAGEM DA CRUZ

E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.

Marcos 8:34


Aqui estão os três passos para todos que vem a Jesus: NEGAR-SE TOMAR A CRUZ-SEGUILO. Notemos que são três atitudes que indicam um crescendo em dificuldade: primeiro eu deixo de fazer minha vontade, respondendo NÂO aos meus desejos que já sei serem maus, tomar a cruz é levar um fardo, um peso sobre os ombros, significando que em vindo a Cristo, há algo especial, que implica em submissão. E "Siga-me implica em obedece-lo sem desviar-se".



"Se alguém que vir após mim, a sim mesmo negue-se".

O que significa realmente hoje para nos o negar a se a si mesmo?

Muitos crentes estão preocupados com este mundo ou com a vida financeira, só querem benção esquecem que pra quem quer seguir a Jesus precisa negar se a si mesmo.


Para meditar:


ALGUEM PODE ATÉ ARGUMENTAR QUE AVIDA CRISTÃ É UM VERDADEIRO SOFRIMENTO.

NÃO, POIS O NEGAR-SE, TOMAR A CRUZ E SEGUIR SÃO PASSOS EM QUE A FÉ NOS CONDUZ , DANDO-NOS UMA VISÃO ESPETACULAR DO GOZO ESPIRITUAL, DA COMODIDADE DA ALMA DA SEGURANÇA DO APÓS MORTE!

NADA MELHOR PARA MIM EXISTE DO QUE TER MINHA VIDA CONTROLADA POR JESUS, OBDECELO E SEGUI-LO ! E DAQUI A POUCO, QUANDO CHEGAR AO FIM DO MEU VIVER AQUI , AH, TEREI A RECOMPESA DE TER CUMPRIDO A LEI DA CRUZ ; VIVEREI NO CEU DE DEUS! HAVERÁ MAIOR GOZO DO QUE ESTA CERTEZA, AMADO IRMÃO?
Postado por Francis Silva Santos às Sexta-feira, 14 de Agosto de 2009 20:32:00 0 comentários
Buscar o Reino de Deus em Primeiro Lugar

Hoje em muitas igrejas se prega a famosa prosperidade financeira, e com isso acabam afastando as pessoas de um relacionamento verdadeiro com Cristo. Muitos cristãos só querem prosperar financeiramente, e se esquecem das grande preciosas promessas de Deus .

Jesus disse que devemos buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, e depois as outras coisas serão acrescentadas.

“Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas”. (Lucas 12:31)

1º Devemos buscar o Reino de Deus, ou seja, confiar inteiramente em suas promessas, buscar conhecimento, ter uma vida de comunhão diária com o Senhor , através da oração e meditação nas Sagradas Escrituras.

2º Devemos colocar todas as nossas necessidade diante de Deus.

3º Se você deseja algo pede a Deus e Ele ira conceder os desejos do teu coração , porém Deus vai realizá-los segundo a Sua SOBERANA VONTADE, e no tempo certo .

Postado por Francis Silva Santos às Sábado, 8 de Agosto de 2009 01:30:00 4 comentários
Deus Retira o Coração de Pedra.





A Bíblia ensina que Deus governa sobre toda a criação, sobre toda a Historia , decretando e determinando “tudo o que acontece”. José pode relembrar suas tristes circunstancias, quando seus irmãos o venderam como escravo: “Deus o tornou em bem” (Gm 50.20). Deus disse por meio de Isaias: 45:7 7 Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. Ele “faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”, Efésios 1:11 . Ele faz “Todas as coisas cooperarem para o bem” Romanos 8.28. Não há exceções a isso. Os pardais não das arvores e os cabelos não caem de sua cabeça se não for sua soberana vontade.
Mateus 10:29-30 “Os Pardais nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. 30 E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”.
Tudo é controlado e determinado por Deus. Incluindo o mal? Num sentido sim, em outro, não . Deus não é o autor do mal, mas nenhum mal corre solto no universo de Deus fora de seus propósito soberanos. Até mesmo a crucificação , que é a maior maldade entre todas as ações humanas , foi mencionada por Pedro, no Dia de Pentecoste, como tendo sido realizada pelo “determinada desígnio e presciência de Deus” (At 2.23). A igreja primitiva disse que Herodes e Pilatos e o restante do povo fizeram tudo quanto a mão e o propósito de Deus “ predeterminaram” (At 4.28).
Cada átomo que existe está sob controle direto de Deus. Não há nem mesmo “uma só molécula desgarrada”, como disse R.C. Sproul. Tudo está sob o controle de Deus.
A Depravação Humana
A Bíblia é realmente tão negativa sobre a humanidade como isso indica? Examine as Escrituras. Nos dias de Noé, Deus disse aos homens, que “era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Por meio de Jeramias ele disse sobre o coração humano, “Enganoso é o coração , mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jr 17:9). Em Eclesiastes nós lemos: “... Também os corações dos homens estão cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem” (Ec 9.3). Paulo, em Romanos, cita os Salmos dizendo: “ como está escrito”, “não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não quem busque a Deus; todos se extraviaram ,a uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Romanos 3. 10 – 12). Jesus simplesmente disse: “ os homens amaram mais as trevas do que a luz” (Jo 3.19 – 20). O problema está dentro de nos, em nossos desejos, em nossa natureza , em nossos amores e ódios. Portanto, podemos resumir com a ultima metáfora de Paulo: os homens estão “ mortos nos (seus) delitos e pecados” (Ef 2.1 – 3). Ele está morto para o bem. Ele está morto para Deus.
Graça Soberana
Em terceiro lugar, a soberana da graça. Esta segue necessariamente dos dois anteriores. O homem está tão incapacitado pelo pecado que, a menos que Deus aja para resgatá – lo, nada acontecerá. Ele permanecerá morto e cego.
1. Nos não podemos viver espiritualmente a menos que nasçamos “de Deus” ou “do Espírito” (Jo 1. 13; 3.8).
2. Nos permanecemos mortos a menos que sejamos vivificados com Cristo (Ef 2.5).
3. Não podemos vir a Ele a menos que ele nos “traga” . “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”. (Jo 6:44)
4. Não podemos escolhê-lo a menos que ele nos escolha . “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (Jo 15:16)
5. Nos não podemos amá-lo a menos que ele nos ame primeiro. “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro”. (1 João 4:19)
6. Não podemos crer nele a menos que ele nos dê fé. “ 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie”. (Ef. 2.8-9).
Paulo escreve “... vós sois dele, em Cristo Jesus”, escreve Paulo (1Co 1.30). A salvação é “do Senhor” (Jn 2.9).
Conclusão
Tenha fé, por que firma-se na promessa divina da graça, a qual é ordenada e assegurada em todas as coisas, Deus que não mente, disse em Ezequiel:
Ezequiel 11:19 19 Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; Ezequiel 11:19
Ezequiel 36:26 26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.
Ezequiel 36:27 27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.
O Senhor retira o coração de pedra, ação está feita. Uma vez que isto e feito nenhum poder jamais conhecido pode retirar o novo coração que Ele deu, e o Espírito integro que colocou dentro de nos. “Por que os dons de Deus são sem arrependimento de sua parte” (Romanos 11:29).
Romans 8:32-39 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As reformas e purificação dos homens logo chegam a o fim, como o cachorro que volta ao seu próprio vomito. Mas quando Deus coloca o coração novo ele fica lá para sempre, este é o estilo real do Reis Reis. Não espere pela reforma venha para Deus como está, e Ele fará uma grande transformação em sua vida .
Postado por Francis Silva Santos

Fé Reformada

Verdadeira Experiência com Deus

“desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pedro 2:2)

Aquele que não se alimenta da Palavra de Deus ficará fraco e sofrerá de anemia espiritual, e se limitará a suas experiências pessoais, muitos vezes emocionais. Mas aquele que tem sede da Palavra e nela medita de dia e noite, e põem em pratica, certamente experimentará sobrenaturalmente e intensamente o poder de Deus e a majestade do Deus todo poderoso.
A oração na vida do crente é um muito importante, Spurgeon disse: "A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doardor de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não poder, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo”. (Fonte http://www.monergismo.com/livros2/spurgeon/artigos/frases.htm)

Amigo creia nisto, se você estiver fraco espiritualmente, o Espírito Santo irá desvendar os teus olhos, para que você veja as grandes promessas de vitoria, e você ficará tão envolvido que será capturado de tal maneira pelo poder de Deus , você sentirá a presença de Deus como nunca sentiu antes , sua vida será fortalecida, sua alma revigorará, sua fraqueza desaparecerá.

Não estou apresentando aqui uma teologia triunfalista, mas que Deus é soberano, Ele que nos sustenta com seu poder. È claro que neste mundo passamos por dificuldade como, tristezas, doenças, tribulações, Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16:33) Para o crente as dificuldades e tribulações produz perseverança. Depois que passamos por alguma dificuldade saímos mais fortes. “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” ( Romanos 5:3).
"Aqueles que mergulham no mar das aflições trazem pérolas raras para cima".
(Frase de C. H. Spurgeon)
Postado por Francis Silva Santos às Quarta-feira, 9 de Setembro de 2009 21:18:00 2 comentários

Temas Reformados

O MOVIMENTO CARISMÁTICO NA IGREJA REFORMADA

Alderi Souza de Matos

Introdução

1. A Igreja Reformada

Igrejas que resultaram da obra teológica de João Calvino (1509-1564), Ulrico Zwínglio (1484-1531), João Knox (c.1513-1572) e outros reformadores, e que adotaram a forma presbiteriana de governo eclesiástico. Distinguem-se dos outros ramos da Reforma: luteranos, anglicanos e anabatistas. No continente europeu foi adotado o nome Igreja Reformada (Suíça, França, Holanda, etc.) e nas Ilhas Britânicas e América do Norte (Escócia, Irlanda, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos), Igreja Presbiteriana.

Doutrinariamente, as Igrejas Reformadas adotam, entre outras, as definições aprovadas pelo Sínodo de Dort (1618-1619) e pela Assembléia de Westminster (1643-49). Além dos princípios aceitos pelos protestantes em geral (Escrituras, Cristo, graça, fé, sacerdócio universal ), o sistema calvinista dá ênfase à plena soberania de Deus na criação, providência e redenção.

2. O Movimento Carismático

O nome vem de chárisma (pl. charísmata) = dádiva, dom (como expressão da graça divina = cháris). O termo ocorre 17 vezes no Novo Testamento, todas, exceto uma, nas cartas de Paulo, sendo dez vezes no singular e sete no plural. Rm 1.11; 5.15,16; 6.23; 11.29; 12.6; 1 Co 1.7; 7.7; 12.4,9,28,30,31; 2 Co 1.11; 1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; 1 Pe 4.10. A expressão “dom espiritual” somente ocorre em Rm 1.11.

Os carismas ou dons carismáticos podem ser entendidos como dons da graça concedidos pelo Espírito de Deus para a edificação da igreja cristã. Sua enumeração é encontrada em Rm 12.6-8; 1 Co 12:8-10,28; Ef 4.11 e 1 Pe 4.10-11. Os dons carismáticos dividem-se em naturais e sobrenaturais, extraordinários ou miraculosos.

“Movimento carismático” (lato sensu): todo movimento que dá ênfase aos dons carismáticos do Espírito, principalmente os de natureza extraordinária, como profecia, curas e glossolália. Geralmente, também tem um forte componente apocalíptico (milenismo).

3. Aspectos históricos

Ao longo da história da igreja tem havido vários movimentos de natureza “carismática.” Um dos primeiros foi o montanismo, no segundo século. Montano começou a pregar sua mensagem na Frígia, por volta de 155 AD. Ele e duas mulheres, Priscila e Maximila, afirmando serem profetas, anunciaram com base no Evangelho de João o início do último e mais elevado estágio da revelação, a era do Parácleto. Daí sua ênfase aos dons espirituais (principalmente a profecia), proximidade do fim do mundo, ascetismo e exaltação do martírio. Protesto contra o formalismo e mundanismo da igreja, e contra a dependência de líderes humanos (bispos) ao invés do Espírito Santo. Rejeitado por seu fanatismo e reivindicação de possuir revelações mais altas que as do Novo Testamento. Surgiram outras manifestações dessa natureza nos séculos seguintes, muitas vezes em grupos dissidentes, minoritários.

O termo se aplica com maior propriedade a um fenômeno do século XX composto de três estágios ou “ondas”:

(1) Primeira onda: Movimento Pentecostal – teve início em 1900-1901 com Charles F. Parham, evangelista, pregador da cura pela fé e diretor de uma escola bíblica em Topeka, Kansas. Adquiriu maior ímpeto com o pastor negro William J. Seymour e sua famosa missão da Rua Azuza, em Los Angeles. Tanto Parham como Seymour eram ligados aos movimentos Holiness (“santidade”) que haviam surgindo dentro do metodismo norte-americano. Dentre as primeiras igrejas pentecostais estavam as Assembléias de Deus e o Evangelho Quadrangular.

(2) Segunda onda: Movimento Carismático – também conhecido como Renovação Carismática. Resultou da penetração do movimento pentecostal nas denominações históricas ou tradicionais e também na Igreja Católica, a partir dos anos 50. Uma importante organização pioneira desse movimento foi a Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno).

(3) Terceira onda: Igrejas neopentecostais – também conhecido como Movimento de Sinais e Maravilhas. Tem ligação com Peter Wagner, John Wimber e a Vineyard Christian Fellowship. Uma expressão mais recente é a Igreja Vineyard de Toronto, com suas manifestações de riso santo, rugidos e sons de animais. No Brasil, são exemplos desse grupo a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Deus é Amor e outras.

4. O Movimento Carismático e as Igrejas Reformadas

Curiosamente, um dos precursores do moderno movimento carismático foi o pastor presbiteriano escocês Edward Irving (1792-1834). Irving trabalhou inicialmente em Glasgow, como auxiliar do famoso Rev. Thomas Chalmers. Aos 30 anos, assumiu o pastorado de uma pequena congregação da Igreja da Escócia em Londres. Sua poderosa pregação produziu tamanho crescimento, que cinco anos depois (1827), quando o novo templo foi inaugurado, a congregação se tornara a maior igreja de Londres. As mais altas personalidades íam ouvir seus sermões, que chegavam a estender-se por duas horas. Irving participava de um grupo que se reunia para estudar escatologia. Convictos da iminente volta de Cristo, ele e seus companheiros oravam por um derramamento do Espírito Santo. No início de 1830 ocorreram manifestações carismáticas na Escócia e no ano seguinte surgiram línguas e profecias na igreja de Irving. Crendo que essas eram expressões genuínas dos dons do Espírito, Irving recusou-se a proibi-las, e poucos meses depois foi afastado da igreja. Mais tarde, o grupo que o acompanhou (mais de 600 pessoas) criou a Igreja Católica Apostólica. Sua posição acerca dos dons estava ligada às suas idéias acerca de Cristo: este teria sido concebido com uma natureza humana pecaminosa, que foi plenamente santificada pelo Espírito Santo. O mesmo Espírito que santificou a Cristo também capacitaria os crentes para a obra de Deus no final dos tempos. Irving morreu com apenas 42 anos, vitimado pela tuberculose.

No Brasil, o movimento de renovação afetou as igrejas históricas em geral nas décadas de 1960 e 1970, inclusive a presbiteriana. Surgiu a Igreja Presbiteriana Renovada, que tornou-se inexpressiva. Práticas e ênfase carismáticas, no entanto, tem sido bastante aceitas em igrejas presbiterianas: estilo de culto (cânticos, instrumentos musicais, informalidade), testemunhos, batalha espiritual, crescimento da igreja. Nos Estados Unidos, existem grupos que se denominam carismáticos reformados.

5. Diferenças entre a Fé Reformada e o Movimento Carismático

a) Históricamente, apesar da experiência de Irving, não há conexão entre os dois movimentos. O movimento carismático procede do metodismo, via igrejas holiness e pentecostais.

b) Por sua teologia arminiana, o movimento carismático põe grande ênfase nas decisões humanas e na experiência pessoal. A fé reformada põe sua ênfase maior na ação soberana de Deus e na glória de Deus como o objetivo maior de tudo.

c) Essa ênfase primária em Deus, e não nos desejos ou bem-estar das pessoas, leva à preocupação com o estudo sério das Escrituras, culto solene e respeitoso, evangelismo equilibrado, harmonia entre razão e emoção, ética pessoal e social.

d) A centralidade das Escrituras como norma de fé e prática (acima da experiência individual). Tudo deve ser julgado pela Palavra. Daí, a preocupação com o preparo bíblico e teológico dos pastores.

e) O Espírito e a Palavra andam juntos, assim como a obra do Espírito não pode ser separada da obra de Cristo. A função do Espírito Santo é exaltar a Cristo e testemunhar dele.

Contribuições positivas dos carismáticos: espiritualidade intensa e alegre, culto vibrante, fervor evangelístico, ênfase à santificação, valorização da pessoa e obra do Espírito Santo.
Fonte: Portal www.mackenzie.br