sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Por que os mártires devem sofrer, morrer... se os eleitos irão ser salvos?


Por Josemar Bessa

Se há uma eleição divina - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; Efésios 1:4 – e se esse Deus que elegeu é soberano e não pode ser frustrado, e irá trazer os eleitos a salvação, pregar, sofrer pela propagação da Verdade, morrer como o Apóstolo Paulo... não seria algo supérfluo?

Esse é um raciocínio repetido a exaustão, mas o que ele não consegue entender é o claro ensino do Apóstolo Paulo, por exemplo, ( que foi martirizado por pregar o evangelho ) que Deus ordenou não apenas a salvação dos eleitos, mas por sua graça, bondade, vontade... também ordenou os meios para realizar esse fim. O que envolve a pregação do evangelho até os confins do mundo – pregação essa que tem propósitos distintos: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida...” - 2 Coríntios 2:15-16

A ordem é pregar a Verdade à custa de oposição, aflição, de modo que os eleitos possam ser salvos, sendo regenerados pelo Espírito, então crendo, voltando de seus pecados para Deus... Não é claramente esta a causa que Paulo dá para sua vida, pregação, prisão, morte...?

“Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho; Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” - 2 Timóteo 2:8-10

Paulo está empenhado em difundir a verdade do Evangelho a ponto de estar disposto a sofrer e resistir a qualquer dificuldade, sofrimento... Mas por quê?
 
O que Paulo diz aqui em 2 Timóteo é um eco de toda a lógica do que ele ensinou – “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” - Romanos 10:13-15

O homem deve ouvir o evangelho para ser salvo, e como ouvirão se não há um pregador? Então Paulo sofre privações terríveis como expressão de seu compromisso de que os eleitos devem ouvir o evangelho para crer e serem salvos: “...tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” - 2 Timóteo 2:8-10. Ele sabe que Deus escolheu mostrar sua graça escolhendo homens indignos e merecedores do inferno, ele sabem que estes não podem deixar de serem salvos. No entanto, ele também sabe que  eles não são salvos até que creiam no evangelho.

Por isso o “para que” no verso 10 - “...tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles...” – Ele tudo sofre com esse propósito, finalidade – por amor aos escolhidos – o sofrimento de Paulo tem um objetivo em vista – que entre aqueles que ouvem o evangelho, aqueles que foram escolhidos por Deus ouçam a boa notícia do evangelho, e ouvindo e crendo, sejam salvos.

Então, ao contrário do argumento tão repetido, a confiança de Paulo em sua pregação do evangelho, até a ponto de sofrer, ser martirizado... está numa convicção profunda:

a) De que as pessoas só são salvas quando ouvem e creem no Evangelho, e
b) Quando os eleitos ouvem o evangelho, eles tem seu coração regenerado para que creiam e sejam salvos.

Paulo não tem nenhum conflito entre a doutrina da Eleição e a necessidade de proclamar o Evangelho. Mesmo que certamente os eleitos não possam deixar de ser salvos, Deus planejou que a propagação, a proclamação do Evangelho é o meio pelo qual eles serão salvos. Em outro lugar Paulo coloca isso claramente nestes termos: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;” - 2 Tessalonicenses 2:13

Deus poderia ter determinado outros meios de chamar os seus eleitos sem a necessidade da proclamação, do sofrimento, do martírio... Mas isso é manifestação de sua graça a nós. Ele de fato em nada precisa de nós, mas em bondade imerecida, desejou que fôssemos instrumentos de seu poder. Paulo nunca se vangloria que a salvação dos filhos de Deus depende dele, de seus esforços, seus sofrimentos... ele diz que simplesmente Deus quer e determinou salvar o seu povo pela pregação da Palavra, e escolheu homens e os enviou para este fim – nós! Apenas instrumentos do Seu Poder!
Fonte: Josemar Bessa
 

A SALVAÇÃO É, SIM, PELAS OBRAS!


“Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos” (Romanos 5.19).

Uma das grandes perguntas com a qual as pessoas se defrontarão cedo ou tarde é: “A salvação é pelas obras ou não?” Frequentemente respondemos a esta pergunta com um sonoro “NÃO! A SALVAÇÃO NÃO É PELAS OBRAS!” dizer isso não está errado, porém, deixa muita coisa ainda descoberta e inexplicada, de maneira que, a melhor resposta para a pergunta é: “Não, a salvação não é pelas obras. Porém, ela é, sim, pelas obras!” Parece confuso? Entendamos o que isto significa:

Em primeiro lugar, não, a salvação não é pelas obras. Ela não é resultado dos nossos esforços ou dos nossos supostos atos de justiça. Diz o apóstolo Paulo que, “ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3.20). Ele também afirma que, “o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16). Séculos antes, o profeta Isaías já havia confessado em profundo tom de tristeza e quebrantamento: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia” (64.6). Por tudo isso, é que a salvação não é obtida por meio das nossas obras. Ela vem pela graça, mediante a fé, como um dom, uma dádiva de Deus (Efésios 2.8). Não fazemos absolutamente nada. Nem mesmo a fé e o arrependimento são obras genuinamente nossas, visto que vêm de Deus (Efésios 2.8; Atos 5.31; 11.18; Romanos 2.4; 2Timóteo 2.25).

Segundo, sim, a salvação é pelas obras. Isto não é uma contradição do que foi dito anteriormente. A salvação se efetiva nas vidas dos eleitos de Deus em virtude das obras perfeitas de justiça praticadas pelo Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo afirma que a justificação dos eleitos é fruto “da obediência de um só” (Romanos 5.19), a saber, Jesus, o segundo Adão. A verdade da Escritura é que o Senhor Jesus tomou sobre si o pacto das obras, no qual o primeiro Adão falhou, e, voluntariamente, obedeceu a toda a lei, cumpriu todos os mandamentos. Além disso, recebeu a completa punição pela desobediência do homem. Chamamos a estes dois aspectos da obediência de Cristo de obediência ativa e obediência passiva. Cristo não nos substituiu apenas em sua morte. Ele também agiu como nosso substituto durante toda a sua vida, em todos os momentos nos quais ele esteve sujeito à lei (Gálatas 4.4). Por essa razão, a salvação é pelas obras.

Nossa Confissão de Fé de Westminster (VIII.5) expressa esta verdade de forma extraordinária: “O Senhor Jesus, pela sua perfeita obediência e pelo sacrifício de si mesmo, sacrifício que, pelo Eterno Espírito, ele ofereceu a Deus uma só vez, satisfez plenamente à justiça de seu Pai, e, para todos aqueles que o Pai lhe deu, adquiriu não só a reconciliação, como também uma herança perdurável no Reino dos Céus”.

Por esta razão, amados irmãos, não podemos fazer outra coisa a não ser bendizer a Deus por tão grandiosa salvação! Tão grandiosa que nossas obras se mostram ineficazes! Tão grandiosa que nos foi obtida por um grandioso Redentor! Aleluia!
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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Meus Sermões Pregado na IPB Monteiro-PB (Republicação)

Texto: Mt 6.19 - 21
 
Exórdio:
Existem vários empresários de sucesso como: Sílvio Santos; Antônio Hermínio de Morais; Roberto Marinho Filho; Edi Macedo mercadejante da fé; além do homem mais rico do mundo Bill Gates e dono da Microsoft que fez uma celebre afirmação: “Conquistei riquezas, status e um invejável patrimônio, só lamento não saber o que me sucederá após a morte. Existem ainda várias outras coisas de valor, que mesmo lícitas, não podem ocupar o 1º lugar em nossas vidas, enquanto que outras devem ocupar este lugar. Onde está posto a principal prioridade do seu coração? Nas coisas materiais ou espirituais?

Narração:
Este texto está inserido no sermão do monte que vai de Mt 5.1 – Mt 7.24. O assunto abordado aqui não está condenando e proibindo possuir bens, ou valorizar as coisas de valor que o Senhor nos deu. O exposto neste é sobre a prioridade principal do nosso coração, onde o reino de Deus deve está centralizado em detrimento de coisas secundárias. Seu coração prioriza primariamente os tesouros na terra ou no céu?

TEMA: UM CORAÇÃO, DOIS TESOUROS.

1-EXISTEM TESOUROS NA TERRA v.19
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam.”

A. São temporais v.19a
Uma das características dos bens materiais é a sua condição efêmera. Na cidade de Monteiro-PB houve várias pessoas que esbanjavam orgulho e dinheiro, hoje vivem a mendigar um emprego dos caciques políticos da política regional. As riquezas são passageiras. Mesmo que alguém morra rico, mortalha não tem bolso e nem caixão gaveta para guardar dinheiro. Tudo fica aqui!!! Qualquer coisa que construirmos aqui é passageiro seja amizade, bens ou qualquer outra coisa. A única certeza que temos é um dia o encontro com a morte. Nosso coração precisa de um tesouro, ou seja, algo de valor, para priorizar. Mas alguns têm priorizado as coisas sem estabilidade perpétua. Disse o teólogo João Calvino que mesmo as coisas lícitas podem tornar-se um ídolo se forem no coração mais importante do que o reino de Deus.
Temos alguns tesouros lícitos aqui na terra, mas que podem tornar-se ídolos se colocados no lugar indevido.

1. Familia:
Quando casei no Fórum de Monteiro, a juíza Drª. Ana Cristina Penazzi fez a famosa pergunta se eu aceitava casar com Helenilda, eu soltei um sonoro Sim!!! Que ecoou por todo o recinto, porque eu amo a minha esposa. Quando a minha filha Hellen nasceu, eu não cabia em mim de tanta alegria, quando vi ali aquela coisa linda como não há em nenhum lugar da terra, ainda hoje eu fico contemplando a beleza da minha filha. Gente minha esposa e minha filha são muito lindas!!! Eu valorizo a minha família, mas não podem ocupar o 1º lugar no meu coração, e sim Deus.

2. Emprego:
Existem dois extremos com relação ao trabalho:  
1. Relaxamento. O abençoado só chega atrasado, sai antes da hora, acomoda-se com o salário, não busca outras alternativas, vivendo a vida toda no vermelho quando pode melhorar. 
2. Ganância. O camarada chega antes da hora e emenda até a noite para receber hora extra, sábados, domingos e feriados, tudo para ele é visto como dias de trabalho, não tem tempo para Deus, família, igreja. Ainda acha-se no direito de julgar a espiritualidade dos outros. Este é escravo do trabalho e Cristo nos chamou à liberdade. (Gl 5.1). Aleluia!!!
Lazer: Futebol, natação, pescaria. Tudo isso é benção de Deus que nos deu pernas e braços para praticar futebol, para quem sabe, pode também nadar; prefiro não arriscar, pois sou igual à pedra, “entro e afundo. O senhor colocou peixes e répteis para pescarmos e caçarmos. Porém, podem tornar-se maldição quando priorizamos acima de Deus estas coisas. A bíblia diz: “Alegrei-me quando me disseram vamos a Casa do Senhor”(Sl 122.1). No entanto, a alegria de muitos está no futebol, pois entram na quadra ou campo para jogar e na igreja ficam do lado de fora, sentem mais prazer em não submeter-se a autoridade da Igreja do que obedecer a Palavra de Deus que diz: “Obedecei aos vossos pastores”(Hb 13.17). O Conselho da Igreja decidiu que culto de Oração, Doutrina, Escola Bíblica Dominical e Culto Dominical são programas oficiais da Igreja, o que faltar é desobediente. É contraditório alguém dizer que ama a Cristo e não valorizar a sua igreja. Os cristãos primitivos todos os dias estavam no templo (At 2.46).Estes cristãos eram fanáticos? Só porque temos quatro programas oficiais de culto da Igreja alguns insolentes acham que somos fanáticos!! Imaginem estes que todos os dias estavam na Igreja. Qual a prioridade do seu coração?

B. São inseguros v.19b
Outra característica dos tesouros na terra é a insegurança. Tem uma música de um cantor chamado Amado Batista que diz: “O acidente tão de repente, acaba toda a alegria de alguém. É nessa hora que a gente vê que não vale nada o dinheiro que se tem”. Este cantor expressou uma grande verdade, os bens (tesouros) da terra são inseguros e podem acabar de uma hora para outra. Para muitos seu tesouro é a vida sentimental, pois quando estão tristes por algum problema não vêm à igreja. A vida sentimental oscila muito, pois “enganoso é o coração e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá.” (Jr 17.9). Se você confiar nos seus sentimentos, certamente fracassará. A Bíblia não ordena sentir para obedecer, mas obedecer mesmo contra os sentimentos. Ainda a confiança a cada dia se transforma em desconfiança, muitos estão colocando todo tipo de “segurança” nas lojas, casas, carros. Entretanto, os assaltos só têm aumentado, fraudes no INSS e outros órgãos governamentais. Tudo feito pelo homem é falho. Os tesouros da terra são inseguros!!! “Se o Senhor não edificar a cidade em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1).
Se nossa prioridade está mal definida está na hora de defini-la corretamente.
Todos os tesouros da terra cessam aqui mesmo com a morte, precisamos de algo mais do que isso. Não se contente com coisas que por serem instáveis não te trazem segurança para o futuro. Deus tem um futuro de bênçãos para nós. Quando o povo de Israel esteve na instabilidade “coxeando entre dois pensamentos, querendo servir a Deus e a Baal (I Rs 18.21) estiveram sofrendo e até foram para o cativeiro, mas o Senhor fala: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, de bem e não de mal (Jr 29.11). Deus tem o melhor para mim e para você. Não priorize de modo primeiro as coisas materiais, elas são instáveis. A nossa prioridade maior é Deus.

2- EXISTEM TESOUROS NO CÉU v.20
“Mas ajuntais para vós outros tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam.”

A. São eternos v.20a
Existem alguns tesouros no céu (eternos), porém já começamos a gozá-las aqui na terra.
1. Salvação
O principal tesouro que Deus nos deu foi nos escolher antes da fundação do mundo para a salvação (I Ts 2.13).Esta salvação teve origem no seu amor que graciosamente nos dispensou e dando-nos o que não merecíamos na pessoa do seu Filho amado Jesus. Todos os méritos da nossa salvação pertencem a Jesus. “Ele vos deu vida estando vós mortos em delitos e pecados.” (Ef 2.1).
A nossa eternidade seria catastrófica no inferno, mas agora nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.”(Rm 8.1). A cruz de Cristo revela a grandeza do nosso pecado e o imensurável amor de Deus por nós. O amor de Deus é eterno, como eterna é a nossa salvação por Ele outorgada.
O Senhor fez uma aliança eterna conosco que só seria quebrada se Cristo fosse infiel, mas Ele nunca foi, não é e jamais será. Ele é fiel!!. Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos e elas não tem fim, renovam-se a cada manhã (Lm 3.22). A palavra misericórdia vem do hebr. Hesed que significa que o Senhor não nos deu o que merecíamos, ou seja, a condenação, mas nos deu a salvação.
2. Adoração
Nós devemos priorizar a adoração a Deus e a sua glória, que são tesouros preciosos que não acaba com a morte, é realizada tanto por homens como por anjos, e um dia estaremos na nova Jerusalém em total adoração..
Priorizemos o reino de Deus!!! Diz a Santa Escritura: “buscai em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Priorizando Deus estamos o adorando!!!
Já temos a salvação, agora precisamos priorizar o Deus que nos salvou. O reino de Deus deve ocupar o primeiro lugar em nossa vida. O seu coração prioriza Deus Em tudo? Ele é o mais valioso de todos os tesouros que o homem pode receber. É eterno como eterno é o seu amor. A nossa prioridade é adorar a Deus?

B. São seguros v.20b
Podemos colocar nosso coração nos tesouros do céu, pois ninguém tira o que é nosso de lá. Jesus prometeu que disse aos discípulos, “todo o que o Pai me dá esse virá a Mim e o que vem a Mim de modo algum o lançarei fora” (Jo 6.37). Por isso temos segurança de salvação eterna, o nosso tesouro está bem guardado como disse o apóstolo Paulo “Eu sei em quem tenho crido que é poderoso para guardar o meu tesouro (depósito) até aquele dia” (II Tm 1.12. As primícias do nosso coração devem ser as coisas do alto. “Portanto se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado a direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra.” (Cl 1.1,2).
Podemos ter total segurança, visto que o Senhor na sua providência sustenta e governa tudo que existe. Nada ocorre sem que Deus permita, sendo assim podemos está seguros. Mas o pior é que é que muitos não priorizam os tesouros no céu, causa esta que vivem em busca da salvação, tentando conquistar por esforços próprios. Meu amado ouvinte se você não tem paz na alma e anda em busca de sossego. O teu sossego é Jesus!!!. Se você até agora fez tudo do seu jeito, meu querido dê prioridade a partir deste instante a Deus e receba o convite salvador de Jesus Cristo. O teu coração precisa ter Jesus com principal tesouro, nEle estão todos os tesouros revelados, em Cristo há total segurança. Muitas vezes priorizamos tanto as coisas passageiras que esquecemos de confiar em Deus. Há segurança na pessoa de Jesus!!!
Conta-se uma história de uma viagem aérea onde o avião passou por um problema e todos os passageiros ficaram em polvorosa, e correndo de um lado para outro encontraram um garoto de uns doze anos que lia sua revista em quadrinhos. Uma senhora perguntou: Menino estamos todos amedrontados e você aí sentado nesta calma? O que o leva a ficar assim? O garoto respondeu: Não precisam ficar com medo, tudo terminará bem, pois meu pai é o piloto.
Quantas vezes esquecemos de agir como este garoto? Deus está no controle!!! Se você não priorizar os tesouros no céu nunca verá isso, estando sempre em busca de satisfação e segurança. Deus é a nossa Segurança!!! Aleluia!!! Glórias a Deus!!!

3- SOMENTE UM TESOURO SERÁ PRIORIDADE PARA O TEU CORAÇÃO v.21
“Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.

A sua prioridade será somente um dos tesouros ou na terra ou no céu. Não existe meio termo ou prioriza o reino de Deus ou não. O reino de Deus não é ativismo, trabalhar 24h/dia na igreja e esquecer a família; também não é oba-oba com participações no culto de domingo a noite e olhe lá. É obediência aos princípios da Palavra de Deus que dá a Igreja Visível autoridade sobre os seus membros (Mt 18.15-17). Você já é salvo? Então a sua prioridade correta deve ser o reino de Deus.
Se você ama a Cristo, deve priorizar a sua obra. A Igreja faz parte desta, quando alguém desvaloriza a Igreja que prega o Evangelho, talvez não entendeu o que é ser cristão ou quem sabe não é cristão.
Quando algo é mais interessante do que o culto divino, quem sabe ainda não compreendeu o que é ser adorador ou ainda não chegou a ser um adorador.
Priorizemos os tesouros no céu, o reino de Deus e a sua obra!!!
O teu coração está dividido em servir a Deus ou perder as festas profanas. As festas passam como a sua alegria, depois resta somente o vazio na alma.
Dizia o teólogo Santo Agostinho que o homem possui um vazio do tamanho de Deus e que só Deus pode preencher este vazio. Não espere sentir o toque do Espírito Santo, porque Ele já está falando ao teu coração pela Palavra pregada. Qual a prioridade do teu coração? Amigos, farras, dinheiro, sucesso? Tudo isso é passageiro. Jesus é eterno priorize Ele em tua vida!!!
Talvez você diga que é jovem demais e precisa curtir mais a vida, este que está te alertando é um jovem de trinta e quatro anos. Deus é prioridade na minha vida e precisa ser na tua!!!
Priorize os tesouros no céu e comece a gozá-los ainda aqui na terra.

CONCLUSÃO:
Nesta mensagem vimos que há um coração, porém dois tesouros; há os tesouros na terra; também os há no céu; porém a prioridade principal do coração só pode está em um deles. Diante desta verdade, cabe a você averiguar. Qual a principal prioridade do teu coração? O reino de Deus ou os prazeres transitórios?

APLICAÇÃO:
Convido vocês meus queridos e diletos amigos seja crente ou não a uma reflexão. O reino de Deus é prioridade na sua vida? O seu coração valoriza mais os tesouros na terra ou no céu? Se o reino de Deus não é tua principal meta, então se arrependa e volte-se para Deus. O Senhor nos criou para Ele e se há alguém que ainda não tem certeza de vida eterna em Jesus Cristo hoje é o dia de você priorizá-lo e recebê-lo por meio da fé.

Autor: Pb Missº Veronilton Paz da Silva (Cel. 96790574)

Sermão pregado no dia 03/05/2009

Local: Templo da Igreja Presbiteriana do Brasil em Monteiro.

Número de presentes ao culto: 300 pessoas

Os quatro evangelhos e a cruz


Quando lemos os Evangelhos encontramos algo comum em todos eles a crucificação de Jesus e todos os evangelistas trouxeram palavras que o Senhor proferiu enquanto esteve naquela cruz. Ao todo o Senhor proferiu sete palavras ou sete brados que para nós tem uma grande importância, pois foram as suas últimas palavras num dos momentos mais importantes da história do cristianismo. Foram palavras de dor, de solidão, mas também foram palavras de graça e perdão. Podemos dizer que todo o ministério de Jesus se resumiu naquela cruz. Aquela cruz onde Ele levou sobre si todos os nossos pecados. Aquela cruz que era minha e também sua, no entanto Ele a tomou em nosso lugar. Aquele que não conheceu pecado se fez pecado por nós, como nos fala Paulo em 2Co 5.21.

Jesus não só foi até a cruz, mas Ele ensinou sobre ela. Jesus ensinou que se alguém quisesse ser seu discípulo deveria negar-se a si mesmo e tomar a cruz todos os dias (Lc 9.23). Para um homem “negar a si mesmo” totalmente, deverá renunciar completamente sua própria vontade.  A atitude do cristão é, “Para mim, o viver é Cristo” (Fl 1.21 — honrá-Lo, agradá-Lo, servi-Lo. Renunciar sua própria vontade significa atender à exortação de Filipenses 2.5, “Que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”, o qual é definido nos versos que imediatamente seguem como de abnegação. É o reconhecimento prático de que “não sois de vós mesmos, porque fostes comprados por bom preço” (1 Co 6.19,20). É dizer com Cristo, “Não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14:36). Negar-se a si mesmo é deixar Cristo reinar em nossas vidas e aceitar a cruz que nos está imposta.

Tomar minha “cruz” significa uma vida voluntariamente rendida a Deus. Como o ato dos homens ímpios, a morte de Cristo foi um assassinato; mas como o ato do próprio Cristo, foi um sacrifício voluntário, oferecendo a Si mesmo a Deus. Foi também um ato de obediência a Deus. Em João 10.18 Ele disse, “Ninguém a [Sua vida] tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou”. E por que Ele o fez? Suas próximas palavras nos dizem: “Este mandato recebi de meu Pai”. A cruz foi a suprema demonstração da obediência de Cristo. Nesta Ele foi o nosso Exemplo. Uma vez mais citamos Filipenses 2.5: “Que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. E nos versos seguintes nós vemos Jesus tomando a forma de um Servo, e tornando-Se “obediente até a morte, e morte de cruz”. Agora, a obediência de Cristo deve ser a obediência do cristão — voluntária, alegre, sem reservas, contínua. Se esta obediência envolve vergonha e sofrimento, acusação e perda, não devemos nos acovardar, mas por o nosso rosto “como um seixo” (Is 50.7). A cruz é mais do que o objeto da fé do cristão, ela é o sinal de discipulado, o princípio pelo qual sua vida deve ser regulada. A “cruz” significa rendição e dedicação a Deus: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

Mas nos dias atuais, a cruz tem sido bastante mal interpretada. Isso pode ser comprovado pelo fato de ser quase impossível achar alguém que diga algo negativo a respeito dela. A cruz é usada como pingente por atletas, adeptos do Movimento de Nova Era e astros de rock. Esse indescritível instrumento de morte e crueldade é agora símbolo de união, tolerância e espiritualidade de todos os gêneros. O “escândalo da cruz”, como diz Paulo, há muito desapareceu, quando a mensagem foi reinterpretada para se adequar à mente moderna. Muitos dos que usam a cruz no pescoço ficariam horrorizados se compreendessem seu verdadeiro significado [1].

Imagine alguém trazendo no pescoço como enfeite uma guilhotina, uma forca ou quem sabe um dos instrumentos de tortura da Idade Média. Para muitos isso seria uma grande loucura, mas essas mesmas pessoas não pensam isso a respeito da cruz.

Gostaria de fazer uso de um texto de A. W. Tozer que nos fala da velha e nova cruz, ele faz uma análise do tipo de mensagem que se tem pregado hoje em dia a respeito da cruz. Vejamos:

"Sem fazer-se anunciar e quase despercebida uma nova cruz introduziu-se nos círculos evangélicos dos tempos modernos. Ela se parece com a velha cruz, mas é diferente; as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais.
Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à vida cristã, e desta nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica – um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. A velha cruz não fazia aliança com o mundo. A nova cruz não se opõe à raça humana; pelo contrário, é sua amiga íntima e, se compreendermos bem, considera-a uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer interferência.
A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística nova e por completo diferente. Busca a chave para o interesse do público, mostrando que o cristianismo não faz exigências desagradáveis; mas, pelo contrário, oferece a mesma coisa que o mundo, somente num plano superior.
A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. Ela o faz engrenar em um modo de vida mais limpo e agradável, resguardando o seu respeito próprio. A mensagem de Cristo é manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la aceitável ao público.
A filosofia por trás disso pode ser sincera, mas na sua sinceridade não impede que seja falsa. É falsa por ser cega, interpretando erradamente todo o significado da cruz.
A velha cruz é um símbolo da morte. A cruz não fazia acordos, não modificava nem poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não tentava manter bons termos com sua vítima. Golpeava-a cruel e duramente e quando terminava seu trabalho o homem já não existia.
O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de Deus e os do homem é falso em relação à Bíblia e cruel para a alma de seus ouvintes. Ao nos aproximarmos de Cristo não elevamos nossa vida a um plano mais alto; mas a deixamos na cruz.
Nós, os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes ou relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo. Não somos diplomatas, mas profetas, e nossa mensagem não é um acordo, mas um ultimato.
Deus oferece vida, embora não se trate de um aperfeiçoamento da velha vida. A vida por Ele oferecida é um resultado da morte. Ela permanece sempre do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la deve passar pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a justa sentença de Deus contra ele.
O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado quer encontrar vida em Cristo Jesus? Ele não deve encobrir nada, defender nada, nem perdoar nada. Não deve procurar fazer acordos com Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do desagrado severo de Deus e reconhecer que merece a morte.
Feito isto, ele deve contemplar com sincera confiança o salvador ressurreto e receber dEle vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz que terminou a vida terrena de Jesus põe agora um fim no pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o levanta para uma nova vida com Cristo.
Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular a verdade? Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho ou alterar o padrão que nos foi mostrado no Monte? Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e conhecermos o velho poder" [2].

Precisamos com urgência reavaliar a nossa mensagem para não cairmos nesse mesmo erro que A. W. Tozer está nos alertando que anda ocorrendo por aí. A velha cruz dá ideia de ultrapassada, de retrógrada, mas a sua mensagem é exatamente o contrário de tudo isso. A Velha Cruz nos oferece vida transformada pelo poder do Evangelho.

A cruz, como evento histórico necessário, marca o ponto mais alto da História da Redenção, e tem lugar especial na vida do cristão. Observe alguns aspectos referentes a morte de Jesus:

- É na morte que a Obra Messiânica de Cristo é encerrada (Jo.19.30).
- É o cumprimento do Antigo Testamento (1Co.15.3).
- A morte de Cristo é a garantia da pureza do cristão, bem como das suas boas obras (Tt.2.14).
- É na morte que ocorre o derramamento de sangue necessário para a perdão dos pecados (Hb.9.15, 22; cf. Mt.26.28; Ef.1.7; Cl.1.14).
- É por meio do sangue de Cristo que temos Eterna Redenção (Hb.9.12).
- É através da morte de Cristo que temos acesso a redenção (Rm.3.24)
- Em nome de Cristo deveria ser pregada a redenção de pecados a todas as nações (Lc.24.27)

De acordo com as colocações supracitadas, não podemos deixar de reconhecer a centralidade da Cruz na vida e expectativa cristã. De fato, é impossível ser cristão sem render-se a cruz de Cristo, que representa Sua Morte em nosso favor. Aliás, cristianismo sem a cruz é mera ideologia ética sem valor. Portanto, o verdadeiro cristianismo depende intrinsecamente da cruz, pois esta é o cerne de sua ideologia e fé. Se o que foi dito é verdadeiro, e o símbolo que deveria representar tal ideia deve ser compatível a tal colocação, segue-se que a Cruz é a representação gráfica ideal para o Cristianismo.

E o que significa essa cruz senão nossa liberdade? Nossa Redenção? A remissão dos nossos pecados? Comunhão com Deus? É por meio dela que nós somos completamente libertos de nossa medíocre vida sem significado e passamos a participar da Vida Eterna que Deus nos concede por meio de Jesus Cristo. Cruz nos lembra a morte de Cristo, que nos garante a Redenção do pecado, que nos proporciona a perfeita vida eterna com Deus[3]

A lei de Deus não foi dada a nós para nos justificar, mas para nos condenar. Deus queria mostrar como era o homem perante Ele: maldito. Todo homem! Pois “maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl 3.10). Isso é a lei do Antigo Testamento. O Antigo Testamento nos mostra que somos malditos pecadores; não somos capazes para salvar-nos; o Antigo Testamento nos mostra que precisamos de um Salvador. E o Novo Testamento nos mostra quem é este salvador: Jesus Cristo.

Jesus Cristo nos salvou. Ele foi o nosso substituto. Ele se colocou em nosso lugar para tomar a maldição de Deus. Nós somos malditos, mas Cristo tomou a nossa maldição. Cristo sofreu por causa dos nossos pecados; Cristo foi castigado em nosso lugar. Paulo fala sobre isso, quando ele escreve: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl 3.13). Veja o que nos diz a Lei: “Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança” (Dt 21.22,23).

A nossa salvação está ligada com a cruz de Cristo. A crucificação de Jesus Cristo não foi um castigo qualquer. A crucificação foi uma morte maldita. Quem morreu assim foi maldito por Deus e pelos homens. Pendurada no madeiro, entre o céu e a terra. Isso quer dizer: maldito pelos homens e por Deus; nem os homens o aceitam, nem Deus. Cristo foi maldito e a morte dele mostra isso.

Mas assim Ele devia morrer. Ele devia tomar esta maldição para nos livrar da maldição. Pois Cristo estava pendurado na cruz, não por causa de um pecado pessoal dele; Cristo estava pendurado na cruz por causa do oficio dele. Sendo mediador entre Deus e os homens, representando o povo de Deus, Cristo aceitou voluntariamente o seu destino. Ele foi mandado para esta terra para realizar este sacrifício na cruz. Isso foi o seu destino. Os profetas já falaram sobre isso; os salmos já falaram sobre isso. Veja o Salmo 22, 35 ou salmo 69. Estes salmos já profetizaram sobre a morte do Cristo na cruz. Jesus devia morrer assim para nos salvar. Devemos nos lembrar sempre disso.

Notas
1 – Lutzer, Erwin. Os Brados da Cruz. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2002: p. 16.
2 – Tozer, A.W. O Melhor de A. W. Tozer. Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2007: p. 151 a 153.
3 – Berti, Marcelo. Conceito de redenção nas Escrituras. http://www.napec.net/reflexoes-teologicas/conceito-de-redencao-nas-escrituras/, acessado em 26/03/12.

Fonte: Napec

 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Eu [não] vou viver uma virada em minha vida, eu creio

 
 Por Andrew McAlister
“Sem percebermos, a Teologia da Prosperidade fisgou muitos, pelo menos em parte. A partir do momento em que reclamamos contra Deus por não vivermos de bem com a vida, já partilhamos do espírito neopentecostal. Antigamente, os cristãos sabiam o que era sofrer com fé num Deus que no fim resgataria toda a sua criação. Hoje, qualquer privação ou mal-estar é visto como uma falha da nossa fé. É uma mentira neopentecostal e deve ser identificada como tal.” 
É muito complicado conciliar a Palavra de Deus com muito do que se tem pregado e cantado hoje em dia. Sempre que me deparo com mais um livro que fala sobre os tesouros que Deus têm para mim hoje ou mais um CD cuja faixa tema fala do dia da minha grande vitória, eu travo. Travo mesmo. Dá um tilt na cabeça, daqueles do tipo de tirar o cartucho do console e soprar pra ver se volta a funcionar (Quem nunca, né?). Onde é que está esse grande dia que nunca chega? Será mesmo que esse dia chega?
Abro as mãos e olho para elas. Meus dedos são tomados por manchas da vitiligo que me aflige desde pequeno. Não tem cura, mas tem tratamento. No caso da minha vitiligo (são sete tipos diferentes), é por meio de aplicação diária de loções que queimam assim como sessões mensais de injeções locais. Imagina tomar umas quarenta agulhadas nos dedos, ao redor do olho, no canto da boca, joelho, pé… Em resumo: dói. Muito. E eu odeio agulha. Mesmo.
Há pouco menos de dois anos descobri que sofro de hipotireoidismo. Lembra daquilo que o Ronaldo Fofômeno falou que tinha e por isso engordou muito? Pois é. Eu tenho isso mesmo, de verdade. Também não tem cura, só tratamento. Esse não é tão ruim. Fora os exames de sangue de rotina (já mencionei que odeio agulhas?), basta tomar um remédio toda manhã com um copo d’água e esperar trinta minutos pra comer. Esse aí é colher de chá. Mas basta parar de tomar o remédio que engordo rápido a beça, fico cansadíssimo, corro risco de ter ataque cardíaco e outras coisas mais.
Tenho algumas tendinites que volta e meia me lembram que sou pó e uma gastrite nervosa que adora aparecer quando estou com muita coisa na cabeça. Ah, e tem dias que tenho crises alérgicas absurdas. Mais alguém conhece todas as fórmulas de Celestamine, Polaramine, Allegra, Claritin, Claritin D, Loralerg e por aí vai? Ou só eu mesmo?
Na adolescência, minha mãe sofreu um acidente de carro do qual ela teve complicações que ainda a afligem. Já falei sobre isso no post (This is not the end… Isso não é o fim), então quem quiser saber detalhes, dá uma olhadinha lá. Além das dores, sofre de depressão. Quem já lidou com depressão, seja própria ou de alguém da família, sabe o quanto é difícil lidar. É uma luta diária para não se deixar abater com isso, e não é uma luta que vencemos todos os dias. Há dias em que o silêncio dentro de casa é ensurdecedor e qualquer tentativa de falar é de partir o coração. Ela está se tratando, mas cada médico faz uma nova promessa de que ela melhorará. Mas até agora nenhuma se cumpriu.
Vários amigos meus estão casando ou ficando noivos, quase todos mais novos que eu. E eu… continuo solteiro. Sim, Deus está preparando minha noiva e quando chegar será maravilhoso… mas com toda a alegria que tenho ao ver um amigo “se resolvendo”, dá uma pontada de inveja, confesso. Feliz por eles… triste por ouvir aquela voz sussurrando: “E a tua? Cadê?”
Minha vida não é das mais fáceis. Mas também não posso reclamar tanto assim, afinal, tem gente que na minha idade já não tem mais nem pai nem mãe… ou saúde. Outros perderam um irmão. Do outro lado do mundo, há igrejas inteiras que são queimadas com seus membros dentro. Há centenas de milhares de mães cristãs cujos filhos estão no fundo de um caixão, pois não renunciaram a sua fé em Cristo. Na mesma proporção, vários filhos vão dormir sem ter o calor de um abraço paterno, pois o pai foi seqüestrado por servir a Cristo.
Nas próximas eleições, tenho certeza que mais uma quadrilha será eleita. No ano seguinte, um talvez irá preso, mas outro logo se levantará no seu lugar. O Neymar vai continuar dizendo que é crente enquanto as fotos dele num iate com outra modelo nada modesta aparecerão na capa de sei lá qual revista. E mais um pastor abandonará seu ministério por desgosto, pois não acredita mais na Igreja.
E a tal da grande virada? E o dia da vitória? Daí vem o profeta Habacuque e diz:
“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (Hb 3.17,18)
E lembro-me do “Deus de aliança, Deus de promessas, Deus que não é homem pra mentir…”:
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16.33
Mais um…
“Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8.36-39
Qual é a grande virada que sou capaz de viver na minha vida? Somente uma. Um dia, eu não conhecia Cristo. No outro, Deus abriu meus olhos para que eu enxergasse que sou um miserável pecador, merecedor da ira divina. Mas Ele me amou e me salvou para que eu pudesse viver com Ele eternamente. E que vida eterna é essa?
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17.3
O que mais vemos hoje nos blogs, programas de televisão e afins é uma discussão continua e violenta a cerca da Teologia da Prosperidade, o neopentecostalismo e toda sorte de aberrações que são atribuídas a Cristo. Não vou juntar minha voz a tamanha agressividade e briga. Mas também não posso ficar calado.
Meu coração rasga, parte, de verdade. Isso não é o verdadeiro Evangelho. Isso não é a razão pela qual Cristo se deu por nós como sacrifício perfeito. Meu coração chora ao pensar que isso é o melhor que nossa geração tem a oferecer. Pior ainda é pensar que pessoas depositam suas vidas e esperanças em coisas que não são dignas de tal investimento. Se decepcionarão e talvez nunca mais entrem numa igreja tal o nível de desapontamento quando a tão esperada “virada” não chegar. Nunca mais darão ouvidos a Cristo, pois o Jesus que lhes foi apresentado não satisfaz tal esperança.
Com tanta coisa ruim que acontece na minha vida e na vida de tantos ao redor do planeta, a tentação é cair na auto comiseração, sentindo pena de mim e de tantos outros. Não faça isso. Nós não precisamos da sua pena. Tenho pena, sim, daqueles que depositam a sua fé em coisas que certamente as desapontarão.
Não há quantidade suficiente de dinheiro que traga felicidade ou segurança. Sua saúde pode desaparecer em uma questão de minutos. Aqueles mais queridos podem ser vítimas de um acidente. Qualquer esperança fundada em coisas físicas deste mundo equivale a nada, pois um dia tudo e todos retornarão ao pó de onde viemos. Mas a minha esperança foi pendurada numa cruz, moída e traspassada pelos meus pecados. Por amor a mim. E isso, ninguém pode tirar.
Não sou “apenas mais um” criticando a Teologia da Prosperidade e suas canções divertidas. Não o faço para ser agressivo ou debochado. Faço isso para que pessoas possam buscar a verdadeira vida eterna, o verdadeiro conhecimento do “único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
E quando enfim Jesus vier em Glória
E ao Lar Celeste então me transportar

O adorarei, prostrado e para sempre

“Grandioso és Tu, meu Deus!”, hei de cantar
Então minh’alma canta a Ti, Senhor:
“Grandioso és Tu, Grandioso és Tu!”     2x

 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Presbitério da Borborema formaliza Igreja Presbiteriana no Bairro do Catolé

O templo da IPB do Catolé superlotou durante o culto.
O presbitério da Borborema celebrou, no último domingo, dia 12 de fevereiro a passagem da congregação presbiteriana do catolé para Igreja Presbiteriana do Catolé.
Tendo à frente  o reverendo Saul, presidente do presbitério, os trabalhos começaram a partir das 18h30min com o culto em ações de graça que contou com a presença de muitos convidados que chegaram a lotar literalmente o templo da igreja, bem como as áreas externas.
Orações, cânticos de louvores, momentos de comunhão, ministração da Santa Ceia e a pregação da Palavra de Deus através do reverendo Renan, pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Central de Campina Grande marcaram o momento especial.
Duante o culto foram batizados novos membros e houve a profissão de fé do jovem Gabriel Sobreira, neto do diácono Assis Sobreira e filho de Ivando e Carla antigos membros da IPJ.
O reverendo Salvador Pereira, presidente do Sínodo da Paraíba participou do culto e dirigiu uma palavra de congratulações a nova igreja rogando a Deus bençãos sem medidas.
O bairro do Catolé é um dos mais tradicionais da cidade de Campina Grande e recebe a nova IPB que inicia seus trabalhos com 92 membros, dos quais 62 participaram do culto e das eleições que resultaram na escolha de 3 presbíteros e 4 diáconos que logo em seguida tomaram posse e a partir de então, ao lado do jovem pastor Flauber passaram a formar o oficialato da igreja.
Parabenizamos os irmãos da IPB do Catolé e rogamos a Deus que abençoe aquela congregação.
O pastor Flauber apresenta à igreja os novos membros
O pastor Renan fez a pregação da Palavra
A Cantora Evangélica Socorro Teles entoou louvores ao Senhor em vários momentos do Culto. Uma Benção.
Ministração da Santa Ceia pela primeira vez na nova IPB
O Diácono Assis Sobreira, as irmãs Marcolina e Glória da IPJ e o irmão Ivando da IPB Catolé, atentos. A irmã Carla Sobreira escapou do registro fotográfico, pois estava com a caçulinha Milena que já se movimenta muito. Fica para a próxima, Carla.
Houve batismos e...
...profissão de fé.
O Reverendo Salvador Pereira fez a saudação em nome do Sínodo da Paraíba
O jovem Gabriel após sua profissão de fé. Um registro para marcar momento mui especial em sua vida
Logo após o culto, o reverendo Saul deu início a parte formal de constituição da nova Igreja, com verificação de quórum, eleições e posses. A igreja elegeu 3 presbíteros e 4 diáconos

Curso Gratuito - Oratória: Otimizando a Comunicação - IPO

UMP Indica: O Ateísmo Cristão e outras ameaças à igreja


 A minha dica deste mês é o mais recente livro do Rev. Augustus Nicodemos. No combate as heresias que se produzem na Igreja Brasileira e outras ameaças à Igreja. Temas controversos são discutidos à luz do evangelho. Um livro para ser lido e relido sempre que doutrinas prejudiciais à saúde da igreja brasileira surgirem.

Augustus Nicodemus Lopes é paraibano e pastor presbiteriano. É bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife), mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Westminster Theological Seminary (EUA), com estudos no Seminário Reformado de Kampen (Holanda).

Para adquirir este material acesse: http://www.mundocristao.com.br/

Missionário Ericon Fábio