sexta-feira, 10 de junho de 2011

O herege e seus discípulos (ou, como fui salvo de Ricardo Gondim)

A mais recente carta que a liderança do Jovens da Igreja Betesta em São Paulo escreveu em apoio ao seu pastor, Ricardo Gondim (aqui), me deixou assustado. A influência que um falso mestre pode exercer no seio de uma igreja é algo realmente assustador; um verdadeiro câncer que, paulatina e silenciosamente, corrói a alma dos desavisados. Mas antes de destilar mais críticas, preciso fazer uma confissão. Volto já.
1RICARDO-Gondim-0001Por um bom tempo o Gondim foi o meu escritor/pensador evangélico favorito. Conheci sua pena através da Revista Ultimato (da qual ele foi recentemente convidado a “des-continuar” um trabalho que já durava vinte anos), e não quis mais parar de lê-lo. Aliás, minha motivação maior em ler a referida revista era por causa dos artigos de sua autoria. “Inspiradores”, era o que eu pensava dos seus textos. Li muitos dos seus livros, dentre os quais eu destaco É proibido: o que a Bíblia permite e a igreja proíbe (um marco na vida de muitos crentes); Artesãos de uma nova história; e Orgulho de ser evangélico. Aliás, foi dele o primeiro livro evangélico que comprei: Fim de Milênio: Os perigos e desafios da pós-modernidade na igreja (Abba Press, 1996). Eu também ouvia diariamente pregações suas numa rádio (não lembro qual), e as gravava em fita cassete. Eu gostava tanto do Ricardo Gondim que dois amigos meus passaram a me chamar de RG. “RG? Do que esses caras estão falando, hein?”. É, demorou pra cair a ficha. Até que, como diria Cazuza, “a emoção acabou”…
Voltei (ufa!). Por pura Providência, a época em que a emoção esmaecia coincidiu (eu falei “coincidiu”? Mercy, oh Lord!) com a época em que eu estava descobrindo a teologia reformada. E foi exatamente aí que eu passei a desconfiar de certos apelos que o Gondim fazia em seus textos – seus termos melosos, sua argumentação puramente emotiva e todo o resto que vocês já sabem. Como a tarefa de linkar todas as heresias que já li dele seria por demais hercúlea, contento-me em citar apenas um artigo de sua lavra que me abriu os olhos para o terreno movediço em que eu estava pisando. Trata-de do artigo Proposta de um credo, publicado em uma das edições de Ultimato (aqui), onde ele endossa aquilo que mais tarde eu conheceria por Teologia Relacional. Aproximei-me do texto como admirador, e voltei dele estarrecido com o que lia – mesmo não sendo esse o seu texto mais tortuoso. “Creio que Deus soberanamente decidiu abrir mão de parte de sua onipotência quando criou seres à sua imagem e semelhança”, dizia ele. Alguns dias depois, Gondim escreveria um polêmico texto sobre o tsunami que devastou o leste asiático no final de 2004 (clique aqui, porque este aqui, curiosamente, não funciona), onde não somente a onipotência, mas também a onisciência divina seria negada. Só que desse texto eu só tomei conhecimento muito tempo depois de ter sido escrito.
Quando li um artigo que o Augustus Nicodemus escreveu para a mesma Ultimato sobre a Teologia Relacional (aqui), logo passei a associar as denúncias dele às propostas do Gondim. Eu dava os meus primeiros passos na fé reformada, e aquele era um tema crucial. Um Deus que não é soberano? Estranho isso… Finalmente, fui alertado por um amigo que Gondim era adepto da Teologia Relacional. E foi exatamente isso o que eu ouvi mais tarde da boca do próprio Augustus, numa ocasião em que ele pregou na igreja em que eu passei a congregar (saí de uma batista e fui pra uma presbiteriana) – uma exposição na 2ª carta de João, que trata exatamente de como os falsos mestres devem ser tratados. Aquilo que muitos chamariam de “anti-ético” da parte do Augustus eu definiria como amor: amor pela Igreja de Cristo, a qual foi comprada com Seu sangue. Amor que anda em conformidade com a Verdade, como somos ensinados por Paulo (Ef. 4.15).
Aquela escada por trás dele... onde será que vai dar, hein?
Aí me vem esses jovens da Betesta em defesa de um cara que precisa negar a Verdade para afirmar o amor! “Não temos medo de pensar. Temos medo de não amar”, disseram eles na primeira defesa, em 2007 (aqui). Pergunto aos tais: “não amar” o que? O deus limitado do Gondim? Um deus que se faz menor que suas criaturas? Pois saibam que a este deus eu não amo e nunca temerei não amar! “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o primeiro mandamento. Isso mesmo! Que dizer do deus do Gondim senão que ele é outro, e, portanto, um ídolo? Ah, o “não amar” se refere ao próximo, é isso? Tanto quanto pior! Pois se eu não possuo uma visão adequada de Deus eu também não posso ter uma visão adequada do homem (e vice-versa), a quem pretendo tomar como próximo. Por isso é que eu também afirmo que não tenho medo de não amar ninguém!
E mais uma vez esses jovens resolveram adotar o discurso autocomiserado do seu mestre. “O Gondim virou o herege da vez. O inimigo da vez. Nada mais mesquinho e estranho ao Evangelho - que nos convida a amar os inimigos, mas parece que o universo evangélico se especializou em produzir inimigos para odiá-los em comunhão”, dizem. Aliás, relativizar a verdade em prol de um amor que só existe na cabeça deles é praxe nesses grupos. Segundo eles, “heresia pressupõe uma verdade absoluta. Na fé cristã essa verdade é o Amor, não uma doutrina ou um dogma”. E este é o motivo pelo qual eles não consideram seu mestre um falso mestre: a “não relativização” do amor. “Por isso não consideramos o Ricardo Gondim um herege, pois nunca o vimos relativizar a revelação que Deus é Amor”. Para justificar o porquê disso eles apelam para a vida corporativa (ou seria vegetativa?) da igreja onde, dominicalmente, Gondim destila seu veneno.
Quem conhece a Betesda e o Gondim sabe que ele prega todos os domingos na [sic] Bíblia e que proclama em alto e bom som a fé cristã: Jesus é Deus encarnado, nascido de uma virgem por meio do Espírito Santo, morreu na cruz por amor de nós, a fim de nos salvar, e ressuscitou no terceiro dia vencendo a morte, estendendo a ressurreição a todos os homens e mulheres por meio da fé.
Notem que nada é dito sobre, por exemplo, a soberania de Deus, porque este é um conceito que eles e os demais relacionais, liberais e et ceteras e tais! detestam. Isso pode ser facilmente explicado pela postura de Esquerda (socialista) assumida por eles. “Heresia”, dizem, “é uma palavra criada para tentar invalidar ideias opostas às ideias vigentes. Criar hereges é fonte de alianças maquiavélicas, para calar a boca de quem incomoda as maiorias, sempre poderosas”. E aqui eles alinham Gondim a Martin Luther King, dizendo que este “também já foi acusado de herege pelos pastores poderosos de sua época - e libertou um povo oprimido, dando a eles direito à cidadania”. Talvez se eles conhecessem um pouco mais da “vida privada” do tal revolucionário seriam mais cautelosos na comparação. Somente para fazer justiça, apesar da minha aversão à postura do Gondim eu não creio que ele, a exemplo do Luther King, plagiou teses na universidade e tem relacionamentos extra-conjugais (leia aqui) – embora teologicamente eles se pareçam. Mas o desvario desses jovens é tanto que resolveram alinhar seu mentor e Luther King a Lutero, os apóstolos e Jesus!
Ele [Gondim] é um herege apenas para quem considera alguma doutrina e lei absolutas. Mas nesse caso, King, Lutero, os apóstolos e o próprio Jesus também eram, então o Gondim está em ótima companhia, e seguindo um excelente caminho.
Quanta cegueira, meu Deus! Será que não percebem que defendendo seu mestre dessa forma tão estúpida estão indo contra o Mestre? Será que não percebem que alinhar Cristo e seus apóstolos a alguém que abertamente relativiza a Verdade e destrona a Jesus do seu patamar de Glória é blasfêmia? Será que não percebem que estão seguindo alguém que está imerso em sua própria incredulidade; um cego, guia de cegos?
Entendam, meu caros. Não é por pedantismo ou arrogância (ah, palavrinha mal entendida!) que digo essas coisas, mas por amor. Inicialmente, por amor a Deus e à Verdade; e também por amor àqueles que estão sendo levados por esse engodo chamado Gondim. Novamente apelando para a experiência comunitária, seus discípulos ainda alegam que “a maior parte de seus acusadores e perseguidores nunca leu um livro que ele escreveu, ou um artigo, uma entrevista, nunca foi à um culto na igreja Betesda do Jardim Marajoara, em São Paulo – onde ele é pastor e prega todos os domingos – não conhece os membros da Betesda e não sabe quase nada sobre a história de vida do Gondim nem da Betesda. Apenas repete o discurso inflamado de seus líderes e pastores que vêem no livre-pensar do Gondim uma ameaça”. Bom, eu realmente nunca fui num culto da Betesda (nem quero ir) e não conheço os seus membros (a não ser pelo que escrevem, agora). Mas já li livros, artigos e entrevistas suficientes do Gondim para querer distância de suas ideias, e a história de vida dele – bem como a de qualquer um de nós – não tem poder algum para testemunhar contra ou a favor da Verdade, visto que, como dizia Calvino, ela sozinha pode manter-se de pé. Não escrevo de uma “torre-de-marfim calvinista”, como alguns podem me acusar. Também vim do pó e ao pó voltarei; sou humano e pequeno. Por isso mesmo é que me reconheço fraco e incapaz; sujeito à minha própria fraqueza. Não obstante, creio firmemente que o Cristo das Escrituras é poderoso para me guardar de todo tropeço e para me apresentar com exultação, imaculado diante da sua glória (Jd 24). É por esse motivo que, embora eu discorde frontalmente dos que defendem esse herege, devo dizer que ainda assim tenho compaixão por eles, no sentido de que oro para que Deus, em sua inaudita Graça, os livre desse laço, assim como um dia eu mesmo fui liberto das trevas e da ignorância a respeito dos atributos e da Pessoa do Eterno. Não posso crer que alguém que diminua tanto a Deus possa ser considerado alguém que O ama em Espírito e em Verdade. Não posso admitir genuína adoração e amor onde a Verdade não impera.
Por isso, se aqui cabe um conselho aos jovens da Betesda (e aos demais enfeitiçados), aqui vai:
Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno. 1 Jo 2.24.
De todos os autores neotestamentários, João talvez seja aquele que mais tenha tratado do tema amor e verdade. Para ele esses são conceitos que não podem ser contrapostos nem divorciados, mas juntos dão todo o sentido à existência humana. Opiniões erradas sobre Deus, Jesus e o mundo não podem ser tomadas como “alternativas” à fé, e sim como afronta a ela. Por este exato motivo é que eu rechaço a proposta relacional do Gondim, visto que ela é, na realidade, toatalmente anti-relacional, no mais puro sentido redentivo da palavra. E, assim como um dia Deus me libertou de despencar nesse abismo, oro para que os jovens da Betesda também tenham os seus olhos abertos, antes que seus caminhos tomem um rumo totalmente irreversível.
Que Deus nos ajude!
Soli Deo Gloria!

Sacerdote católico assume abuso sexual de 17 crianças

William Marshall (do lado esquerdo na foto)
O ex sacerdote católico William Marshal, de 88 anos, confessou quarta-feira a um tribunal do Canadá ter abusado sexualmente de 17 crianças, a partir dos anos cinquenta, noticia a Efe.
Os abusos sexuais, a 16 rapazes e uma rapariga, foram perpetuados em escolas, igrejas e em casa dos menores, segundo a acusação.
Apesar de Marshal ter deixado a vida religiosa em 1996, depois dos seus superiores terem tomado conhecimento dos abusos sexuais, só em maio de 2010 é que o ex sacerdote viria a ser formalmente acusado.
A Congregação de São Basilio, à qual pertencia William Marshal, expressou, através de um comunicado, que "atos criminosos contra crianças são uma violação dos votos religiosos e gravemente pecaminosos".

Notícias Cristãs com informações da EFE via DN

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com

Contra os que desprezam o canto dos Salmos

Johannes Geerbardus Vos

Há muitos hoje que se cansaram de cantar os Salmos da Bíblia no culto a Deus. Isso por várias razões. Alguns se cansaram de cantar os Salmos porque não querem carregar a cruz de ser diferente das mega-igrejas. Há igrejas que cantam hinos bem conhecidos, e os Salmos, além de serem diferentes, são também peculiares e antiquados.
Outros reclamam dos Salmos porque na verdade não gostam da teologia dos Salmos, com sua ênfase na justiça e santidade de Deus, e na destruição que Ele determina aos Seus inimigos.
Há, também, aqueles que resistem aos Salmos porque não gostam do ‘sabor’ e ‘aspecto’ judaico dos Salmos: nomes de lugares, referências à história dos filhos de Israel, ou seja, o ‘tom’ hebraico da linguagem.
Cada uma dessas objeções aos Salmos tem uma coisa em comum: seja qual for, ela emerge de uma falta de simpatia e apreciação pela religião da Bíblia. Aqueles que reclamam dos Salmos não querem morar nas tendas alargadas de Sem. Eles não gostam da forma, do padrão e da estrutura da religião que Deus deu ao mundo: eles preferem algo novo, diferente, feito por eles mesmos. E, assim, “tendo comichão nos ouvidos, amontoam para si doutores” e “desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tim. 4:3,4).

_________________________
Sobre o autor: J.G. Vos (1903-1983), filho do teólogo reformado Geerhardus Vos, foi professor no Geneva College e ministro da Igreja Presbiteriana Reformada na América do Norte (RPCNA). É autor de comentários sobre Gênesis, e sobre o Catecismo Maior de Westminster, dentre outros.
Traduzido por: Lucas G. Freire (Maio 2011)
Fonte: J.G. Vos, “Ashamed of the tents of Shem? The semitic roots of Christian worship”, The Reformed Music Journal 4(2), 1991.
Extraído: Neocalvinismo sem Mundanismo

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PF fecha oito rádios clandestinas em Maceió e interior, inclusive algumas "evangélicas"

Material apreendido foi...
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Maceió.

A Polícia Federal em ação conjunta com a ANATEL cumpriu, nesta terça-feira, 7, mandados de busca e apreensão em rádios clandestinas, nas cidades de Maceió e Santana do Ipanema. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Maceió e resultaram no fechamento de oito rádios.
Segundo a PF as rádios que funcionavam de forma clandestina são: a Rádio Estúdio FM 103,01 e Rádio 97,1 FM, localizadas no bairro do Clima Bom; Rádio ABA FM 87,9 localizada no Conjunto Joaquim Leão, no Vergel do Lago; Rádio Litoral FM 95,5 e Rádio Mar Azul FM 91,5, ambas sediadas na Avenida Siqueira Campos; Rádio Missionária FM 93,5 Mhz, localizada no Conjunto Graciliano Ramos e as Rádios 104 FM – 104,9 Mhz e Rádio Tropical FM, ambas localizadas na cidade de Santana do Ipanema.
...encaminhado para a sede da PF
No momento das apreensões duas rádios estavam em funcionamento, a Rádios 97,1 FM, localizada no Instituto Luiz Pedro, no bairro do Clima Bom e a Rádio Missionária FM 93,5 Mhz, localizada no Conjunto Graciliano Ramos. Os responsáveis pelas rádios foram encaminhados à sede da PF onde assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Os responsáveis pelas rádios foram liberados após serem ouvidos e terem assumido a responsabilidade de comparecer na Justiça assim que citados. Já as rádios foram fechadas.
Já o material apreendido, mesas de som e transmissçores estão na sede da PF e posteriormente serão submetidos à perícia.

Notícias Cristãs com informações da Ascom/PF via Alagoas 24 Horas

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com

Gay mata família por discordar de sua orientação sexual e imprensa pró-sodomia abafa

Polícia não descarta a possiblidade de Alcinei ter premeditado o crime


 A notícia abaixo, que foi também disponibilizada pelo UOL, encontra-se agora fora do ar. Ao que parece o UOL foi tomado por remorso por ter saído dos padrões jornalísticos atrelados aos ativistas gays ao mostrar um assassino gay. A moda agora é mostrar gays apenas como vítimas. Esqueça que eles matam. Esqueça que eles estupram meninos. Contudo, a mesma notícia hoje rejeitada pelo UOL encontra-se disponível em outro site e divulgada aqui.

Matéria original do Giro pelo Piauí, que constava também no UOL:

Apesar de ter se apresentado horas após ter assassinado a mãe, a comerciante Maria Lita Pereira Gomes, 41, o irmão Alan Luiz Gomes da Silveira, 14, e ter tentado contra o próprio pai, o também comerciante Sidonor Pereira da Silveira, 35, o músico Alcinei Gomes da Silveira, 19, poderá não ser liberado após prestar depoimento sobre os crimes, praticado nesta terça-feira (5) à noite, na rua J, do bairro São José 2, Zona Leste de Manaus.

A informação é do delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Mariolino Brito, que ouviu o depoimento de Alcinei na manhã de hoje (6).
“Mesmo ele tendo se apresentado espontaneamente após os crimes, isso não impede que ele não seja liberado e também seja pedida a prisão preventiva contra ele”, salienta Brito, que considerou o caso como atípico.
Matérial do crime

Segundo o delegado, a forma como Alcinei agiu demonstra que ele apresenta traços de psicopatia. Ele também não descarta a possibilidade de Alcinei ter premeditado os crimes.
Em depoimento prestado na manhã de hoje ao titular da DEHS, o pai do acusado disse ter escapado da fúria de Alcinei, por ter se fingido de morto, após receber o primeiro golpe.

Ataques

Os assassinatos ocorreram a partir das 18h45 de ontem, na casa da família.
O primeiro homicídio foi a do adolescente Alan Luiz, morto com três facadas no tórax e uma na cabeça. O corpo da vítima foi escondido debaixo de uma cama.
Minutos depois, a comerciante Maria Lita foi morta com sete facadas nas costas, uma na nuca e outra na cabeça, dentro do banheiro da casa.

Comoção

"Há três anos a mãe dele já sabie que ele era homossexual. Para mim essa não é uma justificativa lógica para ele ter feito o que fez", desabafa o tio materno do acusado, Geraldo Gomes, a respeito da hipótese de que o sobrinho teria matado a mãe e o irmão, devido a não aceitação de sua orientação sexual.
Os velórios de Maria Lita e Alan Luiz foram realizados na própria residência, onde familiares, amigos e vizinhos se aglomeraram para prestar as últimas homenages às vítimas.
Alguns dos vizinhos se mostraram indignados com o caso e chamaram a atenção para o fato de que a família parecia ser bastante unida.

Julio Severo
 

Médico consegue liminar para fazer transfusão de sangue em Testemunha de Jeová

Um médico da cidade de Piratuba, zona rural de Santa Catarina, entrou na justiça pra pedir uma liminar para autorizá-lo a fazer a transfusão de sangue em uma paciente que não aceitava o procedimento por ser adepta da Testemunha de Jeová.
A mulher que não foi identificada sofreu um acidente no último domingo, 5 de junho, quando um carro se chocou com duas motos. O dono do veículo fugiu e um dos motociclistas faleceu.
A transfusão de sangue só aconteceu na manhã da última terça-feira, quando o juiz Rudson Marcos concedeu a liminar autorizando o médico a realizá-la.
A mulher está internada em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Francisco e ainda corre risco de morte.

Com informações Rádio Rural

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Confessionalidade Sem Unidade

Quando eu descobri a beleza, profundidade e valor da Fé Reformada, isso mudou a minha vida. Mas como foi possível isso acontecer se eu era membro e até presbítero de uma denominação Reformada — Presbiteriana? Obviamente, e mesmo que constrangido, estou dizendo que não conhecia a Fé Reformada como é apresentada na Confissão de Fé e nos Catecismos de Westminster. Se sempre fui Presbiteriano de nascimento, que Fé Reformada eu conhecia e vivia, então? Apenas o que era vivenciado na minha denominação presbiteriana — na pregação, na evangelização, nas celebrações do Natal e Páscoa; na guarda do Dia do Senhor, no valor dado aos sacramentos, na qualidade, na prática e no conhecimento doutrinário dos líderes, nas resoluções conciliares e especialmente no CULTO PÚBLICO. E isso nunca me fez ver e praticar com clareza e profundidade a Fé bíblica e Reformada.
Quando a Fé Reformada começava a tomar vulto no Brasil, na década de 1990, um jovem me procurou para compartilhar sua frustração e para um aconselhamento. Ele logo tomou a iniciativa de me deixar a par de que era originário de uma denominação pentecostal e estava em conflito de alma por ter ouvido conferências e mensagens de pastores reformados; de ter lido e meditado em alguns livros e especialmente a Confissão de Fé de Westminster e o Breve Catecismo comentado por um antigo pastor presbiteriano da América. Mas havia um conflito maior. Com o coração cheio de esperança e sem saber como permanecer em sua denominação arminiana, este jovem pensou buscar uma igreja presbiteriana onde poderia receber o ensino reformado que agora procurava. Após refletir sobre suas dúvidas se dirigiu, num domingo pela manhã, a uma igreja presbiteriana tradicional onde poderia adorar a Deus segundo os padrões de Westminster que estava estudando e conhecer mais profundamente e na prática o ensino bíblico e reformado. Foi a aí que seu conflito se tornou em tragédia. Naquela manhã alvissareira, entrou num templo presbiteriano. Para sua surpresa o culto daquela igreja não foi quase em nada diferente da sua igreja pentecostal de origem. Viu uma liturgia evangelical com um grupo de louvor e seus semi-pelagianos, bizarros e demorados “cânticos espirituais” e solos dirigidos por um jovem ministro de música que conduzia quase toda a liturgia. Surpreso viu finalmente o pastor assumir o púlpito, mas apenas para “compartilhar” com suas ovelhas quinze minutos de um sermonete devocional. Frustrado, restava-lhe ainda a Escola Dominical. Aguardou desconfiado, mas com expectativa. Porém suas esperanças desmoronaram quando, para sua surpresa, viu que a revista da Escola Dominical adotada naquela igreja presbiteriana tradicional era a mesma revista de sua denominação de autoria do pastor pentecostal Silas Malafaia. Ainda confuso, e com menos esperança, fez mais uma tentativa indo no próximo domingo a outra igreja presbiteriana mais distante. Porém o culto e os estudos mais uma vez foram frustrantes. Nesta igreja, durante toda a manhã não houve culto solene com pregação da Palavra, mas apenas a realização de uma Escola Dominical com uma “liturgia” longa e confusa por se assemelhar a um culto solene. Era ou não era um culto solene?
Após relatar-me estas suas experiências frustrantes, este jovem respirou fundo e perguntou-me: “O que devo fazer?”. Enquanto eu me apoiava em uma cadeira demonstrando em meu semblante uma evidente apreensão e frustração, pensava como responder. Uma longa conversa se seguiu quando compartilhamos a falta de identidade e uniformidade confessional nos cultos da maioria das Igrejas Presbiterianas a ponto de um visitante não conseguir identificar em que igreja ele entrou.
O que aquele jovem procurava? Não apenas uma igreja Reformada, mas antes de tudo uma correspondência entre identidade confessional prática e unidade doutrinária. O que ele desejava encontrar nas igrejas presbiterianas:
1) Primeiro ele desejava ouvir a proclamação da Palavra. Precisava ardentemente de alimento para sua alma, pois, como uma ovelha perdida, padecia há tanto tempo por falta de nutrição adequada. Queria adorar a Deus como Ele mesmo estabelece em Sua Palavra e como encontrara em suas pesquisas e estudos, onde a pregação é a grande marca da igreja fiel.
2) Segundo, buscava uma Igreja que tivesse uma prática cúltica obediente e correspondente à sua confessionalidade. Confissão Reformada = Culto Reformado.
3) Terceiro, ele buscava em uma Igreja presbiteriana, unidade doutrinária e prática na adoração prestada a Deus.
Não devemos deliberadamente fazer acusações desmedidas contra a Igreja de Cristo. Não devemos fazer provocações e desonrar a liderança das igrejas presbiterianas, pois estaríamos desonrando a Cristo. Antes, devemos amá-la como a Igreja de Cristo, pois esta é una. Não fazemos parte apenas da igreja invisível, mas também da igreja visível. Nela fomos gerados, viemos à luz e recebemos o leite que nos alimentou, nela fomos discipulados e recebemos o selo da aliança e nela ainda hoje somos nutridos e crescemos. Digo isso fazendo minhas as palavras de Calvino:
“Contudo, uma vez que agora nosso propósito é discorrer acerca da Igreja visível, aprendamos, mesmo do mero título mãe, quão útil, ainda mais, quão necessário nos é seu conhecimento, quando não outro nos é o ingresso à vida, a não ser que ela nos conceba no ventre, a não ser que nos dê á luz, a não ser que nos nutra em seus seios, enfim, sob sua guarda e governo nos retenha, até que, despojados da carne mortal, haveremos de ser semelhantes aos anjos (Mt. 22:30). Porque nossa fraqueza não permite que sejamos despedidos da escola até que tenhamos passado toda nossa vida como discípulos” (Institutas, IV.I, iv).
Ainda Calvino nos diz da Igreja visível:
“... é o ventre no qual o descrente infértil encontra o evangelho, está impregnada pelo Espírito Santo pela pregação da palavra. É ela que nos nutre, alimentando-nos em seu seio com o leite puro do evangelho, dando-nos mais tarde o alimento sólido da sã doutrina e do discipulado. Ela nos guia com sua longa sabedoria, ensinada a ela pelo Espírito Santo da Palavra de Deus, pelos longos tempos da sua história — a mesma sabedoria de Deus em Cristo, a quem ela se submete. E o seu noivo divino-humano cuida dela, conduzindo-a e amando-a, ensinando-nos através da sua Palavra e por meio do seu Espírito...”.
Nas muitas Igrejas Presbiterianas no Brasil evidenciamos problemas que as fazem mais ou menos puras, como nos diz a Confissão de Fé de Westminster. Por isso, é nossa obrigação como membro do corpo de Cristo lutar por mais pureza, por um resgate dos princípios doutrinários da Reforma e mais que isso, por uma evidente prática da piedade Reformada. Desejo apenas esboçar um dos nossos fundamentais erros que creio ser um dos pilares onde se apóiam nossas fraquezas eclesiásticas.
Hoje somos uma igreja sem unidade e identidade prática. Não somos o que dizemos ser e o que dizem nossos símbolos de fé. Não somos uma Igreja onde exista uma correspondência entre o que confessamos com nossa boca e o que evidenciamos como nossa vida. Salvo engano, boa parte dos membros das igrejas presbiterianas talvez não conheça seus padrões de fé, “suas origens e sucessores”. Nossas igrejas locais são tão diferentes, pluralizadas e opostas no seu “organismo”, em seu ensino e prática, que nos perguntamos se somos membros de um só corpo — Cristo.

Deixe-me tentar ser mais direto

Creio que não é possível sermos uma igreja ortodoxa e una sem uma confessionalidade conhecida e vivenciada — experimental. A Igreja Cristã foi assim desde o segundo século. Por conseguinte, parece-me impossível a garantia de uma ortodoxia e uma unidade de fé em termos confessionais, quando ao subscrevermos uma Confissão (Westminster, por exemplo) aceitamos uma evidente diversidade hermenêutica. Portanto também nos parece impossível considerar como confessionalmente ortodoxas as posições de igrejas, de concílios, de ministros ou oficiais, cuja subscrição ocorra num clima de liberdade pessoal de interpretação quanto ao que o texto definitivamente deve significar. No pleno sentido da palavra, uma confissão ou um credo é uma interpretação. Mas é uma interpretação normativa subordinada à Escritura — norma normata. Ou seja, quanto maior for a liberdade de interpretação que permeie uma subscrição, tanto maior será a possibilidade de afastamento da genuína ortodoxia.
Dr. Klaas Runia, um renomado teólogo reformado de origem holandesa, do século XX, em um de seus escritos, disse o seguinte sobre a importância dos credos e confissões:
"Por outro lado, há aqueles na Igreja que, ainda que recebam os credos como documentos veneráveis, reservam para si mesmos o direito de reinterpretá-los. Tais pessoas ainda terão a disposição de afirmar que eles subscrevem aos credos e confissões de sua denominação de modo inteiramente sincero. Mas a teologia onde subjaz sua pregação e sua elaboração escrita, parece totalmente remota daquilo que tem sido considerado como ortodoxia cristã. Eles relêem nessas antigas fórmulas suas próprias idéias teológicas do século vinte".[1]
Dr. Runia, no final desta sua obra, combate as tendências impostas pelo modernismo teológico e sem receios cita nomes que considera responsáveis pela disseminação de um espírito anti-confessional tão evidente em nossos dias[2]. Runia menciona o exemplo de Carl Barth, dizendo:
"Em nossos dias raramente ouvimos de algum ataque aberto aos credos. Isto se deve ao fato de que um método inteiramente diferente tem sido seguido, a saber, o da reinterpretação. Os Credos são aceitos como respeitáveis documentos; como tal eles são explanados, mas ao mesmo tempo as próprias idéias do teólogo são lidas (colocadas) nas antigas formulações. Karl Barth fornece um claro exemplo disto. No curso dos anos, ele tem oferecido três diferentes exposições do Credo Apostólico. Em nenhuma delas há qualquer sinal de crítica. Mas nenhuma delas é uma interpretação histórica do Credo. Isto não é outra coisa senão exposição da própria teologia de Barth nos termos da antiga fórmula. Em certo sentido, este novo método é ainda mais perigoso do que a crítica aberta anterior. A atitude Liberal era clara e honesta. Todos sabiam onde o liberal se situava. O método de reinterpretação é, no entanto, capaz de confundir o conteúdo todo. Novas idéias são lançadas sob as antigas formulações. Um tanto frequentemente a terminologia utilizada é idêntica àquela da antiga ortodoxia, mas o conteúdo é um tanto diferente. Usualmente, ninguém vai ouvir uma negação explícita de verdades aceitas pela Igreja por muitos séculos. Elas simplesmente perpassam em silêncio. Como alguém chegou a assinalar: você não localiza a heresia no que é dito, mas no que é omitido".[3]
É necessário ter em mente que os mesmos instrumentos usados para interpretar o texto da Escritura, servem também para interpretar as afirmações dos Credos e Confissões. Alguém já disse[4] que, “o método apropriado para interpretar um credo seria reconhecê-lo ‘como expressando o senso da igreja Primitiva’ tal como apresentado nos escritos dos pais da igreja”.[5]
Se alguém subscreve uma confissão com o “espírito aberto em relação ao significado de suas afirmações, inevitavelmente será também aberto na interpretação da Bíblia...”. A subscrição de uma Confissão deve expressar unidade no entendimento de seu conteúdo. O grande presbiteriano do sul dos Estados Unidos, Samuel Miller, disse que: “A Confissão de Fé... é reconhecida como um sumário ou compêndio sobre a maneira pela qual os membros daquela igreja concordam em interpretar as Escrituras”. [6]
Dr. Ulisses Horta diz em seu excelente livro, Subscrição Confessional, que:
“a interpretação da Escritura, em que se constitui o símbolo confessional que alguém subscreve, somente poderá ser tida por ortodoxa, caso a própria interpretação do texto do símbolo seja efetuada da maneira mais objetiva, direta, segundo o sentido natural das palavras dentro do seu próprio contexto. Tomar as afirmações de uma fórmula confessional fora do seu significado natural conduz à distorção do seu sentido, normalmente devido à imposição de pressupostos ao texto”.

Reinterpretação

O que estamos querendo enfatizar? Que não há uma unidade confessional nas Igrejas Presbiterianas, hoje. Há um manifesto espírito anti-dogmático e claras evidências de tentativas de se reinterpretar a Confissão de Fé e os Catecismos em variadas questões como, divórcio, guarda do Dia do Senhor, comemorações de dias especiais — Páscoa e Natal —, contemporaneidade dos dons extraordinários, escatologia, figuras e imagens das pessoas da Trindade, autoria do pecado, Princípio Regulador do Culto, cântico dos salmos, batismo infantil e questões afins. Esta tendência à reinterpretação tem se tornado notório e causado sérias idiossincrasias, e o pior, são toleradas, defendidas e praticadas e até exigidas pelos Concílios ou Comissões da Igreja, sem nenhuma justificativa bíblica ou sequer algum debate amplo e esclarecedor, mas apenas por imposição de resoluções.
Como consequência disso, vemos Concílios e Comissões que usam de suas prerrogativas de poder para exigir das igrejas e de seus membros, o cumprimento de resoluções contrárias à Bíblia e à própria Confissão de Fé e os Catecismos (documento hermenêutico) apenas para se manter o status quo da Igreja. Ora, sabe-se que este status não é o real exemplo da verdade, e que, conquanto tenha as verdadeiras marcas da Igreja de Cristo, conserva muitas práticas, costumes e distorções que devem ser retiradas ou reformadas, posto que o grande princípio Reformado é: “Igreja reformada, sempre se reformando”, sempre voltando aos princípios bíblicos (e reformados). Nesse exercício de poder eclesiástico (quase abusivo), “exortações à obediência” têm sido feitas num subentendido tom disciplinar.
Hoje, aqueles que descobrem a fé reformada e as sustentam e praticam, sofrem maior oposição dentro do próprio meio reformado do que do arraial arminiano e mesmo do mundo. Mas a história nos mostra que quanto mais se faz oposição à verdade, mais ela cresce, os fracos tornam-se fortes, os tímidos tornam-se corajosos, e os desanimados se enchem de esperança.
Alguns têm condenado servos de Deus que pregam o culto simples acusando-os de proclamar uma adoração restritiva e minimalista, mas a Confissão de Fé de Westminster, como regra hermenêutica dos presbiterianos, afirma que “o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado por sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras” (CFW, cap. XXI:I). Tão simples e restrito deve ser o culto solene, que os delegados de Westminster explicitam quais elementos devem existir na adoração a Deus: “... oração, com ações de graça, sendo uma parte especial do culto religioso... leitura das Escrituras, com santo temor, a sã pregação da Palavra e a consciente atenção a ela, em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos com graças no coração, bem como a devida administração e digna recepção dos ritos instituídos por Cristo ― são partes do ordinário culto de Deus, além dos juramentos religiosos; votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais, tudo o que, em seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso” (CFW cap. XXI: V).
Como se conseguir a defesa de acréscimos no culto público solene (inclusivismo), e que não são revelados e ordenados nas Escrituras, além daqueles elementos de culto que os padrões de Westminster apregoam? A única solução é a reinterpretação da Confissão de Fé de Westminster e dos seus Catecismos, segundo o curso desta época, como se princípios doutrinários pudessem ser mudados, esquecidos e novos fossem inventados. Esta tentativa para que se tenha mais “abertura” no culto público, solene, há muito tem trazido confusão, dúvidas, questionamentos e, divisões no seio da igreja e, o mais grave, falta de identidade, de unidade doutrinário-prática e ausência de comunhão entre o povo de Deus: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações e em cada alma havia temor...” (At 2:42).
Nesta batalha pelo reino de Deus, ainda hoje muitos soldados voluntários se apresentam segurando a bandeira da verdade e dispostos a sofrer por amor a Cristo.
Como peregrinos — mas já cidadãos do céu, já assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus —, de forma bíblica e sábia, com temor a Deus e amor à noiva de Cristo, Sua Igreja, batalhemos por uma unidade confessional, e acima de tudo pela verdade, até chegarmos de fato “ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel”.
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Fonte: Os Puritanos

Notas:
[1] Klaas Runia, I Believe in God (Londres: Tyndale Press, 1963),9.
[2] Adolph Harnack, Carl Barth, Brunner, Bultmann, Niebuhr, Paul Tillich entre outros.
[3] Citado por Dr. Ulisses Horta Simões em “A Subscrição Confessional”, p. 81-82.
[4] Jaroslav Pelikan um estudioso da História do Cristianismo, Teologia Cristã e História Intelectual Medieval e professor da Universidade de Chicago (17 de dezembro de 1923 a 13 de maio de 2006).
[5] Jaroslav Pelikan, The Christian Tradition — A History of the Development of the Doctrine, VaI. 5 (Chicago: The University of Chicago Press, 1989), 270.
[6] Samuel Miller, Doctrinal Integrity, 76 — Citado por Dr. Ulisses Horta Simões em “A Subscrição Confessional”, p. 83.

Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/credos-confissoes/reinterpretacao-das-confissoes-confessionalidade-sem-unidade-presb-manoel-canuto

Posição oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil sobre o PL 122 e o homossexualismo

Rev. Roberto Brasileiro, Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana participou do Programa Verdade e Vida, respondendo questões sobre a polêmica Lei da Homofobia, conhecida como PL 122, que traz discussões sérias dentro das Igrejas cristãs reformadas.
No Programa, dirigido pelo Presbítero Daniel Sacramento, Rev. Roberto Brasileiro respondeu a algumas perguntas que refletem a preocupação da comunidade presbiteriana, e esclareceu fatores de importância fundamental na defesa da fé cristã e orientação Bíblica.
Já no início do programa, Rev. Roberto declarou que não há sustentação Bíblica, ou mesmo na história da humanidade, para o casamento homossexual. “Deus quando criou o homem, Ele estabeleceu o homem masculino, a mulher feminina, e determinou que deveriam se unir, se tornar uma só carne e a partir daí a raça humana teria seu desenvolvimento natural. À luz das Escrituras Sagradas, a relação homoafetiva é uma relação pecaminosa, porque ela destrói a própria natureza da pessoa, ela elimina a possibilidade da pessoa exercer a vida dentro do princípio criacional estabelecido por Deus”. 
Na questão da PL 122, o Presidente do Supremo Concílio da IPB disse que mesmo respeitando as liberdades de escolha, a Igreja não pode aceitar a institucionalização de um ato pecaminoso. “Se aceitarmos, nós estamos dizendo que é possível vir a abençoar, e isso não é possível. Não podemos aceitar porque contraría o princípio bíblico, um principio criacional e um princípio de formação de família. Então, a igreja ficará sempre diante de uma situação de desobediência completa ao Estado, pois, se o Estado tomar essa decisão, a Igreja dirá ‘nós não podemos acatar uma decisão que determine que haja essa união’, porque nós não podemos abençoar essa união”.
 Muitos presbiterianos que acessam os canais de comunicação da IPB têm manifestado sua posição no que diz respeito à PL 122. Para Rev. Roberto Brasileiro, essa atitude deve mesmo permanecer, porque cada cidadão cristão tem o direito de defender, civilizadamente, sua fé e princípios. 
“A igreja tem que ter a ousadia de pagar o preço de ser Igreja e de cumprir a sua vida ministerial. A IPB adota como sua posição oficial a não aceitação de casamento homoafetivo. Para nós, nenhuma relação homoafetiva pode ser aceita, é um ato pecaminoso, contrário aos princípios bíblicos e doutrinários de nossa Igreja”, defende Rev. Roberto.
Quando questionado sobre o papel do cidadão neste momento, Rev. Roberto conclama os cristão a cobrar de seus canditatos eleitos, um retorno que responda às expectativas da Igreja. “Eu creio que a Igreja deve orar e deve manifestar a sua vontade aos candidatos eleitos pelo voto dos cristãos, seja esse candidato evangélico ou não. Devemos mandar e-mails e devemos mostrar à sociedade a nossa posição e o porquê dessa nossa linha de ação”.
Para o apresentador Daniel Sacramento, a posição da IPB é muito importante para nortear os presbiterianos para que permaneçam em seus princípios. “Nós não negociamos princípios, não negociamos os princípios da palavra de Deus”, conclui.

Manifesto Presbiteriano
Em abril de 2007, Rev. Roberto Brasileiro escreveu uma carta intitulada Manifesto Presbiteriano, em que defendia os princípios da IPB diante da criminalização da homofobia. No Portal IPB é possível encontrar o texto na íntegra (http://www.ipb.org.br/portal/noticias/504-manifesto-presbiteriano-sobre-aborto-e-homofobia), mas a seguir, o leitor terá acesso aos trecho específicos sobre o assunto.
II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualidade é homofóbica, e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam quea prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.
Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil

SOU ÉTICO! Cito as fontes. Copiado do Site Notícias Cristãs. Link Original: http://news.noticiascristas.com/2011/06/posicao-oficial-da-igreja-presbiteriana-dobrasil