Tópicos sobre Martinho Lutero
Sobre a conexão entre a doutrina e a vida
“É preciso distinguir vida e doutrina. A doutrina pertence ao lado de Deus, a vida, ao nosso. A doutrina não nos pertence, a vida é nossa. Da doutrina não posso dispensar nada, em relação à vida, tudo. A doutrina tem que ser pura de ponta a ponta, e isso com a mais rigorosa necessidade. Pois ela é a nossa luz, que nos ilumina para o céu. Essa distinção de doutrina e vida (na qual aparece, apenas sob outra forma, a diferenciação de fé e amor) é muito necessária: a doutrina é o céu, a vida é a terra. Em relação à doutrina não há perdão dos pecados, pois com isso seria suspensa a palavra de Deus que traz perdão de pecados”.
Sobre si mesmo e sua fé
“Em primeiro lugar, peço omitir meu nome e não se chamar de luterano, mas cristão. Quem é Lutero? A doutrina não é minha. Tampouco fui crucificado em favor de alguém. Em I Co 3, 3-5 Paulo não quer que os cristãos se chamem de paulinos ou petrinos, mas cristãos. Que pretensão seria essa de um miserável e fedorento saco de vermes como eu se quisesse que os filhos de Cristo fossem chamados por meu desastrado nome? Que não seja assim, amigo. Vamos extirpar as siglas partidárias e nos chamar de cristãos, de quem temos a doutrina. Os papistas apropriadamente têm nome de partido. Já que querem ser papistas, que sejam do papa, que é seu mestre. De minha parte, não sou nem quero ser mestre de ninguém. Junto com a comunidade, comungo da única universal doutrina de Cristo, que é nosso Mestre exclusivo, Mt 23, 8”. (OS 6,481.6-18)
Sobre a doutrina ser “evangélica” somente, pois vem do Evangelho de Jesus Cristo
“Nós, porém, não inventamos uma pregação nova, e sim, trouxemos novamente à tona a mesma antiga, comprovada doutrina dos apóstolos. Assim também não inventamos um novo Batismo, Sacramento, Pai- Nosso, Credo. Não queremos saber de nada de novo na cristandade nem tolerá-lo, mas lutamos exclusivamente pelo antigo (que Cristo e os apóstolos nos legaram e nos deram), e a ele nos atemos. O que fizemos foi o seguinte: visto que constatamos que tudo isso havia sido obscurecido pelo papa por meio de sua doutrina humana, sim, porque o havia velado com uma grossa camada de pó e teias de aranha e toda sorte de excrementos de bicharia, tendo-o inclusive lançado e pisado na lama, nós o trouxemos novamente à tona pela graça de Deus, o limpamos dessa imundície, podendo agora cada qual enxergar o que é o Evangelho, Batismo, Sacramento [Ceia do Senhor], [Poder das] Chaves, oração, o que Cristo nos legou, e como se deve fazer uso salutar deles”. (WA 46, 62.67-63.2)
Sobre a doutrina estar em conformidade com Jesus Cristo
“É verdade! Por amor de tudo que é sagrado, jamais digas: eu sou luterano ou papista, pois nenhum deles morreu por ti nem é teu mestre, e sim, somente Cristo. Por isso deves confessar-te cristão. Mas se és da opinião de que a doutrina de Lutero é evangélica e a do papa anti-evangélica, não deves rebaixar tanto Lutero, senão também rebaixas sua doutrina, que afinal, reconheces como doutrina de Cristo. Mas deverás dizer: quer Lutero seja um safado ou um santo – isso não me importa. Sua doutrina, porém, não é sua, e sim, do próprio Cristo, pois vês que os tiranos perseguem essa causa não para matar Lutero, e sim, querem exterminar a doutrina. É por causa da doutrina que te atacam e te perguntam se és luterano. Aqui, na verdade, não deves falar com palavras toscas, e sim, confessar francamente a Cristo, não importando se foi Lutero, Claus ou Jorge que o pregou. Deixa a pessoa de lado, mas confessa a doutrina. Assim também escreve São Paulo a Timóteo em II Tm 1,8: ‘Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, encarcerado por amor dele’. Se tivesse sido suficiente que Timóteo confessasse o Evangelho, Paulo não lhe teria ordenado que também não se envergonhasse dele, não da pessoa de Paulo, e sim, do encarcerado por amor do Evangelho. Se agora Timóteo tivesse dito: Não sou partidário nem de Paulo nem de Pedro, mas atenho-me a Cristo, sabendo, não obstante, que Pedro e Paulo ensinam a Cristo, teria negado com isso o próprio Cristo. Pois Cristo diz em Mt 10, 40 a respeito dos que pregam: ‘Quem vos recebe a mim me recebe’ e ‘quem vos despreza a mim me despreza’ [Lc 10,16]. Por que isso? Porque tratam desse modo seus mensageiros (que trazem sua palavra), e isso é como se tivessem sido tratadas assim suas palavras”. (WA 10/II, 40.5-29).
“É preciso distinguir vida e doutrina. A doutrina pertence ao lado de Deus, a vida, ao nosso. A doutrina não nos pertence, a vida é nossa. Da doutrina não posso dispensar nada, em relação à vida, tudo. A doutrina tem que ser pura de ponta a ponta, e isso com a mais rigorosa necessidade. Pois ela é a nossa luz, que nos ilumina para o céu. Essa distinção de doutrina e vida (na qual aparece, apenas sob outra forma, a diferenciação de fé e amor) é muito necessária: a doutrina é o céu, a vida é a terra. Em relação à doutrina não há perdão dos pecados, pois com isso seria suspensa a palavra de Deus que traz perdão de pecados”.
Sobre si mesmo e sua fé
“Em primeiro lugar, peço omitir meu nome e não se chamar de luterano, mas cristão. Quem é Lutero? A doutrina não é minha. Tampouco fui crucificado em favor de alguém. Em I Co 3, 3-5 Paulo não quer que os cristãos se chamem de paulinos ou petrinos, mas cristãos. Que pretensão seria essa de um miserável e fedorento saco de vermes como eu se quisesse que os filhos de Cristo fossem chamados por meu desastrado nome? Que não seja assim, amigo. Vamos extirpar as siglas partidárias e nos chamar de cristãos, de quem temos a doutrina. Os papistas apropriadamente têm nome de partido. Já que querem ser papistas, que sejam do papa, que é seu mestre. De minha parte, não sou nem quero ser mestre de ninguém. Junto com a comunidade, comungo da única universal doutrina de Cristo, que é nosso Mestre exclusivo, Mt 23, 8”. (OS 6,481.6-18)
Sobre a doutrina ser “evangélica” somente, pois vem do Evangelho de Jesus Cristo
“Nós, porém, não inventamos uma pregação nova, e sim, trouxemos novamente à tona a mesma antiga, comprovada doutrina dos apóstolos. Assim também não inventamos um novo Batismo, Sacramento, Pai- Nosso, Credo. Não queremos saber de nada de novo na cristandade nem tolerá-lo, mas lutamos exclusivamente pelo antigo (que Cristo e os apóstolos nos legaram e nos deram), e a ele nos atemos. O que fizemos foi o seguinte: visto que constatamos que tudo isso havia sido obscurecido pelo papa por meio de sua doutrina humana, sim, porque o havia velado com uma grossa camada de pó e teias de aranha e toda sorte de excrementos de bicharia, tendo-o inclusive lançado e pisado na lama, nós o trouxemos novamente à tona pela graça de Deus, o limpamos dessa imundície, podendo agora cada qual enxergar o que é o Evangelho, Batismo, Sacramento [Ceia do Senhor], [Poder das] Chaves, oração, o que Cristo nos legou, e como se deve fazer uso salutar deles”. (WA 46, 62.67-63.2)
Sobre a doutrina estar em conformidade com Jesus Cristo
“É verdade! Por amor de tudo que é sagrado, jamais digas: eu sou luterano ou papista, pois nenhum deles morreu por ti nem é teu mestre, e sim, somente Cristo. Por isso deves confessar-te cristão. Mas se és da opinião de que a doutrina de Lutero é evangélica e a do papa anti-evangélica, não deves rebaixar tanto Lutero, senão também rebaixas sua doutrina, que afinal, reconheces como doutrina de Cristo. Mas deverás dizer: quer Lutero seja um safado ou um santo – isso não me importa. Sua doutrina, porém, não é sua, e sim, do próprio Cristo, pois vês que os tiranos perseguem essa causa não para matar Lutero, e sim, querem exterminar a doutrina. É por causa da doutrina que te atacam e te perguntam se és luterano. Aqui, na verdade, não deves falar com palavras toscas, e sim, confessar francamente a Cristo, não importando se foi Lutero, Claus ou Jorge que o pregou. Deixa a pessoa de lado, mas confessa a doutrina. Assim também escreve São Paulo a Timóteo em II Tm 1,8: ‘Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, encarcerado por amor dele’. Se tivesse sido suficiente que Timóteo confessasse o Evangelho, Paulo não lhe teria ordenado que também não se envergonhasse dele, não da pessoa de Paulo, e sim, do encarcerado por amor do Evangelho. Se agora Timóteo tivesse dito: Não sou partidário nem de Paulo nem de Pedro, mas atenho-me a Cristo, sabendo, não obstante, que Pedro e Paulo ensinam a Cristo, teria negado com isso o próprio Cristo. Pois Cristo diz em Mt 10, 40 a respeito dos que pregam: ‘Quem vos recebe a mim me recebe’ e ‘quem vos despreza a mim me despreza’ [Lc 10,16]. Por que isso? Porque tratam desse modo seus mensageiros (que trazem sua palavra), e isso é como se tivessem sido tratadas assim suas palavras”. (WA 10/II, 40.5-29).
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