A Bíblia é enfática, o
Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo.8:44) e
que nos últimos dias esses espíritos falariam e ensinariam mentiras. Por
isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os
espíritos, é uma religião perigosa e antibíblica.
Leiamos: “Mas o Espírito
expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”.
(ITm4:1)
“Mas Jesus o repreendeu (o demônio), dizendo: Cala-te, e sai dele”.(Mc.1:25)
Ficar dialogando com
demônios não é recomendável e nem neotestamentário. Há sempre o perigo
de estarmos sendo vítimas de um engodo maquiavélico. Jesus era
pragmático e objetivo nessa questão, Ele compreendia que quanto mais
rápido agisse na vida do problemático, melhor. Para o possesso o momento
de endemoninhamento é constrangedor e muito sofrível. Devemos nos
preocupar com o estado dessa pessoa e usarmos toda nossa fé para
auxiliar o indivíduo de maneira simples e objetiva.
Entretanto, a IURD gosta
mesmo é de espetáculo com demônios, vejam a Palavra do Bispo: “...
costumamos mandar os demônios ficarem de joelhos, de castigo, baterem a
cabeça, andarem de costa, olharem para a parede, etc... (Livro “Orixás,
Caboclos & Guias”, Ed. 2001, pg. 48)
Ter discernimento nesses
casos é valioso, pois muitas vezes o indivíduo não está com um problema
espiritual, mas o caso é patológico e de saúde. Quando diagnosticamos o
problema de maneira correta podemos ajudar com muito mais eficiência.
Se for caso de saúde, pode ser um ataque epilético, a pessoa deve ser
encaminhada a um especialista médico da área. Quando o caso for
psicológico, um psiquiatra deve ser consultado. É papel da Igreja saber
ajudar da melhor maneira cada pessoa.
Com relação ao exorcismo
praticado dentro da IURD, o caso é muito triste! Pessoas sendo levadas
por corredores enormes e muitas vezes de maneira constrangedora,
ajoelhada ou arrastada. Em alguns casos a pessoa passa por um
interrogatório aonde o suposto espírito possuidor fala e esbraveja.
Nesse período a pessoa fica fragilizada e até machucada pela luta
corporal que acontece. O paralelo disso é visto dentro da umbanda,
macumba e candomblé, aonde os guias, médiuns ou pais-de-santos trabalham
para fazer o membro desenvolver seus guias e espíritos – a pessoa é
obrigada a se embriagar, fazer ritos, etc. Algo realmente muito similar
com algumas práticas de “libertação” da IURD.
Os ensinamentos de Jesus
vão contra tudo isso e mostra que a metodologia do Cristo é rápida e
não tem nada disso, pois com o uso de uma singela frase o mal cessa e a
peleja é resolvida: “Saia em nome de Jesus” (Mc.16:17) - e pronto. Se a
libertação não acontecer nesses termos, não é uma libertação bíblica.
Embora, eu entenda que há mesmo é muita mistificação dentro da IURD. Não
estou dizendo que possessão não exista, estou dizendo que acho que a
IURD faz mais manobras espiritualistas fictícias do que libertação
cristológica.
Fico pensando como fica a
pessoa autenticamente possessa que passou por todo aquele
constrangimento diante da família e dos amigos que vão com ela ou até
mesmo assistem pela TV. Tudo isso poderia ser evitado com amor e carinho
e sem sensacionalismo.
Muitos, dos que vão até
lá, nem vão para ouvir a Palavra de Deus, mas para ver os demônios se
manifestarem como se isso fosse um espetáculo. Bom seria se as pessoas
fossem a igreja para ver a manifestação da Graça de Deus.
Autor: Prof. João Flávio Martinez
Fonte:http://www.cacp.org.br
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