Rev. Antônio José do Nascimento
Esta pergunta levanta graves preocupações a respeito da missão da Igreja. Se a salvação pessoal é decidida anteriormente, por um imutável decreto divino, qual é o sentido ou a urgência do trabalho de evangelismo?
Imaginemos um cristão fazendo a seguinte pergunta: Se Deus soberanamente decretou a eleição dos seus escolhidos desde toda a eternidade, por que estaríamos preocupados a respeito do evangelismo? O fato digno de maior significação para todos nós é que o mesmo Deus soberano que decreta e escolhe os salvos desde a eternidade, é também o mesmo Deus que soberanamente ordena a Sua Igreja a cumprir fielmente a tarefa de pregar o evangelho a todos as pessoas e povos do mundo (Mateus 28.19; Marcos 16. 15; Atos l.8). Como nós não sabemos quem são os eleitos de Deus, então deveremos pregar a todos, na certeza de que os escolhidos, uma vez que ouçam o evangelho, haverão de aceitá-lo em seus corações (Atos 13.48; Atos 16.14, 15). Tem-se generalizado em nossos dias uma falsa verdade quando se afirma que uma fé sólida na soberania de Deus tende a minar qualquer sentimento adequado da responsabilidade humana. Alguns imaginam que a crença na predestinação paralisa a evangelização, todavia, isto não é verdade. A escolha de Deus não está atrelada às nossas virtudes pessoais, e sim somente a vontade soberana d'Ele (Deuteronôrnio 7.6-8; João 15.16; Romanos 8.29, 30; Efésios 1.4,11; Filipenses 2.13).
O resultado do gigantesco plano eterno de Deus é a glorificação de Seu próprio nome e pessoa. O manancial de onde tem fluído e fluirá toda essa atividade salvadora é o próprio amor de Deus. O apóstolo Paulo apresenta o plano inteiro, do começo ao fim, falando do seu estágio final no tempo passado, para mostrar que, visto que Deus está decidido a fazê-lo, o estágio final é visto como se já estivesse terminado: "Porquanto aos que de antemão conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também glorificou” (Rom. 8.29,30).
No kairós de Deus na eternidade, quando Ele nos escolheu para sermos salvos por Cristo (II Timóteo 1.9; I Pedro 1.20), Ele também nomeou Seu Filho para tornar-se homem e ser o nosso remidor (Il Timóteo 1.10; I Pedro 1.20). E, na plenitude do tempo, o Filho de Deus veio ao mundo (Gálatas 4.4), especificamente conforme o testemunho d'Ele mesmo, para cumprir o plano eterno - para morrer e dar a sua vida em favor de todos aqueles que o Pai lhe deu (João 6.39; 10.29; 17.2,24). Pelos eleitos Jesus declarou: “As ovelhas que o Pai me deu, ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10.28-29).
Em Cristo, o Senhor.
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Sobre o autor: É graduado pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife (1980). Atuou no campo missionário da Amazônia por seis anos e é ministro da IPB há 23 anos. Foi diretor acadêmico do Centro Evangélico de Missões (Viçosa, MG) por dois anos e professor do Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro por 10 anos. Obteve os graus de mestre em Teologia e doutor em Missiologia pelo Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, EUA (1992). Detém também o título de Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2004). É pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, membro da assembléia da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) da Igreja Presbiteriana do Brasil, professor convidado da Escola Superior de Teologia (História das Grandes Religiões) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "O Lugar da Ação Social na Evangelização e Missão na América Latina" (1999).
Imaginemos um cristão fazendo a seguinte pergunta: Se Deus soberanamente decretou a eleição dos seus escolhidos desde toda a eternidade, por que estaríamos preocupados a respeito do evangelismo? O fato digno de maior significação para todos nós é que o mesmo Deus soberano que decreta e escolhe os salvos desde a eternidade, é também o mesmo Deus que soberanamente ordena a Sua Igreja a cumprir fielmente a tarefa de pregar o evangelho a todos as pessoas e povos do mundo (Mateus 28.19; Marcos 16. 15; Atos l.8). Como nós não sabemos quem são os eleitos de Deus, então deveremos pregar a todos, na certeza de que os escolhidos, uma vez que ouçam o evangelho, haverão de aceitá-lo em seus corações (Atos 13.48; Atos 16.14, 15). Tem-se generalizado em nossos dias uma falsa verdade quando se afirma que uma fé sólida na soberania de Deus tende a minar qualquer sentimento adequado da responsabilidade humana. Alguns imaginam que a crença na predestinação paralisa a evangelização, todavia, isto não é verdade. A escolha de Deus não está atrelada às nossas virtudes pessoais, e sim somente a vontade soberana d'Ele (Deuteronôrnio 7.6-8; João 15.16; Romanos 8.29, 30; Efésios 1.4,11; Filipenses 2.13).
O resultado do gigantesco plano eterno de Deus é a glorificação de Seu próprio nome e pessoa. O manancial de onde tem fluído e fluirá toda essa atividade salvadora é o próprio amor de Deus. O apóstolo Paulo apresenta o plano inteiro, do começo ao fim, falando do seu estágio final no tempo passado, para mostrar que, visto que Deus está decidido a fazê-lo, o estágio final é visto como se já estivesse terminado: "Porquanto aos que de antemão conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também glorificou” (Rom. 8.29,30).
No kairós de Deus na eternidade, quando Ele nos escolheu para sermos salvos por Cristo (II Timóteo 1.9; I Pedro 1.20), Ele também nomeou Seu Filho para tornar-se homem e ser o nosso remidor (Il Timóteo 1.10; I Pedro 1.20). E, na plenitude do tempo, o Filho de Deus veio ao mundo (Gálatas 4.4), especificamente conforme o testemunho d'Ele mesmo, para cumprir o plano eterno - para morrer e dar a sua vida em favor de todos aqueles que o Pai lhe deu (João 6.39; 10.29; 17.2,24). Pelos eleitos Jesus declarou: “As ovelhas que o Pai me deu, ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10.28-29).
Em Cristo, o Senhor.
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Sobre o autor: É graduado pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife (1980). Atuou no campo missionário da Amazônia por seis anos e é ministro da IPB há 23 anos. Foi diretor acadêmico do Centro Evangélico de Missões (Viçosa, MG) por dois anos e professor do Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro por 10 anos. Obteve os graus de mestre em Teologia e doutor em Missiologia pelo Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, EUA (1992). Detém também o título de Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2004). É pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, membro da assembléia da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) da Igreja Presbiteriana do Brasil, professor convidado da Escola Superior de Teologia (História das Grandes Religiões) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "O Lugar da Ação Social na Evangelização e Missão na América Latina" (1999).
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