Por Josemar Bessa
Muitas pessoas,
incluindo muitos que se dizem cristãos, tem dificuldade com a natureza eterna
do sofrimento no inferno. É o comprimento da punição extrema demais? É razoável
Deus condenar pessoas ao sofrimento eterno por decisões tomadas em uma vida
temporária?
Agostinho argumentando
sobre a natureza eterna do inferno é útil e desafiador. Já nos dias da igreja
primitiva, nos dias dos Pais da igreja, pessoas tinham dificuldade e lutavam
com a ideia da duração do inferno, dizendo que a pena eterna era
desproporcional ao crime cometido no tempo.
Agostinho argumentou
que mesmo na terra o comprimento do castigo nunca é baseado no comprimento do
crime. Por exemplo, se alguém para
cometer um assassinato leva 10 segundos, ninguém iria argumentar e articular
uma pena, uma punição de 10 segundos. A natureza da punição justa é baseada em
duas coisas:
1) A natureza do crime.
2) Contra quem o que o
crime foi cometido.
Nosso pecado, cada
pecado, é cometido contra um Deus infinito e infinitamente santo. Quando penso que um inferno sem fim como
punição soa como muito tempo para alguém, isso mostra que não se compreendeu a
grandeza e dignidade de Deus, não se compreendeu sua santidade infinita... A
natureza eterna do inferno fala como e quão santo e digno Deus é.
Não podemos superar as
imagens horríveis que Jesus utilizou para descrever o inferno: “Choro e ranger
de dentes... onde seu verme nunca morre” ( Mateus 9.48) – Lembre-se que essas
são as descrições de Cristo sobre o inferno – portanto, não há como apelar para
o “amor” para tentar negá-las. “Fogo inextinguível” ( Mt 3.12; Mc 9.43) – “fogo
eterno” (Mt 25.41) – “inferno de fogo” (Mt 18.9) – “punição eterna” (Mt 25.46) –
“angústia na chama” (Lc 16.24). Devemos estremecer realmente. Não negando a
verdade, mas fugindo para os braços de Jesus, que morreu para nos livrar desta
realidade.
Apocalipse 14:11 é
provavelmente a mais gráfica declaração do Novo Testamento sobre o sofrimento
eterno do impenitente. "A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre,
e não têm repouso nem de dia nem de noite." Atormentado para sempre e
sempre. O sofrimento sem fim dos pecadores impenitentes é uma realidade
ensinada nas Escrituras e, portanto, bom para nós sabermos.
Vá a Bíblia com um
processo de pensamento que é o inverso do comum hoje. Em vez de ir para a
Bíblia e dizer: “Eu sinto que o sofrimento sem fim não pode estar certo, então
a Bíblia não pode ensinar isso... porque um Deus de amor...” – Não! O
pensamento deve ser: “Visto que a Bíblia ensina isso, essa é a expressão da
justiça divina, portanto, quão infinitamente terrível o pecado deve ser! Quão
infinitamente terrível deve ser tratar a glória de Deus com desprezo! Quão
grande insulto é não crê nas promessas de Deus! Que beleza infinita a glória, santidade
e pureza de Deus deve ter, que somente o interminável sofrimento é um castigo
justo e adequado.” O inferno deve nos encher de admiração da glória que temos
desprezado.
Felizmente, Jesus é meu
substituto. Em Sua graça insondável e misericórdia, Ele suportou meu pecado e a
ira que eu mereço. Jesus levou seis horas em uma tarde de sexta-feira para
suportar a ira do Pai. Já um pecador necessita de uma eternidade no inferno.
Eis a santidade e dignidade do Cordeiro. Ele é santo. O pecado é que infinitamente ofensivo.
E Seu amor é tão grande.
Fonte: Josemar Bessa
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