quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Artigo do Ministerio Bereia

 Estive alguns dias sem postar por falta de tempo, retornarei na segunda feira. FELIZ 2012 para todos os meus amigos que acessam o blog mais reformado do Cariri Paraibano, especialmente para os seguidores deste blog e pastores que o divulgam entre suas ovelhas.

A estratégia do devorador: Teologia da Prosperidade


“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.” (Marcos 10:21)
Em Malaquias 3:10 a bíblia traz um texto dizendo que o devorador vem para roubar o fruto terra. E esse devorador vem por causa de não devolver o que é de Deus. E é claro que quando nós olhamos para este texto achamos que a igreja cumpre seu propósito de pregar a verdade para que o devorador venha ser repreendido. Porém temos vivido nas igrejas algumas influências do pós-modernismo:
  • A busca incessante por ser bem sucedido em bens materiais;
  • Forte apelo para que o dízimo e a oferta e até primícias venham a ser arrecadados;
  • Forte apelo que as pessoas necessitam de um bem financeiro, de “prosperidade” financeira como prova de que Deus está na vida deles.
E com estes apelos alcançando o ego das pessoas que estão em busca de desejos e sonhos de conquistas materiais. E esquecendo que Jesus é a maior necessidade do ser humano, e não um carro novo ou uma casa nova. A maior busca do ser humano se tornou as bênçãos materiais. E a maior prova disso é que as igrejas que pregam que todos que tem Jesus são ricos, prósperos em bênçãos materiais. Estas igrejas querem levantar verdadeiros impérios, porque encontraram um desejo no coração do ser humano, um ídolo que é a busca por riquezas terrenas. Encontrando assim uma forma de manipular o povo para alcançar seus objetivos: impérios religiosos.
Uma coisa eu tenho que falar e deixar bem claro a respeito do devorador: o devorador se converteu! E não se converteu a Jesus, porque aonde ele atua existe maldição; ele se converteu e esta nas igrejas e está usando dos púlpitos para retirar o que ele retirava lá no mundo, usando o ídolo do coração do ser humano e o desejo carnal de satisfazer seu coração com bens e riquezas materiais.
As igrejas montam campanhas, congressos, shows, espectáculos e começam a escravizar as pessoas com algumas atitudes dizendo que nós precisamos ter dinheiro porque senão Deus não está abençoando, Ele não está na sua vida, você precisa participar de todos estes eventos, fazer ofertas de sacrifícios, votos com dinheiro, ofertas exuberantes e tantas outras coisas como pedir casas, carros como prova de que a pessoa acredita naquela promessa de prosperidade. E com isso devorando o frutos da igreja que somos nós, inclusive desequilibrando famílias com heresias, esquecendo do amor que Jesus pregou.
Mas tudo isso aconteceu porque a igreja permitiu mutar-se sua raiz, e trazer mudanças pós-modernas para dentro do evangelho. Conseguindo fazer uso de versículos mal interpretados e fora de contexto para alcançar seus objetivos.
A bíblia diz que nos últimos dias virão pastores que enganarão a muitos, e estes mesmos que enganam fazem declarações que são inquestionáveis porque são líderes, mas estes mesmos e os que o seguem naquele dia ouvirão: – Apartai-vos de mim vós que praticais iniquidades, não vos conheço.
O ser humano tem uma necessidade, e essa necessidade não é suprida pelo dinheiro ou bens materiais. Mas sim pela presença de Deus. Jesus é a maior necessidade de uma pessoa, não é o milagre, não é o dinheiro, não é a prosperidade material, porque somente com Jesus você se completa e tem o vazio da sua vida preenchido.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É legítima a comemoração do Natal?

O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onda entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:
1. A distorção do Natal. Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.
2. A proibição do Natal. Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
3. A celebração do Natal. O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Catecismo Maior de Westminster


1. Qual é o fim supremo e principal do homem?
Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.

2. Donde se infere que há um Deus?
A própria luz da natureza no espírito do homem e as obras de Deus claramente manifestam que existe um Deus; porém só a sua Palavra e o seu Espírito o revelam de um modo suficiente e eficazmente aos homens para a sua salvação
Rom. 1:19-20; 1 Cor. 2:9-10: II Tim. 3,15-17.


3. Que é a Palavra de Deus?
As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a única regra de fé e prática.
II Tim. 3:16; 11 Pedro 1:19 21; Isa. 8:20; Luc. 16:29, 31; Gal. 1:8-9. 

4. Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus?
Demonstra-se que as Escrituras são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza do seu conteúdo, pela harmonia de todas as suas partes, e pelo propósito do seu conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo poder que possuem para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os crentes para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras e juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de completamente persuadi-lo de que elas são realmente a Palavra de Deus.
Os. 8:12; 1 Cor. 2:6-7; Sal. 119:18, 129, 140; Sal. 12:6; Luc. 24:27; At. 10:43 e 26;22; Rom, 16:25-27; At. 28:28; Heb. 4:12; Tiago 1:18; Sal. 19:7-9; Rom. 15:4: At 20:32; João 16:13-14.

5. Que é o que as Escrituras principalmente ensinam?
As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer do homem.
João 20:31; 11 Tim. 1:13. 

6. Que revelam as Escrituras acerca de Deus?
As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade, os seus decretos e como Ele os executa.
Mas. 3:16-17; Isa. 46:9-10; At. 4:27-28, 

7. Quem é Deus?
Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo - suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade.
João 4:24; Exo. 3:14; Job. 11:7-9; At. 5:2; I Tim. 6:15; Mat. 5:48; Rom. 11:35-36 Sal. 90:2 -145:3 e 139:1, 2, 7; Mal. 2:6; Apoc. 4:8; Heb. 4:13; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Deut. 32:4; Exo. 34:6. 

8. Há mais que um Deus?
Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Deut. 6:4: Jer. 10:10; 1 Cor. 8:4. 

9. Quantas pessoas há na Divindade?
Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais.
Mat. 3:16-17, e 28:19; 11 Cor. 13:14; João 10:30. 

10. Quais são as propriedades pessoais das três pessoas da Divindade?
O Pai gerou o Filho, o Filho foi gerado pelo Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, desde toda à eternidade.
Heb. 1:5-6; João 1:14 e 15:26; Gal. 4:6.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Neopentecostais, alegrem-se com a ironia!


* Nota do Fábio: É pessoal, nós confessamos... Renan recebe suas mensagens diretamente do além! Em uma das nossas reuniões semanais em Caxias, o herege da oitava dispensação psicografou a carta perdida de Paulo a Timóteo; com vocês a herética Terceira carta de Paulo a Timóteo abaixo:


Ilmo. Sr. Kurah neo penteca da silva

Saudações

Venho por meio dessa, informá-lo que em uma das minhas excursões localizei um novo manuscrito, que ao que tudo indica, é um manuscrito bíblico. A carta é endereçada a Timóteo, já li a mesma e não é uma das cartas que já estão no Canon bíblico. Nessa carta, Paulo faz algumas proposições um tanto estranhas. Já entrei em contato com a SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), a SBTB (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), mas ambas rejeitaram os manuscritos afirmando que não adicionariam tal manuscrito como add-on em suas bíblias. Entrei em contato com a SBI (Sociedade Bíblica internacional – produz a NVI), eles afirmaram que apesar de não terem muito respeito pela Bíblia, eles não chegariam a esse extremo... mas ofereci, posteriormente, às pessoas certas.

Estando desesperado, ofereci esse manuscrito à “apostila” Valnice Milhomens (aquela para a qual a Bíblia não tem muita utilidade), para a “apostila” Neuza Itioka e para o “patriarca” Renê Terra Velha ( eu sei que o certo é “Nova”, mas as heresias dele são “Velha”). Quem será que ficará com esse manuscrito? Valnice já profetizou que o manuscrito será dela.

Valnice iniciou a plantação de 2000 palmeiras em honra e comemoração pela descoberta desse manuscrito tão precioso (sem contar que ela já consultou Paul, o polvo profeta). Neuza Itioka já DECLAROU que o manuscrito é dela, e que se preciso for, ela vai fazer 10.000 atos proféticos somente esse ano. Renê Terra Nova veio com uma história de que aquele era “um manuscrito profético e apostólico literalmente” e que “foi vontade de Gizuz que ele fosse encontrado apenas no século XXI, para que as novas bases lançadas fossem confirmadas”... Ele disse ainda que pediria no MIR, várias ofertas voluntárias, porque se o povo teve coragem de dar pra ele um jatinho, por que não dariam um texto autêntico da Bíblia? Um texto que muitos desconhecem...

Sinceramente, penso que esse manuscrito é um perigo na mão desse povo, mas preciso de dinheiro... a verdade é que tenho tanto medo dessas pessoas e dos estragos que eles podem causar que já pensei em queimar esse manuscrito.

Sr. Neo penteca, queres saber qual o conteúdo dessa epístola? Segue abaixo o capítulo 1 da mesma (eu já a dividi em capítulos):

III Carta de Paulo a Timóteo

Paulo, apóstolo da visão, pela vontade de obter fama, segundo as promessas de prosperidade. Aos discípulos santos que estão sob minha cobertura espiritual. Dou graças a deus [NOTA: é melhor colocar deus com “d” minúsculo do que colocar “Mamom”], a quem desde o surgimento da visão fiquei mais cego e ceguei aos que andam comigo. Em minhas orações sempre faço menção do jatinho que vocês, meus discípulos, compraram para mim.

Desejo muito ver-te, lembrando do carro que tu me prometestes, para que mais rico eu fique no presente século. Trazendo a memória a obediência cega e antibíblica que habitou não apenas em ti, como também nos teus pais, avós, bisavós e todos os que não lêem a Bíblia e escutam-me em tudo que digo.

Por cujo motivo te lembro que reabras a conta do Bradesco que já está perto de fechar, que deposites 100.000 reais, ainda essa semana, pois todas essas coisas te ensinei, estando contigo e lançando fundamentos “apostólicos”.

Não te envergonhes de não declarar quantidade de dinheiro com o qual entrarás em outro país, ainda que tu sejas preso. Não participe das aflições do evangelho “puro”, mas sê santo “sempre recebendo” e jamais investindo no Reino. Pelo dinheiro e para o dinheiro fui constituído apóstolo, patriarca e cafetão (se duvidas, olhe para minha ropitcha)... por essa causa padeço (conseqüência de vestir essas roupas que custam 12 salários mínimos no mínimo cada peça).

Conserves o número da conta p/ depósito que te enviei pelo camelo da hora terceira de ontem. Que o banco te conceda uma ótima taxa de juros ao mês, para que quando tu morreres, no teu caixão teu dinheiro ocupe mais espaço que teu próprio corpo.

Que a graça e a felicidade que o dinheiro podem te proporcionar te seja multiplicada, pois esse é o resumo do evangelho politiqueiro e inútil que de mim tens ouvido....

Me perdoem, eu havia lido a assinatura errado... a assinatura não é de Paulo.. é de ... deduza você mesmo...
Fonte: http://pelasescrituras.blogspot.com/

RC afirma que governo vai investir R$ 50 milhões no setor produtivo da PB, em 2011

O Governo do Estado vai investir, em 2012, R$ 50 milhões no setor produtivo da Paraíba. O valor é quase o dobro dos investimentos no mesmo segmento em 2011, quando o montante de recursos chegou a R$ 28 milhões. A informação foi passada pelo governador Ricardo Coutinho durante o programa 'Fala Governador', transmitido nesta segunda-feira (19), pela Rádio Tabajara.

Na terça (20), o governador estará em Campina Grande, onde participa da Festa do Campo, na pirâmide do Parque do Povo. "Será o grande dia da inclusão produtiva, do povo da produção”, destacou o governador. Como motivo para a festa, a Paraíba registra resultados importantes, que, segundo Ricardo Coutinho, merecem ser festejados.
"O Cooperar, que no ano passado não financiou sequer R$ 1, em 2011 já chegou a R$ 22 milhões de financiamentos, dos quais 85% foram destinados ao setor produtivo”, disse. Na festa, será anunciada, oficialmente, a liberação de mais R$ 6 milhões por meio do projeto, além de R$ 1,8 milhão de créditos pelo Empreender Paraíba e outros R$ 3 milhões de créditos individuais, também do Empreender, junto com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
"Com iniciativas como essa, sinalizamos que o mais importante para a Paraíba é incentivar o setor produtivo, pois aí geramos mais renda e empregos e ainda ativamos a cadeia produtiva, de baixo para cima”, acrescentou. Ainda de acordo com o governador, só na apicultura, o Estado investiu mais de R$ 8 milhões, enquanto no setor da mineração os investimentos alcançaram R$ 2,5 milhões. Já na avicultura caipira foram cerca de R$ 500 mil investidos.
A Festa do Campo no Parque do Povo terá início às 10h e contará com participação de produtores de diversas áreas. No local, ocorrerá uma feira de produtos provenientes da agricultura familiar.
Retorno de investimentos – O governador enfatizou que o Empreender Paraíba dotou produtores com infraestrutura, preparou projetos e, principalmente, constatou se as cooperativas têm capacidade de pagamento. "Não estamos dando dinheiro, estamos investindo. Queremos os recursos de volta para poder investir em outras cooperativas. Apoiamos empreendedores com o objetivo de aumentar a renda deles. O que geramos de emprego com os arranjos produtivos é sustentável. Assim, eles fazem o dinheiro circular dentro do próprio estado”, ressaltou.
Crescimento do Porto –Ricardo Coutinho também destacou os avanços registrados no Porto de Cabedelo, em 2011. Durante todo o ano passado, o porto movimentou 1,3 milhão de toneladas de carga, enquanto de janeiro passado até a manhã desta terça-feira, o registro já era de 1,7 milhão. "É sinal de que o porto, com os problemas que nós temos, se supera e se coloca como alternativa para os grandes portos. Ele pode e vai crescer muito mais do que isso”, assegurou.
Para isso, Ricardo revelou que já solicitou ao Governo Federal recursos para investimentos básicos no porto, como modernização de guindastes, ampliação do cais, aprofundamento do cais envolvente e construção de um terminal de múltiplo uso, para aumentar a capacidade de estocagem de contêineres. As ações estão orçadas em torno de R$ 350 milhões.
Investimentos em educação – O ano de 2011 também foi de saltos para a educação paraibana. No programa radiofônico da Tabajara, o governador fez uma prestação de contas dos trabalhos realizados pelo Estado nesse setor. Começando pela qualificação, com a chegada do programa Formação Continuada, que, só na primeira etapa, inscreveu 12.931 professores.
A qualificação também atingiu a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) passaram a contribuir com o trabalho. "Nossa meta, até 2012, é de que 123 mil alfabetizandos sejam atendidos pelo programa, o que corresponde a 20% do número de pessoas de 15 anos ou mais em situação de analfabetismo no Estado”, disse.
O Governo investiu ainda em tecnologia. Só em 2011, foram adquiridos 1,6 mil computadores para escolas estaduais acima de 50 alunos. Por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), cada um dos 2,5 mil professores em qualificação vai receber um netbook, adquirido com recursos próprios do Estado.
Já na formação dos alunos, o governo apostou no PBVest, voltado para estudantes que estão prestando Vestibular ou provas do Enem. "Em todo o Estado, foram mais de 5,5 mil alunos matriculados e 25 localidades atendidas. Quando começamos, nossa meta eram 12 localidades. Em 2012, queremos atingir o dobro de locais e matricular dez mil estudantes”, afirmou.
Infraestrutura de escolas – Em 2011, o Governo do Estado executou 291 obras de infraestrutura em escolas. Entre esses serviços, estão construção, reformas e ampliação dos prédios. Ao todo, foram investidos pouco mais de R$ 49 milhões. Atualmente, pelo projeto Paraíba Faz Educação, o Governo possui 33 projetos em andamento. "Na essência, temos que trabalhar para oferecer ao estudante a melhor condição possível. E, para fazer isso, vamos buscar apoio de todas as formas, inclusive interagindo com as redes municipais de educação.”
Salão de artesanato – Ricardo Coutinho destacou ainda que, só em 2011, o Governo do Estado apoiou os artesãos paraibanos com mais de R$ 500 mil. Nesta quinta-feira (22), será aberta, no Jangada Clube, Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, mais uma edição do Salão de Artesanato da Paraíba, que se estende até o dia 22 de janeiro. "Não temos a menor dúvida de que nossos artesãos terão recorde de vendas. Contamos com a presença forte de visitantes, pois a cidade já está cheia de turistas”, destacou Secom-PB

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Batalha espiritual ou bandalha espiritual?

Por Mauricio Zágari
Como editor de livros cristãos fiquei impressionado ao descobrir em uma pesquisa junto a livrarias evangélicas que um dos três assuntos que mais vendem livros entre a nossa gente é batalha espiritual. Prova de que nós, cristãos, somos absolutamente fascinados por esse assunto. Queremos ver nosso Deus guerreiro arrebentar com o capeta, mandá-lo pro quinto dos infernos a pontapés, sob nossos brados de glória e aleluia. Entendo muito bem do assunto. Fui convertido numa igreja que dava muito valor a isso, onde o diabo era uma figura onipresente nas orações, nos cultos, nas conversas, no dia a dia dos irmãos. Parecia até que ele tinha cadeira cativa na primeira fila. Hoje, tendo lido, vivido e praticado minha fé de forma mais sólida, me atrevo a enxergar aquilo que considero um grande erro no discurso cristão com relação ao Diabo. E é sobre isso que quero conversar com você.
Antes de mais nada, preciso avisar aos adeptos do liberalismo teológico que os respeito mas não concordo com vocês. Acredito sim que Satanás e os demônios são seres pessoais, que atuam sim nas esferas terrena e celestial, militando contra a Igreja de Cristo. Creio em possessão demoníaca e já participei de exorcismos (não televisionados e sem plateia, ressalte-se) em que presenciei situações que ninguém nunca me convencerá terem sido crises de epilepsia. Então sou bem ortodoxo, fundamentalista e bem pouco iluminista quando o assunto é demonologia. Creio que, ao contrário do que defende a Teologia Liberal, Satanás é de fato uma entidade pessoal. Só para você ter uma ideia, há nas escrituras 177 menções ao Diabo em seus vários nomes. Além disso, a Bíblia deixa claro que ele tem intelecto (2 Co 11.3); emoções (Ap 12.17) e também vontade (2 Tm 2.26). Em Mt 25.41 fica claro ainda que ele é moralmente penalizável por seus atos, o que jamais ocorreria se ele fosse apenas uma metáfora ou um símbolo da maldade humana, como advogam alguns. E mais: Satanás é descrito por pronomes pessoais e é fortemente adjetivado no relato bíblico.
Tendo dito isso, vamos ao que interessa: O grande equívoco que nós, cristãos, cometemos, é achar que Deus e o Diabo estão numa batalha espiritual em pé de igualdade. Que a força que Deus tem cá o Diabo tem lá e que as chances de vitória em qualquer batalha espiritual são de 50% a 50%. É essa imagem da queda de braço aí ao lado, onde o Supremo Criador do Universo se vê numa disputa de igual pra igual, em que tudo pode acontecer, em que há isonomia de forças. Nada mais longe da verdade.
DEMÔNIOS APENAS OBEDECEM E IMPLORAM A DEUS
Para começar: Deus é o criador do ser que se tornou Satanás. Ou seja: do mesmo modo que eu e você, como criaturas, dependemos do Senhor para tudo, precisamos de sua autorização para realizar qualquer intento, o líder dos demônios tem de enfrentar a mesma burocracia. Sim, Satanás é obrigado em tudo a dizer a Jeová: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”. Ele não tem escolha. Pois o Diabo não pode mover uma palha sobre a terra ou nas regiões celestiais sem a autorização expressa de Deus. É como um cachorrinho, esperando que seu dono afrouxe a coleira e ele, assim, consiga avançar contra um dos eleitos do Senhor.
Isso fica claríssimo no livro de Jó. Para tomar qualquer iniciativa Satanás precisa que Deus conceda-lhe o direito. Veja que em Jó 1.12 o Senhor diz a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele”. Ele usa o verbo no imperativo, isto é, trata-se de uma ordem, algo que vem de cima para baixo: “não toque”. Em nenhum momento há uma barganha: há uma concessão.
Depois, na tentação de Jesus no deserto, as palavras de Cristo em Mt 4.10a são absolutamente reveladoras: “Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás!”. Perceba o que está acontecendo aqui. Jesus de Nazaré, o Deus encarnado, vira-se para aquele que tantos de nós temem e simplesmente dá-lhe uma ordem. Se Satanás vivesse em pé de igualdade na batalha espiritual, se ele lutasse de igual para igual com Deus, no mínimo ele responderia um “qualé, Jesus, vai encarar? Tá se achando, é?”. Mas não. Sabe o que o Diabo faz quando Jesus diz “retire-se”? Vamos para o versículo seguinte: “Então o Diabo o deixou”. Uau. Que moral. Não houve luta, não houve batalha, não houve barulho. Jesus disse e o Diabo simplesmente e subordinadamente obedeceu. Prova de que o nível de autoridade do Mestre é infinitamente, extraordinariamente, magnificamente, inquestionavelmente superior ao do adversário. Que é adversário nosso, não dEle, como já veremos.
Há ainda outra passagem fantástica que revela essa realidade. Marcos 5 nos conta que ao chegar a Gadara Jesus se depara com um endemoninhado. A história se repete. Quando aquela legião de demônios se vê diante do Rei dos Reis o que ela faz? Guerreia? Peleja? Luta? Enfrenta? Encara? Sai gritando “vamos lá, essa é a chance de derrotar Jesus!”. Nada disso. Ouça bem: “E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região. Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus: ‘Manda-nos para os porcos, para que entremos neles’.” (Mc 5.10-12). O demônios imploraram. Segundo o dicionário, isso significa que eles suplicaram, pediram encarecidamente e humildemente. Isso parece atitude de quem entra numa batalha de igual para igual? E assim é em todas as manifestações demoníacas que a Biblia relata: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ou melhor: quem já é réu de juízo.
SATANÁS NÃO É INIMIGO DE DEUS, MAS DOS HOMENS
Deus é onipotente, isto é, pode tudo. O Diabo é teopotente (com o perdão do neologismo), isto é, só pode o que Deus lhe permite poder. Então, a imagem medieval de Deus guerreando com o Diabo em condições de igualdade é tão esdrúxula como imaginar que um rinoceronte e uma formiga são capazes de competir em igualdade de força, poder e domínio. Apocalipse fala da batalha final de Armagedom. Mas imaginar que essa batalha é como um Fla X Flu, em que tudo pode acontecer, em que há chances de qualquer um ganhar, é uma ideia extremamente infantil. Toda e qualquer luta entre Deus e o Diabo é como um jogo entre a seleção brasileira titular de futebol e o timinho mirim sub-10 do Cáceres Matogrossense (que para quem não sabe é considerado o pior time do Brasil). Chega a ser risível imaginar uma derrota da seleção.
Deus sempre ganha. Sempre. Sempre. Simplesmente porque a grandeza, o poder e a majestade do Ser infinito, eterno, onipotente, inefável, magnífico que é o Senhor do Universo é absolutamente, impensavelmente, descomunalmente superior a toda e qualquer capacidade que esse mísero ser criado, chamado Satanás, possa ter.
Satanás não é inimigo direto de Deus: é uma pedra incômoda no sapato. Uma farpa no dedo. Satanás é sim inimigo dos homens, adversário nosso, pois ele tem a capacidade de nos sugerir que pequemos. Nem nos obrigar ele pode (salvo em caso de possessão). Veja o que ele fez com Adão e Eva: não enfiou o fruto proibido goela abaixo deles, apenas sugeriu, deu ideias. Satanas é um grande sedutor. Nós fazemos e cedemos se quisermos. Repare que o anjo de Apocalipse 22.9 diz a João: “Sou teu conservo”. Analogamente, os anjos caídos estão no mesmo nível hierárquico: co. Ou seja, “correspondente”, “correlato”. Eles estão em pé de igualdade enquanto inimigos dos seres humanos, jamais de Deus. Assim, devemos temer somente e tão somente aquele que pode lançar nossa alma no inferno (Mt 10.28), ou seja: Deus. Acredite: o Diabo não tem nenhuma autoridade para te condenar ao inferno. Isso é entre você e o Todo-Poderoso.
IGREJAS DIABOCÊNTRICAS
Pois bem, uma vez que pomos o Diabo no lugar que lhe é devido, começamos a perceber que ele vem sendo tratado pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo de maneira completamente equivocada: com honras e glórias.
“Ahn? Como assim, Zágari, tá maluco?”
Não mesmo. Repare que temos dado tanto destaque ao Diabo em nossas vidas que muitas vezes falamos mais dele do que de Deus em nossas orações e em nossos cultos. É um tal de repreender pra cá, expulsar pra lá, manietar, acorrentar, aprisionar… passamos tanto tempo usando os minutos que deveríamos estar dedicando ao Criador dos Céus e da Terra mencionando o Diabo que acabamos tornando nossos momentos na igreja diabocêntricos. E você consegue perceber o que há de mais grave nisso? Repare que quando pegamos o espaço que deveria ser totalmente devotado a Deus (como nossos cultos, nossos devocionais, nossas orações etc) e o usamos para dar espaço ao Diabo estamos fazendo exatamente o que ele queria e que resultou em sua queda: o pomos no lugar de Deus. Ou seja: quando fazemos de Satanás o centro de nossas atenções ele exulta, pois é exatamente o que queria desde o início: usurpar o lugar do Senhor. Nem que seja nas nossas atenções e em nossos pensamentos.
Cultos são momentos que, como diz o nome, servem para cultuar a Deus. Orações servem para relacionarmo-nos com Deus. Se O removemos desses momentos e pomos o Diabo no Seu lugar, pronto: sem percebermos entronizamos Satanás em nossas atividades, deixando o Senhor em segundo plano. Ah, e isso é tudo o que Maligno sempre quis! Veja: “Você, que dizia no seu coração: ‘Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo’.” (Is 14.13,14).
As nossas orações, então, em vez de representarem momentos de íntimo contato com o Abba, de aproximação com o nosso amado, com aquele que é maravilhoso, em vez de serem oportunidades de nos derramarmos ao Pai nosso que está no Céu, cujo nome é santificado e cujo Reino esperamos ansiosamente… vira um bate-boca com o Diabo e com os demônios. Que desperdício! E isso porque temos a ilusão de que temos de ficar guerreando eternamente contra esse ser que é tão inferior ao nosso amigo Jesus Cristo. Quando na verdade onde a luz brilha as trevas se dissipam.
BATALHA ESPIRITUAL SE GANHA ACENDENDO A LUZ
Quer fazer batalha espiritual? Acenda a luz de Cristo na tua existência. Traga Jesus para o centro de tudo. E ali ele iluminará todos os cantos de sua vida, eliminando todo e qualquer vestígio de trevas. Pronto, a batalha estará vencida. Simples assim. Sem mágicas, sem estratégias, sem abracadabra. Ponha Jesus no centro da tua vida e Ele iluminará teu corpo, alma e espírito. E, com isso, não sobrará espaço absolutamente nenhum para o Diabo agir.
Fico impressionado com grupos que criam “ministérios” onde ensinam sobre mapeamento espiritual, estratégias de guerra e um monte de outras coisas ligadas ao Diabo. Eu mesmo na minha infância de fé participei de alguns, fui a cursos e seminários. Passamos manhãs inteiras discutindo e aprendendo sobre demônios, principados, hierarquias e tantas outras invenções humanas que a Bíblia ignora totalmente. Joguei no lixo manhãs inteiras glorificando o Diabo, tornando-o o centro das atenções, quando poderia estar me devotando ao Cristo que veio à terra para desfazer as obras do maligno (1 Jo 3.8) e que o venceu na Cruz. Aprendi tantas coisas inúteis nesses seminários de batalha espiritual que uma simples leitura bíblica me teria ensinado com muito mais clareza lições infinitamente mais preciosas e eficazes.
Quer saber qual é a forma bíblica de Jesus de lidar com Satanás e os demônios? Pois bem, repare antes de qualquer coisa que é a forma como alguém muito superior trataria alguém infinitamente inferior. Como um leão trataria um rato. Mateus 8.16 diz a respeito de Jesus: “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra!
Jesus não se rebaixava a ficar conversando com demônios. Com uma única palavra os mandava embora. E isso era corriqueiro. Em Marcos 1, Jesus está numa sinagoga quando “justo naquele momento, na sinagoga, um homem possesso de um espírito imundo gritou: O que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus”. Repare que o demônio que possuia aquele homem puxou o maior papo com Jesus. Mas sabe o que o Mestre fez? Não deu a menor trela. Tudo o que ele falou, segundo o versiculo 25, foi: “Cale-se e saia dele!”. Que coisa extraordinária! Repare bem: Jesus não permitiu que o demônio abrisse a boca! Mandou-o se calar. E sair. Só. Sem conversa, sem dar importância nem oportunidade de ele falar ou mesmo “ensinar” doutrinas de demônios. O resultado? O texto diz: “O espírito imundo sacudiu o homem violentamente e saiu dele gritando”. “Cale-se e saia dele”…e ele saiu. Uau.
Esse deve ser o nosso procedimento: cala e sai. Só. E sempre. Luz acesa, trevas dissipadas.
É como se Jesus quisesse dizer: “Tá, já tirei o cabelo da sopa, vamos nos banquetear agora?”. Mas tem gente que prefere ficar aos berros: “Tem um cabelo na minha sopa! Tem um cabelo na minha sopa! Tem um cabelo na minha sopa!”. E assim perde o principal. Que é Deus. A Cruz. A vida eterna. A Igreja. A comunhão dos santos. O amor.
VALORIZAR O DIABO EM NOSSAS CELEBRAÇÕES É DESTRONAR DEUS
A Bíblia é sobre Cristo. O Evangelho é sobre Cristo. Nossa vida cristã é sobre Cristo. Batalha espiritual é um assunto secundário. Se houver demônios os expulsamos e acabou. Se você reparar que está gastando muito do seu tempo lendo sobre eles, falando sobre eles e se preocupando com as sujeiras ligadas a eles é sinal que suas prioridades na vida de fé precisam ser reavaliadas. Cristianismo é sobre viver com Cristo e amar o próximo e não sobre ficar gastando horas e horas com demônios.
Deus não está no mesmo nível que o Diabo. Deus está no apartamento de cobertura e o Diabo, no capacho que dá entrada ao saguão do primeiro piso – pela porta dos fundos Temos que tirar da cabeça essa ideia infantil de que eles estão no mesmo nível. Deus é criador. O Diabo é criatura. Deus pode tudo. O Diabo só pode o que lhe é permitido. Deus manda. O Diabo obedece. Deus é vitorioso. O Diabo já perdeu. Deus viverá a eternidade em seu Reino de glória, honra e majestade. O Diabo viverá a eternidade na morte eterna do lago de fogo e enxofre. Deus ama seus filhos. O Diabo perdeu o amor de Deus. Deus merece toda a nossa atenção. O Diabo não merece nem mesmo um post num blog desconhecido como o meu. Logo, como já gastei tempo demais escrevendo sobre essa criatura incômoda que conseguiu fazer com que eu usasse um post do meu blog pra falar dele, nada melhor do que encerrar um artigo sobre o Diabo falando sobre Aquele que de fato merece que falemos dEle: Glória a Deus nas maiores alturas! Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir. (Lc 2.14a; Mt 21.9; Is 6.3; Ap 4.8)
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Apenas
 
Extraído de www.ministeriobbereia.blogspot.com

ESBOÇO DE SERMÃO DOMINICAL DO MISSº VERONILTON PAZ

TEXTO: EZEQUIEL 47.1-12

TEMA: COMO DEVE VIVER ALGUÉM QUE É SERVO DE DEUS.

1. ESTÁ SEMPRE SENDO TRANSFORMADO. V.1-5

1.1 Prova a água puruficadora que vem de Deus. v.1-2
Jo 4.1-10; Jo 7.37-38

1.2 Está sempre melhorando de maneira progressiva.v.3-5
Fp 3.12-16

2. FAZ A DIFERENÇA POR ONDE PASSA. V.6-11

2.1 Leva a vida do Senhor as pessoas. v. 6-9
Dt 30.19,20

2.2 Abençoa os que se chegam a ele. v. 10
Rm 12.14; Gn 12.1,2

2.3 Reconhece suas falhas. v. 11
Lc 5.8; Is 6.5

3. DÁ FRUTOS PARA DEUS. V. 12

3.1 Seus frutos são bons. v.12a
"...Frutos para comer..." (Tem árvore que dá frutos, mas não são úteis e sim veneno como mamona, maniçoba) Mt 7.15-20

3.2 Seus frutos são permanentes. v.12b
"...não fenecerá a sua folha..." (O importante não é começar bem, é permanecer bem e terminar bem).
Sl 1
3.3 Leva alimento e cura para a alma das pessoas. v.12c
Mt 14.16; Ap 22.17; Ap 22.2

CONCLUSÃO:
 Temos vivido como servos de Deus: Sempre em transformação, fazendo a diferença onde estamos e dando frutos para Deus? Senão precisamos rever nossa fé, nossa vida, pois o erro não está em Deus e nem na Bíblia, mas em nós.

APLICAÇÃO:
Canção Já achei uma flor gloriosa
Desafio: Mudança de atitudes não nobres para atitudes que glorifiquem a Deus.
Oração: Pelas pessoas presentes que aceitaram o desafio.

O missº Veronilton Paz é membro da IPB Monteiro à 15 anos, foi diácono, presidente da UMP por três mandatos, Presidente da Federação de Mocidades do Presbitério Vale do Pajeú por dois mandatos e hoje presbítero no segundo mandato, vice-presidente da UPH da Igreja mãe, tem formação de evangelista pelo CEIBEL (Curso Extensivo do Instituto Bíblico Eduardo Lane, Patrocinio-MG), curso de Obreiro leigo do CPO/NE (Curso de Preparação de Obreiros do Nordeste, no IBN - Instituto Bíblico do Norte, em Garanhuns-PE), Bacharel em Teologia pelo ITG (Instituto Teológico Gamaliel de Belo Jardim-PE), atualmente está aprovado para o 3º período do curso de letras - Lingua Portuguesa na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba, Campus VI de Monteiro-PB) e-mail: cristaoreformado@gmail.com e cel 83 96790574.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não minta: você não ama o próximo


Por Mauricio Zágari

Cheguei a uma conclusão: eu não amo o próximo. Pior: você também não. A gente pode até tentar, mas não ama. E eu provo. Mas, para isso, precisamos entender antes de mais nada que estou usando aqui o conceito de “amor” da Bíblia e não o da sociedade secular e romantizada em que vivemos. E como um dos conceitos hermenêuticos elementares no estudo das Escrituras é que “a Bíblia explica a si mesma”, vamos ao texto sagrado desencavar qual é o conceito bíblico de “amar”. O versículo epicêntrico da Bíblia sobre o assunto é o bom e velho João 3.16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Vamos então destrinchá-lo.
Primeiro: Deus amou o mundo. E quem é o mundo? São absolutamente todas as pessoas que o rejeitaram, desobedeceram, que foram seus inimigos, que lhe viraram as costas. Ou seja: todo aquele que peca. Ou seja: todo mundo! “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Então o que Jo 3.16 nos mostra, primeiro, é que Deus amou pessoas que o desprezaram, que lhe fizeram mal, que falaram mal dele, que roubaram dele, o caluniaram e fizeram todo tipo de desgraça contra Ele.
Aí, de repente, Deus decide fazer por esse grupo de bilhões e bilhões de pessoas algo impresionante: abre mão de sua posição confortabilíssima para ajudar cada um. Se você prestar atenção, verá que o Filho estava muito bem, obrigado, em sua glória celestial e não precisava ter mexido uma palha por essas pessoas. Mas Ele foi além: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.5-8).
Em outras palavras: o amor abre mão do seu conforto para ajudar outras pessoas.
E isso para quê? “Para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. A questão aqui é que aquele bando de miseráveis não merecia a vida eterna. Mereciam, em português bem claro, arder por toda a eternidade no fogo do inferno. Mas Deus chega e mostra outro aspecto do amor: dá a eles algo que não merecem. E aqui nos deparamos com as cinco letras mais lindas do Evangelho: GRAÇA. Pois isso é a essência da graça: AMOR.
Qual é a conclusão a que chegamos a partir disso tudo? Que AMAR significa abrir mão do seu conforto para fazer coisas boas por quem te fez coisas ruins. Simples assim.
E…você faz isso?
Para responder nós temos que aplicar o que dissemos acima a sua (e à minha) vida: Pense em todas as pessoas que te desprezaram, fizeram mal, te viraram o rosto, falaram mal de você, te roubaram, te caluniaram e fizeram todo tipo de desgraça contra você. Não tem pressa. Esqueça que você está na Internet e que aqui todo mundo só quer ler coisas rapidinho. Invista tempo, vai valer a pena.
Pare.
Tire um tempo.
Pense em rostos. Lembre de nomes. Recorde-se de situações. Gente que te fez chorar, que te ofendeu, que te acusou injustamente. Que te molestou sexualmente. Que roubou seu dinheiro. Que mentiu para todo mundo a seu respeito. Que armou esquemas para te prejudicar e puxar o tapete. Que fez tudo o que há de pior contra você. Pense. E, só depois de ter lembrado de todas essas pessoas continue a ler, não tenho pressa alguma.
Ainda tem tempo. Pense mais um pouco. Gente que te magoou feio. Você vai lembrar.
Ok. Agora que você já deu nome e rosto aos bois, segundo passo: Deus saiu de seu conforto e fez algo de bom por elas que certamente elas NÃO mereciam. E eu, então, te pergunto: o que você já fez de bom por essas pessoas de quem acabou de se lembrar? Pode pensar. Mais um tempo pra ti.
Me atrevo a dizer que você gastou muito tempo chorando pelo que elas te fizeram, as denunciando, ou então metendo o malho nelas para outras pessoas, falando ao maior número possível de pessoas o que elas lhe fizeram. E até mesmo se vingando, pagando na mesma moeda. As odiando com todas as suas entranhas! Eu garanto que você fez isso. E sabe por quê? Porque é o que eu fiz. Muitas vezes. Paguei mal com mal. Paguei com vingança. Com comentários depreciativos. Com minha natureza humana.
Chegamos então à questão inicial. Você ama o seu próximo? Pois já vimos que AMAR significa abrir mão do seu conforto para fazer coisas boas por quem te fez coisas ruins. Simples assim. Mas meu irmão, minha irmã, concorde comigo que nós não fazemos isso.
Não fazemos.
E com isso, simplesmente descumprimos o mandamento maior da fé cristã: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’ Respondeu Jesus: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. (Mt 22.36-40)
Aí você pode até dizer: “Ah, mas Jesus era Deus, pra Deus é fácil amar assim! Eu sou só um humano!”. Ao que Jesus de Nazaré te responde: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. (Jo 13.34,35)
ÚLTIMAS PALAVRAS
Não tem jeito. Eu não amo meu próximo segundo o modelo bíblico, fato. Pois não abro mão de meu conforto, de meu tempo, de dizer que tenho razão, de meu orgulho… para fazer o bem a quem me detonou. E, afirmo sem medo de errar: você também não. Pois eu olho em volta e é o que vejo, nas igrejas, no twitter, no Facebook, nos programas evangélicos de TV, nas pregações de pastores anti-igreja da internet, na Igreja Emergente…em todo lugar onde haja um coração manchado pelo pecado, em todo lugar onde haja alguém que se chame cristão: nós somos vingtivos, ofendemos, pagamos na mesma moeda. Não fazemos o bem a quem nos faz mal. Não fazemos! Isso é um fato!
Ignoramos solenemente o que Paulo diz em Romanos 12.14-20: “Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior Não sejam sábios aos seus próprios olhos. Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei” diz o Senhor. Ao contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber”.
Você já deu de comer ou de beber a quem te fez mal? Quantas vezes?
A BOA NOTÍCIA
Mas há uma boa notícia: é possível.
É possível viver o mandamento maior. Comece preferindo o outro em honra. Pondo em prática Filipenses 2.3b; “Humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”.
Mas, Zágari, como se faz isso?
Não revide, abençoe. Não rebata, dê a outra face. Não se vingue, caminhe a segunda milha. Não fale pelas costas, elogie o que há de bom em quem só há coisa má. Só consegue amar o próximo da forma que Cristo espera quem faz o que Ele fez diante de Pilatos: engole sapos. Se cala. Se submete. Se humilha. É difícil? LÓGICO QUE É! E desde quando alguém disse que seria fácil? Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). E você acha que carregar uma cruz é fácil?
Em outras palavras, só ama verdadeiramente o próximo quem contraria sua natureza. Pois só quando você contrariar a sua natureza e injetar em suas veias a natureza de Cristo é que você começará a amar o próximo como a Bíblia ensina. Até lá…somos bons fingidores.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Apenas
Cooperação de www.ministeriobbereia.blogspot.com 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sou Reformado, queiram ou não!


Que alguns Reformados não consideram-me um Reformado sei de longa data: desde que, e principalmente, enquanto ainda era pentecostal, ou quando ainda membro das Assembléias de Deus. A acusação é simples: “se ele aceita a atualidade deste e daquele dom, então, obviamente, não é um cristão Reformado, pois isso afeta a Doutrina do “Sola Scriptura””. Sim, eu conheço a objeção acima, e sei que um e outro a lançam contra mim. E, mesmo hoje, apesar de membro da IGREJA ANGLICANA REFORMADA, muitos continuam com o mesmo julgamento, uma vez que sigo convicto de que os carismas são para a Igreja de hoje. Aliás, Comunidade Anglicana Carisma é o nome da nossa comunidade aqui em São Mateus, Zona Leste de São Paulo (conheçam o site).

Sabendo disso, não fiquei surpreso ao encontrar certo comentário criticando minha teologia. O artigo em si, publicado no blog Filosofia Calvinista, não foi direcionado a minha pessoa, nem faz-nos qualquer referencia, contudo, dado o grande preconceito sobre o tema, meu nome acabou sendo citado nos comentários por um leitor chamado Gunnar Vingren (referencia ao nome de um dos pioneiros pentecostais no Brasil): Pentecostal calvinista é o mesmo que calvinista pentecostal - não existe. É um sonho impossível. Há um blog chamado Olhar Reformado por Marcelo Lemos que cai nessa esparrela antibíblica. Se diz até "reformado", mas advogada crenças pentecostais. O pentecostalismo é cria do liberalismo teológico que não morreu, mas continua muito vivinho sob novas roupas.O que devemos fazer: Fugir do pentecostalismo, bem como do calvinismo pentecostal...” 

Pretendo, com a Graça de Deus, pontuar algumas coisas não apenas a este leitor, como também a certos equivocos cometidos no próprio texto publicado pelo Blog. Nosso texto tem em mente, além do comentário do leitor, apenas o primeiro texto da série – Pentecostalismo e Reforma Protestante: Parte I -, que um leitor de lá achou que aplicava-se a minha teologia.

CARISMAS E “SOLA SCRIPTURA”

Em primeiro lugar, que não sendo Pentecostal a muitos e muitos anos, não sinto-me obrigado a responder criticas que são feitas ao movimento e a teologia pentecostal. E não responderei a elas. Criticas feitas ao Movimento Pentecostal preocupavam-me a dez anos atrás, hoje já não são assuntos meus. E quem já leu determinados artigos que escrevi, por mais que eu não seja um bom escritor, sabem que não sou pentecostal, e que nego abertamente as doutrinas distintivas do Pentecostalismo. “O Batismo com o Espírito Santo: Uma Análise Teológica” é um dos que eu recomendaria.

O único interesse que tenho em todo este debate resume-se a isto: se a crença na atualidade dos carismas afeta ou não o Sola Scriptura. O fato de eu acreditar na atualidade deste e daquele dom não me torna um Pentecostal, assim como a Doutrina da Predestinação não torna o “apóstolo” Miguel Angelo um Calvinista ou Reformado. Ainda que exista certa semelhança, não são a mesma coisa.

Além disso, o fato de acreditar na atualidade deste e daquele dom não me excluí do hall dos Teólologos Reformados. Por acaso nego qualquer um dos Cinco Solas? Se não faço tal coisa, não vejo qualquer motivo para tal acusação. Nossa Igreja, Anglicana Reformada, é uma Igreja totalmente apegada aos Solas, e ao mesmo tempo aberta a atuação do Espírito Santo. Qual o problema então? Certamente alguns imaginam que se o Espírito Santo pode, por exemplo, falar ao coração ou à mente dos cristãos, isso equivaleria a uma segunda fonte de autoridade. Seria o caso da Profecia. Tal objeção parece razoavel, no entanto, é anti-biblica e contradiz a própria Teologia Reformada. Ora, um dom que a própria Bíblia ordena que seja buscado, e não seja desprezado, pode ser um inimigo desta mesma Escritura? Além disso, outras reflexões podem ser feitas.

1. Deus tem inspirado sua Igreja a fazer uso de Credos e Confissões de Fé. Estes nos servem, em certo sentido, como “regras” e “guias”. Não é assim, irmãos Reformados? Certamente! Isso nos torna menos fiéis, ou mesmo traidores do Sola Scriptura? Bem, talvez hoje tal questionamento não pareça muito importante, mas ele foi feito ao longo da Hitória, e a própria Confissão de Westminister usada pelos presbiterianos aqui no Brasil, faz questão de esclarecer: Pessoas há que estranham adotar a Igreja Presbiteriana uma Confissão de Fé e Catecismo como regra de fé, quando sustenta sempre ser a Escritura Sagrada sua única regra de fé e de prática. A incoerência é apenas aparente. A Igreja Presbiteriana coloca a Bíblia em primeiro lugar. É ela só que deve obrigar a consciência (...)A Igreja Presbiteriana sustenta que a Escritura é a suprema e infalível regra de fé e prática; e também que a Confissão de Fé e os Catecismos contêm o sistema de doutrina ensinado na Escritura, e dela deriva toda a sua autoridade e a ela tudo se subordina”.

Observem que a estranheza aqui descrita não é em nada diferente daquela que encontramos em quem se recusa a ver-nos os Reformados que somos. Quando um Ministro presbiteriano subscreve os extensos capítulos de Westminister ele está negando o Sola Scriptura? Não! Ele parte do pressuposto de que suas afirmações estão de acordo com as Escrituras, de modo que a Confissão não se torna uma autoridade paralela ou rival. Alguma de todas as doutrinas que pregamos em nossas Comunidades baseia-se em outra fonte de autoridade que não o Santo Livro? Esse é o ponto aqui. Não se trata da opinião de alguém sobre a atualidade ou não dos dons, mas se procede a acusação que nos fazem de adotarmos outra fonte de autoridade que não a Escritura! Podem provar este ponto? Podem provar esta acusação? Se não podem, todos os seus argumentos contra sermos Reformados caem por terra.

2. O Espírito ilumina o coração e a mente dos cristãos. Nós, os Reformados, acreditamos no Sola Scriptura, e afirmamos ser necessário que, para compreendê-la, o homem carece ser iluminado soberanamente pelo Espírito. Mesmo o Cristão, quando lê a Palavra de Deus, necessita da iluminação interna dada pelo Espírito, a fim de que possa compreendê-la. Diz Westminister: “À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas”.

Como diz certo personagem de desenho animano: “Gente!” Será que os autores de Westminster eram Pentecostais? Westminster nos diz que nada, absolutamente nada pode ser acrescentado as Escrituras. E seu apego irrestrito ao Sola Scriptura não a impediu de afirmar também que,

 (a) faz-se necessária uma iluminação interna concedida pelo Espírito Santo, ou seja, o Espírito fala direta e pessoalmente ao coração dos cristãos;

(b) que em algumas circunstâncias, não abarcadas especificamente na Palavra de Deus, o cristão poderá ser guiado “pela luz da natureza e pela prudencia cristã, segundo as regras gerais da Palavra”.

Ora, isto significa que o Espírito Santo fala internamente, e fala até mesmo atravez da “luz da Natureza”. Ao que me parece, alguns reformados pretendem ser mais reformados que sua própria confissão de fé! É fato que temos na Bíblia nossa regra infalível, e suficiente para conduzir-nos a Verdade, mas isso não exclui o fato de Deus se comunicar conosco por outros meios; e tal comunicação – através da “luz da natureza”, por exemplo – não nos desobriga de avaliarmos tudo pelo crivo da Revelação, não implicando, portanto, numa negação do princípio reformado do Sola Scriptura.

Não tenho a pretenção de expor tudo sobre o assunto aqui, nem de responder a todas as objeções de meus irmãos cessacionistas, espero, entretanto, ter demonstrado como não é tarefa tão simples negarem-nos o direito de fazermos parte da Tradição Reformada, tomando como prova nossa convicção carismática. Discordam do meu posicionamento carismático? Não vejo problema com isso, o problema é quando, de modo contraditório, julgam-se os unicos detentores da Fé Reformada.

REFORMA E “CATOLICIDADE”.

Além da forma equivocada como certos Reformados tratam a relação entre Carismas e Sola Scriptura, podemos acrescentar ainda sua aparente incapacidade em compreender a “catolicidade” do Cristianismo. Ser for mais que uma mera impressão nossa, seria o mesmo que dizer que tais pessoas veem na Reforma não uma “reforma”, mas um “demolir” e “fazer de novo”. Muitos cristãos pentecostais pensam do mesmo modo, jogando fora quase dois mil anos de História e Tradição cristã, que ao contrário do que alguns pensam, não é patrimônio dos “católicos romanos”, mas de toda a Igreja. A Reforma, entretanto, jamais tentou ser uma demonição, apenas quis ser Reforma mesmo. O desejo não era o de destruir, mas limpar a casa. Quando não temos tal conciência, perdemos a noção de nossa catolicidade.

Este seria, acredito, tema apropriado para um segundo artigo, todavia, o problema que abordaremos agora parece ser útil para esclarecer o já analisado na primeira parte.

“Assim como ser Católico e Protestante ao mesmo tempo não é possível, também não é possível ser Protestante e Pentecostal”, diz o autor do artigo. O autor toma a segunda afirmação como certa, partindo do pressuposto de que a primeira seja inquestionável. Contudo, é um sofisma, já que a primeira frase não nos diz muita coisa, e por isso, acaba não dizendo nada e desembocando numa falsa conclusão. Podemos começar pelo básico: não é possível ser Protestante sem ser católico, pois o Protestantismo aceita os Credos da Igreja Indivisa, nos quais confessamos crer e ser parte da Igreja Católica. O Símbolo dos Apóstolos, por exemplo, diz-nos, quase nas últimas linhas: “Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo, na vida eterna. Amém!”. Este Símbolo da fé cristã, bem como outros, como o Credo de Nicéia, são confissões de fé que remontam a Igreja Indivisa, e sempre foram aceitos e cridos pela Igreja Reformada. A liturgia de nossa comunidade em São Paulo traz essa confissão (confira aqui), bem como a liturgia de Calvino em Genebra, e muitas outras! Quem diz que não se pode ser “católico” e “reformado” nega o Credo Apostólico? Negam eles o Credo Niceno? Negam integrar a Corpo Universal de Cristo? Antes de recitar o Credo, a liturgia de Calvino ora: “Senhor aumenta-nos a fé” (confira aqui). Qual fé? A Fé da Igreja Indivisa, expressa nas palavras do Credo.

O problema talvez seja terem, ainda que sem intenção, confundido catolicismo “romano” com “catolicismo” (do mesmo modo que confundem pentecostalismo com carisma). Ser Reformado implica aceitar a fé da Igreja Indivisa, o que implica em aceitar também sua catolicidade, ou a universalidade da fé cristã (“católico” significa simplesmente “universal”). Do contrário, os Reformados de hoje pretendem ser mais Reformados que há 500 anos? Estão reinventando o cristianismo e a Reforma? Se não querem reformar a fé da Igreja Indivisa, pretendem reformar o que? A fé Budista? Não! Apenas que muitos parecem ter esquecido de aprender algo muito simples com os Reformadores: que ser católico não é o mesmo que ser “romano”. Mas, se é este o caso, nós anglicanos, e outros reformados, podemos ajudá-los.

É verdade que o autor pode ter simplesmente desejado usar o termo “católico” como sinonimo de “romanismo”. Isso é possível, contudo injustificável, especialmente em discurso escrito, com intenções apologéticas.

Em todo o caso, sendo mais que possível se insista em negar-nos o honroso título de “Reformados”, resta dizer que a salvação é exclusivamente pela fé, e não por títulos cunhados por uma tradição cristã. Não entraremos nos portais celestiais com uma carteirinha de anglicano, calvinista, pós-milenista, ou por seguir as rubricas do LOC 1662, ou preferir a liturgia de Calvino em Genebra! De fato, nosso único passaporte será a “Graça”, e nem um átomo do que quer que seja a mais. Pentecostal? Carismático? Cessacionista? Nada disso será de algum valor, se não chegarmos aos céus pelo “Sola Fidei”; mas com este, todos os demais serão supérfuos e, ali, desnecessários.

Minha impressão, seja pelo comentário do leitor do blog Filosofia Calvinista, seja pelo conteúdo do próprio texto do blog, é que muitos de nossos irmãos reformados tendem a defender um visão “denominacional” do que seria a Reforma Protestante, quando, de fato, a Reforma foi um opor-se justamente a idéia de que um grupo, uma tradição cristã particular, ou qualquer pessoa, detenha direito ao monopólio sobre a Igreja de Cristo.

Por Marcelo Lemos

Louvor, a causa da vitória

O louvor é uma expressão de júbilo do povo de Deus tanto nos momentos de profusa alegria como no vale da dor mais atroz. Jesus, estando com sua alma angustiada, na noite em que foi traído, depois de celebrar a ceia com seus discípulos, no cenáculo, cantou um hino e saiu para o monte das Oliveiras, onde travou uma luta de sangrento suor e derramou lágrimas, na mais titânica batalha da humanidade. Paulo e Silas cantaram na prisão, à meia noite, com seus pés presos no tronco e com seus corpos ensanguentados. O patriarca Jó, mesmo esmagado pela dor avassaladora da morte de seus dez filhos, num único acidente, prostrou-se com o rosto em terra e adorou a Deus. Mais tarde chegou a dizer que Deus inspira canções de louvor nas noites escuras.

Queremos examinar o assunto em tela, examinando a passagem de 2 Crônicas capítulo 20. Josafá, rei de Judá, homem piedoso e temente a Deus foi entrincheirado por três nações inimigas: Edom, Amom e Moabe. Esses inimigos entraram em acordo para atacar Jerusalém. A cidade de Davi estava cercada. Os adversários já estavam posicionados, estrategicamente, às margens do Mar Morto, muito próximo de Jerusalém. A notícia chegou ao rei de Judá numa hora em que não se tinha tempo suficiente para esboçar qualquer reação àquele grande exército invasor. Nesse momento, Josafá teve medo. Sabia que era uma causa humanamente perdida. Sabia que o tempo conspirava contra ele. Sabia que seus recursos eram insuficientes para entrar naquela peleja. Em vez de desesperar-se, porém, Josafá pôs-se a buscar o Senhor, e decretou um jejum em todo o Judá e conclamou o povo a orar. O próprio rei confessou não saber o que fazer, mas reafirmou sua confiança em Deus, quando disse: “os nossos olhos estão postos em ti”.


Quando o povo clama a Deus, a resposta vem e vem trazendo orientação segura. O povo não deveria temer. Deus lutaria por ele. A vitória não viria do braço da carne nem da estratégia militar. Deus mesmo desbarataria seus inimigos e lhes daria retumbante vitória. Surpreendentemente, Deus ordenou que se ordenasse cantores que, fossem à frente do exército, cantando louvores ao Senhor, em voz alta sobremaneira. A vitória viria não pela espada, mas pelo louvor. Viria não pelo combate, mas pela adoração. Diz a Escritura que, tendo eles começado a cantar e a dar louvores a Deus, o Senhor pôs emboscada contra os inimigos e eles foram desbaratados. A vitória não veio como resultado da batalha, mas como consequência do louvor. O louvor não é apenas arma de guerra, mas o brado do triunfo. O louvor não é apenas consequência da vitória, mas, sobretudo, a causa da vitória. Não devemos louvar a Deus apenas depois que o inimigo foi derrotado, mas devemos louvar para que o inimigo seja derrotado. Não devemos louvar apenas porque o sol está brilhando, mas devemos louvar mesmo nas noites escuras. Não devemos louvar apenas depois que a tempestade se foi, mas louvar para que ela se vá. O louvor é uma expressão de confiança inabalável de que Deus está no controle da situação, mesmo que nós já tenhamos perdido o controle. O louvor é a manifestação de nossa alegria em Deus, mesmo que as circunstâncias à nossa volta conspirem contra nós. O louvor não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas uma atitude de descansar em Deus e exultar em sua bondosa providência.


Quando o povo de Israel chegou no acampamento do inimigo, o vale da ameaça, encontraram seus adversários mortos e o acampamento repleto de ricos despojos. O vale da ameaça foi chamado de “vale da bênção”. O lugar do perigo, tornou-se o território da vitória. O ambiente de apreensão e medo, transformou-se no palco da celebração. A arena da espoliação, converteu-se em campo fértil da provisão. Aquilo que apontava para a morte irremediável, transformou-se no cenário mais eloquente da vida. O louvor ainda hoje nos coloca acima dos problemas e mais perto daquele que está assentado na sala de comando do universo.

Rev. Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Salvação: dádiva de Deus e não conquista do homem
A salvação não é um prêmio que recebemos por causa das nossas obras, mas um presente que recebemos por causa da graça. Não conquistamos a salvação pelo nosso esforço, recebemo-la pela fé. Não é resultado do que fazemos para Deus, mas do que Deus fez por nós. Falando a Nicodemos, Jesus destacou essa verdade axial no versículo mais conhecido da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Nesse versículo nós encontramos sete verdades preciosas acerca dessa tão grande salvação.
Em primeiro lugar, a salvação é grande pela sua procedência. “Porque Deus amou…”. O Deus Todo-poderoso, criador do universo e sustentador da vida tomou a iniciativa de nos amar, mesmo antes da fundação do mundo. Seu amor por nós é eterno, deliberado, autogerado e incondicional. Deus não nos amou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa do amor de Deus não está em nós, mas nele mesmo.
Em segundo lugar, a salvação é grande pela sua amplitude. “Porque Deus amou ao mundo…”. Deus amou as pessoas de todos os tempos, de todas as raças, de todos os lugares, de todas as classes e de todos os credos. Amou não aqueles que o amavam, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Amou-nos não porque correspondíamos ao seu amor, mas amou-nos apesar de nossa rebeldia.
Em terceiro lugar, a salvação é grande pela sua intensidade. “Deus amou ao mundo de tal maneira…”. Essa expressão de “tal maneira” aponta para o amor singular, incomparável e superlativo de Deus. Seu amor não foi apenas falado, mas demonstrado. Demonstrado não com cenas arrebatadoras, mas com o sacrifício supremo. O amor de Deus não foi esculpido com letras de fogo nas nuvens, mas demonstrado na cruz.
Em quarto lugar, a salvação é grande pela sua dádiva. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…”. Deus não deu ouro e prata nem mesmo um anjo para a nossa redenção. Deus deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho. Deu-o para que ele se esvaziasse e vestisse pele humana. Deu-o para que seu Filho fosse rejeitado e desprezado entre os homens. Deu-o para que seu Filho suportasse o escárnio das cusparadas e suportasse a maldição da cruz. Deu-o como sacrifício para o nosso pecado.
Em quinto lugar, a salvação é grande pela sua oportunidade. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê…”. A salvação não é recebida como fruto do merecimento, mas como resultado da graça mediante a fé. A salvação não é dada àqueles que se julgam santos nem àqueles que praticam boas obras com o propósito de alcançarem o favor de Deus. A salvação é oferecida gratuitamente àqueles que crêem em Cristo. Não é crer em anjos nem em santos, mas crer em Jesus, o Filho de Deus. Jesus é o caminho para Deus, a porta do céu, o único mediador que pode nos conduzir ao Pai.
Em sexto lugar, a salvação é grande pela sua libertação. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça…”. A salvação é o livramento da ira vindoura, é a soltura das cadeias da morte, é a alforria dos grilhões do inferno. Aqueles que permanecem incrédulos perecerão eternamente. Aqueles que se mantêm rebeldes contra o Filho jamais verão a vida nem desfrutarão do paraíso de Deus. Aqueles que não beberem da Água da Vida, terão que suportar o fogo que nunca se apaga.
Em sétimo lugar, a salvação é grande pela sua oferta. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus não apenas livra da condenação os que crêem, mas também oferece a eles vida eterna. A vida eterna é uma perfeita e íntima comunhão com Deus pelo desdobrar da eternidade. A vida eterna será como uma festa que nunca mais vai acabar, no melhor lugar, com as melhores companhias, com a melhor música, com as melhores iguarias, trajando vestes alvas. Enquanto a eternidade durar, desfrutaremos dessa gloriosa vida. Bendito seja Deus por tão grande salvação!

Rev. Hernandes Dias Lopes