Por Marcelo Lemos
Vez e outra me pego pensando nisso.
- Nisso, o que?
A
história do Pregador Fumante e o Pastor Presidente Assembleiano. Era um
pregador comum, como muitos outros. O Pastor Presidente era.. Bem... Era
Pastor Presidente - assembleiano, líder de um dos maiores ministérios
pentecostais do Brasil.
Fora
do seu círculo mais pessoal, pouca gente conhecia o segredo do Pregador
Fumante. Ele não gostava de causar escândalos, e tentava ser cauteloso
com seu segredo. Os mais chegados compreendiam, ou pareciam compreender,
apesar de uma ou duas vezes ter escutado alguma piada, ou então, a
torcida de que “Deus ainda vai te libertar, irmão!”. Não podia reclamar.
- Quando chegar ao céus quero pegar na mão daquela Pastor Presidente!
Mas, o que ele fez, afinal?
Naquele
dia, uma reunião regional se desenrolando, pastores e suas esposas
reunidas, e alguém pede a palavra e diz algo como: “Pastor Presidente,
há algo que o irmão precisa saber: temos entre nós um... um... Pregador
Fumante!”.
Certo constrangimento no ar. Que aconteceria então?
- Você acha isso pecado, meu querido!
- Claro que sim! Ele é um Pregador Fumante!
- Eu também não gosto disso. Pregador Fumante, onde já se viu tal coisa?
- Pois bem!
- Pois bem, diga-nos que pecado é esse, e onde a Bíblia o condena?
- Aprendemos isso na Igreja...
- Também aprendemos que Tv era pecado, e futebol... Onde a Bíblia o condena?
- Acho...
- Acha mesmo que o Pregador Fumante está pecando contra o Senhor?
- Certamente!
-
Posso lhe dar um conselho: uma vez que não podemos simplesmente
condená-lo, que tal se nós gastássemos nossas forças para orar pela vida
dele, pedindo que Deus o liberte dessa coisa tão ruim e prejudicial?
Vez e
outra me pego pensando nisso. O que tornou aquela cena possível? Mesmo
hoje, estando agora em ambientes reformados, herdeiros da Reforma e
defensores da Graça, constantemente vejo postura diferente, legalista,
condenatória! Como aquilo foi possível dentro de um ambiente pentecotal?
- Querida – pergunto a minha esposa; aquela cena realmente aconteceu, ou foi um sonho?
- Eu estava lá, querido!
E
novamente penso nisso. Como foi possível? Como conseguimos, naquela
sala, presenciar dose tão extraordinária da Graça sendo praticada, num
contexto onde sempre imperou o legalismo? Como? O apóstolo S. João nos
dá uma pista: “O vento sopra... onde quer!”.
Quando
alguém me questiona se creio que cristãos não-reformados podem ser
salvos, se eles realmente conhecem a graça de Deus, novamente me pego
pensando nesta cena, e meu coração canta: “O vento sopra”. Mesmo quando
eu não vejo, Ele sopra!
Fonte: www.olharreformado.com
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