segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A razão e a limitação apologética

A razão foi afetada em seu relacionamento com Deus, sendo que agora é necessário uma iluminação exterior, e uma regeneração interior no homem para que a sua razão seja orientada e motivada corretamente (Rm 8).


As verdades do Evangelho visam a comunhão reconciliar com Deus. E é aqui que a razão humana não é capaz de atinar, nem a pode receber. O "não há quem entenda" (Rm 3.11) não é a respeito da informação pura e simples, como que se o homem não pudesse entender as palavras e a ordem ‘não roubarás’, mas é o entender prático ou a resposta daquilo que o Evangelho exige; arrependimento, conversão e submissão da vontade ao Senhor Jesus.


Ocorre que com o passar do tempo, com a influência e propaganda constante do mundo, da cultura, as que são instrumentos de Satanás, dentro de suas limitações, a razão já maculada pelo pecado original, piora. Seus padrões de julgamento tendem, em vários casos, a se tornarem nulos, vazios de princípios morais e religiosos, que em dado momento até mesmo a simples informação da Palavra de Deus lhe ‘inteligível’.


A apologética pode argumentar algumas coisas com os incrédulos. 'A realidade será interpretada? Ou apenas contemplaremos a existência sem indagar sobre suas origens? Se sim, qual o resultado da leitura que faremos do mundo? Qual cosmovisão dará sentido salutar e lógico? Para saber isso, posso perguntar: Qual visão de mundo suporta aos três testes básicos: experiência, razão e sentimentos?'


Porém, todos esses ‘fóruns’ estão corrompidos inerentemente, e em alguns mais do que em outros. Não é possível canonizar uma linha apologética como sendo superior. Pressuposicionalistas, Clássicos, etc. tem suas virtudes e limitações. O apologista deverá antes de tudo, diagnosticar o problema do que está sendo evangelizado e construir daí seus argumentos. Depois de saber a intensidade do problema é que se aplica o remédio. Uma doença pode estar em diferentes estágios e assim exigir diferentes tratamentos e remédios. Note bem, não é se submeter ao padrão caído, mas erguer a pessoa. Pode ser que um incrédulo peça provas da existência de Deus, quando na verdade ele nem está interessado se elas existem, ou não, o que ele está fazendo na verdade é fugir da autoridade de Deus sobre a vida dele. Porém, pode acontecer que ele esteja sendo bombardeado por outros fatores e a tal ‘prova’ da existência de Deus seja uma reclamação honesta da sua atual condição.


Sempre e unicamente devemos apresentar o Deus da Bíblia, que é o Criador e enviou Jesus Cristo (Atos 7. 1-52; 17.16-33). Mas lembre-se, Deus representa um grande número de implicações: morais, lógicas, sociais, pessoais, religiosas, familiares e sentimentais. Pode ser que tenha que atentar a uma dessas facetas na sua evangelização apologética bíblica.

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