Por Presb. Missº Veronilton Paz da Silva (IPB Monteiro-PB)
Veredas
da Justiça: Sermões que Edificam
TEXTO:
JUDAS V.1-2
Versão
Revista, Corrigida e Contemporânea
“[1]
Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados,
santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo: [2]
Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados”.
Versão
Revista e Atualizada
“[1]
Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados
em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, [2]
a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados”
EXÓRDIO:
Cada
pessoa quando nasce tem características que herda dos pais pela
genética, geralmente os filhos parecem mais com a mãe, e quando
parece com o pai o importante é nascer com saúde. Cor dos olhos,
cabelos loiros, brancos, pretos, castanhos; temperamento, podendo ser
colérico, fleumático, sanguíneo, etc. Tem uma música que diz:
“Você é especial, não existe outro igual/ Sei que você é
assim, diferente de mim. Todos nós somos únicos. Deus me fez e fez
você e jogou a forma fora. Todos nós temos características que nos
difereciam uns dos outros, também o cristão tem características
que devem fazer a diferença na vida dele (a).
NARRAÇÃO:
Segundo o comentário da BEG o autor desta carta é Judas, irmão de Jesus. Ele a escreveu para combater o falso ensino de que a liberdade e a salvação dos cristãos pela graça dão a eles licença para pecar. A opinião sobre a data que foi escrito varia entre 65-67 d.C. As verdades fundamentais que esta carta expõem são: Um castigo rigoroso aguarda aqueles que se rebelam contra Deus e Cristo; Os cristãos devem resistir com vigor aos falsos mestres na igreja; a liberdade cristã e a livre graça de Deus não dão aos cristãos licença para pecar; os cristãos são responsáveis por procurar ativamente fazer boas obras e crescer espiritualmente.
Calvino enfatiza que havia uma disputa entre os antigos a respeito desta Epístola, mas como sua leitura é útil, e como não contém nada de inconsistente com a pureza da doutrina apostólica, tendo sido recebida anteriormente como autêntica por alguns dos mais capazes, ele de boa vontade a acrescentou às demais. Ainda disse que sua brevidade não requer uma explicação prolongada do seu conteúdo. Ainda segundo o pastor de Genebra, homens inescrupulosos haviam se introduzido, sob o nome de cristãos, tendo por objetivo principal levar os fracos e inconstantes a um profano menosprezo a Deus, Judas explica primeiro que os fiéis não deveriam ter sido movidos por agentes desta natureza, pelos quais a Igreja sempre foi assaltada. Mas os cristãos deveriam observar o procedimento deles para saber se se identificavam como verdadeiros cristãos. Esta primeira parte é uma saudação para a igreja que estava sendo bombardeada de heresias por falsos mestre. Não é diferente de hoje, onde muitas igrejas têm surgido com ensinamentos totalmente contrários a Escritura, ficamos preocupados com os rumos da igreja no Brasil. Felizmente existe cristãos verdadeiros que têm buscado fazer a diferença com a sua vida, gostaria de falar neste trecho sobre o tema abaixo.
Calvino enfatiza que havia uma disputa entre os antigos a respeito desta Epístola, mas como sua leitura é útil, e como não contém nada de inconsistente com a pureza da doutrina apostólica, tendo sido recebida anteriormente como autêntica por alguns dos mais capazes, ele de boa vontade a acrescentou às demais. Ainda disse que sua brevidade não requer uma explicação prolongada do seu conteúdo. Ainda segundo o pastor de Genebra, homens inescrupulosos haviam se introduzido, sob o nome de cristãos, tendo por objetivo principal levar os fracos e inconstantes a um profano menosprezo a Deus, Judas explica primeiro que os fiéis não deveriam ter sido movidos por agentes desta natureza, pelos quais a Igreja sempre foi assaltada. Mas os cristãos deveriam observar o procedimento deles para saber se se identificavam como verdadeiros cristãos. Esta primeira parte é uma saudação para a igreja que estava sendo bombardeada de heresias por falsos mestre. Não é diferente de hoje, onde muitas igrejas têm surgido com ensinamentos totalmente contrários a Escritura, ficamos preocupados com os rumos da igreja no Brasil. Felizmente existe cristãos verdadeiros que têm buscado fazer a diferença com a sua vida, gostaria de falar neste trecho sobre o tema abaixo.
TEMA:
CARACTERÍSTICAS DE UMA PESSOA DE DEUS
“Judas,
servo de Deus...”.
Declarar ser servo de Deus significa
duas coisas, que Cristo é o conferidor do ofício que exerce, e que
ele realiza fielmente o que lhe foi confiado. Servo no grego pode ser
doulos, escravo, submissão; dyakonós, serviço e; leytogós,
zeloso, abençoador. O titulo mais importante de alguém é ser servo
de Deus, sendo submisso, servindo a ele e tendo zelo pelo nome de
Jesus, além de abençoar as pessoas. Somos de fato servos de Deus? Nossa
vida demonstra que servimos a Deus? Somos parecidos com Jesus?
O
servo não faz o que quer, mas o que Deus requer. Daí que o chamado
dos apóstolos era uma evidência para eles de que não se
impulsionaram ao seu ofício por vontade própria; mas não poderiam
ser designados para o ofício, se não o desempenhassem fielmente. O
servo precisa ser fiel ao Senhor que serve, zeloso pela obra e servir
com amor.
“...
aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo”.
“Aos
chamados, santificados (amados na RA) em Deus Pai [...]”.
Aos
chamados, santificados em Deus Pai. Esta
expressão, “chamados” denota todos os fiéis, porque o Senhor os
tem separado para si, chamados no grego é vocatis
e indica neste trecho a
expressão da soberania de Deus em chamar efetivamente para salvação
aqueles que ele escolheu, este chamado é o que chamamos de vocação
eficaz que é a pregação que entra no coração do ouvinte. Na
versão Almeida RCC traz santificados e na RA traz amados porque Deus
só santifica os seus amados, seus filhos, esta santificação não é
a que buscamos no dia-a-dia (Josué 3.5), mas a que Deus já efetivou
de uma vez por todas na conversão (Efésios 1.1, Hebreus 10.14).
Mas, como o chamado não é nada mais do que o efeito da eleição
eterna, às vezes é empregado em lugar desta. Nesta passagem a graça
de Deus é operante, pela qual lhe aprouve escolhê-los como seu
tesouro peculiar. E ele sugere que os homens não se antecipam a
Deus, e que eles nunca vêm até ele enquanto ele não os atrai (João
6.37). Calvino no livros sobre Judas para o português traz um
pensamento de Teodoro de monergistico de Beza que os cristãos são
chamados, santificados e preservados por Cristo, descrito abaixo:
“Beza traduz as
palavras assim: “Aos chamados, santificados por Deus Pai, e
preservados por Jesus Cristo”—ou seja, aos efetivamente chamados
(tal como a palavra geralmente significa), reservados e separados por
Deus do mundo ímpio, e guardados por Cristo, tendo sido confiados ao
seu cuidado e proteção” (Calvino, p.2).
“[...]
E guardados em Jesus Cristo”.
Calvino explica que este termo guardar
é a mesma coisa que conservar, conservar era o ato através do sal
preservar da podridão os alimentos, de acordo com este pensamento
todos os salvos só permanecem salvos por causa da proteção de Deus
sob ele, segundo descrito abaixo:
“Ele ainda acrescenta
que eles eram conservados
em Jesus Cristo. Pois
estaríamos sempre em perigo de morte por causa de Satanás, que
poderia nos apanhar como presa fácil a qualquer momento se não
estivéssemos a salvo sob a proteção de Cristo, a quem o Pai
concedeu para ser o nosso guardião, para que não pereça nenhum
daqueles que ele recebeu sob o seu cuidado e abrigo” (Calvino,
p.3).
“Misericórdia,
paz e amor vos sejam multiplicados”.
O reformador de Genebra ainda
explica que a saudação tríplice sobre os crentes é um desejo que
o favor de Deus esteja sobre todos os fiéis, segundo descrevemos
abaixo:
“Judas
então menciona aqui uma tripla benção, ou favor de Deus, com
respeito a
todos os fiéis—que pelo seu chamado ele fez deles participantes do
evangelho; que ele os regenerou, pelo seu Espírito, para a novidade
de vida; e que ele os tem preservado por meio de Cristo, para que não
decaiam da salvação”
(Calvino, P.3).
“A
misericórdia...”
Para
o grande reformador da Suíça a misericórdia é sinônimo de graça,
visto que para ele só agiu em nosso favor (graça) por misericórdia,
segundo pensamento exposto abaixo:
“Misericórdia
claramente significa o mesmo que graça nas saudações de Paulo. Se
alguém desejar uma distinção refinada, pode-se dizer que graça é
propriamente o efeito da misericórdia; pois não há outra razão
pela qual Deus nos tenha abraçado em amor, senão porque ele se
apiedou das nossas misérias”.
“...a
paz...”
A
paz no grego é Irene,
significa bem estar,
reconciliação, há duas espécies de paz, uma que o mundo oferece,
e a que Jesus oferece, de acordo com Maicon Oliveira as pessoas podem
ter uma paz enganosa baseada em coisas, pessoas e bens, ou ter a que
Jesus oferece que é constante e independente de circunstâncias,
vejamos estes trechos estraídos do sermão deste amado irmão:
“Paz no dicionário tem
como significado, tranquilidade, calma, sossego, ou seja, a paz está
ligada a felicidade, coisa que nesse mundo competitivo está escasso.
As pessoas procuram paz em vários lugares, porém a paz ela não é
encontrada em uma esquina ou em lazer, paz não é ter um carro novo
na garagem, ou qualquer outra coisa, ou melhor, está é a paz que o
mundo oferece, uma paz fajuta e passageira. A paz que o mundo oferece
ela precisa usar armas de guerra. Parece paradoxo isso né? Para se
conseguir paz no mundo hoje e necessário primeiro a guerra, ou a
violência. Para se ter a paz que o mundo oferece, você precisa
passar por cima de outros, você precisa ser egoísta, e o principal,
a paz deste mundo depende das circunstâncias e do espaço geográfico
que você vive. Essa é a paz do mundo” (Oliveira,
www.estudos.gospelmais.com.br/
acesso em 16/01/2013).
“Mas como eu falei
Jesus deixou outra paz, como disse antes, paz não são coisas, nem
lugares, […] a verdadeira paz e felicidade só se tem no único e
verdadeiro Deus Jesus Cristo. A paz que Jesus tem pra nós não
precisa de um lugar especial, não precisa de objetos e nem dinheiro.
A paz de Jesus ela se apresenta até nos piores lugares, você pode
não ter uma casa boa, o carro do ano, ou ser um cara viajado, mas se
você tiver Jesus em seu coração, então receba a paz que o mundo
não tem” (Oliveira,). www.estudos.gospelmais.com.br/
acesso em 16/01/2013)
3.3. Por causa da Graça, Deus manifesta o seu amor. V.2c
“...
e amor vos sejam multiplicados”.
O
amor de Deus já foi derramado em nossos corações (Rm 5.5), mas o
amor nosso para os outros deveria está em ascensão. A
multiplicação da misericordia, paz e amor não seria apenas o de Deus para
com os homens, pois este já é perfeito, incondicional e incontável;
mas também nosso amor por Deus e pelo próximo deveria multiplicar-se a cada
dia. Calvino também trata deste assunto de acordo com seus escritos
abaixo:
“Amor pode-se
entender como o de Deus para com os homens, bem como o dos homens uns
para com os outros. Se for referido a Deus, o sentido é de que
aumentasse para com eles, e que a certeza do amor divino fosse
diariamente mais e mais confirmada em seus corações [...]”.
(Calvino, p.3).
CONCLUSÃO:
Nós
aprendemos nesta mensagem que um verdadeiro cristão tem algumas
características que são: É um servo de Deus, está sob os cuidados
de Deus e; é desejoso de ver a operação da graça de Deus. Nós
temos estas características? Somos de fato cristãos autênticos? Se
sua resposta é negativa, então chegou a hora de mudar de vida e
entregar sua vida a Jesus para de fato ser um cristão autentico e
viver para Cristo.
APLICAÇÃO:
Hino:
NC 312 “Trabalho Certo”
Desafio:
Ter atitudes que apresentem Jesus e que demonstrem que o servimos com
amor.
Oração:
Por um reavivamento na nossa vida teórica e prática
REFERENCIAS:
GENEBRA,
Bíblia de Estudo. 2ªED. Ampliada. Campinas – SP: Editora Cultura
Cristã, 2010.
ALMEIDA,
João Ferreira de. Bíblia de Estudo Almeida RC. Recife – PE: SBB,
1999.
CALVINO,
João. Comentário de Judas. 1ª ED. Recife – PE: Editora
Monergismo, 2012.
SMITH,
Willian. Introdução ao Novo Testamento II. 1ª Ed. Patrocínio -MG:
CEIBEL, 1986.
SILVA.
Veronilton Paz da. A Causa da Verdadeira Alegria: Sermão de Prova.
Garanhuns – PE: CPO/IBN, 2007.
CRUZ,
Luiz Ricardo Monteiro da. Introdução ao Novo Testamento. 1ª ED.
Garanhuns – PE: CPO/IBN, 2006.
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