A Qualificação de um Presbítero: Parte I
Francisco Martins da Silva
A qualificação de um titular é, imperativamente, da razão direta da dignidade do cargo. Quanto mais elevado, quanto mais prestante, tanto maior a exigência de títulos creditórios.
As considerações dos capítulos anteriores falam enfaticamente neste quarto capítulo. E crendo que o presbiterato é um ofício altamente digno, ou o preenchemos com homens altamente credenciados, ou desmentimos a premissa com a investidura de pessoas menos recomendáveis.
Essas ligeiras considerações cabem maravilhosamente no título da nossa tese, isto é, o presbítero funciona nas igrejas presbiterianas. É peça atuante em nossos concílios, é pessoa ativa em nossas organizações eclesiásticas. Não é figura de ornato na composição dos quadros administrativos da Igreja, nem é posto de honraria, apenas.
O presbiterato é uma oficina de trabalho, no qual se é iniciado pelo Espírito Santo. É uma função na qual se é investido pela vontade de Deus na qual se deve permanecer para a glória de Deus, no apascentamento dos rebanhos do Senhor.
A vitalidade de uma igreja local depende da operosidade dos presbíteros, como auxiliares dos ministros, mais do que do próprio pastor.
"A Igreja existe para servir e não para ser servida", pondera James Moffat e "para governar e não para ser governada". Serviço e governo são atribuições para as quais Deus convoca homens que queiram trabalhar, e não homens que desejam receber honrarias do rebanho.
O presbítero é da igreja e não do pastor, assim como o pastor é da igreja e não de concílio. O presbítero é da igreja e para a igreja, daí o exato da escolha, em vez da nomeação. Daí, ainda mais, uma qualificação apropriada a garantir um fiel desempenho da função.
Sem ser honraria, como dissemos, o presbiterato é, no entanto, uma cargo dignificante. Assim o entendiam os escoceses, em cujos modelos se orienta o presbiterato moderno principalmente o das Igrejas brasileiras. Diziam eles:
O Livro de Ordem da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos declara, entre outras disposições relativas ao ofício de presbítero, o seguinte:
1 — espiritualidade para promover o crescimento espiritual do rebanho; "quando nos sa alma progride, nossa obra progride" (183);
2 — conhecimento da Palavra de Deus para dar a razão de sua fé. Não seria ser um teólogo para discutir eruditamente, mas ser capaz de realizar a obra de Priscila e Áquila, com uma igreja em sua casa, nem sempre assistida pelo ministro; o presbítero deve ser um investigador da verdade;
3 — bom senso; homens cheios de arestas e pugnacidade criam problemas para a igreja e para os concílios. O bom senso infunde espírito prático e realizador;
4 — bom trato e prestabilidade, condições necessárias a um contato benéfico com os crentes;
5 — experiência com os altos e baixos da vida para ser humano com os irmãos, ter simpatia, e regozijar-se com os que se regozijam e chorar com os que choram;
6 — ser prudente; não alimentar "cochichos congregacionaís"; preocupar-se com as causas e não com os causadores de problemas;
7 — não fechar suas portas aos crentes; a casa do presbítero deve ser a de suas ovelhas; é esta uma boa maneira de ser útil ao rebanho.
Escrevendo ao presbítero Timóteo, (I Tim. 3) S, Paulo, naquele estilo positivo e franco, dã as medidas exatas da estatura de uma pessoa em condições de entrar no presbiterato; essas medidas, que parecem obedecer a uma escala crescente, são as seguintes:
Vistos os textos bíblicos, mais as observações que temos feito, podemos reunir as qualificações do candidato ao presbiterato-- em três grupos grandes, dividindo-se, cada um a seu turno, na seguinte chave:
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Fonte: Ofício de Presbítero – origens, história, evolução e funções, Francisco Martins da Silva, Casa Editora Presbiteriana
As considerações dos capítulos anteriores falam enfaticamente neste quarto capítulo. E crendo que o presbiterato é um ofício altamente digno, ou o preenchemos com homens altamente credenciados, ou desmentimos a premissa com a investidura de pessoas menos recomendáveis.
Essas ligeiras considerações cabem maravilhosamente no título da nossa tese, isto é, o presbítero funciona nas igrejas presbiterianas. É peça atuante em nossos concílios, é pessoa ativa em nossas organizações eclesiásticas. Não é figura de ornato na composição dos quadros administrativos da Igreja, nem é posto de honraria, apenas.
O presbiterato é uma oficina de trabalho, no qual se é iniciado pelo Espírito Santo. É uma função na qual se é investido pela vontade de Deus na qual se deve permanecer para a glória de Deus, no apascentamento dos rebanhos do Senhor.
A vitalidade de uma igreja local depende da operosidade dos presbíteros, como auxiliares dos ministros, mais do que do próprio pastor.
"A Igreja existe para servir e não para ser servida", pondera James Moffat e "para governar e não para ser governada". Serviço e governo são atribuições para as quais Deus convoca homens que queiram trabalhar, e não homens que desejam receber honrarias do rebanho.
O presbítero é da igreja e não do pastor, assim como o pastor é da igreja e não de concílio. O presbítero é da igreja e para a igreja, daí o exato da escolha, em vez da nomeação. Daí, ainda mais, uma qualificação apropriada a garantir um fiel desempenho da função.
Sem ser honraria, como dissemos, o presbiterato é, no entanto, uma cargo dignificante. Assim o entendiam os escoceses, em cujos modelos se orienta o presbiterato moderno principalmente o das Igrejas brasileiras. Diziam eles:
"O desígnio originário do ofício de presbítero era ajudar o pastor no exercício da disciplina e do governo; portanto, e, em virtude disso, os titulares desses cargos chamavam-se presbíteros regentes. No desempenho dos numerosos e difíceis deveres do ofício ministerial, pareceu aos nossos ancestrais sábio e conveniente que o pastor recebesse a assistência do povo dentro dos limites das srias aptidões. Porisso, ficou deliberado que em cada paróquia ou congregação se escolhesse um certo número, de entre os membros mais judiciosos e respeitáveis dela, para ajudarem os ministros com os seus consensos e cooperarem com eles no gabinete local, devendo o pastor com eles se consultar e resolver os assuntos que afetarem os interesses da religião e da igreja"[1]Ao pensar em qualificações para o cargo, convém dizer-se que a política presbiteriana é pela valorização, respeito, dignificação e produtividade do presbítero e pela elevação do ofício, considerado de origem divina. O campo de ação do presbítero é, pois, de grande amplitude e o homem que é investido no presbiterato precisa estar apto a desenvolver atividades fora do comum na congregação dos fiéis.
O Livro de Ordem da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos declara, entre outras disposições relativas ao ofício de presbítero, o seguinte:
"Compete ao seu ofício, individual e coletivamente, vigiar diligentemente pelo rebanho entregue aos seus cuidados, de tal forma que nem a corrupção da doutrina nem a da moral penetre na igreja".É inadmissível que a divina autoridade do cargo fosse conferida indiscriminadamente. Um Deus sábio, como é o nosso Deus, é um Deus, também, de ordem. Ao inspirar ao homem a instituição do presbiterato — que continuaria as tradições do ancianato, — só poderia ter feito obra completa sugerindo a forma em que se modelariam os ocupantes do cargo e normas de conduta que o dignificassem. Foi na inspiração divina que se verificou que o presbítero precisa reunir qualidades tais como:
1 — espiritualidade para promover o crescimento espiritual do rebanho; "quando nos sa alma progride, nossa obra progride" (183);
2 — conhecimento da Palavra de Deus para dar a razão de sua fé. Não seria ser um teólogo para discutir eruditamente, mas ser capaz de realizar a obra de Priscila e Áquila, com uma igreja em sua casa, nem sempre assistida pelo ministro; o presbítero deve ser um investigador da verdade;
3 — bom senso; homens cheios de arestas e pugnacidade criam problemas para a igreja e para os concílios. O bom senso infunde espírito prático e realizador;
4 — bom trato e prestabilidade, condições necessárias a um contato benéfico com os crentes;
5 — experiência com os altos e baixos da vida para ser humano com os irmãos, ter simpatia, e regozijar-se com os que se regozijam e chorar com os que choram;
6 — ser prudente; não alimentar "cochichos congregacionaís"; preocupar-se com as causas e não com os causadores de problemas;
7 — não fechar suas portas aos crentes; a casa do presbítero deve ser a de suas ovelhas; é esta uma boa maneira de ser útil ao rebanho.
Escrevendo ao presbítero Timóteo, (I Tim. 3) S, Paulo, naquele estilo positivo e franco, dã as medidas exatas da estatura de uma pessoa em condições de entrar no presbiterato; essas medidas, que parecem obedecer a uma escala crescente, são as seguintes:
- no plano comum, deve ter bom conceito individual — vers. 2
- no estado social, deve ser casado — vers. 2
- no meio em que vive, deve ter boa reputação — vers. 2
- no desenvolvimento mental, deve ter preparo intelectual — vers. 2 ("ensinar")
- no modo de proceder, ser moderado e cordato — vers. 3
- no trato com o dinheiro, deve ser desprendido — vers. 3
- na influência sobre o seu meio, deve ter capacidade de comando — vers. 4 e 5
- na capacidade de comando alegada, deve ter experiência do lar — vers. 5
- na religião, deve ter experiência — vers. 6
Vistos os textos bíblicos, mais as observações que temos feito, podemos reunir as qualificações do candidato ao presbiterato-- em três grupos grandes, dividindo-se, cada um a seu turno, na seguinte chave:
- O presbítero precisa merecer o RESPEITO da comunidade; para isso precisa ter: a) santidade, compreendendo Fé e Vida; b) inteligência, constando de compreensão, apreensão e capacidade de transmissão.
- O presbítero precisa merecer e conquistar a ESTIMA do rebanho, com: a) boa reputação, compreendendo opinião interna, da igreja e conceito público; b) bom senso, constando de capacidade de julgar interesse pelas almas, perseverança no cumprimento dos deveres e contato útil com as ovelhas.
- O presbítero precisa reunir um CABEDAL de dons e aptidões, ou sejam: a) experiência religiosa, administrativa, familiar e social.
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Fonte: Ofício de Presbítero – origens, história, evolução e funções, Francisco Martins da Silva, Casa Editora Presbiteriana
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org
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