segunda-feira, 12 de março de 2012

Ao Leandro Quadros e aos seus leitores: Parte 1.

Depois de algum tempo que viemos criticando extensamente o Adventismo, Leandro Quadros decidiu dar uma resposta ao MCA. Ele usou como ‘bode’, uma postagem onde fiz menções com base em tudo que tenho lido do Adventismo e sobre o Adventismo. A postagem sugere que; diante de alguns fatos que envolveram o ministério de Ellen White, e tendo em vista o tal conceito adventista em torno dela chamado de “Espírito de Profecia”, isso pode ser enquadrado dentro da operação do erro de Satanás como mostra II Ts 2.11.

(Pelo menos o Leandro não deveria se magoar com isso, pois ele tem sempre classificado o calvinismo de diabólico.)

Naquela postagem, não tive a preocupação, de mostrar onde li. Mas as postagens no MCA mostravam a base daquela conclusão. Por isso, consciente ou não, ele aproveitou da ausência de documentação em dizer que usei de distorção dos fatos. Aliás, já percebi que muita gente gosta de dizer isso, inclusive o Leandro Quadros tem um hábito de taxar os críticos de Ellen White de desinformados, parciais, que não buscam na fonte, etc.

Convido os leitores dele, a lerem a série aqui no blog: “A igreja Adventista é uma seita?” (veja o primeiro aqui),com sete partes (favor ler todos e lidar com os argumentos dos respectivos artigos nos artigos). Creio que está ali a evidencia de tudo que ele disse que eu não apresentei. Mas como seria difícil os leitores da postagem dele ler todas as postagens, responderei ele a partir desta.

Usarei algumas postagens para ver se estamos diante de distorções, interpretações, justificativas, mutações de conceitos, etc. Visto que é muito difícil o Leandro Quadros liberar comentários no Blog dele, posto aqui minha resposta aos que se interessarem, lá ou aqui.

Espero que ele coloque minha resposta no site dele, pois o link da dele na integra está AQUI.

Antes de avaliar a refutação apresentada, ele parece que desprezou a minha suposição da “operação de do erro de Satanás”, dizendo que ‘nenhum intérprete pensa assim’.

Primeiro, que o texto ensina que a Operação do Erro vem com sinais e prodígios para crerem na mentira, antes mesmo do surgimento do iniquo. As interpretações escatológicas são variadas entre os Protestantes fieis. Mas podemos ler que ‘o ministério da iniquidade já operava’ nos dias de Paulo e que Deus ‘enviava a operação do erro para eles crerem na mentira’ (II Ts 2.7,9). Isto é, o falso ensino prepara o caminho para o Iniquo. Dentro dessa perspectiva, E SE as minhas proposições forem corretas em torno de Ellen White, a conclusão seria inescapável.

Sobre o incomodo causado, mostro o que o Nisto Cremos diz sobre esse texto: “A Bíblia revela que a observância do domingo como instituição cristã tem sua origem no “mistério da iniqüidade” (II Tess. 2:7).” (Pg346). “Paulo explicou que tal apostasia teria de ocorrer antes do retorno de Cristo. Sua vinda era tão certa que o simples fato de ela ainda não se haver manifestado, foi apontado pelo apóstolo como evidência de que a vinda de Cristo ainda não era iminente Ou, segundo suas próprias palavras: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (II Tess. 2:3 e 4). Mesmo nos dias de Paulo, a apostasia já se encontrava em operação, embora de forma limitada. Seu método de operação era satânico, “com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça” (II Tess. 2:9 e 10). Antes do final do primeiro século, João observou que “muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”. Efetivamente, disse ele, “o espírito do anticristo, ... presentemente, já está no mundo” (I João 4:1 e 3). (Pg 214).

Ou seja, o DOMINGO era um dos sinais da operação do erro, operação e ministério esse que já estava em atuação no dia de Paulo.

Leandro Quadros, disse que o ministério de EW é “lindo”. Pergunto: O que é mais lindo para o cristianismo? O Dia da Ressurreição do Senhor ou o ministério de EW? No entando, o adventismo diz que o domingo é fruto da operação do erro.

Segundo, e muito engraçado, é que a interpretação do Juízo Investigativo é identidade adventista, sem nenhum apoio externo... Nenhum cristão no mundo, e na história, jamais disse que Jesus entrou no santíssimo em 22 de outubro de 1844. Agora ele apresenta esse discurso: que não existe OUTROS que interpretam o que eu disse? Eu apresentei um princípio que se identifica, entre tantos outros, com o Espírito de Profecia. Só isso.

Agora sim, vamos ao que ele disse. As partes em negrito são do Leandro Quadros:

1º) “Ele deveria ter informado aos seus leitores que ela saiu do metodismo por ter abraçado alguma verdades adicionais, jamais abandonou a fé cristã.”

Ao Leandro, e aos seus leitores: Quais verdades? Se nessa época não se cria no Juízo Investigativo, nem no Sábado, nem na reforma da saúde, em qual “verdade adicional ela creu?” Apenas em uma: Jesus voltaria em março de 1843, depois em março de 1844 depois em 22 de outubro de 1844. Existem outras verdades que foram descobertas por ela antes? Poderia nos citar algumas? Devemos lembrar que Ellen White disse:

“[...] as igrejas começaram a tomar providências disciplinares contra os que tinham abraçado as opiniões de Miller”(GC,1975, p.336).

“Assim seguiram as igrejas protestantes nas pegadas dos romanistas [...] as igrejas protestantes alegavam que uma parte importante da Palavra de Deus – parte que apresentavam verdades especialmente aplicáveis ao nosso tempo – não podia se compreendida” (GC,1975, p.340).

Pergunto ao Leandro e aos seus leitores: Se um Pentecostal interpretar um texto bíblico dizendo que Jesus voltará em 2844 e um adventista segui-lo, crendo em tal mensagem, ele continua sendo adventista? Ellen White é uma desviada sim, de uma igreja cristã. Ela não mudou de denominação simplismente por convicção doutrinária, ou não estava ela desviada anteriormente e se restaurou em uma outra denominação. Ela seguiu um falsa profecia.

Jesus disse: “Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não o sigais.” (Lc 21.8). Compare isso que o Senhor Jesus disse agora com o que EW diz aqui:

“multidões se convenceram da exatidão dos princípios de interpretação profética adotados por Miller e seus companheiros, e maravilhoso impulso foi dado ao movimento do advento" (GC, 1975, p. 335)

2º) “O referido apologista deveria ter informado que Ellen White nunca marcou datas para a volta de Jesus. Foi o batista Guilherme Miller...”

Ao Leandro Quadros e aos seus leitores: Primeiro que eu não disse isso. Eu disse que ela não se importou com a advertência de Jesus em Mt 24.36, por isso seguiu Miller. Segundo, eu já respondi isso que o Leandro Quadro diz, repetindo Francis Nichol e outros, dizendo sempre que foi “O batista” Miller que anunciou a volta de Cristo.

Veja o que Ellen White achava de Miller: “Deus mandou Seu anjo mover o coração de um lavrador, que não havia crido na Bíblia, a fim de o levar a examinar as profecias. Anjos de Deus repetidamente visitavam aquele escolhido, para guiar seu espírito e abrir á sua compreensão profecias que sempre tinham sido obscuras para o povo de Deus.”(GC, 2010, p. 229).

Não foi um pregador (desviado) batista! Segundo Ellen White, foram ‘anjos’ que orientaram Miller. Seria melhor os adventistas terem o conceito que EW teve de Miller, mediante revelações, do que aceitarem a propaganda atual para desvenciliar-se da falsa profecia de 1844.

Veja por exemplo a revelação que ela teve de Miller como sendo ‘um homem com a vassoura’ nos Primeiros Escritos onde uma “... porta se abriu e um homem entrou na sala, quando todas as pessoas se haviam retirado; e esse homem, tendo na mão uma vassoura, abriu as janelas, começando a varrer a sujeira e o lixo da sala. Pedi-lhe que desistisse, pois havia algumas jóias preciosas espalhadas entre o lixo. Disse-me ele para "não temer", pois "tomaria cuidado delas". Então, enquanto ele varria o lixo e a sujeira, jóias e moedas falsas, tudo saiu pela janela como uma nuvem, sendo levados pelo vento para longe. Na agitação eu fechei os olhos por um momento; quando os abri o lixo tinha desaparecido. As jóias preciosas, os diamantes, as moedas de ouro e de prata, continuavam espalhadas em profusão por todo o recinto. Ele colocou então sobre a mesa um cofre, muito maior e mais belo que o anterior, e ajuntou as jóias, os diamantes, as moedas, e lançou-as dentro do cofre, até não ficar uma só, embora alguns dos diamantes não fossem maiores que a ponta de um alfinete. Então ele me chamou: "Vem e vê." Olhei para dentro do cofre, mas os meus olhos estavam deslumbrados com a visão. Elas brilhavam com glória dez vezes maior que a anterior. Pensei que tivessem sido esfregadas contra a areia pelos pés das pessoas ímpias que as haviam espalhado e sobre elas pisado contra a poeira. Elas estavam arrumadas em bela ordem no cofre, cada uma no seu devido lugar, sem qualquer visível esforço da parte do homem que as pusera ali. Soltei uma exclamação de verdadeira satisfação, e esse grito despertou-me.”

O esforço de deslocar a culpa para um pregador BATISTA, é neutralizado por EW que sempre procurou dar um peso profético ao ministério Gulherme Miller. Veja:

"Assim como Eliseu foi chamado [...] também Guilherme Miller foi chamado para deixar o arado e desvendar ao povo os mistérios do reino de Deus” (GC,1975, p.330)“em quase todos os lugares que Miller pregava resultava em avivamento”(GC,1975, p.331).

Já postei tanto sobre isso aqui no MCA que lamento que os leitores de Leandro jamais tenham visto. E muitos nem irão ler. Repetidas vezes eles comentam aqui dizendo: “FOI MILLER, FOI MILLER !!!”.

E sobre Mt 24. 36? O que diziam os adventistas? EW diz sobre esse texto:

“Daquele dia e hora ninguém sabe", era o argumento mais freqüentemente aduzido pelos que rejeitavam a fé do advento. do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mat. 24:36. Uma explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: "Que sinal haverá de Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus lhes deu sinais, e disse: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mat. 24:3 e 33. Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade, e isto nos é exigido saber. Demais, é-nos ensinado que desatender à advertência ou recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu coração - "O meu Senhor tarde virá". Mostra sob que luz Cristo olhará e recompensará os que encontrar vigiando e pregando Sua vinda, bem como os que a negam. "Vigiai, pois", diz Ele; "bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim." (Mat. 24:42-51.) "Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3. Mostrou-se assim que as Escrituras não oferecem garantia aos homens que permanecem em ignorância com relação à proximidade da vinda de Cristo. Aqueles, porém, que unicamente desejavam uma desculpa para rejeitar a verdade, fechavam os ouvidos a esta explicação; e as palavras - "Daquele dia e hora ninguém sabe" - continuaram a ser repetidas pelos audaciosos escarnecedores e mesmo pelos professos ministros de Cristo. Ao despertarem os homens e começarem a inquirir do caminho da salvação, interpuseram-se ensinadores religiosos, entre aqueles e a verdade, procurando acalmar-lhes os temores com interpretações falsas da Palavra de Deus. Infiéis vigias uniram-se na obra do grande enganador, clamando: "Paz, Paz!" quando Deus não havia falado de paz. Muitos, tais quais os fariseus do tempo de Cristo, se recusaram a entrar no reino do Céu e embaraçavam aos que estavam entrando. O sangue dessas almas ser-lhes-á requerido.” (GC 370-372).

Notou? Quem foi acusado de falta de fidelidade a Deus?

Deixo com você o julgamento da explicação acima. Que coerência haveria entre as Palavras Soberanas de Cristo, com marcar o retorno de Cristo para 22 de outubro de 1844?

Continua ... 

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