sábado, 17 de novembro de 2018

Reflexão Semanal – O Retorno do Justo Juiz! Você Está preparado?


TEXTO: ATOS 17.31
“Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”.

     Enquanto o Velho Testamento promete a vinda de Cristo, o Novo Testamento mostra como foi esta primeira vinda e nos aponta para a sua segunda vinda, através da qual finalizará os planos redentivos nesta terra, iniciaremos hoje os estudos específicos soHá um comentário de um autor desconhecido sobre o dia do julgamento que diz o seguinte:

 “O julgamento final é o dia quando Deus julgará todas as pessoas do mundo. Cada pessoa será julgada por Deus de maneira justa e imparcial. Teremos que dar conta de tudo que fizermos em nossas vidas. Quem for condenado irá para o lago de fogo, a destruição eterna. Mas quem for salvo irá para o Céu, onde não haverá mais sofrimento nem dor. Deus será completamente justo e ninguém poderá o enganar.  Mas todos pecamos e estamos condenados ao inferno. A única forma de sermos salvos é através de Jesus. Jesus morreu para pagar o preço de todo pecado. Quem crê em Jesus e o aceita como seu salvador será salvo. Jesus levou toda a condenação! (Fonte: https://www.bibliaon.com/julgamento_final/)”

     Esta passagem de Atos trata sobre o discurso de Paulo em Atenas, o berço da filosofia e politeísmo, ele ficou revoltado por causa da idolatria daquela cidade (v.16), que tinha muitos altares de deuses e para não esquecer nenhum, estabeleceram um com o nome “Ao Deus Desconhecido”, Paulo usou esta figura para falar sobre o Deus verdadeiro que não é instrumento da arte e imaginação do homem (v.22-29), após esta explicação sobre como adorar a Deus, convida os homens ao arrependimento (v.30), para finalizar ele traz a razão pela qual as pessoas deveriam se arrepender, que é o julgamento futuro e final de Deus e para isto devemos estar alerta e prontos, sobre este tão glorioso assunto, e inspirados no tema acima mencionado iremos extrair algumas verdades de maneira introdutória:

Primeira, Deus Julgará Todo o Mundo. Deus julgará todas as pessoas de todas as classes que existem na terra, não haverá como dar um jeitinho para escapar, pois seu julgamento e certo e todos hão de comparecer perante Ele naquele dia, sobre isto Paulo no seu discurso fala: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo [...]” (v.17a).

a. O mundo será julgado por causa do pecado que entrou nele e o corrompeu por completo, sobre este alastramento terrível a avassalador os calvinistas chamam de depravação total, que significa “a corrupção do pecado alcançando todas as partes da natureza humana e toda a raça humana, tratando sobre esta temática Paulo afirmou: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12), assim sendo ninguém pode dizer que tem qualquer mérito diante de Deus, pois todos são pecadores e só merecem de Deus a condenação eterna, quando Deus salva alguns o faz somente por sua graça.

b. O mundo será julgado porque Deus enviou homens para pregassem o evangelho, a escuta da pregação é um critério do julgamento divino, sobre isto o evangelista Marcos narrou as palavras de Jesus quando Ele disse: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).

c. Esta palavra traz a evidencia do julgamento divino tanto nos salvos como nos perdidos, uma mesma pregação traz salvação para alguns que crêem e condenação para os descrentes, Jesus, nosso mestre, falou: “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (Jo 12.48).

d. Ainda sobre este resultado duplo da pregação Paulo também falou que: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (I Co 1.18), o julgamento de Deus será sobre todo o mundo e trará salvação para uns e condenação para outros, em qual grupo você está, nos salvos ou perdidos? Sobre este julgamento ainda continuaremos falando, a partir das próximas linhas, enfatizando a justiça de Deus.

Segunda, Deus Julgará de Maneira Justa. Deus julgará de maneira muito justa, podemos examinar isto nas palavras de Paulo quando disse: Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar [...] com justiça [...]” (v.17b).

a. Ninguém poderá dizer que o seu juízo foi injusto, Deus jamais poderia cometer injustiça porque seu caráter é justo e por Ele ama ser justo, atestando isto o salmista grafou sobre Jesus: “Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros” (Sl 45.7), ou seja, Jesus tem prazer em ser justo, em fazer tudo com base no seu caráter santo, no seu julgamento não haverá palavras para desmanchar a sua sentença, sobre isto o Rev. Hernandes Dias Lopes disse que: No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão”(Lopes, Hernandes Dias. Estudos no Apocalipse, p.14). Deus tem a palavra final, no seu tribunal é proferida a sentença judicial de maneira perfeita, não cabe recurso nem apelação, Ele é o reto juiz e diante Dele tudo se cala.

b. As suas ações são justas, seus caminhos são justos e verdadeiros, todos temem o seu nome por causa dos seus atos justos, a apostolo João no Apocalipse disse que os salvos exaltavam a justiça de Deus disse que: “entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15.3-4).

c. Todas as ações de Deus são justas, aquilo que ninguém sabe sobre você, Deus sabe, o seu julgamento é perfeito e justo (Sl 145.17), as aparências humanas não causam emoção em Deus, Ele conhece o coração do homem e seu julgamento virá de maneira justa. As pessoas podem até se dar bem aqui enganando, no juízo de Deus os conchavos não funcionam, pense nisso, mas, este julgamento além de ser para todo o mundo e de maneira justa, será feita apenas por meio de Jesus Cristo, isto será explicado a partir de agora.

Terceira, Deus Julgará por Meio de Jesus Cristo. O apostolo Paulo finaliza este discurso falando sobre o meio pelo qual Deus executa o seu julgamento que é Por meio de Jesus, sobre isto verifica-se as suas palavras dizendo que“Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar [...] por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (v.17c),

a. Jesus é o Filho de Deus que foi enviado ao mundo para salvar a humanidade (I Jo 4.14), Ele é o único meio pelo qual podemos nos aproximar de Deus, comprovando isto, João narrou as palavras de Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Ele não é um caminho ou uma possibilidade, pelo contrário, é o único caminho que pode levar o homem a se aproximar de Deus, Jesus é a ligação perfeita, é a ponte que vai dar no céu, quem crê Nele não é condenado o que não crê já está condenado (Jo 3.18).

b. Ele é o único mediador entre Deus e os homens, conforme Paulo Escreveu a Timóteo: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Tm 2.5), Paulo aqui trata sobre Cristo justamente como esta ligação que Deus fez para estar unido aos homens, podemos dizer então que Cristo é a única e verdadeira religião, pois religião vem do latim “religare” que significa religar o homem a Deus, somente Cristo pode fazer isto, não é a religião que faz isto, não são suas obras, somente Jesus pode fazer isto.

c. O julgamento é este que as pessoas cheguem a Deus por Jesus, se tentarem chegar por outro meio estarão condenados. A Bíblia também trata de Jesus como o nosso único intercessor, conforme atesta Paulo na sua Carta aos Romanos: “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.34).

d. Ele conforme Joao condenará todo o que rejeitar o seu Filho Jesus Cristo, vejamos as palavras do apostolo: Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.17-19). 

e. Se você estiver em Cristo você estará livre da condenação e naquele dia do julgamento estará salvo, porém se busca chegar a Deus por outros meios ou se divide a sua glória com anjos, santos ou outros seres, estará naquele julgamento com uma sentença condenatória sem direito à defesa. O que deseja para a sua vida? Lembre-se que Deus julgará todo o mundo de acordo com a aceitação ou rejeição do seu filho, pense nisto!

    Para concluir queremos dizer que o julgamento de Deus é certo, Ele virá para julgar todo o mundo, Paulo falou como escapar deste julgamento chamado de ira vindoura de Deus, veja o que Ele disse: “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (I Ts 1.10), assim sendo, a única maneira de nós escaparmos da condenação eterna é tendo Jesus como nosso advogado, você já o tem?

Referencias:

A Bíblia de Estudo de Genebra. Textos Bíblicos e Notas de Rodapé. 2 2d. Ampliada. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

Biblia Sagrada Online. Versículos Sobre o Julgamento Final. Extraido de: <https://www.bibliaon.com/julgamento_final>Acessoem20/10/2010.

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2002.

ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Vida Nova, 2002.

LIMA, Leandro Antônio de. A Grande Batalha Escatológica. 1ed. São Paulo: Agathos, 2016.

LOPES, Hernandes Dias. Estudos no Apocalipse. 1ed. Venda Nova: Betania, 2007.

O Culmann, Time, p. 87. Apud: HOEKAMA, Anthony. A Bíblia e o futuro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001.

AUTOR: Missº Veronilton Paz da Silva


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Reflexão Bíblica – Josué 2.1




1 De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente, como espias, dizendo: Andai e observai a terra e Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali.

A graça chegou, o prostíbulo fechou!

A Graça de Deus é maravilhosa, quando chega na vida de alguém, tudo que estava torto se endireita. As coisas que estavam desarrumadas se ajeitam e a pessoa passa a ter nova vida. A Bíblia conta a história de uma meretriz chamada Raabe, ela morava e tinha sua clientela em Jericó, mas teve uma ação de fé ao esconder os espias de Josué quando iam invadir Jericó (Js 2.1). Um fio escarlate ali posto na sua casa salvou a sua vida e de toda a sua família (Js 2.18). A graça de Deus transforma uma prostituta, não em uma ex-prostituta, mas em uma nova criatura. A chegada da graça ali fez a vida daquela mulher dar uma volta de 180º, uma mudança de direção e de sentido, vejamos o que aconteceu na vida Dela.

Primeira, ela fechou o prostíbulo e tornou-se uma mulher casada de respeito. Vemos que aquela mulher encontrou um homem Salmon que a tomou por esposa, conforme nos afirma Mateus no capitulo 1 e versículo 5a:5 Salmom gerou de Raabe a Boaz [...], Deus a honrou, fez que ela encontrasse casamento. Não importa como foi sua vida até hoje, você pode a partir deste instante dar um novo rumo a ela ! Jesus torna novas todas as coisas!

Muitas vezes vemos as pessoas menosprezarem outros que tiveram um passado impróprio, porém, as Escrituras afirmam que Deus perdoa aquele que se arrepende e dos seus passados não lembra mais (Is 43.25), ou seja, Ele não passa os nossos pecados em rosto. As pessoas, a sociedade, você e até o diabo podem lembrar-se dos seus pecados, mas Deus já perdoou e não vai mais te cobrar algo que já perdoou. Raabe de cafetina de bordel, passou a ser uma mulher casada. Oh que imensurável  é a graça de Deus!

A graça de Deus é maravilhosa, como afirma o teólogo Santo Agostinho: “A graça transforma lobos em cordeiros, monstros em homens e homens em anjos”. A graça purificou aquela mulher, agora ela não era de muitos, mas de um homem só. Isto somente a graça de Deus pode fazer. O coração do ser humano é depravado por natureza, mas tendo um encontro com a graça de Cristo, este coração encontra uma transformação espiritual e isto se traduz em ações santas. Você já foi alcançado pela graça de Deus?

Segunda, ela fechou o prostíbulo e entrou para o quadro dos heróis da fé. Aquela mulher que não era um bom exemplo, tornou-se um modelo de fé para ser imitado, conforme o autor aos Hebreus no capitulo 11 e versículo 31 afirma: 31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”, a sua atitude foi um exemplo de fé que deveria ser seguida pelo povo, ela é colocada no quadro da fé que possui pessoas como Jefté, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e tantos outros.

A graça de Deus alcança tanto a mulher religiosa que leva uma vida de casada, porém ainda sem um encontro com Cristo; mas também alcança uma prostituta que leva uma vida de paixão carnal, para que esta conheça a graça de Deus e seja salva. Certa vez eu estava evangelizando uma prostituta no centro de Monteiro-PB, passou um crente santarrão e disse: “Meu irmão não jogue perolas ao porco! Eu olhei para ele e disse: “Você um dia já foi porco também! Continuei pregando e aquela mulher depois de uns tempos veio a seguir Jesus, deixando a prostituição e vivendo para evangelizar. Vale a pena pregar o evangelho da graça de Deus!

Uma mulher que era prostituta passa a ser um modelo de fé para o povo de Deus, porque para Jesus não há causa perdida, nem problema insolúvel e muito menos pessoa irrecuperável, Ele tem todo poder para transformar uma vida que vivia na sarjeta, na esparrela do mundo em uma nova criatura. Deus de maneira graciosa operou na vida de Raabe e pode operar ainda hoje, pois nunca mudou e não mudará.

Pregue o evangelho da graça e deixe os resultados com Deus, mas fique ciente que você vai se surpreender com este Deus, pois Ele quebranta e salva pecadores que o mundo já havia desistido deles. A sua fé foi uma fé operante, pois Tiago descreve isto quando diz: “25 De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? 26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.25-26), ou seja, a fé cristã não pode ser apenas teórica, precisa ser prática, foi isto que o servo declarou aqui sobre Raabe, nós precisamos ter ortodoxia, mas também ortopraxia, não apenas conhecer a verdade, mas esta necessita se tornar real nossa vida.

Terceira, ela fechou o prostíbulo e entrou para a história da salvação. A genealogia de Cristo é algo bem interessante, pois ela é formada de pessoas que não mereciam estar ali, entre estas pessoas estava Raabe, atestado isto por Mateus no Capitulo 1 e versículo 5: 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé”, uma mulher que tem uma mancha na sua história, pois viveu como meretriz, porém, sua alma foi lavada quando creu em Deus, estava purificada do seu pecado. Sua presença na genealogia de Jesus só demonstra a graça de Deus aos pecadores, pois Jesus conquanto seja Rei, Soberano, elevado, ama está no meio de pecadores.

A genealogia de Jesus apresentando a pessoa de Raabe afirma a grande verdade que Ele veio para salvar o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21), que a salvação não depende dos homens, mas Dele, pois se fosse por mérito, nenhum dos que estavam na genealogia Dele se salvaria. Aquela mulher entrou para a história da salvação, pois Davi era da linhagem dela e o Cristo que seria o salvador viria da descendência de Davi. Assim, a graça de Deus colocou ela na história da redenção do povo de Deus, bem como apresenta a gratuidade da salvação, ninguém poderia pagar o preço da redenção, mas Jesus pagou por nós.

A graça de Deus retira a pessoa de um lugar de desonra para um lugar de honra, pois aquela mulher que tinha má reputação, agora participa da linhagem real, da linhagem messiânica, Deus exalta aqueles que se humilham, pois ela pediu humildemente aos espias que livrassem ela e a família dela, sendo prontamente atendida. A graça nos faz pessoas humildes porque entendemos que a misericórdia de Deus é que nos salvou e não nossos méritos. Quando vemos Raabe participando da genealogia de Jesus, devemos nos ver ali, como a graça alcançou ela, semelhantemente a nós também.

Para concluir gostaria de perguntar se você já foi alcançado (a) pela graça de Deus, se sua vida já foi transformada por Ele, se você já experimentou a salvação que Jesus tem para te dar? Se a sua resposta é negativa, se entregue a Jesus ainda hoje, venha descansar nos seus braços gloriosos, nas suas promessas consoladoras e graciosas. Jesus pode salvar e libertar qualquer pessoa, somente Ele tem poder para isso. Que o seu amor te preencha totalmente e te faça feliz! Em Nome de Jesus!

Autor: Missº Veronilton Paz da Silva (Igreja Presbiteriana do Brasil)

sexta-feira, 29 de junho de 2018

IPB SE POSICIONA QUANTO AO USO DE TATUAGENS E PIERCINGS PELOS SEUS MEMBROS, PELO TEXTO A ORIENTAÇÃO É NÃO USAR


     A Igreja Orienta seus membros e oficiais a evitar questões como bebida, tatuagem, fumo, bailes, para evitar escândalos e que irmãos fracos cair, veja abaixo um trecho do documento da igreja:

SC-E - 2010 - DOC. LXXIV: Quanto ao documento 087 - Solicitação de posicionamento sobre uso de bebidas alcoólicas, tatoo, piercings, participações em festas mundanas: Quanto ao documento 087, Solicitação de Posicionamento Sobre Uso de Bebidas Alcoólicas, Tatoo, Piercings, Participações em Festas Mundanas. Considerando: 1) Que não devemos nem podemos exigir dos membros de nossas igrejas nada que vá além do evangelho de Cristo. 2) Que "todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém" (1Co 6.12), tudo o que transgride a regra de moderação é pecado (Fp 4.5) e toda forma de mundanismo é contrária à santidade cristã (1Jo 2.15-17); 3) Que o amor para com os de consciência mais fraca deve ser levado a sério, a ponto dos fortes evitarem escandalizar àqueles (Rm 14.1-23); 4) Que a Igreja deve atentar para os aspectos culturais da sociedade na qual está inserida, a fim de testemunhar eficazmente o evangelho de Cristo, sendo cuidadosa tanto com a forma quanto com o conteúdo de seu discurso e prática (1Co 9.19-27); 5) Que "tudo o que destrói o corpo, que é o Templo do Espírito Santo, é pecado e deve ser evitado; não obstante, reconhece que a Igreja é constituída de crentes que estão caminhando em santificação, uns mais e outros menos, devendo os conselhos esforçarem-se por conseguir o melhoramento espiritual de maneira amistosa e fraternal" (AG 1936-040 e AG 1936-041); 6) Que toda prática pecaminosa, seja de membros seja de oficiais da Igreja, deve ser corrigida nos termos da Escritura, conforme Mateus 18.15-20, e do Código de Disciplina da IPB. O SC-E/IPB - 2010 RESOLVE: 1) Reafirmar as decisões Ag-1936-040 e Ag-1936-041 (citadas acima) e Ag-1900-Doc 21 e CE-E2-1974-Doc. 10, como seguem: "Ag-1900- Doc. 21 - Vícios Sociais - Todos os obreiros da Igreja Cristã Presbiteriana do Brasil devem combater com insistência os vícios, os exageros da moda e tudo quanto rebaixe o nível da espiritualidade [...]. Extraido de: <http://se.icalvinus.net/icalvinus.php?d=1530280453402>Acessoem29/06/2018)

     Nenhum oficial ou membro presbiteriano está autorizado a falar em nome da denominação dando opiniões contrárias as que a denominação tomou. A nossa autoridade que é a Escritura diz que devemos obedecer a liderança (Hb 13.17), veja o que a Bíblia Portuguesa diz sobre tatuagem:

“Não façam cortes nem tatuagens na vossa pele em lembrança dum defunto. Eu sou o Senhor! Sociedade Bíblica de Portugal, 2005)

     O contexto trata de um tipo de tatuagem em luto ao morto, mas não deixa de ser tatuagem, numa realidade sertaneja traz confusão e escândalo, alguns dizem: “O que é que tem demais fazer?”, eu o pergunto: “O que tem demais não fazer?”, será que o egoísmo é tão grande que você não pensa no mal que pode causar ao evangelho, mas pensa apenas no desejo do seu coração? Que pensemos mais na glória de Deus e não no nosso coração carnal!

Missº Veronilton Paz da Silva

quarta-feira, 20 de junho de 2018

POSIÇÃO DA IPB QUANTO AO USO DE BEBIDA ALCÓOLICA, JOGOS DE AZAR E FREQUÊNCIAS À BAILES PROFANOS


“E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez” (Êx 18.21)

     Vemos por vezes presbiterianos postando em redes sociais e também fomentando em conversas o uso de bebidas, jogos, participação em bailes, mas a IPB não aprova o uso destas coisas pelos seus membros, vejamos o que nos diz o Digesto Presbiteriano Online sobre o assunto:

1) BEBIDAS ALCOÓLICAS - A. Recomendar a todos os concílios inferiores envidem esforços para que os membros da nossa Igreja se esforcem para abandonar o uso, mesmo moderado, de todas as bebidas alcoólicas, exceto remédios. AG-1900-021. B. Recomendar a todos os membros da nossa Igreja que são fabricantes ou negociantes de bebidas alcoólicas que se esforcem para deixar esse ramo de negócio ou meio de vida, a fim de não concorrerem, nem direta, nem indiretamente para a ruína do corpo e da alma de seus semelhantes. AG-1900-021. C. Recomendar aos Presbitérios que tomem medidas positivas e eficazes para combater a fabricação e venda de bebidas alcoólicas por membros da Igreja" (Ag-1900-Doc 21); "CE-E2-1974- Doc. 10 - Doc. X - Quanto ao Doc. 21 - Consulta Sobre o Uso de Bebidas Alcoólicas e Jogos, no Presbitério Sudoeste de Goiás. Considerando que: 1) A Igreja Presbiteriana do Brasil, defende e prega a aplicação integral dos princípios que a Bíblia contém, visando à edificação dos crentes; 2) Os vícios sociais, tais como o fumo, o álcool, o jogo, inclusive a loteria esportiva, e também, a frequência a bailes, reconhecidamente contribuem para a deterioração da pessoa humana, cristã ou não; 3) É dever das igrejas, lutar por todos os meios e modos, continuamente contra vícios; O Supremo Concílio resolve: Recomendar vigilância redobrada, em todos os seus concílios, instituições e igrejas contra os males acima referidos" (CE-E2-1974-Doc. 10). 2) Determinar que os conselhos observem o Art. 83, alínea "n", e os ministros, o Art. 36, alíneas "e" e "f" da CI-IPB, pastoreando cuidadosamente os membros da Igreja em cada caso específico, com vistas ao uso devido da liberdade cristã, sem que se dê ocasião à carne. (Digesto Presbiteriano, p.05. Extraído de: <http://se.icalvinus.net/icalvinus.php?d=1529492984558>Acessoem2/06/2018).


     O digesto traz a posição da IPB sobre o uso, comercialização ou mesmo incentivo ao uso da bebida, para a Igreja os seus membros devem se abster totalmente de usar bebidas alcoólicas ou qualquer outra coisa que prejudique o corpo ou faça seu irmão fraco cair, devemos edificar e não destruir o corpo de Cristo. Quanto aos jogos de azar, também existe um posicionamento de não se envolver ou promover os mesmos. Participar de festas profanas também é imotivado para membros da IPB. Cabendo aos concílios evitar que seus membros vivam em pecado.

     Um oficial ou um membro que deseja viver ingerindo e promovendo o uso de bebidas alcóolicas, praticando e incentivando jogos de azar e promovendo ou desfrutando de festas profanas, está sendo desobediente ao que se propôs a obedecer quando foi batizado e/ou fez publica profissão de fé, bem como quando foi ordenado, deveria estes pedir desligamento da referida igreja e não viver sendo desobediente e, porque não dizer, insubmisso aos concílios superiores da Igreja. Sejamos homens de verdade!

Missº Veronilton Paz da Silva

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Quais São os Dez Mandamentos de Deus na Bíblia?

Os Dez Mandamentos expressam de forma sintetizada a lei moral de Deus. Essa lei é eterna e transcende ao Antigo e ao Novo Testamento. Os Dez Mandamentos são as dez palavras da Aliança. No texto hebraico é empregado o vocábulo dabar, “palavra”. Esse termo era utilizado para as estipulações nos tratados políticos da época. Por isto os Dez Mandamentos também são chamados de Decálogo, que significa “dez palavras” no grego.

Os Dez Mandamentos estão registrados em Êxodo 20:2-17. Depois eles são repetidos em Deuteronômio 5:6-21. Resumidamente, os Dez Mandamentos são:

1º mandamento: Não terás outros deuses diante de mim.
2º mandamento: Não farás para ti imagem de escultura.
3º mandamento: Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
4º mandamento: Lembra-te do dia de descanso para santificar.
5º mandamento: Honra teu pai e tua mãe.
6º mandamento: Não matarás.
7º mandamento: Não adulterarás.
8º mandamento: Não furtarás.
9º mandamento: Não dirás falso testemunho.
10º mandamento: Não cobiçarás nada do teu próximo.

Quando os Dez Mandamentos foram dados por Deus?
A lei moral de Deus foi revelada ao homem desde o princípio. A vontade do Senhor, de forma geral, está impressa na consciência do homem criado à sua imagem e semelhança, apesar de essa imagem ter sido desfigurada pelo pecado. Essa mesma lei foi revelada de forma detalhada e especial por Deus ao seu povo, e registrada através de Moisés. Entenda quem foi Moisés.

Então os Dez Mandamentos foram dados por Deus por escrito no Monte Sinai. O texto bíblico enfatiza a origem dos mandamentos em Deus, dizendo que essas palavras foram “escritas pelo dedo de Deus” em tábuas de pedra (Êxodo 31:18; cf. 32:15-16; 34:1,28).

As duas tábuas de pedra que registraram os Dez Mandamentos ficaram conhecidas como “tábuas da Lei”. Durante parte da história do povo de Israel, essas tábuas da Lei ficaram guardadas dentro da Arca da Aliança, juntamente com o vaso do maná e a vara de Arão.

A forma com que os Dez Mandamentos são apresentados, se assemelha à disposição dos antigos tratados do segundo milênio antes de Cristo. O Decálogo inclui um preâmbulo seguido de um prólogo histórico (Êxodo 20:2), e as estipulações do tratado, que são os mandamentos propriamente ditos (Êxodo 20:3-17).

Os Dez Mandamentos, especificamente, não trazem penalidades. Isso significa que eles servem como um documento de base da Aliança de Deus com seu povo. As penalidades são registradas acompanhando uma série de leis que seguem imediatamente o registro dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:22-23:19).

É interessante notar o paralelo que há entre os atos criativos de Deus e os Dez Mandamentos. Deus criou todas as coisas por meio de dez palavras (Gênesis 1:3-29). Da mesma forma, através de dez palavras, Deus transmitiu o seu propósito e regulou a vida na sociedade humana.

Qual o significado dos Dez Mandamentos?
Como foi dito, os Dez Mandamentos revelam que existe um Deus, e expressam a sua vontade, sua santidade e sua autoridade. Eles refletem seu caráter santo e justo e indicam seu propósito para o homem. Essa lei moral de Deus não está registrada apenas nos Dez Mandamentos, mas pode ser vista nas Escrituras do começo ao fim. Ela está nos demais estatutos transmitidos a Moisés, nos escritos dos profetas, no ensino de Jesus Cristo e nas epístolas do Novo Testamento. Em sua Lei, Deus adverte e proíbe aquilo que lhe ofende, bem como ordena e indica aquilo que lhe agrada.

Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito a nossa relação com Deus. Eles revelam que nosso Deus é único e verdadeiro, e que seu santo nome deve ser reverenciado. Por isto não devemos adotar falsos deuses ou buscar em formas materiais alguma expressão divina. Além disso, devemos dedicar um período de descanso do nosso trabalho para santificar ao Senhor.

Os seis últimos mandamentos dizem respeito ao nosso relacionamento com o próximo. Esse bom relacionamento deve, em primeiro lugar, começar dentro de nossa própria casa, honrando nossos pais. Também não devemos atentar contra a vida de nosso próximo, nem contra suas posses ou sua moral.

O último dos 10 mandamentos conclui essa síntese da lei moral de Deus mostrando a gravidade dos nossos pensamentos, das intenções de nosso coração. Se a ação negativa contra o próximo é terminantemente proibida, da mesma forma também o é arquitetar, ainda que no campo da imaginação, contra ele.

Os Dez Mandamentos são válidos para hoje?
Sim, os Dez Mandamentos continuam válidos na atualidade. Mais uma vez é importante repetir: os Dez Mandamentos resumem a lei moral de Deus e expressam sua natureza santa e sua vontade perfeita. Deus é imutável e, consequentemente, sua Palavra também é. Isso significa que tudo aquilo que os Dez Mandamentos proibia no tempo de Moisés, continua sendo proibido em nossos dias.

O próprio Jesus fala disto ao ensinar sobre como seus seguidores devem viver suas vidas de uma forma que agrada a Deus. Ele resume os Dez Mandamentos em apenas dois que fundamentam todos os demais: o amor a Deus e o amor ao próximo (Mateus 22:37-40). É muito fácil entender por que Jesus coloca os Dez Mandamentos dessa forma, compactando-os em dois.

Aquele que ama a Deus de todo seu coração, de toda sua alma, de todo seu entendimento, sobre todas as coisas, jamais irá reconhecer outro deus diante d’Ele ou construir imagens de escultura. Também saberá entender a importância e o significado do nome de Deus, e não irá tomá-lo em vão. Além disso, também sentirá prazer em dedicar-lhe um tempo adequado para adorá-lo por sua grandeza e por suas obras.

Da mesma forma, aquele que ama ao seu próximo como a si mesmo, refletirá esse amor na forma com que ele procura honrar seus pais. Ele também não irá buscar matar, furtar, adulterar, difamar e cobiçar o seu próximo.

Como os cristãos devem guardar os Dez Mandamentos?
Os judeus receberam a Lei de Deus e acreditavam que se fossem capazes de cumpri-la na íntegra, alcançariam o perdão e o favor de Deus. Consequentemente, eles seriam aceitos no paraíso.

Mas os cristãos jamais devem interpretar a Lei de Deus dessa forma. Eles não devem guardam os Dez Mandamentos como uma forma de obter justiça própria, pois isto é impossível. Ninguém poderá alcançar a salvação por cumprir os Dez Mandamentos, até porque ninguém é capaz de obedecer, por si mesmo, todos os mandamentos do Senhor.

O problema, obviamente, não está nos mandamentos de Deus, mas na alienação do próprio homem. Os Dez Mandamentos não revelam somente quem Deus é, mas também quem nós somos, e somos, por natureza, pecadores que merecem a condenação por quebrar a Lei de Deus.

A natureza do homem é corrompida pelo pecado e sua vontade inclinada ao mal. Apenas Jesus cumpriu toda a Lei. Ele foi o único que obedeceu de forma completa e absoluta os Dez Mandamentos. Então através d’Ele, por sua justiça imputada em nós, também nos tornamos cumpridores da Lei de Deus. Mas neste caso, todos os méritos são de Cristo! Entenda a doutrina da justificação pela fé.

Guardando os Dez Mandamentos como norma de gratidão
A Lei de Deus revela o que o homem pode e o que não pode fazer. Porém ela não lhe concede poder para cumpri-la plenamente. Por isto o apóstolo Paulo escreve que “a letra mata”. Mas todos aqueles que nascem de novo são habilitados pelo Espírito Santo a viver de uma forma que agrada a Deus. Por isto o mesmo apóstolo completa dizendo que “o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6). O próprio fruto do Espírito é gerado em cada um deles, em contraste com as obras da carne comuns à velha natureza.

Assim, os cristãos observam os Dez Mandamentos como uma norma de gratidão ao Deus que os salvou. Eles foram redimidos por Cristo, salvos pela graça mediante a fé. Por causa de sua nova natureza, eles desejam viver de uma forma que agrada a Deus. Alguém pode perguntar: Como posso agradar a Deus e glorificar seu nome através da minha conduta de vida? Os Dez Mandamentos fornecem uma resposta simples, clara e direta a esta pergunta.




segunda-feira, 23 de abril de 2018

DIZIMO, DEDICAÇÃO EXCLUSIVA


Tem pessoas, pastores até, que não gostam de falar em dinheiro ou mesmo em dízimo, como se fosse algo abominável diante do Senhor. Creio que tal pensamento decorre de uma compreensão equivocada sobre dízimo e até mesmo sobre dinheiro. A Bíblia tem 117 referências diretas ao dinheiro, nos mais diversos contextos e 38 referências ao dízimo, o que demonstra a preocupação de Deus com um assunto tão especial, porque então nós deveríamos tratar tal assunto como se não tivesse importância para a Igreja do Senhor, se o próprio Deus não deixou que passasse em branco?
O segundo fato pelo qual alguns pastores e crentes não abordam o assunto em suas igrejas decorre do desconhecimento do que é feito com o dinheiro, ou seja, simplesmente não sabem em que projetos e necessidades a IPB aplica seus recursos e então, por via das dúvidas, não fala ou ensina à igreja a ser dizimista, quando não chega a fazer “campanha contra”, tudo por falta de conhecimento e compreensão correta sobre um tema tão abençoador na vida de quem entrega e da Igreja que recebe.
A questão se o dízimo é neotestamentários ou não, creio ser uma discussão superada, não apenas pela própria admissão e ensino do Senhor Jesus, conforme o registro de Mt. 23,23, mais também pela própria aceitação da Igreja Primitiva quanto ao assunto. O Dízimo sempre foi aceito pela Igreja nascente sem que fosse objeto de contestação. O argumento de que dízimo era uma ordenança do Velho Testamento e que Cristo cumpriu toda a Lei (civil, moral e cerimonial), contudo, existem princípios morais que permanecem em vigor como sendo a trilha de santificação, pela qual o servo de Deus deve andar, pois são ordenanças divinas as quais não podemos simplesmente “esquecer”.
Merece breve comentário a posição do Apóstolo Paulo, conforme o registro de 2ª Co. 9, 1-15 que tem gerado confusão em muitos. Paulo na verdade não fala de dízimo, mas sim de uma oferta voluntária à Igreja de Jerusalém. Querer deixar na forma do versículo 7 ao livre arbítrio o valor ou percentual do dízimo é atropelar o texto e seu contexto.
Por fim, é preciso esclarecer de que forma a IPB aplica os seus recursos, entretanto, primeiro é preciso reconhecer a legitimidade do dízimo para o Supremo Concílio, pelo menos 3 argumentos podem ser invocados. O primeiro, por ser constitucional, conforme Art. 88, letra “j” da CI-IPB, cabendo ao Concílio inferior, no caso o Presbitério, zelar e cuidar que as igrejas jurisdicionadas façam suas remessas mensalmente. O segundo argumento, decorrente deste, é quanto ao regime de governo adotado pela IPB. Somos uma federação de igrejas, regidas por leis comuns e no princípio federativo é regra que haja uma centralização de recursos e decisões em prol do bem maior a que todas as igrejas aderiram quando de sua formação e constituição jurídica, assim como aceitamos e nos submetemos às decisões emanadas do Supremo Concílio, somos todos responsáveis pelo sustento da denominação. O terceiro e decisivo argumento é que a IPB é uma Igreja fiel à Palavra de Deus e que precisa cumprir os propósitos que precisa cumprir os propósitos que Deus designou para esta Igreja. A Igreja (IPB) cumpre o seu papel quando aplica 54% de sua receita de dízimos nos projetos missionários, de plantação e revitalização de Igrejas através dos seus órgãos missionários.

Em valores nominais a IPB projetou para este ano de 2017 a importância de R$ 19.170.000,00 (dezenove milhões, cento e setenta mil reais) para fins de execução pelos órgãos missionários, reservando para a JMN o quinhão de R$ 8.100.098,14 e o saldo dividido proporcionalmente aos projetos dos demais órgãos, a saber: Plano Missionário Cooperativo – PMC, Agência Presbiteriana de Missões Transculturais – APMT e Agência Presbiteriana de Comunicações e Missões – APECOM.
Além de sua missão primária, a IPB possui singular preocupação com outras áreas de atuação, assim, reserva 18% para o ensino teológico, 8% do orçamento para investimentos em patrimônio das igrejas locais, para fins de novas aquisições, reformas e ampliações de templos, casas pastorais e congregações de igreja. A ação social é contemplada com 5% do orçamento, o que tem mitigado de forma pontual a vida de ministros, irmãos e auxílio a Igrejas no enfrentamento de problemas locais ou quando vítimas de eventos naturais. Veja no gráfico quais outros setores a IPB aplica os seus recursos. Quando um crente é fiel na entrega do seu dízimo e por sua vez a Igreja compreende a sua responsabilidade para com a IPB o nome de Jesus é glorificado e as fronteiras do Seu Reino são alargadas.
Equipe da Tesouraria da IPB.

Presb. José Alfredo Marques de Almeida - Tesoureiro do Supremo Concílio da IPB
Fonte: http://jmnipb.org.br/dizimo-dedicacao-exclusiva/

segunda-feira, 9 de abril de 2018

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ANJOS


Rev. Jocarli A. G. Junior - Pastor da IPB Tabuazeiro

Introdução:

Tendo em vista que vamos passar a eternidade com os anjos no céu, é útil aprender tudo o que pudermos a partir das Escrituras sobre os anjos. A Bíblia diz que os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir os que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Deus ordena aos Seus anjos que cuidem dos Seus santos – mas não governam sobre eles ou recebam adoração.

Os anjos, como servos de Deus, interferem de tempos em tempos nos assuntos humanos, mas a forma como isso acontece, sabemos muito pouco. Na verdade, a Bíblia não revela tudo o que gostaríamos de saber sobre os anjos.

I. O que os anjos são?

O termo “anjo” (aggelos, em grego) significa “mensageiro”. O primeiro tipo de anjo mencionado na Bíblia são os querubins, que foram enviados por Deus para proteger a árvore da vida no Jardim do Éden (Gn 3.24).

A Escritura usa várias expressões para descrever os anjos. Eles são chamados de “seres celestiais” (Sl 89.6); “Filhos de Deus” (Jó 1.6; 2.1; 38.7); “Santos” (Sl 89.5); “estrelas da alva” (Jó 38.7), “príncipes” (Dn 10.13); e “principados e potestades” (Ef 3.10). Os anjos são seres criados. Eles não são semideuses. Eles não têm atributos da divindade, como a onisciência ou onipresença. O que os anjos são? Aqui está uma resposta de cinco partes:

• São seres criados

• São seres espirituais

• São seres pessoais

• São seres imortais

• São seres poderosos

A. Os anjos são seres criados por Deus.

Em Neemias 9, está escrito: “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora” (Ne 9.6). Isso indica claramente que Deus criou os anjos. Note que os anjos, como toda criatura, foram criados para adorar a Deus e não para receberem adoração (cf. Ap 19.10; 22.8-9; Sl 148.2-5; Cl 1.16-17).

B. Quando os anjos foram criados?

Quando Deus criou o universo, Ele também criou um grande número de criaturas angelicais. No livro de Jó, o Senhor pergunta: “Quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38.7). Observe que os anjos estavam lá para testemunhar a formação do nosso mundo.

Considerando que não há reprodução entre os anjos (Mt 22.30), eles foram criados de uma só vez durante o período de seis dias da criação de todas as coisas. Deus instantaneamente ordenou e um número incontável de criaturas veio à existência. Eles não se reproduzem, de modo que não podem aumentar em número. Eles não morrem, então, não há nenhuma diminuição (Lc 20.36).

É interessante que apenas dois anjos são mencionados na Bíblia, o arcanjo Miguel (Dn 10.13; 10.21; Dn 12.1; Jd 9 e Ap 12.7) e Gabriel (Dn 8.15; 9.21; Lc 1.19, 26), uma espécie de secretário celestial. Ele foi o único que anunciou a Maria que ela daria à luz a Jesus, o Messias (Lc 1.26-38).

C. Quantos anjos existem?

A Bíblia não contém nenhuma informação definida sobre o número dos anjos, mas mostra com muita clareza que constituem um poderoso exército. No nascimento de Jesus Cristo, apareceu “uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus…” (Lc 2.13). Ao ser preso, o Senhor Jesus declarou ao apóstolo Pedro que se quisesse, poderia simplesmente orar ao Pai e imediatamente evocar doze legiões de anjos (Mt 26.53). Isso seria algo em torno de 72.000 anjos!

A Bíblia frequentemente compara o número de anjos a um exército e as estrelas no céu (1Rs 22.19; Dt 17.3; Jó 38.7). Os cientistas dizem que há milhares de milhões de estrelas no universo. Será que existe um grande número de anjos? Sim! Em Apocalipse, o apóstolo João escreveu: “Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5.11). Isso é precisamente o que o autor de Hebreus declarou: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos…” (Hb 12.22). Como as estrelas do céu e os grãos de areia na praia, o número de anjos é simplesmente incontável. Porém, Deus conhece o número exato.

Além disso, parece que os anjos estão organizados em diversos grupos. Por exemplo, a Bíblia fala dos querubins, serafins e dos seres viventes. A Bíblia também usa termos como “tronos”, “poderes” e “autoridades” para descrever a hierarquia dos anjos.

1. Os “Querubins”.

Os Querubins receberam a tarefa de guardar a entrada do Jardim do Éden (Gn 3.24). Além disso, a Bíblia nos diz que o próprio Deus está entronizado entre os querubins (Sl 18.10; Ez 10.1-22). Sobre a arca da aliança no Antigo Testamento havia duas figuras douradas de querubins com suas asas estendidas acima da arca (Êx 25.22; cf. v. 18-21).

2. Os “Serafins”.

Outro grupo de seres celestiais, os Serafins, é mencionado somente em Isaías 6.2-7, onde continuamente adoram ao Senhor dizendo: “Santo, santo, santo é O SENHOR dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória” (Is 6.3).

3. Os seres viventes.

Tanto Ezequiel quanto Apocalipse descrevem outras espécies de seres celestiais conhecidos por “seres viventes” ao redor do trono de Deus (Ez 1.5-14; Ap 4.6-8). Parecidos com um leão, um boi, um homem e uma águia, são os representantes mais poderosos das várias partes da totalidade da criação de Deus (animais selvagens, animais domesticados, seres humanos e pássaros) e adoram a Deus continuamente: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8).

D. Qual é a aparência dos anjos?

Os anjos são seres com intelecto, sentimentos e vontade. Eles possuem personalidade. Por exemplo, em Ezequiel 28, que descreve a queda do querubim ungido, Deus declara: “Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura” (Ez 28.12). Evidentemente, o arcanjo que caiu do céu e se tornou Satanás era o mais inteligente de todas as criaturas de Deus.

Os anjos são quase sempre descritos na Escritura como seres altamente inteligentes. Em Mateus 28, quando Maria Madalena e a outra Maria encontraram o túmulo de Jesus vazio na manhã da ressurreição, o anjo disse às mulheres: “Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado” (Mt 28.5). Os anjos se comunicam. Eles sabem conversar. Eles, obviamente, são criaturas que possuem intelecto.

No entanto, os anjos não são oniscientes. O apóstolo Pedro declarou que os anjos desejam entender o amor de Cristo pela igreja (1Pe 1.12). Portanto, existem algumas coisas que eles não entendem. Mas, o desejo de saber mais prova que eles são seres inteligentes.

Os anjos também expressam emoção. O Senhor Jesus declarou: “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Certamente, a alegria de Deus sobre a salvação de seus eleitos é também compartilhada pelos anjos.

Além disso, os anjos são muitas vezes mencionados adorando ao redor do trono de Deus. O profeta Isaías escreveu sobre a adoração angelical ao redor do trono de Deus: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.1–3).

A descrição de Isaías deixa claro que os anjos não são meras máquinas, ou animais, mas ao mesmo tempo altamente inteligentes e capazes das emoções mais profundas associadas com o mais alto tipo de adoração.  Entretanto, quando Cristo se tornou homem, a Escritura diz que Ele foi feito “… por um pouco, menor que os anjos…” (Hb 2.7). Então, os anjos ocupam um estado mais elevado do que os seres humanos, pelo menos por enquanto. Algum dia a humanidade redimida julgará os anjos, e isto pode implicar que nós também reinaremos sobre eles no céu. Paulo escreveu: “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” (1Co 6.3). Jesus prometeu as igrejas da Ásia Menor, “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3.21). Compartilhar do trono de Cristo pode implicar que teremos domínio sobre os anjos. Se assim for, este é um conceito surpreendente!

II. O que a Bíblia diz sobre anjos da guarda?

Embora a expressão “anjo da guarda” não ocorre na Bíblia, muitas pessoas acreditam que cada indivíduo recebe um “anjo da guarda” no dia do nascimento ou no dia do batismo. Porém, a Bíblia não diz nada sobre isso.

Uma das passagens bíblicas mais conhecidas para defender esta interpretação está registrada no Salmo 34: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34.7). Outra passagem encontra-se no Evangelho de Mateus, quando o Senhor Jesus, falando acerca dos pequeninos, declarou: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mt 18.10). Porém, essas passagens não provam nada. Essas passagens não ensinam que cada crente ou criança tem seu próprio “anjo da guarda”, mas, simplesmente expressam o cuidado geral de Deus por Seu povo através dos anjos. Uma interpretação provável para expressão “seus anjos nos céus” é que eles estão prontos para a ação por ordem de Deus.

Sabemos que os anjos são “espíritos ministradores” enviados para servir os cristãos (Hb 1.14). Mas se cada pessoa possuiu um anjo da guarda, a Bíblia não diz nada especificamente. João Calvino acertadamente declarou: “Sim, nós temos anjos da guarda, mas não apenas um de cada!”. A Bíblia fala de um “exército celestial” – Todos os anjos que velam pelo povo de Deus. Assim, neste exato momento, há um pelotão de forças angelicais cuidando de sua vida.

Assim, a noção popular de um anjo da guarda para cada crente não tem base Bíblica. Ao invés disso, a Escritura afirma uma verdade ainda mais preciosa: o cuidado de um crente não é a tarefa de apenas um anjo; todo o exército angelical, em consenso, cuida de cada crente e de sua salvação (Gn 32.1-2; 2Rs 6.17; Lc 15.10; 16.22).

III. Quando os anjos caíram?

Além dos anjos bons, há também os maus, cujo prazer está em opor-se a Deus e combater Sua obra. Há duas passagens na Escritura que implicam claramente que alguns anjos não mantiveram a sua condição original, mas caíram do estado em que foram criados (2Pe 2.4 e Jd 6).

Satanás aspirava usurpar o trono de Deus, e como resultado foi expulso do céu. Satanás parece ser o alvo real de duas mensagens endereçadas aos governantes terrenos. Esses governantes são tão maus que podemos supor que foram habitados pelo maligno. Assim, as mensagens dirigidas aos reis maléficos parecem realmente ser destinadas a Satanás. Por exemplo, as palavras de Isaías 14.12-15, embora dirigidas ao rei da Babilônia, realmente se referem a Satanás, dirigindo-se a ele como “Lúcifer” (literalmente, “Estrela da Manhã”): “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Is 14.12–15).

Ezequiel 28 inclui uma mensagem ao rei de Tiro que claramente vai além do próprio rei e se aplica a Satanás, que, certamente, habitava nele. Sabemos disso, porque alude ao engano de Eva no Jardim:
“Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras” (Ez 28.12–16).

Quando Lúcifer caiu, ele levou um terço dos anjos (Ap 12.3-4). Esses anjos caídos não são nada além de seres demoníacos, alguns dos quais ainda estão perturbando a Terra até o dia de hoje – e continuarão a fazê-lo até que sejam destruídos pela mão do julgamento de Deus (Ap 20.10).
Por outro lado, os anjos bons são chamados “anjos eleitos” (1Tm 5.21). Estes evidentemente receberam, além da graça de que foram dotados todos os anjos, uma graça especial, de perseverança, pela qual foram confirmados em sua condição. A teologia protestante em geral contentou-se em saber que os anjos bons conservaram o seu estado original, foram confirmados em sua condição, e agora são incapazes de pecar. São chamados não somente santos anjos, mas também anjos de luz (2Co 11.14). Além disso, os anjos bons sempre contemplam a face de Deus (Mt 18.10).

IV. O que os anjos fazem?

A vida e o mundo dos anjos são tão ativos e tão complexos quanto o nosso. Eles habitam em outra dimensão, mas nossos mundos se cruzam com frequência, e pelo menos parte do seu trabalho está relacionada aos assuntos deste mundo. O autor de Hebreus chama-os de “espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Isto sugere que os deveres angelicais são variados de acordo com a classificação.

É interessante que sempre que a Escritura descreve qualquer aparência angelical, o anjo sempre aparece como um homem. Os pronomes masculinos são invariavelmente usados para se referir a eles. Por exemplo, em Gênesis 18-19, quando os anjos visitaram Abraão e fizeram uma visita a Sodoma, eles eram completamente humanos na aparência. Eles se sentaram, conversaram e tomaram uma refeição com Abraão. Cada detalhe de sua forma visível revela sua aparência humana.

Outras vezes os anjos aparecem como homens, mas com qualidades extraordinárias, até sobrenaturais. Em Mateus 28, por exemplo, o anjo que apareceu no túmulo vazio de Jesus não era um homem de aparência normal: “O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve” (Mt 28.3).

Aparições bíblicas dos anjos – ao contrário da tradição popular – muitas vezes causam trauma e grande medo. Quando um anjo apareceu a Maria e a cumprimentou, “Ela perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação” (Lc 1.29). Quando outro anjo apareceu aos pastores que assistiram ao Seu nascimento, “eles ficaram tomados de grande temor” (Lc 2.9). Quando os soldados romanos que guardavam o túmulo de Jesus viram o anjo que havia removido a pedra do sepulcro, eles “tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos” (Mt 28.4).

Finalmente, como vimos, os anjos ministram constantemente ao redor do trono de Deus, na adoração. Como veremos, a adoração é claramente uma de suas principais funções (Is 6.3, Ap 4.6-9, 5.9-12).

V. Quem é o anjo do SENHOR?

A expressão “o anjo do Senhor” aparece mais de cinquenta vezes no Antigo Testamento. Um estudo cuidadoso dessas passagens sugere que este não era um anjo comum, mas uma Teofania, ou melhor, um Cristofania, uma aparição de Cristo pré-encarnado.

O Anjo do Senhor reivindica uma autoridade divina. Ele fala como Deus e jura por Si mesmo para o cumprimento da Sua aliança (Gn 16.10; 22.15-16).

O Anjo do Senhor exibe atributos divinos e realiza ações divinas. Ele possui o conhecimento que apenas Deus possui (Gn 16.7-8, 11, 13). Ele julga e redime como Deus (Gn 48.15-16; Jz 5.23; 2Sm 24.14-17; 2Rs 19.35).

O Anjo do Senhor recebe adoração divina. Ele é tratado como o próprio Deus, recebendo reverência e sacrifícios direcionados à Sua Pessoa (Êx 23.20-21; Jz 6.20-21,24). Nenhum anjo comum aceitaria a adoração de um homem (Ap 19.10).

O Anjo do Senhor é identificado explicitamente como Deus. É dito claramente que Ele é o Senhor (Gn 16.13; 22.12,15-18; 31.11-13; 48.15-16; Êx 14.19; 23.21; Jz 6.11-23; 13.19-22; Is 42.8).


O Anjo do Senhor é uma Pessoa divina distinta. Ele é evidentemente divino e ainda cuidadosamente distinguido do Senhor (Gn 24.7,40; 32.24-30; Êx 3.2-5; 23.20; Nm 20.16; Js 5.14-15; Jz 2.1; 6.11-24; 13.2-24; 2Sm 24.16; Is 63.9; Zc 1.12-13).

Que o “Anjo do Senhor” é uma Cristofania é sugerido pelo fato de que a referência ao “Anjo do Senhor” cessa depois da encarnação. O Anjo do Senhor deve ser identificado como a segunda Pessoa da Trindade, porque Ele é o enviado que aparece em forma humana. Ele não pode ser o Pai, que é Enviador. Ele não pode ser o Espírito Santo, que não tem forma. Mais ainda, o divino Anjo do Senhor não apareceu mais depois que o Filho de Deus veio em forma humana, na Sua encarnação. As referências a “um anjo do Senhor” em Lucas 1.11 e Atos 5.19 falta o artigo grego, o que sugere um anjo comum.

VI. Como nos relacionaremos com os anjos no céu?

A Escritura indica que no céu nos uniremos aos anjos para adorar a Deus ao redor do Seu trono. Apocalipse 4 descreve a primeira cena que João testemunhou em sua visão do céu: “Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro” (Ap 4.4). Os anciãos representam a igreja. O fato de haver lugares permanentes para eles indica que o povo redimido de Deus perpetuamente adorará ali ao lado dos anjos. João continua descrevendo as criaturas celestiais que adoram sem parar ao redor do trono de Deus e acrescenta no versículo 8: “E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8). Os quatro seres viventes oferecem a mais pura e perfeita adoração durante todo o tempo, exatamente como Isaías descreveu em sua visão (Is 6.3).

Apocalipse 5.8-12 retrata uma cena semelhante, com milhares de milhares de vozes cantando a dignidade de Deus e do Cordeiro. Observe: “E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5.8–12).

Esta é a canção do céu. Mal posso esperar para ouvir. Eu não posso esperar para cantar com uma voz glorificada e ser parte do grande coro dos redimidos, com todo o exército do céu. Imediatamente, quando ouvirmos esse som, todos os problemas da terra se tornarão insignificantes. Todos os nossos trabalhos terão terminado, todas as nossas lágrimas cessarão, e não haverá mais nada a não ser a pura felicidade do céu e a alegria de estar na presença de Deus – para sempre.

Conclusão:

A Escritura ensina que anjos ministram aos santos (Hb 1.14), e que algumas pessoas “hospedaram anjos sem saber” (Hb 13.2). E por essa mesma razão, somos instruídos a mostrar bondade e hospitalidade aos estranhos. Mas a Escritura indica que estes incidentes são raros, e a chave para entender este versículo é a frase “sem saber”. É certamente possível, de acordo com as Escrituras, que você possa ser anfitrião de um anjo. Mas com toda a probabilidade, se isso ocorrer, ocorrerá sem que você o saiba. Em nenhum lugar nas Escrituras somos encorajados a procurar evidências de anjos na vida cotidiana. Além disso, Paulo adverte os crentes a não se tornarem adoradores de anjos (Cl 2.18).

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre…” (Dt 29.29).