sexta-feira, 13 de maio de 2011

Legalismo, um caldo mortífero

Malcon Smith definiu legalismo como um caldo mortífero. Quem dele se nutre adoece e morre. O legalismo é uma ameaça à igreja, pois dá mais valor à forma do que a essência, mais importância à tradição do que a verdade, valoriza mais os ritos religiosos do que o amor. O legalismo veste-se com uma capa de ortodoxia, mas em última análise, não é a verdade de Deus que defende, mas seu tradicionalismo conveniente. O legalista é aquele que rotula como infiéis e hereges todos aqueles que discordam da sua posição. O legalista é impiedoso. Ele julga maldosamente com seu coração e fere implacavelmente com sua língua e espalha contenda entre os irmãos.

As maiores batalhas, que Jesus travou foram com os fariseus legalistas. Eles acusavam Jesus de quebrar a lei e insurgir-se contra Moisés. Vigiaram os passos do Mestre, censuravam-no em seus corações e desandaram a boca para assacar contra o Filho de Deus as mais pesadas e levianas acusações. Acusaram-no de amigo dos pecadores, glutão, beberrão e até mesmo de endemoniado. Na mente doentia deles, Jesus quebrava a lei ao curar num dia de sábado, mas não se viam como transgressores da lei quando tramavam a morte de Jesus com requinte de crueldade nesse mesmo dia.

O legalismo não morreu. Ele ainda está vivo e presente na igreja. Ainda é uma ameaça à saúde espiritual do povo de Deus. Há muitas igrejas enfraquecidas e sem entusiasmo sob o jugo pesado do legalismo. Há muitos cultos sem vida e sem qualquer manifestação de alegria, enquanto a Escritura diz que na presença de Deus há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. J. I. Packer em seu livro Na Dinâmica do Espírito diz que não há nada mais solene do que um funeral. Há cultos que são solenes, mas não há neles nenhum sinal de vida. Precisamos nos acautelar contra o legalismo e isso, por três razões:

1. Porque dá mais valor à aparência do que ao coração. Os fariseus gostavam de tocar trombeta sobre sua santidade. Eles aplaudiam a si mesmos como os campeõess da ortodoxia. Eles eram os separados, os espirituais, os guardiões da fé. Mas por trás da máscara de santidade escondiam um coração cheio de ódio e impureza. Eram sepulcros caiados, hipócritas, filhos do inferno.

2. Porque dá mais valor aos ritos do que às pessoas. Os legalistas são impiedosos com as pessoas. Censuram, rotulam, acusam e condenam implacavelmente. Não são terapeutas da alma, mas flageladores da consciência. Colocam fardos e mais fardos sobre as pessoas. Atravessam mares para fazer um discípulo, apenas para torná-lo ainda mais escravo do seu tradicionalismo. Os legalistas trouxeram uma mulher apanhada em flagrante adultério e lançaram-na aos pés de Jesus. Não estavam interessados na vida espiritual da mulher nem nos ensinos de Jesus. Queriam apenas servir-se da situação para incriminar Jesus. Os legalistas ainda hoje não se importam com as pessoas, apenas com suas idéias cheias de preconceito.

3. Porque dá mais valor ao tradicionalismo do que à verdade. Precisamos fazer uma distinção entre tradição e tradicionalismo. A tradição é a fé viva daqueles que já morreram enquanto o tradicionalismo é a fé morta daqueles que ainda estão vivos. A tradição, fundamentada na verdade, passa de geração em geração e precisa ser preservada. Mas, o tradicionalismo, filho bastardo do legalismo, conspira contra a verdade e perturba a igreja. Que Deus nos livre do legalismo. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Aleluia!

Rev. Hernandes Dias Lope

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Chega de bagunça! Líderes também devem ser corrigidos!

Por J. Lee Grad

Cerca de dois anos atrás um dinâmico pregador, pastor de uma igreja em crescimento no sul dos Estados Unidos foi pego em adultério. A perplexa esposa conversou com a “outra”, uma dançarina de outro país e falou de Jesus pra ela. Nesse ínterim um pequeno grupo de pastores “encobriu” o problema e rapidamente despachou o pastor para algumas sessões de aconselhamento. Logo depois, o pastor se divorciou, e os membros da igreja que não estavam cientes da situação culparam-na pela quebra de relacionamento conjugal.
Hoje este pastor continua pregando – ainda que sejam pregações ocas. Alguns membros da igreja se afastaram quando souberam da infidelidade do pastor. No entanto, outro tanto ficou por achar que não podiam julgar o pastor por seu pecado.
Inda que seja doloroso ter de afastar um líder talentoso do púlpito, este deve ser afastado para preservar o temor do Senhor.
Coisas deste tipo vêm se repetindo nos últimos anos. Jamal Harrison-Bryant, pastor de uma igreja de dez mil membros em Baltimore foi acusado de ser pai de uma criança fora do casamento. Sua esposa, Gizellle, ao saber do caso, pediu o divórcio. No entanto, Bryant pregou um novíssimo sermão em sua igreja usando o exemplo de Davi e seu adultério com Bate-Seba para se justificar.
“Eu ainda sou o homem!” gritou do púlpito para vibração e alegria do povo que o aplaudiu. “A unção que possuo é maior que qualquer erro”. E deixou claro que não queria ser disciplinado. Para Bryant a unção está acima do caráter.
Essa imoralidade entre os líderes deixa a maioria dos crentes confusos. Será que um líder pode ser desqualificado? A restauração deve ser imediata? Seremos fariseus pelo fato de pedir que os líderes deixem o púlpito e se assentem novamente entre o povo até que provem que estão restaurados? É preciso rever algumas regras básicas:
1. Existem regras de qualificação para que uma pessoa seja líder na igreja, e o apóstolo Paulo deixou claro que existe um teste decisivo para que alguém seja líder. Em 1 Timóteo 3.2-7 ele afirma que o líder deve ser (1) irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) temperado (não pode ser dado ao álcool ou outras substâncias); (4) Prudente; (5) respeitável; (6) hospitaleiro; (7) apto para ensinar; (8) que saiba governar bem sua própria casa; (9) que tenha bom testemunho dos vizinhos e (10) que não seja um novo convertido (neófito).
Escrevendo a Tito Paulo faz as mesmas exigências e acrescenta outras qualificações: (11) não seja arrogante; (12) nem cobiçoso (13) ou ganancioso.
Observe que apenas uma das qualificações requer unção, que é a capacidade de ensinar. Todas as demais qualidades são de caráter. Paulo nada diz sobre a capacidade que o líder deve ter de profetizar, curar enfermos, ter visões, conversar com anjos, levantar dinheiro, cantar, gritar ou levar a audiência a um frenesi. Nem tão pouco requer credenciais acadêmicas. O caráter é a chave!
Os comentaristas concordam que a expressão “marido de uma só mulher” era um avanço na era do Novo Testamento para afirmar que “ele deve ser marido de uma única mulher”. Não pode ser um adúltero. (Nem bígamo). Os líderes têm de viver em pureza sexual. Precisam ajustar-se à definição bíblica de casamento e permanecer fiel neste contexto.
2. Os que não preenchem tais qualificações devem ser afastados. Ao exigir caráter de seus líderes Paulo está inferindo que os que não preencherem tais qualificações devem ser afastados do ofício – pelo menos até preencherem todas as exigências. Se fracassarem, diz Paulo, devem ser repreendidos na presença de todos para que os demais temam… (1 Tm 5.20). O pecado do líder não deve ser minimizado, desculpado ou varrido pra baixo do tapete.
E nada disto era opcional – e Paulo advertiu a Timóteo sobre a tentação de ser parcial. Ele escreveu: “Conjuro-te… que guardes estes conselhos…” (V 21). A disciplina bíblica tem de ser firme. Não se pode afastar uma pessoa por adultério e dar tratamento diferenciado a outra pessoa com o mesmo problema só porque é nosso amigo. Mesmo que seja dolorido fazê-lo, tem de ser feito para trazer o temor do Senhor sobre as pessoas.
3. A igreja não prosperará se não disciplinar seus líderes. Com ternura Paulo advertiu a Timóteo quanto a líderes ordenados precocemente. Ele escreveu: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos” (1 Tm 5.22). Em outras palavras os líderes serão julgados por Deus caso ordenem alguém que não preencha as qualificações bíblicas. Se tivermos o hábito de ordenar líderes desqualificados, a corrupção fincará raízes na igreja e não poderemos fugir ao juízo de Deus.
Não podemos reescrever as regras. Oro para que os líderes da igreja deixem de ser circenses e restaurem a ordem bíblica.
J. Lee Grady, editor da revista Charisma!
Título Original: “Fora com as palhaçadas ministeriais – Deus requer que os líderes obedeçam as regras!
Fonte: Levando a Palavra Via: Ministério Batista Beréia

Podcast//Para Que Outros Possam Viver


Vale apena ouvir, uma, duas, três ... quantas vezes for necessária essa palavra. Uma mensagem do Álbum "Para que Outros Possam Viver", do Livres Para Adorar.
Nesta mensagem somos confrontados a avaliar não só o cristianismo e seu rumo, mas a mim mesmo dentro dele. Ao ouvir esta mensagem tive diversar sensações, hora a sensação de que estou falhando na pregação, hora a sensação de exortação à pregar o evangelho do Reino urgentemente nos moldes de Cristo, renunciando tudo o que tenho, assim como Ele mesmo fez.

Que haja o sentimento de Cristo em nós.

Ouça aqui a mensagem:

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Unica regra

J. C. Ryle

"A gente mais feliz do mundo é a que faz da Bíblia a regra para as suas vidas. Lêem a Bíblia regularmente. Crêem no que diz a Bíblia. Amam o Salvador, Jesus Cristo, do qual fala a Bíblia. Tratam de obedecer aos mandamentos da Bíblia.

Não há ninguém mais feliz que esta gente. Não podem evitar que a enfermidade e os problemas lhes sobrevenham. Mas aprendem da Bíblia a aguentar pacientemente. Filhos, se desejais passar por este mundo com felicidade, fazei da Bíblia o vosso melhor amigo."


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Tradução de Carlos António da Rocha
http://elzettamasuno.blogspot.com/search/label/CL%C3%81SICOS
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE TEXTO SEM CITAR NA ÍNTEGRA ESTA FONTE

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Pão Para Hoje // Está posto o machado entre nós

Não podemos confundir isto com o juízo divino no fim dos tempos, mas João está avisando que há um machado na diração da raiz das árvores para cortá-las no caso de não ser encontrado frutos. Portanto não podemos pensar que se uma pessoa (simbolizada pela árvore) não se arrepende (representada pelo fruto) hoje ela será imediatamente julgada por Deus.

Como João Batista pregava o arrependimento sincero e alguns fariseus e saduceus vinham se batizar sem qualquer demonstração de que estavam arrependidos, João tratar de deixar claro que aquele que se aproxima de Deus, sem deixar de lado seus maus comportamentos, este está advertido de que um machado está pronto para eliminar os que insistem em andar desordenados.

A mensagem de João ganha duas asas que vão equilibrar na consciência dos homens o propósito de Deus.

A primeira asa – Trata-se de esclarecer que há um monitoramento divino quanto a intenção do homem. Não há como zombar de Deus (Gl 6.6-7). É tanto impossível enganá-lo como também é impossível deixarmos de sermos agraciados pela boa dádiva de Deus se plantarmos no Espírito Santo e não na carne mentirosa (Gl 6.8). Se eu e você formos capazes de produzirmos frutos legítimos (arrependimentos), Deus não se esquecerá disto. Mas se mentirmos, quisermos por uma capa no lugar do arrependimento, não faltará o machado no dia devido para arrancar a árvore de péssimo fruto.

A segunda asa – Está na esfera da proclamação do Evangelho. No contexto do machado que corta a árvore que dá mal fruto está a pregação das Boas Novas de João Batista sobre aquele que vinha buscar os que haviam se perdido (Lc 19.10). João Batista investiu seu tempo na pregação sobre Jesus, que não era somente o machado, mas o salvador dos homens. Como se pode exigir que uma árvore de um fruto bom se a sua semente não é boa? Como esta semente pode ser legítima (de arrependimento) sem que seja plantada a semente verdadeira (as Escrituras)? Não se pode pregar a Cristo sem que tenha quem o pregue. João batista era a voz que clamava no deserto (Is 40.3; Mt 3.1-3).

Paulo pergunta: “Como crerão se não há quem pregue” (Rm 10.14)

Você a atitude de um não crente, o vê se afundando numa vida sem Deus, onde há homicídio, prostituição e malícia e simplesmente aponta para os seus pecados, paz comentários e o condena? Desculpe, mas você não é o machado posta às árvores, você está na posição errada. Você deveria ser a voz que clama no deserto, que anuncia a cristo, só isso (Is 52.7).

Você quer que eles creiam? Anuncie

Se ele não creram? Isso não é problema nosso, quando nós nascemos a porta do reino e o machado já estavam apontados para nós, quem ouviu a mensagem a as praticou entrará pela porta, mas quem não guardou será cortado. Quem faz passar pela porta ou quem corta não sou eu, isto pertence a Deus, a nós é dado somente o dever de anunciar as boas novas.
Fonte: www.blog de Zé Eduardo

VOCÊ É MUITO IMPORTANTE PARA MIM.

Voce corre, almoça, canta, trabalha, chora, ama. Voce sorri, mais nunca me chama.

Voce se entristece mas depois se acalma, mais nunca me agradece.

Voce caminha, sobe, desce escadas, e nunca se preocupa comigo.

Voce tem tudo e não me dá nada. Voce sente amor, ódio, sente tudo menos minha presença.

voce tem os sentidos perfeitos; mai nunca os usa por mim.

Voce estuda e não me entende, ganha e não me ajuda, canta e não me alegra.

Voce é tão inteligente e não sabe nada de mim.

Quero simplesmente que você me aceite como amigo, e me confesse, como Salvador e Senhor de sua vida.

Assinado: Jesus Cristo, Filho de Deus

ELEIÇÃO É DESDE A ETERNIDADE

“Vinde, benditos de meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt.25:34) “Aos que de antemão conheceu, também os predestinou” (Rm.8:29). “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo” (Ef.1:4). “... Nos predestinou para ele, para a ado­ção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade... Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (Ef.1:5,9). “Conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm.1:9). “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Ap.13:8).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bem seguro.

Em 1992 aconteceu um acidente com um garotinho de 6 anos de idade no bairro de São Francisco, aqui em Manaus. Sua mãe conta que ele era muito "danado"; não parava. não andava, só corria. E certo dia em que foram visitar uns parentes, conversando e confraternizando-se desaperceberam-se do menino, por um momento, e ele foi até a casa da vizinha brincar com uns coleguinhas da casa ao lado. Quando sua mãe percebeu sua ausência e foi atrás do menino era tarde demais. Ouviu-se um grito. Ele fora atropelado, naquele instante, por um caminhão que vinha de ré a entrar na rua onde ele estava. Trágico. O motorista não o viu, sua mãe também não, e ele por ser muito "sapequinha" acabou sofrendo este terrível acidente.
O desespero assolou a todos que ali estavam ou chegaram ali. O motorista, inocente e desesperadamente o pegou no colo para levá-lo ao hospital, junto com sua mãe que ficou fora de si. Culpando-se na sua consciência pelo acidente, pelo descuido momentâneo.
Imagino-a, naquele instante perturbador, a falar:

- "Meu Deus!!! Meu filhinho... Meu Deus, não!!! Por quê!!!" e em lágrimas, desconsolada.

Nove meses na sua barriga, sendo bem cuidado e amado, todo limpinho e cheirosinho. Num ambiente familiar bem conservador, entretanto tudo aquilo, todo o cuidado e esforço pelo filhinho se desmoronou naquele momento.
Chegaram ao hospital com o menino, ainda vivo, e seu pai que estava trabalhando no momento do acidente chegou ao hospital desesperado, com o coração apertado, angustiado. "Onde está meu filho?" - E depois de esbravejar com a mãe do menino, sua esposa, chegaram a eles novas informações: que o estado do menino piorara. Agora ele está na UTI. É como se alguém no momento apertasse até estourar o coração dos dois. Que notícia triste. E agora, dizia a mãe. O pai tentando consolá-la, mas ele mesmo, estava desconsolado. Eles não conheciam o Senhor Deus.
E depois de tanto esforço dos familiares correndo atrás de recursos financeiros, atrás de bancos de sangue. Até atrás de médico, pois naquele momento não tinha médico de plantão, foram às pressas convocar um em outro hospital. Angústia. Depois de tanta angústia o menino, quase à  beira da morte, foi operado, porém o próprio médico não iludiu os pais. Não lhes garantiu a vida do menino. Muito menos sua recuperação.
Contudo, o menino resistiu, se recuperou, voltou à vida. E aos seus 13 anos de idade ele creu no Senhor e O serve até hoje. Junto com seus pais. O pai é presbítero na Igreja Presbiteriana.

Longa história, não é?! Interessante? Talvez. Para mim, pessoalmente, é uma experiência que jamais esquecerei, pois o menino sou eu.

Minha intenção é fazer uma série, simples, porém de sentido completo a respeito das contradições que a doutrina da predestinação e preterição causam. Como já disse a respeito dos dois assuntos AQUI e AQUI falarei sobre o fato de Deus não nos abandonar. Uma vez salvo, sempre salvo. Não há possibilidade de perdermos a salvação.

Gostaria de considerar esse assunto segundo as palavras de Jesus que encontram-se em João 6.37 que diz:

"Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora."


1.Se Ele me der, então virá a mim.

Que belas palavras de vida!!! Não quero usar o exemplo de minha história pessoal acima descrita como parâmetro de que Deus usa esses meios para levar alguém a crer, a se submeter à sua vontade revelada, à fé. E, não quero dizer que usou comigo. Quero dizer, porém, que aquele que o Pai deu ao seu Filho Amado chegará às suas mãos. E, como que através de um milagre, Deus o Pai, me entregou ao Seu Filho. Apesar de toda incredulidade e deseperança, até dos meus próprios familiares.
E melhor que isso é saber que Deus o Filho não me lançará fora.

Será que as palavras de Jesus não tiveram sentido diante dos anseios da multidão que o seguia? Certamente tiveram sentido. No início deste capítulo 6 João nos revela que o Senhor Jesus realizara dois milagres: a multiplicação de pães e peixes e andou sobre o mar. No primeiro a multidão estava presente(6.2,5,10,14), no segundo milagre só os discípulos(6.16).

A multidão no dia seguinte procurou Jesus que fora para Cafarnaum e não o encontrou mais. E, tendo partido dali, foram para Cafarnaum e o encontaram ali. Porém, a recepção de Jesus não foi bem o que eles esperavam, talvez.
Por que disse acima que a recepção de Jesus não era bem aquilo que eles esperavam? Pelo simples fato de que o Senhor sabia qual era o verdadeiro interesse deles, a barriga.(interessante que esses aqui não estavam nem empolgados com milagres, mas com o efeito do milagre, muita comida).
No verso 26 Jesus diz que eles o procuravam não porque viram sinais, mas porque tinham se fartado com o alimento.


A ênfase de Jesus é clara em cima de sua palavra e sua obra:

  • A Obra de Deus: Jesus disse a eles que a obra de Deus que eles teriam de realizar era crer n'Ele.(6.29)(ênfase na palavra de Deus)
  • Sinal: Eles queriam um sinal para crer em Jesus(será que não foi suficiente a multiplicação de pães e peixes?!) e o Senhor Jesus disse que maior que a multiplicação de pães e peixes, maior que o maná do deserto, maior que tudo isso era Ele, pois Ele era o Pão da Vida(6.35).
Existe uma espécie de progressão no texto. Primeiro, eles queriam comida.(v.26), depois, realizar obras e ver Jesus realizá-las(28-30), mas o destaque de Cristo é em cima daquilo que é permanente. Não trabalhai pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, disse a eles. Não se enganem com os sinais, o verdadeiro sinal Sou Eu, eu sou o Pão da Vida. E, continuamente Jesus os ensinava, ensinava e ensinava. E, chega ao verso 36 e diz: eu já vos disse, porém, não me credes. Entre o verso 36 e 37 é como se ele fizesse uma pergunta que nós não ouvimos(não estou dizendo que Jesus disse isso), sabe por que vocês não creem?! E ele responde no verso 37: Porque todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e se vocês não vêm a mim é porque o Pai não me deu vocês. Mais uma vez percebemos a presença das doutrinas da predestinação e preterição. Depois de ter abordado de forma panorâmica o contexto da passagem em questão, gostaria de entrar no mérito do versículo, propriamente dito. Avaliando não só o versículo isolado, mas também os seguintes. Então vamos lá.

2. De modo nenhum o lançarei fora.

Neste momento, mais do que nunca, fica mais fácil de entender o porquê de minha história no início do post.
O Senhor Deus quis me preservar. Apesar de todas as dificuldades Ele foi abrindo portas que estavam trancadas e solucionou problemas que ninguém poderia resolver. Tudo isso para que um dia eu viesse a crer no Seu nome. Diametralmente oposto a isso, há aqueles que nascem num lar cristão, rodeado de princípios bíblicos e pessoas boas, mas que jamais conhecerão o Deus verdadeiro. Há também aqueles que buscam na religião algum tipo de contentamento físico, financeiro, familiar e até espiritual, porém nunca chegam a lugar nenhum, aliás, até chegam, contudo não é bem o que buscavam.

  • Uma certeza: O Senhor Jesus nos garante a certeza da salvação. 
O Senhor Jesus foi um servo obediente. Não julgou como usurpação o ser igual a Deus, se esvaziou e assumiu a forma humana. Nasceu numa manjedoura, veio de uma família humilde e cresceu num contexto de muita dificuldade. Começou seu ministério pregando o evangelho, curando os enfermos, libertando os cativos, restaurando a vista aos cegos e apregoando o ano aceitável do Senhor. Fazendo o bem o todos.
E o que isto lhe custou?
A morte.
Que morte?
A morte de Cruz.
Ele sofreu, foi escarnecido, foi humilhado, dele não fizeram caso. Torturaram o manso e humilde Senhor dos Céus e da Terra. E o crucuficaram e mataram o Autor e Consumador da vida.
Ele não sabia disso?
Sabia, sim.
Ele evitou todo esse sofrimento que o aguardava?
Não, Ele o enfrentou.
Por quê?
Porque Ele considerou a vontade do seu Pai superior a tudo.

A vontade do meu Pai é que nenhum eu perca de todos os que me deu.
Se Ele passou por tudo aquilo para obedecer a vontade do Pai, por que Ele falharia aqui?!
Ele não veio fazer sua própria vontade, mas a d'Aquele que o enviou.


Neste momento gostaria de citar a CFW* que diz:


"Ainda que os hipócritas e os demais não-regenerados possam iludir-se vãmente com falsas esperanças e carnal presunção de se acharem no favor de Deus e em estado de salvação, esperança essa que perecerá, contudo os que verdadeiramente crêem no Senhor Jesus e o amam com sinceridade, procurando andar diante dele em toda a boa consciência, podem, nesta vida, certificar-se de se acharem em estado de graça; e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus, essa esperança que jamais os envergonhará."(a parte sublinhada não se encontra no texto, ênfase minha)

Fé e Boas Obras evideciam o verdadeiro cristão. O verdadeiro filho de Deus.
Não quero fugir ao assunto, que é o fato de Jesus nos garantir a salvação, porém o testemunho da mesma nos é dado pelo seu Espírito, o Penhor da nossa herança. O Selo da nossa Salvação.
Quando Deus, o Pai nos dá ao seu Filho Jesus nesse momento somos salvos. E essa salvação é uma garantia eterna que pocede de um Deus que é imutável e que não pode falhar. A salvação e muito menos sua preservação são realidades que o homem não pode interferir, que nada pode destruir. Deus está no controle.

Não nos enganemos, nem tudo que reluz é ouro!!!
Nem todos podem ser salvos. Existe um personagem bíblico que todos conhecemos, Judas Iscariotes.
Ele andou com o Senhor. Fez tudo o que era de caráter cristão, porém morreu sem Cristo.
Como muitos por aí que dizem: Senhor... Senhor... e o Senhor dirá: Nunca vos Conheci.
Ora, você está dizendo que o cristão pode perder a salvação, André?! Mas você não disse que a salvação é uma garantia eterna, que não falha?! A Salvação em Cristo nunca nos envergonhará.
O exemplo de Judas e tantos outros que há na história e no mundo são histórias daqueles que pensam estar em Cristo e não estão. Deus os entregou, entregou não a Cristo, mas às suas próprias cobiças, desejos, pecados; são reprovados, réprobos. O Senhor não os amou.

Encerro por aqui. Gostaria de deixar um texto para nossa meditação:

          "Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão." 1 Jo 3.7-10



Notas.

*Confissão de Fé de Westminster, Da Certeza da Graça e da Salvação, capítulo XVIII, inciso I.

O Evangelho e a Lei

Tullian Tchividjian (entrevistado por Justin Taylor)
Tullian Tchividjian
Pergunta: O evangelho é uma via média entre o legalismo e o total descaso para com a lei?
Tullian Tchividjian: Este parece ser um engano comum na igreja hoje. Eu ouço as pessoas dizerem que há dois perigos de igual risco que os cristãos precisam evitar: legalismo e antinomismo (ausência de lei). Legalismo, segundo eles, ocorre quando você focaliza demais na lei, ou em regras. Antinomismo, eles dizem, acontece quando você focaliza demais na graça. Então, para manter o equilíbrio espiritual, você tem que equilibrar lei e graça. Legalismo e antinomismo são apresentados tipicamente como dois fossos, um em cada lado do Evangelho, que nós devemos evitar. Se você começa recebendo muita lei, você precisa equilibrar isso com graça. Muita graça, você precisa equilibrar com lei. Mas eu passei a acreditar que este jeito "equilibrado" de moldar o assunto pode nos impedir inconscientemente de realmente entender o evangelho da graça em toda sua profundidade e beleza.
"Eu creio que é teologicamente mais preciso dizer que há um inimigo primário do evangelho - legalismo - mas ele vem em duas formas."

Pergunta: Como você abordaria o assunto, então?
Tullian Tchividjian: Eu creio que é teologicamente mais preciso dizer que há um inimigo primário do evangelho - legalismo - mas ele vem em duas formas.
Algumas pessoas evitam o evangelho e tentam "se salvar" mantendo regras, fazendo o que lhes disseram para fazer, mantendo os padrões, e assim por diante (você poderia chamar isso de "legalismo de linha de frente").
Outras pessoas evitam o evangelho e tentam "se salvar" quebrando as regras, fazendo tudo que elas querem, desenvolvendo seus próprios padrões autônomos, e assim por diante (você poderia chamar isso de "legalismo de retaguarda").

Pergunta: Assim a escolha fica entre submeter-se à regra de Cristo ou submeter-se à autonomia?
Tullian Tchividjian: Certo. Há duas "leis" pelas quais podemos escolher viver, diferentes de Cristo: a lei que diz que "posso achar liberdade e abundância de vida guardando regras" ou a lei que diz que " posso achar liberdade e abundância de vida quebrando as regras."
Ambas são legalistas neste sentido: uma "regra de vida" tem como sua meta guardar regras; a outra "regra de vida" tem como meta a quebra de regras. Mas ambas são uma regra de vida a qual você está se submetendo - uma regra de vida que está te dirigindo - que é definida por você e por sua habilidade de desempenho. O sucesso é determinado pela sua capacidade de quebrar ou manter as regras. De qualquer forma você ainda está tentando "salvar-se" a si mesmo, o que significa que ambas são legalistas porque ambas são projetos de auto-salvação.
Se a maioria das pessoas fora da igreja é culpada de legalismo "quebre as regras", a maioria das pessoas dentro da igreja é culpada de legalismo "cumpra as regras".

Pergunta: O que você diz para pessoas que pensam que nós precisamos "manter a graça sob controle" distribuindo alguma lei?
"Quanto mais Jesus é exaltado como sendo suficiente para nossa justificação e santificação, mais nós começamos a morrer para nós mesmos e viver para Deus."
Tullian Tchividjian: Fazer assim prova que nós não entendemos a graça e rompemos com o avanço do evangelho em nossas vidas e na igreja. Uma disposição do tipo "sim, graça... mas" é o tipo de postura que mantém o moralismo rondando a igreja. Alguns de nós achamos que o único modo de manter pessoas licenciosas sob controle é dando-lhes a lei. Mas o fato é que o único modo pelo qual pessoas licenciosas começam a obedecer é quando elas experimentam a aceitação radical de pecadores por parte de Deus. Quanto mais Jesus é exaltado como sendo suficiente para nossa justificação e santificação, mais nós começamos a morrer para nós mesmos e viver para Deus. Os que acabam obedecendo mais são aqueles que crescentemente entendem que a posição deles com Deus não está baseada na obediência deles, mas na de Cristo.

Pergunta: Mas os cristãos não precisam ser sacudidos para saírem de suas zonas de conforto?
Tullian Tchividjian: Sim. Mas você não faz isso dando-lhes lei; você faz isto dando-lhes o evangelho. O Apóstolo Paulo nunca usa a lei como uma forma de motivar a obediência; ele sempre usa o evangelho. Paulo sempre satura as obrigações do evangelho em declarações do evangelho porque Deus não está simplesmente preocupado com um tipo qualquer de obediência; Ele se preocupa com um certo tipo de obediência (como ilustrado pelos sacrifícios de Caim e Abel). A obediência que agrada a Deus é a obediência que flui da fé - fé naquilo que Deus já fez e confiança naquilo que ele fará no futuro. E embora nós devamos obedecer até mesmo quando não nos sentimos dispostos, obediência de longo prazo, contínua, sincera, ao evangelho só pode vir da fé e da graça; não do medo e da culpa. Conformidade de comportamento, sem a mudança de coração que só o evangelho pode fazer, será superficial e de curta duração. Ou, como eu gosto de dizer, imperativos menos indicativos é igual a impossibilidades.

Pergunta: Então você acha que a lei não tem - ou não deveria ter - mais nenhum papel na vida cristã?
"O poder para obedecer vem de ser movido e motivado pela obra completa de Jesus por nós. O combustível para fazer o bem vem daquilo que já foi feito."
Tullian Tchividjian: Não. Apesar da lei de Deus ser boa (Romanos 7), só tem o poder de revelar o pecado e mostrar o padrão e imagem do requisito de integridade, não de remover o pecado. A lei nos mostra o que Deus ordena (o que, evidentemente, é bom), mas a lei não possui o poder para nos permitir fazer o que ela diz. Você poderia colocar isso deste modo: a lei guia, mas não dá. Em outras palavras, a lei mostra para nós como é uma vida santificada, mas não tem poder santificador. A lei não pode mudar um coração humano. É o evangelho (o que o Jesus fez) que pode nos dar o ânimo a obedecer de uma forma que honra a Deus. O poder para obedecer vem de ser movido e motivado pela obra completa de Jesus por nós. O combustível para fazer o bem vem daquilo que já foi feito. Portanto, enquanto a lei nos guia, só o evangelho pode nos dirigir.

Pergunta: Você é mestre em pintar bons quadros com palavras. Tem algum para isto?
Tullian Tchividjian: Bem, alguém me falou recentemente que a lei é como um conjunto de trilhos de via férrea. Os trilhos não provêem nenhuma energia para o trem, mas o trem tem que ficar nos trilhos para funcionar. A lei nunca dá poder algum para fazer o que ela ordena. Só o evangelho tem poder para, por assim dizer, mover o trem.

Pergunta: Mas a Bíblia não nos motiva dizendo que se nós amamos Jesus nós guardaremos os seus mandamentos?
Tullian Tchividjian: Quando João (ou Jesus) fala sobre guardar os mandamentos de Deus como um meio para saber se você ama Jesus ou não, ele não está usando a lei como um meio para motivar. Ele está simplesmente declarando um fato. Aqueles que amam a Deus continuarão guardando os seus mandamentos. A pergunta é como guardamos os mandamentos de Deus? O que sustenta uma obediência prolongada na mesma direção? De onde vem o poder de fazer o que Deus ordena? Como todo pai e professor sabem, conformidade comportamental a regras sem mudança de coração será superficial e efêmera. Mas superficial e efêmero não é o que Deus quer (isso não é o que significa "guardar os mandamentos de Deus"). Deus quer uma obediência contínua do coração. Como isso é possível? Obediência motivada pelo evangelho, de longo prazo, contínua, só pode vir da fé naquilo que Jesus já fez, não do medo do que nós temos que fazer. Parafraseando Ray Ortlund, qualquer obediência não fundamentada no evangelho ou motivada pelo evangelho é insustentável.

Pergunta: Você acredita no assim chamado "terceiro uso da lei"?
Tullian Tchividjian: Sim. Eu sou um crente convicto nos três usos da lei (pedagógico, civil e didático). A lei nos remete a Cristo para justificação (o primeiro uso, que está correto), mas alguns também diriam que Cristo nos manda de volta para a lei para santificação (uma forma equivocada de entender o terceiro uso). Em outras palavras, há um engano comum na igreja que diz que enquanto a lei não pode justificar, ela pode nos santificar. Não é verdade. Em Romanos 7, Paulo está falando como um cristão justificado, salvo, regenerado e ele está dizendo: "A lei não tem o poder de me transformar. A lei guia mas não dá poder algum para fazer o que diz". Portanto, eu gostaria de prevenir as pessoas de concluir que o terceiro uso da lei insinua que ela tem poder para transformar. Dizer que a lei não tem nenhum poder para nos transformar, de forma alguma reduz seu papel contínuo na vida do cristão. E não minimiza em absoluto a importância do terceiro uso da lei. Nós só precisamos entender o papel preciso que ela exerce para nós hoje: a lei serve para nos tornar gratos por Jesus quando nós a quebramos e serve para nos mostrar como amar a Deus e aos outros.

Pergunta: Como você reduziria a sua preocupação a uma sentença?
Tullian Tchividjian: Nós somos justificados somente pela graça, mediante a fé somente, na obra acabada de Cristo somente, e Deus nos santifica trazendo-nos constantemente de volta à realidade da nossa justificação.


Fonte: Extraído do blog de Tullian Tchividjian no Gospel Coalition.
Extraído do site www.bomcaminho.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

ARTIGOS DE FÉ DA GERAÇÃO REFORMADA





 Geração Reformada é um projeto de Evangelização 
de Jovens e Adolescentes na cidade de Marabá-PA.
ARTIGO 1º

 1. A Geração Reformada afirma que a Escritura é a palavra de Deus, inerrante, infalível e autoritativa. Cremos que ela é a única fonte autorizada da revelação divina escrita, e é a única que deve constranger a consciência do Cristão.
2. Cremos definitivamente que a Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e que ela é o padrão pelo qual toda doutrina e comportamento humano deve ser avaliado.
3. Cremos que os únicos pregadores que devem ser ouvidos no seio da comunidade evangélica são aqueles comprometidos com a Verdade do Evangelho apostólico.
4. Cremos que os Apóstolos, conforme Gálatas 1.8 e 9[1], tinham um teste para se avaliar se a mensagem era confiável ou falsificada; este teste tem a ver com a procedência apostólica do evangelho. Ou seja, a Verdadeira mensagem do verdadeiro evangelho é aquela que está em harmonia com o evangelho que os apóstolos de Jesus Cristo pregaram. Assim, está estabelecido que toda pregação deve estar fundamentada neste crivo absoluto, caso contrário ela é falsa.
5. Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, pois confiamos apenas na Palavra da Verdade do Evangelho, à qual nossa consciência deve permanecer cativa, conforme nos ensinou o grande reformador do século XVI Martinho Lutero.
6. Negamos que o Espírito Santo fale independe ou contrário ao que já está exposto na Bíblia. Desta maneira estabelece-se que o crivo da verdade é a Palavra da Verdade do Evangelho e não a experiência pessoal de cada ser humano. Por esta razão, nenhum cristão da geração reformada deve ficar impressionado com aspectos exteriores de determinados pregadores. Se ele não abraça o sola scriptura dos apóstolos do Século I e dos reformadores do século XVI, então esse homem não tem palavra entre os santos e é um falso profeta. Seja ele teólogo formado em Marabá, Teresina, São Paulo, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou nas renomadas universidades americanas e européias; se nos trouxerem um evangelho diferente daquilo que foi pregado pelos santos apóstolos e que se encontra registrado na Bíblia Toda deve ser recusado e denunciado como abominação aos olhos do Deus Eterno.
7. Finalmente, reafirmamos juntamente com os reformadores do século XVI que o crivo do nosso julgamento não é o pastor, não é o bispo, não é o Papa e nem os falsos apóstolos de nossos dias. Nossa mente hoje, no século XXI, permanece cativa da Palavra. Nós não acreditamos nem no papa nem nos concílios exclusivamente, visto que está claro que os mesmos erraram muitas vezes e se contradisseram a si mesmos. A nossa convicção vem das Escrituras a que nos reportamos, e nossa consciência está presa à palavra da Verdade do Evangelho de Deus. Portanto, não podemos abrir mão deste artigo, porque é maléfico e perigoso agir contra a consciência”[2]. Portanto, nossa primeira tese é: Sola Scriptura!



[1] Gálatas 1.8-9: Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”.
[2] Palavras ditas por Martinho Lutero na Assembléia de Worms. 
Fonte:  www.vancunha.blogspot.com