Calvino e Genebra: "A Mais Perfeita Escola de Cristo"
Alderi Souza de Matos (Historiados da IPB)
Em agosto de 1536, Calvino dirigia-se da França para Estrasburgo, onde pretendia residir. Queria tão somente pernoitar em Genebra, na Suíça, e seguir viagem no dia seguinte. Apenas dois meses antes, essa cidade havia abraçado a Reforma Protestante, sob a liderança do ardoroso reformador Guilherme Farel. Este convenceu o jovem autor das Institutas a permanecer em Genebra e ajudá-lo na consolidação do trabalho. Menos de dois anos depois, em virtude de conflitos com as autoridades civis, os dois pastores foram expulsos da cidade (abril de 1538).
Calvino finalmente pode ir para Estrasburgo, onde residiu por três anos e colaborou com o reformador Martin Bucer. Nesse período, pastoreou uma igreja de refugiados franceses, lecionou em uma academia local e casou-se com uma de suas paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Também se dedicou a uma intensa atividade literária, escrevendo uma versão ampliada das Institutas, o Comentário de Romanos (seu primeiro comentário bíblico), um tratado sobre a Ceia do Senhor e outras obras. Por insistência dos síndicos de Genebra, acabou retornando para essa cidade em setembro de 1541, ali permanecendo até o final da vida.
Sob a hábil liderança de Calvino e seus colegas, Genebra se tornou a grande cidadela da fé reformada, recebendo refugiados e visitantes de muitos lugares da Europa. Essas pessoas, ao retornarem para os seus países, contribuíram para a ampla difusão do movimento reformado. Um desses refugiados foi o reformador escocês João Knox, que, em uma carta, referiu-se a Genebra como “a mais perfeita escola de Cristo que já existiu sobre a terra desde os dias dos apóstolos”.
Ao longo dos anos, Calvino ajudou a estruturar a igreja reformada de Genebra, provendo-a de uma constituição, uma confissão de fé, um catecismo e uma liturgia, além de um hinário, o Saltério de Genebra, também idealizado por ele. O trabalho da igreja era realizado por quatro categorias de oficiais: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. O reformador também empreendeu um vasto programa de pregação expositiva, ensino religioso e reflexão teológica, que resultou em um enorme volume de publicações. Suas idéias nos campos da dogmática, interpretação bíblica, política, responsabilidade social e outras áreas têm sido influentes há vários séculos.
Ao contrário do que dizem muitos livros de história, Calvino jamais exerceu cargos políticos em Genebra e muito menos foi o “ditador” daquela cidade. Na realidade, durante a maior parte do seu ministério, ele teve um relacionamento difícil com as autoridades civis. Uma das causas dessas tensões era a sua insistência no sentido de que Genebra fosse uma cidade verdadeiramente reformada, em que os valores da Palavra de Deus se refletissem em todas as áreas da vida pessoal e comunitária. Algumas das maiores contribuições do reformador ocorreram nos últimos anos da sua vida, como veremos no próximo artigo.
Calvino finalmente pode ir para Estrasburgo, onde residiu por três anos e colaborou com o reformador Martin Bucer. Nesse período, pastoreou uma igreja de refugiados franceses, lecionou em uma academia local e casou-se com uma de suas paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Também se dedicou a uma intensa atividade literária, escrevendo uma versão ampliada das Institutas, o Comentário de Romanos (seu primeiro comentário bíblico), um tratado sobre a Ceia do Senhor e outras obras. Por insistência dos síndicos de Genebra, acabou retornando para essa cidade em setembro de 1541, ali permanecendo até o final da vida.
Sob a hábil liderança de Calvino e seus colegas, Genebra se tornou a grande cidadela da fé reformada, recebendo refugiados e visitantes de muitos lugares da Europa. Essas pessoas, ao retornarem para os seus países, contribuíram para a ampla difusão do movimento reformado. Um desses refugiados foi o reformador escocês João Knox, que, em uma carta, referiu-se a Genebra como “a mais perfeita escola de Cristo que já existiu sobre a terra desde os dias dos apóstolos”.
Ao longo dos anos, Calvino ajudou a estruturar a igreja reformada de Genebra, provendo-a de uma constituição, uma confissão de fé, um catecismo e uma liturgia, além de um hinário, o Saltério de Genebra, também idealizado por ele. O trabalho da igreja era realizado por quatro categorias de oficiais: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. O reformador também empreendeu um vasto programa de pregação expositiva, ensino religioso e reflexão teológica, que resultou em um enorme volume de publicações. Suas idéias nos campos da dogmática, interpretação bíblica, política, responsabilidade social e outras áreas têm sido influentes há vários séculos.
Ao contrário do que dizem muitos livros de história, Calvino jamais exerceu cargos políticos em Genebra e muito menos foi o “ditador” daquela cidade. Na realidade, durante a maior parte do seu ministério, ele teve um relacionamento difícil com as autoridades civis. Uma das causas dessas tensões era a sua insistência no sentido de que Genebra fosse uma cidade verdadeiramente reformada, em que os valores da Palavra de Deus se refletissem em todas as áreas da vida pessoal e comunitária. Algumas das maiores contribuições do reformador ocorreram nos últimos anos da sua vida, como veremos no próximo artigo.
Leia mais: http://www.eleitosdedeus.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário