Rev. Sandro Bussinger Sampaio
a) Por uma questão hermenêutica - Todos os que estudam hermenêuticas (a arte de interpretar textos, no caso, bíblicos) sabem que não se pode fazer doutrina em cima de exemplos, ao contrário, só se tem doutrina segura em cima de declarações diretas e ordens. Não existe nem ordem e nem declaração de Nosso Senhor Jesus Cristo e nem dos santos apóstolos exigindo a imersão, portanto qualquer forma de aplicar a água no batismo é válida.
b) Por uma questão exegética - Dizem os imersionistas que a palavra grega “baptizo” (batismo em português) significa EXCLUSIVAMENTE “imergir, mergulhar”. Isto, além de não ser verdade, é uma afronta a qualquer estudioso do Novo Testamento que se demore um pouco mais sobre o texto original. Citaremos aqui pelo menos três exemplos bíblicos onde ‘batismo’ significa “derramar ou aspergir”, a saber: 1) Mateus 3.11 - “ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”, no cumprimento desta promessa vemos o Espírito Santo sendo derramado sobre as pessoas (Atos 2.3; Joel 2.28), ninguém foi mergulhado no Espírito, mas o Espírito desceu sobre eles, logo, aqui a palavra ‘batismo’ significa ‘derramar’. 2) Marcos 7.4 - a expressão “lavar” neste texto, é, no grego, ‘batismo’, e esta lavagem ritual judaica era feita vertendo-se água, derramando-a nos utensílios (Nm 8. 5-7) ou nas pessoas (Ez 36.25). 3) Hebreus 9.10 - a expressão “abluções” deste texto, é em grego ‘batismos’, e tais abluções eram aspersões no Antigo Testamento (Ex 29.21). É importante notar que muitas autoridades sérias, mesmo imersionistas, reconhecem a validade deste nosso argumento. A igreja adventista, que é um grupo imersionista, em seu livro oficial de doutrinas “Nisto Cremos” - 2A. edição, na página 253 afirma: “Em o Novo Testamento, o verbo batizar é utilizado 1) para referir-se ao batismo em água...; 2) como metáfora do sofrimento e morte de Cristo...; 3) em relação à vinda do Espírito Santo...; e 4) para abluções ou rituais de lavagem das mãos...” Assim também temos o testemunho de E. B. Fairfield, que tinha como incumbência fazer um trabalho onde ficasse provado que ‘batismo’ significa sempre ‘imersão’ e após profunda exegese bíblica declarou: “Mês após mês, durante mais de dois anos, lutei para manter a minha posição antiga, mas foi inútil. Surgiram contra mim fatos duros e sólidos. Tendo estudado a questão de ambos os lados, convenci-me do meu erro. Imersão não era o único batismo”. Temos ainda o testemunho do “Léxico do Novo Testamento Grego/Português”, páginas 40 e 41 que define “baptizo” como ‘mergulhar, imergir, lavagens rituais judaicas, lavar as mãos’, define também “baptismos” como ‘ablução, lavagem cerimonial, batismo’ e por fim define “bapto” como ‘molhar, embeber, salpicar’, o que é perfeitamente próprio para a aspersão. Finalizando esta questão exegética quero citar a definição de “Batismo” do Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, página 163: “Sacramento da igreja, que consiste materialmente em lançar água sobre a cabeça do neófito; ablução; imersão”. Assim sendo, se a palavra BAPTIZO pode significar também “aspergir”, “derramar”, eu posso batizar uma pessoa por aspersão ou derramamento.
c) Por uma questão contextual - Existem alguns casos de batismos na Bíblia onde a imersão seria impraticável, por exemplo: 1) Atos 2.41 - Três mil batizados em um só dia, na desértica Palestina, contando a igreja com apenas doze oficiais (os apóstolos), seria uma impossibilidade física (250 convertidos por oficial batizante), impossibilidade geográfica (pois a Palestina é carente de água) e impossibilidade lógica (pois os judeus não permitiriam o uso dos grandes rios de Israel para o batismo cristão de milhares de ex-adeptos do judaísmo). Levemos ainda em conta que este fato se deu em Jerusalém, cidade que não é cortada por rio algum, e o mesmo texto não fala e nem insinua o deslocamento das pessoas que foram batizadas. 2) Atos 9.17,18 - Saulo, mais tarde Paulo, que foi espetacularmente convertido a Cristo, ficou durante três dias cego e em jejum; logo estava fisicamente fraco. Quando Ananias lhe impôs as mãos e orou por ele, Paulo recuperou a visão, ficou em pé e foi batizado (veja toda a história em Atos 9.1-18). Nada indica que procuraram um rio para imergi-lo, pois era fisicamente impossível. Ele foi batizado de pé - como fazem os aspercionistas, e só depois se alimentou (Atos 9.19) para restabelecer suas forças físicas. 3) Atos 16.33 - O carcereiro de Filipos foi batizado de madrugada, após um terremoto, como não havia luz elétrica era impossível procurar um rio naquelas condições e se houvesse qualquer tanque na prisão provavelmente não sobreviveria ao terremoto, a imersão era ali impraticável. O pastor batista, portanto imersionista, Tácito da Gama Leite Filho, em seu livro “Seitas Proféticas”, na página 108, reconhece o fato: “O carcereiro de Filipos e seus familiares certamente não foram batizados num rio, pois era de madrugada e as portas da cidade estavam fechadas”; em assim sendo não poderia haver ali imersão.
d) Por uma questão simbológica - Como sabemos o batismo é um símbolo, no dizer de Santo Agostinho: “é um sinal visível de uma graça invisível”, e a aspersão preenche melhor as características deste simbolismo. O que, então, o batismo simboliza? O batismo com água simboliza o batismo com o Espírito Santo (Mateus 3.11; Atos 2.3) e a purificação dos nossos pecados em Cristo (Tito 3.5,6) ambos em forma de derramamento, isto é aspersão.
e) Por uma questão histórica - Diz-nos o Dr. C. I. Scofield: “Desde cedo na história da Igreja tem havido três diferentes modos de batismo: aspersão (borrifamento); afusão (derramamento) e imersão (mergulhamento)”. Se sempre houve as três formas, é porque são elas igualmente válidas. Além disto, tanto Flávio Josefo (cerca de 50 AD) como o Filho de Sirach (cerca de 200 AC) entendiam o batismo como sendo uma purificação por aspersão, o que nos mostra bem o conceito de ‘batismo’ entre os judeus nos três séculos ao redor da vida terrena de Jesus. Adicionalmente, o ‘Didaquê’, documento catequético datado de 100 AD, declara-nos abertamente em seu capítulo 7, verso 3: “Na falta de uma e de outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Vemos assim que a Igreja Primitiva usava também a aspersão como modo lícito de batismo, penso que isto é historicamente irrefutável.
f) Por uma questão prática - Esclarece o fato o Rev. Amos R. Binney: “O modo de imersão é desfavorável à prática universal, enquanto que os outros modos podem ser usados em qualquer lugar, em qualquer tempo ou estação do ano e a qualquer pessoa: na solidão do deserto, ou no meio da cidade apertada; ao lado do Jordão, na casa de Cornélio, na prisão de Filipos, na cruz do penitente, ou na cama do enfermo ou do moribundo. Além disso, o batismo pela afusão ou aspersão pode sempre realizar-se com decência, modéstia e segurança, o que não se pode dizer da imersão, como muitos poderiam testificar”.
g) Por uma questão de coerência - Quando o Senhor Jesus Cristo instituiu a Santa Ceia, fê-lo durante o jantar pascal judaico (Mateus 26.17-30). Segundo o rito judeu, Jesus tinha em suas mãos pão ásimo de tamanho normal (pois era um jantar) e vinho com teor alcoólico (haja visto alguns, em Corinto, se embriagarem - 1 Co 11.20-22). Enquanto comiam é que Jesus instituiu este sacramento (Mateus 26.26), que tinha originalmente, portanto, proporções de jantar (a palavra grega é “deipnon”, que era a mais abundante refeição do dia para os gregos). Hoje em dia, quase a unanimidade das igrejas evangélicas celebram a Ceia com minúsculos pedaços de pão (na maioria dos casos, fermentados) e suco de uva, o que demonstra claramente que a forma não implica na validade ou não do ato. Se como querem alguns, o batismo só é válido por imersão, pelo fato de, segundo eles, Jesus e outros terem sido assim batizados (sendo que há sérias dúvidas sobre isto), a Ceia só seria válida com pão ásimo, vinho alcoólico e em quantidade de refeição completa. Como sabemos que, no caso da ceia, ninguém exige a chamada ‘forma original’, por coerência não podemos exigir também o mesmo no batismo, se é que podemos determinar qual a ‘forma original’ do batismo cristão.
h) Por uma questão tipológica - Em 1 Pedro 3.20,21 as Escrituras nos dizem que o episódio do dilúvio e da arca de Noé é figura, ou seja, um tipo do batismo cristão. Se olharmos em Gênesis 7.13-24, veremos que a arca com os justos (que são os que devem receber o batismo) não foi imersa em água, ao contrário a água foi derramada, isto é aspergida do céu em forma de chuva e a arca flutuou sobre as águas da grande enchente. Somente os ímpios pereceram submersos. Preferimos o exemplo dos justos.
Pelo exposto até aqui, cremos e ensinamos que não é a forma que concede vitalidade ao batismo bíblico. Aceitamos como válidas todas as formas de batismo evangélico; o que rejeitamos é o exclusivismo idólatra de alguns, que, por motivo de somenos importância, abrem feridas dolorosas no Corpo de Cristo, separando os irmãos. Somos, portanto, contrários ao rebatismo de evangélicos e cremos que tanto a aspersão como a imersão ou a afusão são igualmente aceitáveis a Deus, sendo isto o que realmente importa.
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Fonte: monergismo.com e extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org
b) Por uma questão exegética - Dizem os imersionistas que a palavra grega “baptizo” (batismo em português) significa EXCLUSIVAMENTE “imergir, mergulhar”. Isto, além de não ser verdade, é uma afronta a qualquer estudioso do Novo Testamento que se demore um pouco mais sobre o texto original. Citaremos aqui pelo menos três exemplos bíblicos onde ‘batismo’ significa “derramar ou aspergir”, a saber: 1) Mateus 3.11 - “ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”, no cumprimento desta promessa vemos o Espírito Santo sendo derramado sobre as pessoas (Atos 2.3; Joel 2.28), ninguém foi mergulhado no Espírito, mas o Espírito desceu sobre eles, logo, aqui a palavra ‘batismo’ significa ‘derramar’. 2) Marcos 7.4 - a expressão “lavar” neste texto, é, no grego, ‘batismo’, e esta lavagem ritual judaica era feita vertendo-se água, derramando-a nos utensílios (Nm 8. 5-7) ou nas pessoas (Ez 36.25). 3) Hebreus 9.10 - a expressão “abluções” deste texto, é em grego ‘batismos’, e tais abluções eram aspersões no Antigo Testamento (Ex 29.21). É importante notar que muitas autoridades sérias, mesmo imersionistas, reconhecem a validade deste nosso argumento. A igreja adventista, que é um grupo imersionista, em seu livro oficial de doutrinas “Nisto Cremos” - 2A. edição, na página 253 afirma: “Em o Novo Testamento, o verbo batizar é utilizado 1) para referir-se ao batismo em água...; 2) como metáfora do sofrimento e morte de Cristo...; 3) em relação à vinda do Espírito Santo...; e 4) para abluções ou rituais de lavagem das mãos...” Assim também temos o testemunho de E. B. Fairfield, que tinha como incumbência fazer um trabalho onde ficasse provado que ‘batismo’ significa sempre ‘imersão’ e após profunda exegese bíblica declarou: “Mês após mês, durante mais de dois anos, lutei para manter a minha posição antiga, mas foi inútil. Surgiram contra mim fatos duros e sólidos. Tendo estudado a questão de ambos os lados, convenci-me do meu erro. Imersão não era o único batismo”. Temos ainda o testemunho do “Léxico do Novo Testamento Grego/Português”, páginas 40 e 41 que define “baptizo” como ‘mergulhar, imergir, lavagens rituais judaicas, lavar as mãos’, define também “baptismos” como ‘ablução, lavagem cerimonial, batismo’ e por fim define “bapto” como ‘molhar, embeber, salpicar’, o que é perfeitamente próprio para a aspersão. Finalizando esta questão exegética quero citar a definição de “Batismo” do Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, página 163: “Sacramento da igreja, que consiste materialmente em lançar água sobre a cabeça do neófito; ablução; imersão”. Assim sendo, se a palavra BAPTIZO pode significar também “aspergir”, “derramar”, eu posso batizar uma pessoa por aspersão ou derramamento.
c) Por uma questão contextual - Existem alguns casos de batismos na Bíblia onde a imersão seria impraticável, por exemplo: 1) Atos 2.41 - Três mil batizados em um só dia, na desértica Palestina, contando a igreja com apenas doze oficiais (os apóstolos), seria uma impossibilidade física (250 convertidos por oficial batizante), impossibilidade geográfica (pois a Palestina é carente de água) e impossibilidade lógica (pois os judeus não permitiriam o uso dos grandes rios de Israel para o batismo cristão de milhares de ex-adeptos do judaísmo). Levemos ainda em conta que este fato se deu em Jerusalém, cidade que não é cortada por rio algum, e o mesmo texto não fala e nem insinua o deslocamento das pessoas que foram batizadas. 2) Atos 9.17,18 - Saulo, mais tarde Paulo, que foi espetacularmente convertido a Cristo, ficou durante três dias cego e em jejum; logo estava fisicamente fraco. Quando Ananias lhe impôs as mãos e orou por ele, Paulo recuperou a visão, ficou em pé e foi batizado (veja toda a história em Atos 9.1-18). Nada indica que procuraram um rio para imergi-lo, pois era fisicamente impossível. Ele foi batizado de pé - como fazem os aspercionistas, e só depois se alimentou (Atos 9.19) para restabelecer suas forças físicas. 3) Atos 16.33 - O carcereiro de Filipos foi batizado de madrugada, após um terremoto, como não havia luz elétrica era impossível procurar um rio naquelas condições e se houvesse qualquer tanque na prisão provavelmente não sobreviveria ao terremoto, a imersão era ali impraticável. O pastor batista, portanto imersionista, Tácito da Gama Leite Filho, em seu livro “Seitas Proféticas”, na página 108, reconhece o fato: “O carcereiro de Filipos e seus familiares certamente não foram batizados num rio, pois era de madrugada e as portas da cidade estavam fechadas”; em assim sendo não poderia haver ali imersão.
d) Por uma questão simbológica - Como sabemos o batismo é um símbolo, no dizer de Santo Agostinho: “é um sinal visível de uma graça invisível”, e a aspersão preenche melhor as características deste simbolismo. O que, então, o batismo simboliza? O batismo com água simboliza o batismo com o Espírito Santo (Mateus 3.11; Atos 2.3) e a purificação dos nossos pecados em Cristo (Tito 3.5,6) ambos em forma de derramamento, isto é aspersão.
e) Por uma questão histórica - Diz-nos o Dr. C. I. Scofield: “Desde cedo na história da Igreja tem havido três diferentes modos de batismo: aspersão (borrifamento); afusão (derramamento) e imersão (mergulhamento)”. Se sempre houve as três formas, é porque são elas igualmente válidas. Além disto, tanto Flávio Josefo (cerca de 50 AD) como o Filho de Sirach (cerca de 200 AC) entendiam o batismo como sendo uma purificação por aspersão, o que nos mostra bem o conceito de ‘batismo’ entre os judeus nos três séculos ao redor da vida terrena de Jesus. Adicionalmente, o ‘Didaquê’, documento catequético datado de 100 AD, declara-nos abertamente em seu capítulo 7, verso 3: “Na falta de uma e de outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Vemos assim que a Igreja Primitiva usava também a aspersão como modo lícito de batismo, penso que isto é historicamente irrefutável.
f) Por uma questão prática - Esclarece o fato o Rev. Amos R. Binney: “O modo de imersão é desfavorável à prática universal, enquanto que os outros modos podem ser usados em qualquer lugar, em qualquer tempo ou estação do ano e a qualquer pessoa: na solidão do deserto, ou no meio da cidade apertada; ao lado do Jordão, na casa de Cornélio, na prisão de Filipos, na cruz do penitente, ou na cama do enfermo ou do moribundo. Além disso, o batismo pela afusão ou aspersão pode sempre realizar-se com decência, modéstia e segurança, o que não se pode dizer da imersão, como muitos poderiam testificar”.
g) Por uma questão de coerência - Quando o Senhor Jesus Cristo instituiu a Santa Ceia, fê-lo durante o jantar pascal judaico (Mateus 26.17-30). Segundo o rito judeu, Jesus tinha em suas mãos pão ásimo de tamanho normal (pois era um jantar) e vinho com teor alcoólico (haja visto alguns, em Corinto, se embriagarem - 1 Co 11.20-22). Enquanto comiam é que Jesus instituiu este sacramento (Mateus 26.26), que tinha originalmente, portanto, proporções de jantar (a palavra grega é “deipnon”, que era a mais abundante refeição do dia para os gregos). Hoje em dia, quase a unanimidade das igrejas evangélicas celebram a Ceia com minúsculos pedaços de pão (na maioria dos casos, fermentados) e suco de uva, o que demonstra claramente que a forma não implica na validade ou não do ato. Se como querem alguns, o batismo só é válido por imersão, pelo fato de, segundo eles, Jesus e outros terem sido assim batizados (sendo que há sérias dúvidas sobre isto), a Ceia só seria válida com pão ásimo, vinho alcoólico e em quantidade de refeição completa. Como sabemos que, no caso da ceia, ninguém exige a chamada ‘forma original’, por coerência não podemos exigir também o mesmo no batismo, se é que podemos determinar qual a ‘forma original’ do batismo cristão.
h) Por uma questão tipológica - Em 1 Pedro 3.20,21 as Escrituras nos dizem que o episódio do dilúvio e da arca de Noé é figura, ou seja, um tipo do batismo cristão. Se olharmos em Gênesis 7.13-24, veremos que a arca com os justos (que são os que devem receber o batismo) não foi imersa em água, ao contrário a água foi derramada, isto é aspergida do céu em forma de chuva e a arca flutuou sobre as águas da grande enchente. Somente os ímpios pereceram submersos. Preferimos o exemplo dos justos.
Refutando o erro
Com base em algumas passagens isoladas, e mal compreendidas da Bíblia, alguns querem afirmar que só a imersão é forma válida de batismo. Não vemos isto nas páginas sagradas, e, portanto, queremos refutar algumas interpretações no mínimo duvidosas: 1) Romanos 6.4 e Colossenses 2.12 - principalmente a expressão ‘sepultados com Cristo pelo batismo’. Aqui Paulo não fala de batismo com água; é uma expressão simbólica, como também são as expressões ‘plantados’ e ‘crucificados’, seria uma impossibilidade lógica tomá-las ao pé da letra, pois ser plantado com Cristo num tanque batismal é coisa demorada e de difícil execução, haja vista que Jesus não foi enterrado como fazemos hoje e sim colocado em uma caverna (Mateus 27.59,60) o que derruba o hipotético simbolismo imersionista. Nestes textos Paulo fala do batismo espiritual, ou seja, da união do crente com Cristo em realidades espirituais (Filipenses 3.10). 2) Mateus 3.6 - A expressão “no Jordão”, demonstra no caso apenas o lugar onde João Batista batizava e não a forma. Alguns entendem que por ele batizar em um rio (local) teria de batizar por imersão (forma). Nada mais ilógico e sem conexão de per si. Isto é um sofisma. 3) Atos 8.38,39 - A expressão ‘entraram’ e ‘saíram da água’, entendem alguns como o ato da imersão. Isto, além de ser hilário, é impossível, pois estas frases se aplicam tanto a Filipe como ao Eunuco, isto é batizador e batizando, foram os dois mergulhados no rio? 4) João 3.23 – Segundo os imersionistas, a expressão ‘porque havia ali muitas águas’ implica necessariamente imersão, pois somente ela exige muitas águas. Isso não é verdadeiro, principalmente quando se sabe que João batizava multidões diariamente (Lucas 3.7; Marcos 1.5; Mateus 3.5,6), o que seria impossível no rito imersionista. Portanto as “muitas águas” eram necessárias por causa da multidão e não da suposta imersão.Pelo exposto até aqui, cremos e ensinamos que não é a forma que concede vitalidade ao batismo bíblico. Aceitamos como válidas todas as formas de batismo evangélico; o que rejeitamos é o exclusivismo idólatra de alguns, que, por motivo de somenos importância, abrem feridas dolorosas no Corpo de Cristo, separando os irmãos. Somos, portanto, contrários ao rebatismo de evangélicos e cremos que tanto a aspersão como a imersão ou a afusão são igualmente aceitáveis a Deus, sendo isto o que realmente importa.
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Fonte: monergismo.com e extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org
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