Por Rev. Enos Moura Filho
Enviado Por E-mail. Obrigado Pastor!
Um dos episódios mais emocionantes do Velho Testamento é narrado no primeiro livro dos Reis, capítulo 18. Creio que, se Hollywood quisesse, daria um filme épico excelente!
O profeta Elias entra num embate sozinho contra 450 profetas de Baal. O desafio era fazer cair fogo do céu, a fim de mostrar quem era o verdadeiro Deus: Baal ou Jeová.
Durante grade parte do dia os profetas de Baal clamaram e nada aconteceu. Depois Elias fez um altar com doze pedras, fez um rêgo ao lado do altar, e mandou encharcar não só o rêgo, como também o holocausto, e a lenha. Então invocou o Nome do Senhor, que mandou fogo e consumiu tudo!
Esse evento procovou a ira do Rei Acabe e de sua Esposa Jezabel, que adoravam a Baal. Então Jezabel jurou Elias de morte. Elias fugiu para o deserto, caminhou um dia inteiro e sentou para descansar. Elias estava estafado, não só da jornada, mas da situação em si. Havia enfrentado 450 profetas, atuava com profeta numa época difícil, e agora era “inimigo do Estado” e sua cabeça estava a prêmio. Elias quis desistir e disse a Deus que preferia morre a continuar dessa forma.
No capítulo seguinte Deus se mostra a Elias de forma especial. Deus trata com Elias com amor, envia um anjo para cuidar dele. E após Elias descansar, tem um diálogo que muda a forma de Elias encarar a realidade.
“Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou” (1 Rs 19.18)
Deus fala para Elias que ele deveria voltar, pois ainda havia sete mil fiés a Deus em Israel. Elias não estava sozinho como ele imaginava!!!
Vivemos dias em que tudo parece conspirar contra nosso trabalho. Na vida cristã isso parece se potencializar quando nos envolvemos com alguma atividade eclesiástica.
Quantas vezes os pastores crêem que sua igreja parece não crescer, não se desenvolver, por mais esforços que façam, por mais que estudem, por mais que se dediquem na preparação das aulas e sermões!
Assim também os líderes de departamentos como louvor, de jovens, de mulheres... não raro chegam a investir seu próprio dinheiro em eventos, pois orçamento que foi destinado no início do ano já foi gasto, e o retorno esperado em termos de participação e resultados práticos são pífios!
Infelizmente, até dentro das igrejas e comunidades vemos que há manobras políticas entre os líderes, e em algumas reuniões de concílios adminstrativos o que se vê é uma caça à algumas cabeças que descordam do modus operandi de quem está ocupando os cargos de liderança.
Será que estamos sozinhos nessas lutas?
A igreja é de Deus, mas feita de homens, mortais e pecadores.
Mas temos de lembrar que trabalhamos para Deus, e não para os homens. Para o crescimento do Seu Reino, e para Seu louvor.
Deus não nos desampara, além de nos sustentar por Sua maravilhosa Graça, ainda garante que em algum lugar, de alguma forma, há mais joelhos que não se dobram aos deuses desse mundo, não esmorecem e não se deixam enganar, perseveram assim como nós devemos perseverar.
Com Elias aprendemos que até os grandes profetas, que falavam quase que face a face com Deus, tinham seus momentos de fraqueza e dúvida, e sentiam vontade de capitular. Mas aprendemos também que, assim como Deus os levantou e sustentou, conosco age de igual maneira. Ele é o Deus imutável, que nos convoca e nos dá o suporte que precisamos para não desistirmos.
Não estamos sozinhos!
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