A interpretação da Bíblia é via de regra vista com suspeita na igreja. É
de se entender. Afinal, vários intérpretes de renome tentaram ser tão
originais quanto os autores de ficção. São vários os membros de igreja
que sentem que, quando esses intérpretes terminam de ‘explicar’ um
texto, ele passa a dizer quase que o contrário do que as palavras dizem à
primeira vista.
Entretanto, a despeito desses teólogos em pecado, e com a ajuda de
teólogos dedicados, a igreja deve continuar com usa obra. Nossa obra é
conhecer e fazer a vontade do Senhor. E isso demanda interpretação
bíblica. Não deixe ninguém enganá-lo dizendo que não precisamos de
métodos ou de padrões de interpretação. Suspeite um pouco mais daqueles
que dizem que eles simplesmente leem e recebem a Palavra tal como ela
lhes vem. Todos nós gostaríamos que fosse assim, creio eu. Contudo,
ninguém – absolutamente ninguém – pode ler sem interpretar o que se lê.
Se você quer se apropriar da verdade que vem através de palavras, você
as deve interpretar. Esta é a sequência: leitura, interpretação,
apropriação. E não se pode ter apropriação sem interpretação.
Devemos encorajar sempre o estudo bíblico e a interpretação bíblica
porque os maus intérpretes frequentemente ameaçam os membros de igreja
muito mais que aqueles que negam a verdade da Bíblia. A maioria das
seitas e movimentos insistem que eles creem em cada palavra da Bíblia.
Porém, é a sua interpretação da Bíblia que os torna em armadilha para a
igreja e uma vergonha para Cristo.
Andrew Kuyvenhoven
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O autor: Andrew Kuyvenhoven é um pastor aposentado da Igreja Reformada
Cristã (Canadá) e autor de Comfort and Joy e a obra devocional Daylight.
Tradução: Lucas G. Freire (Mar. 2012)
Fonte: Excerto de Comfort and Joy: A Study of the Heidelberg Catechism (Grand Rapids: Faith Alive, 1988), p.50.
Fonte: www.blogdoseleitos.blogspot.com/
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