sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Uma Avaliação da Igreja Brasileira

Recebi uma mensagem via e-mail do Rev. Davi Botelho sobre a Igreja Evangélica Brasileira, deixo a mensagem na integra para nossos leitores. Um abraço!
 
Uma avaliação da Igreja brasileira

Em 20 anos a igreja quase quadruplicou em tamanho, prosperou em finanças, junto com o Brasil que se tornou a sexta economia mundial, será a quinta até o final do ano que vem e a quarta em 2020. Em 10 anos o salário mínimo saiu de 75 dólares para cerca de 300 dólares.
 O resultado de tudo isso é que nos tornamos um dos mais consumistas do mundo. Os EUA pretende liberar os vistos para os brasileiros e os demais países tem facilitado os vistos para nós, isto não é porque somos bonzinhos, mas por causa do nosso dinheirinho que valorizou muito e que o custo de vida no Brasil se tornou um dos mais caros do mundo.

Em 2005 fizemos um planejamento estratégico de 10 anos para avaliar a igreja brasileira  em 2015. Este foi coordenado pelo engenheiro Mateus Nápoli, filho de pastor e líder de missões. Para isto usamos os fatos listados que afetaria na conclusão.

• Vida Espiritual
• Discipulado
• Denominacionalismo
• Visão Missionária
• Economia Brasileira
• Renda per Capita e Distribuição de Renda
• Indústria
• Relações Internacionais do Brasil
• Inclusão Digital

Ao final do planejamento escolhemos duas tendências para 2015 e uma delas foi denominada: Igreja de Laodicéia. Avaliem vocês essa conclusão minuciosamente. Até parece profético, pois a economia na época não tinha a perspectiva do que é hoje o Brasil e a igreja. O Cenário estudado e mostrado abaixo sobre o Planejamento Estratégico de 2005 na Horizontes mostra o exemplo denominado "Laodicéia"

"m 2015, 1/4 da população brasileira é evangélica e é superficial na vida cristã, a igreja se tornou rica e abastada, mas sem visão.A mídia evangélica tem influenciado com a teologia da prosperidade, formando uma mentalidade materialista e mundanista, aumentando a estrutura de poder das denominações. O discipulado é fraco e não atende a todas as necessidades da igreja, que tornou-se intelectualizada voltada para os seus próprios interesses. A falta de espiritualidade resultou no desinteresse e falta compromisso com missões. Os missionários têm sido negligenciados em todas as áreas de apoio.

A economia do país está em alta com crescimento da indústria e serviços. Mesmo com este crescimento, não há investimento da igreja na obra missionária. As organizações missionárias e juntas denominacionais lutam bravamente por recursos e missionários para serem enviados. A estrutura de envio missionário foi afetada resultando no interesse de pequenos grupos e
empresários, a igreja ignorou a sua responsabilidade de envio, sustento e cuidado missionário.

No cenário internacional também crescemos, devido ao investimento no agro negócio e outras tecnologias que aumentaram a exportação. A nossa imagem melhorou diante das comunidades internacionais, assistimos ao estabelecimento de parcerias nas áreas de esportes, cultura e negócios. Hoje em dia, a maioria das parcerias missionárias é nessas áreas, pois, com a decadência da igreja brasileira, há um desinteresse da igreja internacional
em apoiar o movimento missionário brasileiro.

Há uma diminuição considerável pela procura de treinamento missionário por duas razões: a zona de conforto e a falta de sustento. O treinamento tornou-se a curto prazo e com procura por cursos a distância. Esta situação tem limitado o número de candidatos e obreiros de base nas agências missionárias causando um aumento no custo de formação. Há menor busca por
especialização, literaturas bíblicas e cursos de missões, afetando o ministério de mobilização e investimento missionário.

A adoção à internet cresceu com o incentivo a cursos de informática. Devido à concorrência houve uma queda nos preços de produtos comercializados virtualmente. Novas estratégias missionárias são dirigidas a programas de televisão, grupos de comunicação e à própria internet."
Chamemos um Auditor
Imagine o que ocorreria se contratássemos um auditor de planejamento para analisar e dar seu parecer sobre a Igreja e para onde ela deveria ir, a fim de cumprir o seu propósito máximo. Ele nos faria algumas perguntas com o objetivo de chegar a uma conclusão. Sua primeira pergunta talvez seria: Qual é a tarefa principal da igreja?
Responderíamos que é tornar Cristo conhecido por toda criatura, em todo o mundo.
E, para isso, com quem a igreja conta atualmente?
Responderíamos que a igreja possui mais de 800 milhões de cristãos verdadeiros. Ele ficaria surpreso!
A terceira provável pergunta seria: Quais são os recursos com os quais contamos hoje?
Responderíamos que mais de 50% dos cristãos no mundo são classificados como ricos e que somente 13% são verdadeiramente pobres. Temos todas as estratégias e os melhores treinamentos para evangelizar todos os povos, tribos, e nações. Temos métodos de tradução da bíblia para as línguas que nada têm do livro sagrado e condições de terminar a tarefa em nossa geração.  Sua admiração seria ainda maior.
Uma última pergunta: Vocês sabem onde se encontram as pessoas não seguidoras de Cristo, alvos da pregação?
Orgulhosos, responderíamos com riquezas de detalhes que a maioria delas, ou 95% dos menos alcançados da terra, está concentrada numa região do mundo que denominamos Janela 10-40. Lá estão aproximadamente 2.3 bilhões de pessoas que chamamos de os menos alcançados, pelo evangelho, da terra.
Nosso interlocutor a essa altura estaria em êxtase com grande admiração pelo conhecimento demonstrado, recursos financeiros e pessoal que possuímos.
E sua conclusão seria: Vocês não são sérios naquilo que creem e fazem.

Tenho tido pena dos nossos jovens que vão a algumas conferências missionárias e saem entusiasmados, mas depois que chegam em suas igrejas são esfriados por seus pastores que não tem visão missionária.
Que o Pai tenha misericórdia de nós e nos perdoe dessa realidade mostrada dois anos antes do cumprimento do CENÄRIO 2015.
David Botelho
uniasia@mhorizontes.org.br
Missão Horizontes - Bradesco - Agência 1020 - Conta 3111-9

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