por John MacArhtur
Tradução: Thiago Mancini
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.
Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, Peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.
O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.
Mas glorie – se o irmão abatido na sua exaltação,
E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.
Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
Bem – aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.”
(Tg 1.2 – 12).
Abra sua bíblia em Tiago capítulo 1 aonde nós temos olhado para a questão de transformar os problemas em triunfos. Tiago capítulo 1, nós temos olhado através do versículo 2 até o versículo 12, me permita ler este texto para você, Tiago 1.2 – 12:
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.
Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser–lhe–á dada.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.
Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.
O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.
Mas glorie – se o irmão abatido na sua exaltação,
E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.
Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tg 1.2 – 12).
É um acontecimento comum encontrar pessoas que pensam que elas são cristãs ou que pensam que elas eram cristãs, que sentem que estavam salvas, que acreditam que conheciam a Deus, e que acreditam que em algum ponto de suas vidas elas fizeram uma decisão ou alguma espécie de comprometimento que lhes assegurou a posição de cristãos... até... até que alguma dificuldade muito severa se levantou na sua vida, até que ela foi exposta a algum desafio, a alguma provação, a alguma sobrecarga insuportável que expôs o fato de que esta pessoa, na verdade, nunca foi cristã.
A fé desta pessoa foi testada através das provações e esta pessoa foi encontrada morta na fé, com uma fé não – salvadora. Ao invés de encontrar recursos e conforto em Deus e nas Escrituras através das provações, estas pessoas abandonam a Deus.
Este é um acontecimento comum. Felizmente, as provações fazem a pessoa despertar para a sua verdadeira condição espiritual, e é essencial na vida cristã ser despertado para o seu verdadeiro estado espiritual; mas tragicamente muitas pessoas se afastam do que uma vez confessaram.
Através da epístola de Tiago, Tiago está preocupado sobre este problema. Tiago está preocupado sobre a fé viva, a fé real. Tiago está preocupado sobre o verdadeiro cristianismo, sobre a salvação genuína.
E do começo ao fim da epístola de Tiago, Tiago dá uma série de testes que revelam o caráter verdadeiro da fé de uma pessoa.
É o tipo real de fé que salva, ou é uma espécie de uma farsa de uma fé morta que não salva? Através de toda a epístola de Tiago existem testes para a fé verdadeira, e francamente, dentro da conjuntura da igreja, dentro da conjuntura do Cristianismo, não existe um assunto mais importante.
Nós precisamos ser capazes de reconhecer a nossa verdadeira condição espiritual, reconhecer a nossa fé e discernir se é uma fé viva ou se é uma fé morta.
Agora, como eu disse, existe um número de testes que Tiago dá, mas o primeiro teste que ele dá é como o cristão responde às provações.
O versículo 12 diz que quando uma pessoa persevera na provação, isto é perseverar na fé, perseverar na confiança em Deus, perseverar na confiança em Jesus Cristo; quando a pessoa persevera na provação, se agarrando em Deus, se agarrando em Cristo, de modo inabalável em sua fé, ele foi aprovado e é ele quem vai receber a coroa que é a vida eterna. Aquela coroa prometida para todos que verdadeiramente e genuinamente amam o Senhor.
“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tg 1.12) – (ARA).
O primeiro teste, então que Tiago traz até nós é o teste da fé genuína que vem através das provações.
Volte por um momento para o Evangelho Segundo Lucas, capítulo 8, aonde uma declaração muito familiar é feita por nosso Senhor neste contexto. Nós temos ouvido isto em mais algum lugar, mais precisamente no Evangelho Segundo Mateus.
Mas em Lucas 8.13, Jesus descreve um certo tipo de pessoa que escuta o Evangelho e que diz no versículo 13 que é como se a semente do Evangelho tivesse caído em um solo rochoso:
“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.” (Lc 8.13).
Existem certas pessoas que são como um solo rochoso, um solo cheio de rochas.
Há uma respostas inicial, uma reação inicial que é positiva, uma fé inicial: “A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria...” (Lc 8.13a).
Mas estes não tem raiz: “... estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e [ ...e aqui é que está a questão... ], na hora da provação [ em tempos de teste, em tempos de tentação, em tempos de provação... ], se desviam.” (Lc 8.13).
Agora, você está muito familiarizado com isto. Jesus contou a parábola sobre os tipos de solo e disse que existe um tipo de solo que tem terra rasa na superfície, mas que por baixo da superfície é um solo rochoso.
E então, quando a semente é plantada, e começa a crescer em direção ao sol e receber a água que está disponível, e logo cedo as raízes vão para baixo, e batem na rocha, as raízes não podem receber mais água e eventualmente o sol vai queimar a planta que está acima do solo até ela murchar e morrer. [ ver Lucas 8.4 – 15 ].
Isto é realmente uma ilustração ou uma imagem das provações escaldantes que sobrevêm à nossa vida. Existem determinados momentos na nossa vida quando nós enfrentamos estes tipos de provações, e eles se tornam significativamente, Jesus diz, um teste para nós... em tempos de provação, ou o tempo de teste.
Tempo é “kairós”, e não “chronos”, você fala sobre um cronômetro, isto é, alguma coisa que conta o tempo cronológico, ou o tempo sequencial em um relógio ou em um cronômetro.
Não estamos falando sobre isto. Estamos falando sobre “kairoswhich” que é um evento, ou uma temporada, ou uma época, ou uma circunstância, ou um tempo destinado, ou um momento de oportunidade.
Lá vem estes tipos de vezes e um alarido daqueles tempos de provação, ou tentação ou teste, eles se desviam. Isto não significa que uma vez eles pertenceram a Deus e que agora não pertencem mais a Deus.
Isto não é verdade. Eles nunca deram frutos, e fruto é uma evidência de que verdadeiramente pertenceram a Deus. Eles simplesmente fizeram algum tipo de afirmação de fé superficial que não durou, por que não poderia sobreviver às provações.
Elas são como aqueles de I Timóteo 4.1 que apostataram da fé.
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” (I Tm 4.1).
Estes mesmos tipos de pessoas são descritas em I João 2.19.
“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (I Jo 2.19).
O mesmo tipo de pessoa está em Hebreus capítulo 3. Em Hebreus 3, estas pessoas que apostataram da fé depois de terem sido expostas ao Evangelho. O mesmo tipo de pessoa também está em Hebreus 6 que tendo percorrido todo o caminho da plena revelação do Evangelho apostata da fé e é impossível para eles serem renovados para o arrependimento.
“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová -los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.
Porque a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada.” (Hb 6.4 – 8).
Estes textos não se referem aos cristãos verdadeiros, mas àqueles que fazem uma profissão de fé superficial, mas quando a provação vem para testar a sua fé, ele apostata da fé por que não suporta a provação.
A semente em Lucas 8, encontra um pouco de terra na superfície mas não a quantidade de terra suficiente para criar raízes. Então, a ideia aqui é que simplesmente nunca houve nenhuma raíz, nunca houve uma absorção substancial.
A união... a união imaginária com o solo era apenas aparente, e nunca houve na verdade um relacionamento verdadeira entre a somente e a terra. De modo que quando o sol chega, a planta murcha até morrer.
Agora, Tiago sabe que o Senhor ensinou isto. Tiago, você se lembra, é o irmão do Senhor, mencionado como seu irmão no décimo terceiro capítulo do Evangelho segundo Lucas nos versículo 55 e 56. [1].
Então, quando Tiago começa a epístola, com uma série de testes da fé viva, ele começa com a questão das provações sabendo que Jesus tornou o assunto das provações em algo muito importante. O versículo 3 chama isto de o teste da sua... o quê?... da sua fé. As provações sempre testam a sua fé.
Escute o que eu vou dizer agora, é muito importante. As provações não podem destruir a fé verdadeira. Você escutou isto? As provações não podem destruir a fé verdadeira por que a fé verdadeira é um dom de Deus e a verdadeira fé salvadora é para sempre.
Nós estamos seguros por que Deus nos deu uma fé inabalável. Isto foi ilustrado por Jó que disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei.” (Jó 13.15).
As provações não podem destruir a fé verdadeira. Mas embora não possam destruir, as provações podem testar a fé verdadeira. E as provações vão revelar a fé morta.
Tiago, então, está preocupado para testar a genuinidade de nossa fé no que concerne à provações. E Tiago no diz que a fé verdadeira, versículo 3, perdura. E mais abaixo no versículo 12, ele diz que a fé verdadeira persevera... duas palavras que realmente identificam a mesma coisa.
A fé verdadeira não pode ser destruída pelas provações, a fé verdadeira perdura, a fé verdadeira persevera mesmo através das provações. Esta é a natureza da fé verdadeira.
Então, trazendo provações nas nossas vidas, Deus não está destruindo a nossa fé, Deus está manifestando a nossa fé. Eu creio que uma das coisas mais encorajadoras na vida de um crente, e é claro que à medida que eu envelheço eu passo mais por isto, é que você tem na vida provação depois de provação depois de provação.
Quando eu era criança eu sofri um terrível acidente de carro, 17 anos de idade ou 18 anos de idade e eu fui jogado para fora de um carro a 75 milhas por horas (aproximadamente 120 km por hora), e eu quase morri, além de diversas outras vezes em que a morte passou perto.
Eu me recordo de cair de um precipício uma vez e ficar pendurado por uma raíz até que eu fui ajudado a sair desta situação, o que quase me custou a vida. Aconteceram algumas vezes no oceano quando eu fiz coisas ridículas enquanto estava navegando e você pode realizar que foi somente pela providência fortuita de Deus que você encontra ar na profundidade de uma onda na qual você não deveria estar envolvido com ela.
E você caminha através da vida e você enfrenta os problemas com os seus filhos, e tão bem quanto você saiba, um tumor cerebral no nosso filho, Mark, e um acidente que quase custou a vida da minha esposa; e então, recentemente atravessando uma situação difícil quando por algumas horas eu estive praticamente morto, de acordo com os doutores.
E você enfrenta todas estas provações da vida e você ainda por cima perde as pessoas que você ama. No último ano, a minha irmã estava morrendo por causa do câncer, e poucas semanas atrás minha mãe morreu. E você enfrenta provação, depois de provação, depois de provação e nunca na vida de um verdadeiro crente estas provações podem destruir a fé deste crente. Tudo o que estas provações fazem na vida do crente é expor a realidade da fé verdadeira.
E eu posso dizer honestamente a você que eu... quanto mais eu vivo, mais provações eu enfrento, e não apenas as minhas provações pessoais, mas as provações que eu enfrento como pastor da igreja, as vezes em que tem havido assaltos na igreja, ou assaltos contra o meu caráter, ou ataques pessoais contra mim, ou o compartilhar do carregar as cargas de outras pessoas, o que também é de cortar o coração.
Quanto mais destas provações você enfrenta mais a sua fé vai se tornando inabalável e mais confiante você se torna de que a sua fé é uma fé real.
Eu suponho que houve um tempo quando eu era jovem, que havia dúvidas. Você sabe, as vezes você pergunta a uma pessoa jovem... Você já convidou a Cristo para entrar na sua vida? E eles vão dizer: “Sim, 25 vezes... ou 50 vezes... ou ainda, eu faço isto todo o tempo, por que eu só quero estar seguro.” Eu não quero mais fazer isto, e você que é maduro no Senhor também não quer. A sua fé já tem sido testada o suficiente de modo que você sabe do que você é feito.
E você sabe que não é a sua própria mixórdia, você sabe que a sua fé é dom de Deus, certo? O tipo de fé que Deus dá é o tipo de fé que perdura nos testes. E quanto mais esta fé é testada pelas provações, mais esta fé é comprovada; e quanto mais esta fé é comprovada, mais confiança você desfruta nesta fé de modo que a sua esperança se torna mais forte.
A fé verdadeira vai perseverar, não importa o que aconteça. A fé verdadeira é provada e é testada em cada caso.
Tendo dito isto, isto não nos divorcia de estarmos envolvidos em provações, nos divorcia? Ainda é uma batalha aqui não é? Você não pode abandonar o Senhor, você não pode abandonar a sua confiança no Evangelho, você não pode simplesmente abandonar tudo e mergulhar no pecado como se Deus houvesse desapontado você tão severamente que você está como que abandonando a Deus pelo pecado para ver como Deus reage. Não... isto não significa que, mas eu vou te dizer isto, quando você enfrenta provações existem algumas coisas que você precisa fazer para ganhar algo de bom das provações que Deus tem permitido na sua vida.
Eu tenho visto verdadeiros cristãos enfrentarem provações. A sua fé permanece intacta, mas as suas atitudes certamente não. Você tem notado isto?
E então, Tiago é muito instrutivo nesta parte de abertura do capítulo 1 por que ele nos diz como suportar a provação. A nossa fé vai resistir ao teste, e vai ser revelada pelas provações se é uma fé verdadeira ou não. E eu me congratulo nisto e você deveria congratular – se também por que isto é muito, muito importante e uma confiança maravilhosa saber que você é genuinamente de Deus, que você tem uma fé genuína e verdadeira fé salvadora que tem sido testada nas mais severas circunstâncias.
Mas ao mesmo tempo, a sua fé está resistindo aos testes, que é mínima, no nível de sobrevivência. Mas o desejo de Deus não é que apenas que a sua fé sobreviva, mas que o teste se torne um ponto muito claro do seu progresso espiritual... e que ao invés de segurar as unhas com os dentes cerrados, você caminhe através dos testes e das provações triunfantemente. Para fazer isto muitas coisas são necessárias, e nós estamos olhando para estas coisas.
Número um é uma atitude alegre... número um é uma atitude. Versículo 2: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações.” Considerar com toda a alegria, pura, sem mistura, total e absoluta.
Você diz: “Isto não é normal!”. Você está certo, isto não é normal, mas é um mandamento.
Alegrai – vos... com que frequência o apóstolo Paulo diz para os filipenses se alegrarem?... com que frequência?... sempre, e caso você não tenha percebido isto, novamente eu digo se alegre... todo o tempo, todo o tempo, todo o tempo.
“Alegrai – vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai – vos.” (Fp 4.4).
Os cristãos deveriam ter uma incessante atitude de alegria. Isto não significa que você deve andar por aí igual a um bobo com um sorriso de orelha a orelha todo o tempo, isto não é real.
Mas há uma confiança profunda, uma paz profunda, uma tranquilidade profunda e uma emoção profunda e uma gratitude antecipada que não pode ser tocada nem mesmo na superfície por nenhuma experiência.
Você deveria enfrentar as provações com uma atitude alegre.
Em segundo lugar, nós vimos no versículo 3, que deveríamos enfrentar as provações com um entendimento mental. “sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.” (Tg 1.3).
Você tem que entender o que é que Deus está fazendo. Deus está produzindo perseverança através das provações. Isto é, perseverança, que é o poder da permanência. É um tremendo benefício por que a vida segue acumulando provações, provações e provações, de modo que a fé precisa aprender a ser perseverante.
Se aproxime das suas tribulações com uma atitude alegre e com um entendimento metal, “sabendo”... versículo 3, é a palavra chave... “sabendo” o que é que este teste da sua fé está produzindo. Está tornando você mais forte e mais capaz de perseverar.
Em terceiro lugar, nós dissemos que a maneira correta de se aproximar das provações é ter uma vontade submissa... ter uma vontade submissa. Você sabe o que é que está acontecendo, Deus está produzindo algum a coisa.
Então, no versículo 4: “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” Isto quer dizer que as provações vão trazer a você maturidade espiritual. Então, tenha uma vontade submissa.
Através das provações nós somos levados à maturidade espiritual.
Eu fui lembrado nesta manhã por Dick Mayhue que Joni Eareckson Tada escreveu um livro chamado When God Weeps (Quando Deus Chora). E quando ela escreveu isto ela me perguntou se eu iria colocar junto alguns... alguns pensamentos para um apêndice aonde as Escrituras dizem sobre o que é que Deus está fazendo no nosso sofrimento.
E naquele apêndice eu escrevi, “Descobrir a mão de Deus em tempos de provação e de dificuldade é realmente uma descoberta da Palavra de Deus.” Você nunca vai entender o que é que Deus está fazendo até você olhar para a Palavra onde existe uma miríade de versículos da Palavra de Deus que vão revelar para nós esta perfeição sobre a qual fala o versículo 4, esta completude, este resultado perfeito, esta falta de nada que o Senhor está tentando efetuar em nós através das provações.
À medida que as provações vêm, elas produzem perseverança. Quando nós permitimos desfrutar da provisão de Deus no meio da provação, o ganho da perseverança tem um resultado cada vez mais perfeito e que nos torna cada vez mais maduros à imagem de Jesus Cristo.
Bem, à medida que eu olhava para a lista que estava naquele apêndice, eu não lembrei de tudo isto, mas estas são as coisas que eu disse que Deus está fazendo para nos aperfeiçoar no sofrimento. E aqui estão apenas alguns.
“O sofrimento é utilizado para aumentar a nossa consciência do poder sustentador de Deus a quem devemos o nosso sustento. Deus utiliza o sofrimento para nos refinar, nos fortalecer e nos impedir de cair. O sofrimento permite que a vida de Cristo seja manifesta em nossa carne mortal e nos permite compartilhar do Seu sofrimento.
O sofrimento nos fali, nos drena de todos os recursos humanos e nos torna mais dependentes de Deus. O sofrimento nos comunica a mente de Cristo a se despojar de Si mesmo e se tornar um servo e se curvar às necessidades dos outros.
O sofrimento nos ensina que Deus está mais preocupado com o nosso caráter do que está preocupado com o nosso conforto. O sofrimento nos ensina que o maior bem da vida cristã não é a ausência de dor; mas sim a presença da maturidade espiritual, ou a perfeição.
O sofrimento pode servir de lição de Deus pelos nossos pecados e pela nossa rebelião. O sofrimento nos ensina obediência e auto – controle quando vem em forma de correção.”
“O sofrimento é uma forma voluntária de demonstrar o amor de Deus pelo auto – sacrifício pessoal. O sofrimento é uma parte inevitável da luta contra a nossa natureza caída e contra o pecado que está em nós.
O sofrimento é uma parte da luta contra o mundo maligno e contra Satanás e os demônios e as pessoas malignas. O sofrimento é parte da luta para o avanço do Reino de Deus. O sofrimento é parte da luta para a proclamação do Evangelho.
O sofrimento é parte da luta contra a injustiça. O sofrimento é parte da luta para elevar o nome de Cristo. O sofrimento indica como os justos são capazes de compartilhar os sofrimentos de Cristo.
O sofrimento produz perseverança e a perseverança produz uma recompensa eterna. O sofrimento força o amor mútuo e a ministração e a administração dos nossos dons para o bem comum. O sofrimento nos faz socorrer uns aos outros.”
“O sofrimento, então, ata os cristãos juntos em um propósito comum. O sofrimento produz discernimento, que produz conhecimento, entendimento, e nos permite compartilhar o que temos aprendido e entendido com outros.
Através do sofrimento, Deus é capaz de obter o nosso espírito quebrantado e contrito que Ele deseja. O sofrimento causa a nossa disciplina mental nos fazendo focar a nossa esperança na graça de Jesus Cristo que há de ser revelada.
Em outras palavras, o sofrimento torna o céu ainda mais maravilhoso e nos faz antecipá-lo com uma quantidade ainda maior de alegria. O sofrimento nos ensina a contar os nossos dias de maneira sábia para que possamos nos apresentar a Deus com um coração sábio.
O sofrimento é às vezes parte de alcançar os perdidos com a mensagem do Evangelho. O sofrimento nos permite nos tornarmos fortes o suficiente para superarmos a fraqueza.
Deus deseja a verdade no mais íntimo e no mais profundo de uma forma que Ele atinge através do sofrimento. O sofrimento nesta vida vai ser recompensado na vida por vir. O sofrimento é sempre relacionado com uma grande quantidade de graça.
O sofrimento nos ensina a dar graças em tempos de angústia e a apreciar os tempos em que não sofremos. O sofrimento aumenta a fé. O sofrimento permite que Deus manifeste o Seu cuidado.” E eu poderia dizer bem mais.
Você precisa entender isto. É por isto que Tiago diz no versículo 3 que você precisa saber o que é que está acontecendo aqui. E então, no versículo 4, você precisa deixar isto acontecer.
“sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tg 1.3 – 4).
Então, com qual abordagem nós deveríamos suportar as nossas provações? Com uma atitude alegre, com um entendimento mental, com uma vontade submissa, e número quatro, nós vamos para o versículo 5, um coração crente.
E nós fomos através disto na última vez, apenas brevemente para mencionar isto a você. “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser–lhe–á concedida.” (Tg 1.5).
Isto simplesmente significa que Deus não diz: “Bem, você quer sabedoria, você quer, bem, Eu vou dar a você exatamente o que você merece, aqui vai uma pequena gota de sabedoria e uma ralha junto com ela.” Não. Deus nos dá sabedoria generosamente e nunca nos reprova no processo.
Agora, há uma condição, no versículo 6.
“Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tg 1.6 – 8).
Tal pessoa que é de ânimo dobre, como nós falamos sobre isto, ânimo dobre, instável, que nas palavras dos Salmos 12.2 tem um coração duplo, não vai receber nada do Senhor. Ele não vai até Deus com dúvidas e disputas, questionando a Deus, desafiando a Deus, dizendo para Deus que estaria melhor se fizesse o que quisesse fazer ao invés de seguir as escolhas de Deus. Você não vai receber o alívio do seu sofrimento até que você confie completamente em Deus.
Mas quando você confia completamente em Deus, quando você vai não como o duvidoso que vacila entra a dúvida e a fé, ele é instável, instável em todos os seus caminhos. Mas aqueles que vêm com uma fé verdadeira e pedem por sabedoria para entender as provações vai receber a sabedoria.
Agora, já que nós como que terminamos este ponto, eu quero adicionar uma nota de rodapé à tudo isto.
Você deve estar se perguntando a seguinte questão... de que maneira Deus entrega esta sabedoria? Resposta: em primeiro lugar, através das Escrituras.
Como eu mencionei a um momento atrás, um entendimento daquilo que Deus está realizando no seu sofrimento é um entendimento baseado nas Escrituras por que arranjado desta forma, e eu dei à vocês uma longa lista de coisas que as Escrituras dizem que as provações tem a tendência de cumprir.
Então, a primeira coisa que acontece é quando você pede a Deus por sabedoria no meio da sua provação, e você está tentando descobrir por que isto está acontecendo e o que é que está acontecendo e você não entende isto e você não consegue se agarrar a isto, e você vai a Deus e você pede sabedoria a Deus, você está para ser direcionado de volta para a Palavra de Deus.
Em primeiro lugar, as respostas que você precisa vêm da Escritura. Em segundo lugar, as respostas que você precisa vão vir através das circunstâncias... as respostas que você precisa vão vir através das circunstâncias.
Pode ser a instrução de um professor, pode ser a instrução de um amigo, pode ser a maneira de Deus providencialmente ordenar as circunstâncias da vida até que você diga... Aha, eu vejo por que isto está acontecendo, olhe para isto, olhe para o que tem acontecido, olhe o rumo que as coisas estão tomando...como Deus começa a trabalhar providencialmente no mundo ao seu redor e entre as pessoas que tocam a sua vida.
Agora, finalmente e aqui é aonde concluímos isto, as provações são um teste da verdadeira fé. Nós não apenas vamos enfrentar as provações e sobreviver, nós queremos enfrentar as provações triunfantemente. E enfrentar as provações triunfantemente requer uma atitude alegre, um entendimento mental, uma vontade submissa, um coração crente, e finalmente, um espírito humilde... um espírito humilde.
E obviamente isto é essencial. Eu quero dizer, uma das coisas que Deus está fazendo no seu sofrimento é humilhar você. Mas olhe para o versículo 9 até o versículo 11.
“Mas glorie – se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.” (Tg 1.9 – 11).
É interessante como Tiago apenas escreve aqui, e algumas pessoas podem pensar que estas coisas não estão relacionadas, mas é por que no versículo 12, ele volta para a questão do sofrimento.
“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tg 1.12).
Portanto, isto está englobado neste contexto. [ ver Tiago 1.9 – 10 ]. E então, Tiago passa a descrever como o vento seca a grama e as flores o que é uma figura das riquezas terrenas. [ ver Tiago 1.11 ].
Mas o denominador comum aqui no versículo 9 é a humildade, no caso do homem pobre e humilhação no caso do rico no versículo 10.
Esta discussão é fascinante, a propósito, fascinante. Há um outro mandamento aqui, e o mandamento vem no versículo 9: “O irmão, porém, de condição humilde glorie – se na sua dignidade.”
Este é o irmão, alguns textos dizem, de grau baixo, o irmão humilde. Esta é uma pessoa pobre, que está em baixo na escala econômica, que está embaixo no gráfico de prestígio.
Tipicamente, na Igreja, não existem muitas pessoas nobres, não muitos nobres, como I Coríntios diz. E estes crentes particulares que estavam espalhados por todo lugar, o versículo diz à respeito deles: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações.” (Tg 1.1).
Eles eram vítimas da perseguição. Eles foram despojados dos bens. Eles sofreram privações. Eles foram vítimas de racismo e de intolerância religiosa.
Aos longos do capítulo 5, os ricos são condenados. No capítulo 5 e versículo 1 os ricos são condenados e uma das razões no versículo 4 é por que a oração dos trabalhadores que trabalhavam nos campos e que tiveram o pago retido nos campos estava clamando.
“Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão.” (Tg 5.1).
“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.” (Tg 5.4).
Os ricos não estavam... não estavam pagando aos pobres que trabalhavam para eles. Os ricos estavam defraudando os pobres. E então, no versículo 6, eles condenaram e executaram o justo.
“tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência.” (Tg 5.6).
Os ricos eram culpados deste tipo de coisa contra as pessoas pobres, somente para ressaltar que a pobreza na dispersão, que os judeus dispersos, particularmente os judeus crentes, realmente eles eram tipicamente pobres. Eles não podiam encontrar o caminho dentro da Comunidade Judaica por serem chamados pelo nome de Cristo. a Comunidade Gentílica não os queriam também por que eles pertenciam a Cristo e não tinha nada a ver com o Paganismo Gentílico.
Eles eram os pobres, do grego “tapeinos”, literalmente a palavra para pobres. E Tiago lhes disse para se gloriarem... a palavra aqui é “kauchaomai”, que significa vanglória, mas é a alegria ou a vanglória de um orgulho legítimo.
Você pode não ter nada no mundo, nada mesmo, mas tudo bem. Que o irmão destas circunstâncias humildes se alegre e se regozije na sua alta posição. Ele pode não ter nada no mundo, mas ele tem uma alta posição com Deus. Ele pode ser a escória do mundo, ele pode ser, como o apóstolo Paulo chama isto, a escória do mundo; mas mesmo assim ele pode se alegrar por que o seu estado espiritual é de exaltação.
Que ele se alegre nisto... literalmente é dito, que ele se exalte... e nós poderíamos colocar entre parêntesis, que em Cristo, ele é exaltado. Ele pode estar faminto, mas ele tem o pão da vida. Ele pode estar sedento, mas ele bebe a água da vida. Ele pode ser pobre, mas ele tem a verdadeira riqueza. Ele pode ser posto de lado pelos homens, mas ele é recebido por Deus.
E então, ele pode aceitar suas privações, sua humilhação humana, sua solidão e se alegrar. Ele não precisa de mais nada. A sua posição perante Deus é suficiente, é suficiente.
Em Romanos capítulo 8 você tem uma declaração muito similar feita no versículo 17, dizendo que nós somos filhos de Deus, então seus herdeiros também, herdeiros de Deus e co – herdeiros com Cristo, se de fato sofrermos com Ele nós também seremos glorificados com Ele.
“Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co – herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” (Rm 8.17).
Então, o apóstolo Paulo diz no versículo 18 que não considera o sofrimento do presente merecedor de ser comparado com a glória a ser revelada no futuro.
“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Rm 8.18).
Ou seja, de bom grado nós sofremos, conhecendo a glória que está por vir. Nós temos uma herança reservada para nós no céu, reservada para nós lá, uma herança que não se desvanece.
Então, ele diz que se você é pobre, você é humilhado socialmente e você é humilhado economicamente. Aceitar esta humilhação por causa da pobreza é uma provação de vida curta, por que é apenas para esta vida. E aqueles que são pobres, mas em Cristo tem a esperança da vida eterna são ricos.
Em outras palavras, não corra atrás da alegria deste mundo, e você nunca vai ser desapontado. Se você está procurando pela alegria nas circunstâncias da vida, você nunca terá a verdadeira alegria. Se você anexar alegria às possessões terrenas, a qualquer status econômico terreno, você perdeu o ponto. Aceite sua humilhação, é bom para você, mantém o seu foco aonde deve estar e torna as realidades espirituais e todas as riquezas eternas mais preciosas.
Agora o homem rico, ele tem um problema diferente. “O irmão, porém, de condição humilde glorie – se na sua dignidade, e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva.” (Lc 1.9 – 10).
A maioria das pessoas ricas estão muito preocupadas com a possibilidade de perder as suas riquezas. Mas que o irmão rico se regozije quando estiver pobre. Que o rico se regozije quando o mercado de ações quebrar. Que ele se regozije quando ele perder tudo por que ele não deveria ter nenhum orgulho das suas possessões, e de qualquer forma não deveria ter nenhuma esperança na sua posição. Que ele se regozije quando for humilhado por que a humildade é bom para a vida espiritual.
Havia algumas pessoas ricas na igreja primitiva. Aqueles que eram ricos tinham que suportar um certo estigma. Você sabe, o tipo de vida das pessoas ricas espera pessoas ricas, você tem notado isto? Eles realmente não estão confortáveis com a ralé, o resto de nós.
Mas você sabe, a igreja apenas rompe com tudo isto. E se você está em Cristo você está como que preso com não muitos nobres, nem muitos poderosos, as coisas vis deste mundo, as coisas comuns, apenas nós, pessoas simples. Há uma certa quantidade de humilhação nisto. Os ricos estão, portanto, misturados na vida, juntamente com as pessoas pobres.
E você sabe o que acontece? O pobre necessita de muito do quê eles têm. E se eles realmente honram a Cristo, eles estão dispostos a compartilhar isto. Então, os ricos, mesmo que eles pudessem, de um ponto de vista terreno, ter uma certa quantidade de prestígio, uma vez que eles vão à Cristo, eles pertencem à família de Deus, e há uma certa quantidade de humilhação com as pessoas com as quais eles tem que se associar.
Bem, que o rico se regozije nisto, diz Tiago. Que o rico se regozije nas suas humilhações. Que o pobre se regozije nas suas humilhações. Que todos se regozijem nas suas humilhações por que o caminho para a maturidade espiritual é estritamente através do processo da humilhação.
O homem pobre pode se regozijar por que a sua fé em Cristo o eleva acima das provações e ele contempla a glória da sua posição em Cristo. O homem pobre que não possui absolutamente nada é humilhado na vida social e é humilhado na vida econômica e é humilhado na vida em termos de qualquer tipo de prestígio, que ele... que ele se eleve a grandes alturas por que ele contempla que ele é de fato o filho de Deus que é rico além de qualquer descrição. É só que ele ainda não recebeu a sua herança.
E a fé faz uma coisa igualmente abençoada para o irmão rico. Deus o preenche com o Espírito de Cristo. Isto o coloca juntamente com o mais baixo e humilde e lhe dá um espírito de quebrantamento e de humildade.
Então, como o irmão pobre esquece toda a sua pobreza terrena, o irmão rico esquece toda a sua riqueza terrena e os dois se dão conta que são iguais em Cristo. A humildade verdadeira aceita os pobres e os ricos. De qualquer maneira, não se ate muito fortemente ao que você tem e não viva a sua vida tentando ter o que você não pode.
Para enfatizar como tudo nesta vida é temporário, Tiago dá uma ilustração. No fim do versículo 10 ele diz que todas as riquezas terrenas da pessoa rica passarão como uma planta: “... porque ele passará como a flor da erva.”; e as pessoas ricas, Tiago não está falando aqui espiritualmente sobre as pessoas ricas, “por que a pessoa rica vai perder tudo, todas as suas coisas terrenas.” No versículo 11 Tiago diz: “Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos.”
Todas estas coisas são muito temporárias. Se você não perde isto aqui, você vai perder quando você sair daqui. Existem algumas flores em Israel, e Israel é um lugar realmente quente, que elas apenas florescem e desaparecem.
Tipicamente a anêmona e todos os outros ramalhetes de flores, incluindo os lírios que crescem lá, eles como que chegam em fevereiro e eles são literalmente queimados em Maio. Todos eles sabem disto. Tudo vai ser queimado.
Tiago está dizendo que você só precisa ser humilde através de tudo isto, você só precisa aceitar que Deus está no processo de tornar você mais humilde, e quanto mais humilde você é, menos dependente de você mesmo você se torna, mais manso então você é, mais parecido com Cristo então você é. Tiago, pelo jeito, tem muito mais a dizer sobre os ricos e sobre as riquezas que nós não temos tempo para falar.
Então, aqui está o primeiro teste de Tiago. É um teste da fé verdadeira. Se você é realmente um cristão, você vai sobreviver às provações. A provação pode ser a perda de um emprego. A provação pode ser uma ofensa pessoal por alguém na igreja. A provação pode ser um affair da esposa. A provação pode ser o marido que abandona a família. A provação pode ser uma enfermidade no coração, pode ser um câncer ou pode ser qualquer outra doença. A provação pode ser uma criança que nasce com uma severa deficiência e morre. A provação pode ser um adolescente que é morto em um acidente de carro.
A provação pode ser como a jovem com a qual eu falei esta semana, Gladys Staines, eu falei para vocês sobre ela. Eu liguei para ela e tive uma conversa incrível com ela. Muito difícil de imaginar. Ela é uma missionária na Índia e no dia 24 de Janeiro, o marido dela, Graham, e os seus dois meninos, um de 10 anos e um de 6 anos, foram para um passeio de pai e filho em um lugar muito simples com cabanas de barro.
Eles tinham um pequeno tipo de Jipe com vagão aonde eles dormiam por que não havia acomodações. E então, durante o dia, eles tinham atividades e ministérios. Uma turba de Hindus indisciplinados e rebeldes, derramou gasolina no carro e os queimaram vivos e os incineraram.
Eu estava falando com a Gladys sobre isto, justamente esta semana. Eu disse o seguinte: “Qual é a sua resposta à tudo isto?”. E ela respondeu da seguinte maneira: “Bem, eu não estou com raiva, eu só estou triste.”
Eu disse: “Bem, como você enxerga o futuro agora?”. “Oh,” ela disse: “Eu nunca vou entreter o pensamento de abandonar. Eu só tenho que pegar o trabalho do meu marido e continuar fazer este trabalho.”
Fé inabalável. E então eu disse para ela: “Bem, Gladys, eu posso fazer à você uma pergunta pessoal? Eu gostaria de alguns conselhos para transmitir às pessoa jovens, o que você diria à uma pessoa jovem que está se preparando nos dias de hoje para ir ao campo missionário?”.
Instantaneamente ela disse: “Em primeiro lugar, esteja muito seguro e muito certo do seu chamado... esteja muito seguro e muito certo do seu chamado. Em segundo lugar, esteja disposto a dar a sua vida.” Ela me disse isto poucos dias depois de sua família ser queimada viva.
Você diria que ela passou no teste da fé? Eu diria que ela passou no teste. Você não pode destruir a fé salvadora com as provações. Tudo o que você pode fazer é manifestar o seu caráter.
E aqui há um triunfo em falar com esta mulher, no meio de tudo isto, uma atitude alegre, um entendimento mental, uma compreensão completa da obra de Deus, uma vontade submissa, ela vai permanecer se ela e sua filha de 13 anos de idade tiverem que dar as suas vidas.
Um coração crente, eu estou seguro de que ela tem estado perante o Senhor incessantemente desde então, pedindo por sabedoria, para resolver tudo isto. E ela disse:
“Você sabe, nós estamos administrando um leprosário aqui tanto quanto pregando o Evangelho e trabalhando com estas pessoas que viajam, nós somos os único missionários na área. Não há ninguém mais para cuidar dos leprosos neste lugar. E eu não sei todas as coisas que o meu marido fazia, então eu estou lá tentando aprender tudo e pedindo sabedoria a Deus.”
Acredite em mim, ela estava pedindo sem vacilar certo? E a coisa que tanto me tocou foi a humildade dela. Ela literalmente dobrou os seus joelhos diante dos propósitos de Deus.
Marinheiros costumam dizer que os ventos transversais são os mais seguros para entrar no porto. George Whitefield disse: “Todas as provações são para dois finais, que nós estejamos mais familiarizados com o Senhor Jesus e mais familiarizados com o nosso próprio coração.” Isto não é bom?
O Cardeal Richelieu morreu em 1642, ele uma vez disse isto, e eu o cito, “Uma pessoa virtuosa e bem disposta é como o bom metal, quanto mais é levado ao fogo, mais é refinado; quanto mais oposição sobre, mais ele está aprovado. Os males podem tentá-lo e tocá-lo mas nunca vai imprimir nele nenhum selo falso.”
Ella Wheeler Wilcox escreveu de volta na virada do século,
“Eu não vou duvidar, apesar de todos os meus navios no mar irem à deriva, casa com mastros quebrados e velas; Vou acreditar que na mão que nunca falha, De parecendo mal pratica o bem para mim; E apesar de eu chorar porque essas velas são agredidas, Ainda vou chorar, enquanto as minhas melhores esperanças caem quebradas, Eu confio em Ti.
Eu não vou duvidar, apesar de todas as minhas orações regressarem sem resposta do imóvel e branco terreno acima; Vou acreditar que é um amor todo – sábio que se recusou à essas coisas para as quais eu anseio; E embora às vezes eu não posso me manter de luto, No entanto, o puro ardor da minha crença continua queimando.
Eu não vou duvidar, embora tristezas caem como chuva, E problemas enxameiam como abelhas e cerquem de uma colméia; Vou acreditar nas alturas para as quais eu me esforço , São e só chegou pela angústia e pela dor; E embora eu gema e trema com os meus cruzamentos, Eu ainda verei, através de minhas severas perdas, O maior ganho.
Eu não vou duvidar; bem ancorada na fé, Como algum navio firme, minha alma enfrenta cada vendaval; Tão forte a sua coragem que não falhará, Para peito do poderoso mar desconhecido da Morte. Oh, eu posso chorar quando partes do corpo com o espírito, Não duvido, portanto, os mundos escutam e poderão ouvi-lo, Com o meu último suspiro.”
O Puritano Joseph Church disse uma vez: “Os sofrimentos não são mais do que pequenas lascas da cruz.” E Deus nunca permitirá que você seja testado acima do que você é... acima do que você é capaz. E sempre com estes testes faz também um meio de escape. [ ver I Coríntios 10.13 ].
Um dos puritanos chamado Perkins expressou uma atitude no meio das provações que é extremamente desejável para o filho de Deus. Isto é o que ele escreveu.
“Aqui há uma notável diferença entre o piedoso e o ímpio. Esta diferença vem no sofrimento das provações. O réprobo, a pessoa ímpia, quanto mais o Senhor coloca as mãos sobre ele, mais ele murmura e se rebela contra Deus.
Os fiéis, quando se sentem sobrecarregados com o pecado, tumultuados com os conflitos de Satanás, quando eles sentem a ira de Deus ofendida contra eles, eles se lançam nos braços misericordiosos de Deus, eles agarram na mão de Deus que os esbofeteia e a beijam.”
Thomas Watson disse, “Quaisquer que sejam os problemas que os filhos de Deus enfrentem nesta vida, é todo o inferno que ele vai ter.”
Bem, resumindo tudo isto, as nossas provações deveriam ser doces para nós por causa destas considerações. Existe um Deus todo – poderoso, onisciente, soberano e infinitamente gracioso que sabe tudo sobre as nossas provações.
Deus tem me dado algumas vezes no passado e está me dando no tempo presente insinuações do Seu amor por mim, tanto por Sua providência quanto por Sua graça, e também através do sofrimento.
O sofrimento é uma evidência do amor deste Deus, um amor do qual Ele nunca se arrepende e um amor o qual Ele nunca retira, mas um amor que O compele a nos refinar.
O que quer que aconteça na minha vida então, é o resultado da sua vontade. As minhas aflições são parte do Seu plano. Todas elas são ordenadas em peso, em número e em medida.
O meu sofrimento não é resultado do azar ou um simples acidente, ou ainda alguma combinação fortuita das circunstâncias, mas a realização dos propósitos soberanos de Deus destinados para responder ao grande propósito, que é a minha maturidade espiritual e a minha semelhança com Cristo.
Além disto, a minha aflição não vai continuar por um momento a mais que seja do que o momento que Deus tem decidido. E Ele que trouxe isto até mim vai me dar o suporte até à vitória. Então, eu vou me alegrar nas minhas tribulações.
“Pai, nós te agradecemos por esta noite, pela alegria de considerarmos a Sua Palavra, a Sua verdade, pela claridade com a qual a Palavra de Deus fala de assuntos tão pertinentes que tocam toda a nossa vida. Nos force com esta verdade para termos o que é necessário neste texto... uma atitude alegre, um entendimento metal, uma vontade submissa, e tão crítico e tão essencial, um coração crente e humildade. Produza isto em nós assim como o Senhor utiliza as tribulações para nos tornar parecidos com Cristo, no nome de Cristo. Amém.”
Nota do Tradutor.
[1] Embora do texto mencione que Tiago é mencionado como irmão do Senhor em Lucas 13.55 – 56; na verdade, Tiago é mencionado como irmão do Senhor em Mc 6.3.
Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com/2016/02/como-suportar-as-provacoes-parte-3.html#ixzz3z0X82gbt
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