Por Rev. João Coelho
Teólogo, formado no Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição e Pastor na IPB de Sto. Antonio de Jesus-BA
Mensagem escrita durante o período de carnaval 2010.
Salve amigos,
Estava sumido, mas já estou no batente novamente. O motivo deste post é algo que me intrigou nesta tarde. Hoje terça feira de carnaval, não existe muito que fazer para um servo de Cristo, como não fui a nenhum retiro espiritual, não dá pra evangelizar (a cidade está ás moscas) e eu já fiz o meu devocional diário, então resolvi ligar a televisão. Mudando os canais percebi que estava sem muita escolha nos canais abertos. Fiquei no dilema entre as mulheres peladas das escolas de samba do Rio, as muitas pessoas cheirando Lança Perfume e beijando-se freneticamente no carnaval de Salvador e os loucos que se vestem da cabeça aos pés (num calor que faz o Saara parecer uma feliz sauna) do carnaval de Recife.
Mas graças a Deus pela TV a cabo!! Ao passar os canais vi a chamada do programa Oprah Winfrey Show (pense bem, total falta do que fazer). Oprah iria entrevistar o casal Haggard, Gayle e o Pastor Ted (esse mesmo, o que foi pego tendo um caso extraconjugal com um garoto de programa).
No referido programa Ted disse que ele esta muito melhor graças a “terapia” que esta fazendo e que após iniciá-la ele “nunca mais teve desejos compulsivos”, disse também que estava fazendo um tratamento dos “12 passos” para resolver o problema, mas que ainda estava no início e por isso não estava “sarado” completamente.
Infelizmente o que vi foram pessoas tratando atividade demoníaca e pecado diagnosticando como problema médico ou psicológico. Essa é uma triste realidade do evangelicalismo moderno que precisa ser sanada. Pois pessoas que agem assim não sabem que nenhuma terapia vai resolver (no máximo pode ajudar) o que só a confissão pública e o arrependimento podem restaurar; isso quer dizer que homossexualismo, drogas, gula, compulsão para comprar, por sexo, pornografia etc. Seja qual for o pecado! A chave para a libertação deve ser a confissão (Tg 5.16) e o arrependimento (Os 14.2; Lc 5.32; At 5.31, 11.18) e não a terapia.
Isso porque após confessarmos e nos arrependermos Deus nos conduz à verdade e ao retorno à sensatez, livrando-nos dos laços do diabo (2 Tm 24-26). Significa dizer que a melhor coisa a se fazer é reconhecer o nosso pecado e submeter-nos a Deus, entendendo que essa nódoa (seja qual for o pecado) faz parte de nossa vida e precisa ser limpa pelo poder do sangue de Jesus.
Infelizmente há pessoas que pensam que esconder o erro e o pecado é a melhor forma de resolver o problema, e ainda por cima crêem que terapia pode transformar desejo pecaminoso em santidade. Entretanto, a Palavra de Deus diz que o pecado não confessado corrói a alma e corpo (Sl 32.2-3) e destrói a alegria de viver, mesmo o que ainda não ocorreu na prática destrói as nossas forças até cedermos à tentação (Gn 4.7). Precisamos nesta hora de angustia nos refugiar em Cristo confessando o que tenazmente nos acedia (Hb 12.1).
Todavia, é bom lembrar que o pecado faz parte de nós, não em essência, porque somos imagem e semelhança de Deus e nEle não há pecado, mas existe como algo que um dia será extirpado, por isso a possibilidade de restauração e libertação do pecado para que possamos viver uma vida de santidade em Cristo. Somente no último Dia o pecado será completamente retirado de nós, na volta de Cristo e ressurreição dos santos, quando estaremos então livres de todo o pecar e seremos como Jesus é. Plenamente perfeitos. Até lá não existe pecado que não possamos cometer.
Que Deus nos livre dessa armadilha de pensar que os nossos pecados e desejos lascivos são apenas psicológicos e que Ele nos faça compreender que dependemos da sua graça, em Cristo, para sermos santos e livres do pecado e não da nossa própria justiça e legalismo ou mesmo de fazermos terapia.
A Deus seja a Glória!
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