Por isso vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Almeida Revista e Atualizada.
Não seria nenhum exagero dizer que a passagem supracitada é o cerne do mais famoso discurso de Jesus, o Sermão do Monte, visto que é exatamente aqui que o Redentor nos avisa que não podemos exercer nenhum tipo de justiça fora dEle, pelo fato de ter sido Ele, e tão somente Ele, Aquele a quem o Pai enviou para cumprir toda a Lei, nada revogando desta (Mt 5.17)*. É por este motivo que jamais haveremos de entrar nos portais celestiais, a menos que estejamos alicerçados em Sua perfeita Justiça (obediência), pela qual importa que sejamos sarados (Is 53.5). Fora de Cristo, nossa justiça não passa de meros “trapos de imundícia” para Deus (Is 64.6).
Isto posto, é apropriado que também enxerguemos aqui a doutrina da união do fiel com o seu Senhor (União Mística), pois não há a mínima possibilidade de obtermos um veredicto favorável da parte de Deus se não estivermos totalmente unidos a Cristo. Sem tal união, não seríamos em nada diferentes dos ativistas religiosos hipócritas contra quem Jesus proferiu graves acusações, visto que ainda teríamos como essência da piedade a mera obediência externa. Somente em Cristo é que a nossa justiça consegue exceder a dos fariseus. Fora disso, estamos estabelecendo a nossa própria (cf. Rm 10.3).
É nisto que creio.
Soli Deo Gloria!
Nesse sentido, o referido texto também versa sobre a Humilhação do Redentor, que se submeteu à Lei para resgatar os que estavam sob ela, a fim de que recebessem a adoção de filhos (Gl 4.4,5).
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