Salmo 37: Jamais devemos invejar os ímpios, embora alguns deles possam ser extremamente populares ou excessivamente ricos. Não importa quanto tenham, definharão como a relva e murcharão como a erva verde. Aqueles que servem a Deus não vivem como os ímpios, por isso, herdarão tesouros nos céu. O que um incrédulo adquire na terra pode durar toda a vida dele aqui, mas o que o crente fiel alcança seguindo a deus durará para sempre. [11]
Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde. Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade. (Sl 37 1-3)
O Salmo 37, conforme se acredita, foi escrito por Davi. Quando o escreveu, o famoso rei já estava avançado em idade: ... fui moço e agora sou velho (v. 25). Neste salmo, ele discute um problema de longa data: a aparente prosperidade dos ímpios e o sofrimento do justo. Mas por que Davi escreveu um salmo sobre este tema? Possivelmente, a insatisfação já havia tomado conta de muitos israelitas, por causa da prosperidade dos malfeitores. E esta é uma questão que, se não for bem entendida, pode mesmo trazer grandes prejuízos espirituais para a pessoa que se vê envolta nela. Na verdade, este assunto era uma provação de fé, o grande questionamento dos israelitas que serviam fielmente a Deus.
Um dos princípios básicos do Antigo Testamento é que Deus abençoa os justos e castiga os ímpios. Todavia, isso, em algumas ocasiões, não aconteceu. A infiltração da apostasia “trouxe desordem à vida nacional, e, no declínio e confusão que se seguiram, surgiram muitos casos de homens bons sofrendo aflições e homens maus triunfando”. [1] Como explicar esses casos? Como entender que os bons sofram e os maus prosperem? Como continuar servindo a Deus, sem ser dominado pela insatisfação, diante dessa situação? É fato que ninguém está livre de enfrentar períodos de insatisfação, seja por este ou por outro motivo. Esta, se não for tratada, pode, aos poucos, roubar a alegria e confiança em Deus.
Por isso, vamos analisar as propostas inspiradas do salmista. Estas propostas são preventivas, mas podem ser usadas de forma remediativa, isto é, podem ser colocadas em prática por quem já enfrenta o problema. O segredo da verdadeira satisfação para alma humana está em Deus. Existem algumas ordens, no Salmo 37, que apontam na direção dessa verdade. Essas ordens, se cumpridas, trazem cura para a insatisfação. Que ordens são essas? Para os que estão sofrendo com a insatisfação e querem cura, seguem quatro delas.
O INSATISFEITO DEVE BUSCAR EM DEUS A SUA SEGURANÇA
Os versos 1 a 11 do Salmo 37 tratam da prosperidade do ímpio. Conforme já afirmamos, é possível que a alma de muitos servos de Deus, contemporâneos de Davi, estivesse adoecida pela insatisfação, ao ver a prosperidade de alguns ímpios. Por isso, o salmo começa com a seguinte advertência: Não te aborreças por causa dos homens maus (v. 1). Essa mesma advertência se repete no verso sete: ... não te aborreças por aquele que prospera em seu caminho; e no verso oito: ... não te aborreça, pois isso só lhe trará mal. Algumas traduções bíblicas traduzem aborrecer por “indignar”. Na língua hebraica, temos a mesma palavra em todos estes três versos. A palavra é hãrâ. Este verbo tem relação com uma raiz que significa “fazer o fogo queimar”.
O que o salmista está pedindo, nestes versos, é: “não esquentem de tanta irritação, não se inflamem por causa dos malfeitores”, ou, em outras palavras, “mantenham a cabeça no lugar”. Pode acontecer de alguém se inflamar em ira por ver os maus vivendo no conforto, enquanto aqueles que estão lutando para fazer a vontade de Deus padecem necessidades. Indignar-se por causa do pecado é uma coisa, mas invejar os perversos e arder em ciúmes por causa de suas riquezas é outra totalmente diferente. O salmista nos orienta a não nos consumirmos com essa questão. Ele diz mais: ... nem tenhas inveja dos malfeitores (v. 1). A inveja a que o texto se refere é o ciúme intenso pelo bem alheio. Invejar os ímpios é colocar em cheque a própria providência de Deus. O próprio salmista explica o porquê de não precisarmos nos inflamar de ira e inveja com relação aos maus: ... em breve secarão como a relva, murcharão como a erva verde.
A prosperidade dos ímpios é passageira. Não pode nos causar insatisfação e descontentamento com Deus. O salmista ainda acrescenta, no verso oito: ... pois isso só lhe trará mal. De acordo com a medicina, certas emoções fortes esgotam mais o corpo e o cérebro do que intensas atividades físicas; 90% da fadiga de pessoas sadias se devem a conflitos interiores. [2] Ao invés de invejar os perversos e prejudicar a nossa saúde, devemos buscar a nossa segurança em Deus. A confiança em Deus é o melhor remédio para toda a inveja e irritação. Justamente por saber que a segurança desta “vida boa” dos ímpios é ilusória, Davi diz: Confia no Senhor e faz o bem; assim habitarás na terra e te alimentarás em segurança (v.3). Aqui está a primeira ordem do Salmo para encontrarmos a verdadeira satisfação e para o insatisfeito receber cura. “Confiar no Senhor”, de acordo com este texto, é buscar a segurança nele e não na transitoriedade das riquezas. “Confiar”, no Salmo, poderia ser traduzido por “estar seguro”. A paráfrase “A mensagem” da Bíblia, de Eugene Peterson, traduz este verso da seguinte maneira: Faça um seguro com o Eterno e pratique o bem. O salmista faz questão de contrastar a verdadeira segurança que tem aquele que serve ao Senhor com a fugacidade daquele que pratica o mal (v. 9). É interessante notar, também, que buscar em Deus a nossa segurança não significa ficar parado, olhando a banda passar: confia no Senhor e pratica o bem, diz ele. Demonstramos confiança em Deus com as nossas atitudes.
Quem diz confiar em Deus, mas vive a reclamar insatisfeito, precisa rever seu entendimento sobre o que é confiança. Você que ouve esta palavra, já fez do Senhor a sua segurança? Consegue confiar nele mesmo diante das intempéries da vida? Consegue confiar nele mesmo que existam algumas situações pelas quais você não consegue entender a razão de ela acontecer? Não deixe que nada faça com que a tua confiança na soberania de Deus diminua. Não deixe que nada roube a tua paz. “Faça um seguro” com o Eterno e pratique o bem. Vale a pena continuar neste caminho. Este é o primeiro passo para abandonar o quanto antes a insatisfação. “Mesmo agora, é melhor ter Deus no coração e um pedaço de pão velho na mão, do que ter riquezas possuídas por muitas pessoas más”. [3] Deus, a seu próprio tempo, nos mostrará o quanto isso é verdadeiro! Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá (...). Mas os mansos herdarão a terra (vs. 10-11).
O INSATISFEITO DEVE CONSTRUIR EM DEUS A SUA FELICIDADE
Os versos 12 até o 20 do Salmo 37 tratam da oposição do ímpio. Nestes versos, temos, também, uma série de contrastes entre os justos e os ímpios. O remédio para não nos dobrarmos a insatisfação, diante desta oposição cruel, é construir a nossa felicidade em Deus. Este trecho do salmo começa dizendo que o ímpio maquina contra o justo e range os dentes contra ele (v. 12). Os homens maus estão em frequente oposição contra os servos de Deus. A paráfrase “A mensagem”, da Bíblia, traduz este verso assim: Os maus não suportam os bons. Quando Davi diz que eles “rangem os dentes contra eles”, evoca a imagem de um animal selvagem, que ataca e acaba com a sua vítima. Assim agem os maus contra os justos. Os maus são tiranos, aproveitam-se do pobre e do necessitado. No verso 14, o salmista chega a dizer: Os ímpios arrancam a espada e preparam o arco para atacar o pobre e o necessitado, para matar os que andam em retidão. O verbo “atacar”, que aparece neste texto, refere-se a derrubar um animal para consumi-lo, como faz um açougueiro. Quanto ao verbo “matar”, significa “matar cruelmente”, “matar impiedosamente”. Os ímpios não estão de brincadeira. A cada dia, fazem mais vítimas com seu veneno fétido e mortífero. Todavia, há lampejos de esperança nesse trecho do salmo. O texto diz que a espada dos ímpios lhes atravessará o próprio coração e os seus arcos serão quebrados (v. 15); os braços dos ímpios serão quebrados (v. 17); Mas os ímpios perecerão (...) desaparecerão, sim, como fumaça se desfarão (v. 20).
É Deus quem cuida dos seus! Os ímpios podem até rir por um pouco de tempo, mas, neste caso, quem ri por último, ri melhor mesmo: ... os justos não ficarão frustrados no dia do mal e se fartarão nos dias de fome (v. 19). No verso 13, lemos que o Senhor ri do ímpio, pois sabe que o seu dia está chegando. O dia final, em que as mesas serão viradas de cabeça para baixo, chegará. O ímpio pode bater no peito hoje, mas sua alegria é passageira. Não podemos perder essa perspectiva. Na maioria das vezes, quando a ingratidão bate à nossa porta e ganha lugar em nosso coração, ela o faz porque olhamos a vida apenas do ponto de vista do aqui e agora. Esquecemos que o último capítulo da nossa história ainda não foi escrito. Queixamo-nos porque não olhamos as coisas como Deus vê. Mas “o poeta convida os justos a ver as coisas como Yahweh as vê. Presumivelmente, isso aliviaria muita indignação e tensão”. [4]
O Senhor conhece os dias dos íntegros (v. 18). Conhecer, neste verso, é muito mais do que conhecer intelectualmente: indica que, por meio do relacionamento, Deus sabe o que está acontecendo. [5] Ele está envolvido com os justos. Os maus podem fazer oposição, mas é Deus quem cuida dos seus. E é justamente por saber que o Senhor conhece os justos que o salmista já havia dado a segunda ordem para que estes encontrem a verdadeira satisfação: Agrada-te também do Senhor, e ele satisfará o desejo do teu coração (v. 4). Grave bem isto: o termo traduzido por agrada-te vem de um radical que significa “ser habituado ao mimo, ser criado em meio ao luxo”, e tem o sentido de “estar feliz com”. Mesmo diante do ataque de homens maus, o Senhor nos conhece. Estejamos felizes com ele! Esteja feliz com o Senhor! Procure e construa sua felicidade exclusivamente no Senhor!
Você, que lê esta mensagem e procura a cura para a insatisfação, já se perguntou por que a insatisfação ganhou lugar em seu coração? Será que você não tem tentando construir sua felicidade em lugares errados? Será que não está buscando ser feliz por caminhos que não levam à felicidade? Será que não está confundindo estar feliz com Deus com ser feliz recebendo algo de Deus? Quando o salmista diz que o pouco que o justo tem vale mais do que a riqueza de muitos ímpios (v. 16), o faz justamente por saber que o justo tem o que, de fato, pode trazer felicidade: o Senhor! Os santos têm a companhia do Senhor. Nenhuma riqueza se compara com a presença do “Deus conosco”! Esteja feliz em tê-lo com você! Construa sua felicidade em seu relacionamento com Deus. Lembre-se deste conselho bíblico: Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei (Hb 13:5).
O INSATISFEITO DEVE ENTREGAR A DEUS O SEU CAMINHO
Os versos 21 até o 31 do Salmo 37 tratam da falência do ímpio. Os ensinos deste trecho são extremamente importantes para aqueles que caíram na tentação de andar pelo caminho do descontentamento. Ao terminarmos de meditar sobre estes versos, não restará nenhuma dúvida de que a melhor coisa a fazer sempre é entregar o nosso caminho a Deus. O verso 21 diz o seguinte: O ímpio pede emprestado e não paga, o justo, porém, se compadece e dá. O salmista está mostrando que, por mais próspero que um ímpio seja, acaba tendo de fazer empréstimos, mesmo que seja para fazer investimentos. O que nos chama à atenção, neste texto, contudo, é o fato de ele não pagar o empréstimo. Como pode ser isto? Será que o ímpio não paga porque é caloteiro (negligente, mau pagador) ou por não ter condições de fazer? Mas como aceitar como válida a segunda opção, se o salmo trata da prosperidade do ímpio? Se ele é próspero, não é lógico acreditar que ele não tem como saldar as dívidas? Pois é, isso era o que deveria acontecer. Todavia, parece-nos que o salmo está tratando de alguns ímpios que, mesmo prósperos, por causa de sua ganância, acabam gastando mais do que possuem. Daí precisa fazer empréstimos para manter o status. Perdem dinheiro e tomam emprestado para cobrir os prejuízos. Trata-se da “velha história de tentar tapar o sol com a peneira. Ele constrói seu império com crédito e, quando ocorre um revés, fica desesperado para recuperar a fortuna”. [6] Em todo caso, seja como for, o fim deste é terminar em miséria. O salmista contrasta esse ímpio com o justo, que tem mais alegria em poder ajudar do que em ser ajudado. Ele se compadece e dá, diz o texto. O justo não gosta de ostentar e, na verdade, apesar de não ter nada que ostentar é extremamente generoso com o que tem. Os justos podem fazer isso, pois, por “trás desta despreocupação com as necessidades e perigos da vida está o fator oculto da bênção, da alegria, do amor protetor e da fidelidade de Deus, que eles experimentam no contexto do seu compromisso com ele no modo como vivem” (vs. 23-31). [7]
Se cair, o justo não fica prostrado (v. 24). Davi chega a dizer que o Senhor não desampara os seus santos (v. 28), e que eles herdarão a terra (v. 29). Quando a vida nos provar com as suas desigualdades, não nos esqueçamos disto: os que possuem milhões de reais, ganhos às custas do empobrecimento de milhões de pessoas, um dia abrirão falência, serão exterminados pelo Senhor (v. 22). Ao invés de queixas e insatisfação pelas riquezas destes, entreguemos a Deus o nosso caminho. Esta é a terceira ordem do salmista para quem quer encontrar a verdadeira satisfação: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará (v. 5). Anote, em sua mente, o significado do verbo “entregar”. No original, temos, literalmente, “rola teu caminho sobre Yahweh”, ou “rolar sobre”, que quer dizer “deixar seu fardo”. É provável que esta metáfora tenha sido tirada das viagens feitas a camelo pelo deserto. [8] Este animal se ajoelhava, a fim de que a carga pudesse ser rolada sobre ele. Depois que isso acontecia, o camelo se levantava e a caravana iniciava a viagem, atravessando o deserto. Um homem não era capaz de transportar a própria carga, e, por isso mesmo, precisava do camelo. Imagine-se carregando uma enorme pedra com várias toneladas. Nós não conseguiríamos carregá-la. De acordo com o significado deste verbo, devemos e podemos jogá-la sobre o Senhor, ou deixá-la com ele. O Senhor não desampara os seus! Ele tem forças suficientes e pode levar a nossa carga. Davi tinha esta certeza: Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência mendigar o pão (v.25). Não deixe a insatisfação corroer a sua alma. Mais que depressa, pegue essa pedra, essa carga que o incomoda e mina as suas forças e deixe que o Senhor a carregue. Não deixe que ela atrapalhe sua vida com Deus, seu relacionamento familiar, seu desempenho em seu trabalho. Não! Hoje é dia de aliviar esse peso! Deixe todo o fardo sobre o Senhor! Quando entregamos a Deus as nossas preocupações, e submetemos a ele os nossos problemas, o texto garante: ... o mais ele fará, ou ele agirá! Vamos recapitular: até este momento, já vimos que, para receber cura, o insatisfeito deve buscar sua segurança em Deus, construir sua felicidade nele e entregar seu caminho a ele. Vamos agora à última parte.
O INSATISFEITO DEVE AGUARDAR DE DEUS O SEU DESCANSO
Os últimos versos deste salmo, isto é, os versos 32 até o 40, tratam da transitoriedade do ímpio. Eles serão exterminados. A verdadeira satisfação só pode ser encontrada quando descansamos no Senhor e esperamos nele. Podemos entender que o “forte contraste entre as atitudes presentes e destinos futuros do justo e do ímpio até aqui foi o tema desse salmo. O contraste chega ao ponto culminante nessa seção final”. [9] Os versos 32 e 33 dizem: O perverso espreita o justo e procura tirar-lhe a vida. Mas o Senhor não o deixará nas suas mãos, nem o condenará quando for julgado. O Senhor todo poderoso é guarda e advogado do seu povo. Davi conta, nos versos 35 e 36: Vi um ímpio prepotente a expandir- se qual cedro do Líbano. Passei, e eis que desaparecerá. O cedro do Líbano não foi escolhido para a comparação com um ímpio prepotente à toa. A árvore era conhecida por seu porte, beleza e madeira de alta qualidade. Como diz a sabedoria popular, “quanto maior a árvore, maior o tombo”. A árvore bonita e imponente foi vista por um momento, mas, noutro, desapareceu e já não foi encontrada. Este é o final de todo ímpio. Ele pode até reinar e exercer influência por um tempo, mas seu fim é a perdição. Não há razões para a insatisfação e a perda de sono quanto a eles. O Salmo 37 garante que eles serão, à uma, destruídos (v. 38). Quanto aos justos, todavia, a história é outra. Seu futuro é promissor. A eles, é dada a seguinte palavra de encorajamento: Espera no Senhor e segue o seu caminho (v. 34). O verbo “esperar”, neste verso, está em uma forma hebraica que indica uma “ação intensiva”. Então, o salmista pede que se espere intensamente ou ansiosamente pelo Senhor. Nessa espera, há o complemento: ... segue seu caminho. Enquanto deposita sua esperança no Senhor, continue caminhando. Não pare de caminhar, pois os que esperam no Senhor possuirão a terra (v. 9). Concordamos com Wiersbe, quando diz que a questão mais importante não é o que as pessoas ostentam ou possuem, mas, sim, o fim que têm. [10] O fim dos justos é possuir a terra.
Diante da certeza da transitoriedade, da completa destruição dos ímpios e da promessa de que os que esperam no Senhor herdarão a terra, apresentamos a última ordem do salmista para os que querem se ver livres da insatisfação e encontrar contentamento completo: Descansa no Senhor (v. 7). O verbo hebraico, aqui, significa “estar calado”, “sem fala”, “sem palavras”. O salmista nos convida apenas à contemplar aquilo que Deus faz, calados. Os ímpios, um a um, tombarão. Como é difícil ficar calado, não é verdade? Existem àqueles que não se imaginam alguns minutos assim. Em nossa caminha cristã, sempre existirão situações que nos deixarão angustiados, preocupados e até insatisfeitos. O servo de Deus acerta, quando se aquieta nestas situações, descansando e esperando em Deus.
Veja que a ordem para descansar (v. 7) vem logo depois da ordem para jogar o nosso fardo sobre o Senhor (v. 5). Depois de entregar os fardos ao Senhor, não precisamos mais carregá-los, e podemos descansar, confiando em seu cuidado. Você, que ouve esta mensagem, que luta contra a insatisfação e que não conseguiu ainda encontrar satisfação plena, obedeça a esta ordem do salmista: descanse em Deus. Os que esperam nele não serão dizimados como os ímpios; não cairão como uma árvore imponente cai. Esses herdarão a terra. Confie nessa palavra e aquiete-se. Não deixe sua alma angustiada com a insatisfação com o dia de amanhã. Não perca sua saúde e nem suas energias. O Senhor é a sua fortaleza no dia da tribulação! (v. 39). O Senhor salva os que nele buscam refúgio (v. 40). O Senhor nos preservará a salvo, até o final!
CONCLUSÃO:
O contexto do Salmo, como vimos, é a insatisfação por causa da prosperidade dos ímpios. Nele, Davi apresentou-nos a prosperidade, a oposição, a falência e a transitoriedade dos homens maus. E fez mais: inspirado pelo Espírito Santo, apresentou algumas ordens que, se colocadas em prática, podem ajudar o insatisfeito a alcançar a cura para a sua insatisfação. O verdadeiro segredo para satisfação da alma humana está em Deus. Busquemos nele a nossa segurança! Edifiquemos nele a nossa felicidade! Entreguemos a ele os nossos caminhos! Aguardemos o nosso descanso! O que Davi nos ensinou, neste Salmo, o apóstolo Paulo, outro servo de Deus, também aprendeu: ... viver contente em toda situação. Ele aprendeu a ser humilhado e a ser honrado; aprendeu a ter fartura e a ter fome; aprendeu a ter abundância e a ter escassez. Enfim, aprendeu a viver com contentamento. Qual era o segredo dele? O mesmo do salmista: Deus. Ele disse: Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13).
Amém!
Bibliogradia
1. PEARLMAN, Myer. Salmos: Orando com os filhos de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. Pág. 91
2. PEARLMAN, Myer. Salmos: Orando com os filhos de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. Pág. 97
3. PEARLMAN, Myer. Salmos: Orando com os filhos de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. Pág. 92
4. CHAMPLIN, Russell N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, vol. 4. Pág. 2168
5. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Poéticos. São André: Geográfica, 2008. Pág. 160
6. MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular: versículo por versículo: Antigo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2010. pág. 409
6. MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular: versículo por versículo: Antigo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2010. pág. 409
7. CARSON, D. A. (Org.). Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo:
Vida Nova, 2009. Pág. 771
8. CHAMPLIN, Russell N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, vol. 4. Pág. 2166
9. CHAMPMAN, Milo L. (et al). Comentário Bíblico Beacon. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 3. Pág. 179
10. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Poéticos. São André: Geográfica, 2008. Pág. 161
11. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD – Comentário pág. 763
8. CHAMPLIN, Russell N. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000, vol. 4. Pág. 2166
9. CHAMPMAN, Milo L. (et al). Comentário Bíblico Beacon. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 3. Pág. 179
10. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Poéticos. São André: Geográfica, 2008. Pág. 161
11. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD – Comentário pág. 763
Por P. C. Amaral
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