VEREDAS DA
JUSTIÇA: SERMÕES QUE EDIFICAM
TEXTO: Tito 1.1-4
EXÓRDIO:
Havia um homem nos Estados Unidos da América era especialista em
conseguir descobrir dólar falso, muitos queriam saber a causa daquele homem ser
perito em descobrir a moeda americana falsificada, logo seu sucesso cresceu
tanto que fizeram um desafio na TV com um prêmio ao vencedor. Mas ninguém
conseguia e perguntaram a ele o porquê dele ser tão ágil na descoberta do dólar
falso e o mesmo disse: “Eu tenho contato direto e intenso com o verdadeiro,
quando vem a falsa eu já sei discernir. Sabemos discernir o verdadeiro do falso
cristão?
NARRAÇÃO:
Esta epístola do
apóstolo Paulo, foi endereçada a Tito, seu verdadeiro filho na fé (Tt 1:4),
também tratado como irmão em Cristo conforme está descrito em II Coríntios 2.13;
companheiro e cooperador em
II Coríntios 8.23; fiel administrador financeiro em II Coríntios 12.18.
Ainda usando outro referencial fora desta carta temos em Gálatas 2.13, que Tito
é grego de nascimento. Foi escrita pelo apóstolo Paulo por volta do ano 66 d.C.
segundo comentários sobre o Novo Testamento, talvez da cidade de Corinto.
Segundo o texto, o apóstolo Paulo escreveu a Tito com os seguintes propósitos:
1. Ajudar Tito a
refutar os falsos mestres;
2. Instruir Tito
acerca da administração e do pastoreio da igreja;
3. Encorajar Tito e
pedir-lhe que venha a Nicópolis (3.12)
No esboço a seguir
temos o perfil desta carta:
1. INTRODUÇÃO
(1:1-4);
2. QUALIFICAÇÃO DOS
ANCIÃOS E BISPOS (1.5-16);
3. EXORTAÇÃO AOS
MEMBROS DA IGREJA (2.1-3.11);
4. CONCLUSÃO (4.12-15);
Igualmente às
epístolas anteriores, vemos o apóstolo Paulo preocupado com as questões
doutrinárias, pelo que pede a Tito para exortar os fiéis a serem sãos na fé (1.13);
e a falar o que convém a sâ doutrina (2.1); são ensinos com aplicação prática
também em nossos dias, pelo que devemos estar atentos para o bom exercício do
ministério pastoral à frente do rebanho do Senhor. Os problemas que Tito estava enfrentando são
semelhantes aos que nos deparamos em nossos dias, principalmente com relação à
"novidades teológicas" ou "modismos evangelicais" que
surgem a cada dia. Sem consistente respaldo bíblico, se tratando de verdadeiras
heresias; o que acaba por requerer constante vigilância e zelo doutrinário.
Como identificar um verdadeiro cristão? Ou mesmo como diferenciar um verdadeiro
cristão de um falso? Nesta mensagem gostaríamos de tratar neste assunto sobre o
verdadeiro cristão.
TEMA: ENSINAMENTOS
SOBRE O VERDADEIRO CRISTÃO
1. AS CREDENCIAIS
DO VERDADEIRO CRISTAO. V.1
“Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo,
segundo a fé que é dos eleitos de Deus, e o pleno conhecimento da verdade que é
segundo a piedade”.
1.1 É servo de
Deus. V. 1a
“Paulo, servo de
Deus...”.
Sua maior motivação
não é ser servido pelos homens, nem aparecer na tela da Globo, ou mesmo ir
parar no planeta Xuxa, mas sua motivação é servir a Deus. Ele não quer exigir
as bênçãos de Deus, pois sabe que sua posição é de servo, diferente da teologia
humana que afirma que a força da vitória vem de dentro do homem, nossa vitória
vem de Cristo e sem Ele nada podemos fazer (João 15.5).
1.2 Seu serviço
é confirmado por Cristo. V.1b
“... e apóstolo de
Jesus Cristo...”.
Ele não espera
reconhecimento humano, pois seu serviço é confirmado por Cristo Jesus e mesmo
que os homens tentem o desencorajar, Jesus o faz vencer. A mensagem de Paulo
não era fruto de um ensino humano, mas uma revelação de Jesus Cristo (Gálatas
1.12)
1.3 Prega para todos
visando que os eleitos creiam. V.1c
“... segundo a fé que
é dos eleitos de Deus...”.
Alguns dizem que nós
ensinamos que não é necessário evangelizar, pois os eleitos serão salvos de
qualquer jeito, mas nunca ensinamos isso, pelo contrário ensinamos que o
evangelho deve ser pregado para todos, pois só Deus conhece os eleitos e pela
pregação eles virão a Cristo.
a)
A fé vem pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus. Romanos
10.17
“Logo a fé é pelo
ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo”.
Para alguém ter fé é
preciso que Deus trabalhe no seu coração, ele faz isso pela pregação da sua
Palavra, então se você está querendo justificar sua preguiça com a soberania de
Deus, veja o que J. I. Packer disse: “Sendo Deus soberano, eu posso
evangelizar, pois Ele tem eleitos e eles ouvirão e crerão.
b)
A fé e um dom de Deus. Ef 2.8
“Porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.
A fé salvadora não
vem de nós mesmos, mas Deus coloca em nosso coração, como disse o teólogo Santo
Agostinho: “Deus coloca em nós o que vai exigir de nós”.
c)
A fé só entra no coração que Deus abre. At 16.14-15
“E certa mulher
chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que temia a Deus,
nos escutava e o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo
dizia. Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis
julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos
constrangeu a isso”.
1.4 Sua
teologia é acompanhada de uma vida piedosa. V. 1d
“... e o pleno
conhecimento da verdade que é segundo a piedade”.
Diz o Bispo J. C.
Ryle: “Desde muitos tenho tido a profunda convicção que a santidade de que a
santidade prática, auto consagração a Deus não são seguidos pelos crentes
modernos [...] a Sã Doutrina será inútil, se não for acompanhada de uma vida
santa, piedosa, precisamos de um completo reavivamento bíblico na nossa prática”.
(Ryle, P.8)
1.
O Conhecimento é bom para a vida do cristão.
“Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão
testemunho de mim” (João 5.39).
“Conheçamos, e
prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a
nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3).
“E logo, de noite, os
irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à
sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica,
porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as
Escrituras para ver se estas coisas eram assim” (Atos 17.3).
2.
A vida prática dá crédito ao nosso conhecimento.
Tg 1.22
“E sede cumpridores
da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”.
“Na esperança da vida
eterna, a qual o Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos”,
e no tempo próprio manifestou a sua palavra, mediante a pregação que me foi
confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador”.
2.1 Sua esperança é de vida eterna. V.2a
“Na esperança da vida
eterna”
Dizem por aí que a
esperança é a última que morre. Conta-se uma história de um jovem que foi
noivar com sua namorada e ao retornar estava triste, sua mãe perguntou o porquê
da sua tristeza, ele respondeu que o nome de sua sogra era esperança e a
esperança é a última que morre. Mas nossa esperança está viva para sempre, é
Jesus Cristo. Ele nos prometeu a vida eterna e ele já nos deu esta esperança de
vida eterna em sua presença. A nossa esperança não é só nesta vida, mas um dia
estaremos com Jesus para sempre (I Tessalonicenses 4.17).
2.2 Sua esperança é segura, pois o Deus que prometeu
é fiel. V. 2b-3a
“... a qual o Deus,
que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos”, e no tempo próprio
manifestou a sua palavra...”.
“Eu sei em quem tenho
crido e que é poderoso para guardar meu deposito até aquele dia” (II Tm 1.12)
“Fiel é o que vos chama, e
ele também o fará”. (I Ts 5.24)
“Mas fiel é o Senhor, o
qual vos confirmará e guardará do maligno”. (II Ts 3.3)
”Pela fé, até a
própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade,
porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido”. (Hb 11.11)
2.3. Sua esperança o leva a pregar o evangelho de
Cristo. v. 3b
“[...] mediante a
pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador”.
“Sabendo Paulo que
uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no sinédrio: Varões
irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus; é por causa da esperança da
ressurreição dos mortos que estou sendo julgado”. (At 23.6)
“Mas confesso-te
isto: que, seguindo o caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao Deus de
nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas, tendo
esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver
ressurreição tanto dos justos como dos injustos”. (At 24.15)
“A Tito, meu verdadeiro
filho segundo a fé que nos é comum, graça e paz da parte de Deus Pai, e de
Cristo Jesus, nosso Salvador”.
3.1 Torna as pessoas seus filhos na fé pela
evangelização. V.4a
“A Tito, meu
verdadeiro filho segundo a fé que nos é comum [...]”
3.2 Abençoa as pessoas com a graça e paz de Cristo. V.
4b
“... graça e paz da
parte de Deus Pai, e de Cristo Jesus...”
Quando nós saudamos
alguém com a Graça e paz de Cristo, nós estamos reconhecendo que só existe a
paz porque Deus derramou sua graça sobre nós. A palavra graça no grego káris
significa favor imerecido e paz no grego é êirene e seu significado é bem estar
ou voltar um relacionamento que estava rompido. Só Jesus pode pela sua graça
nos dá a paz. O cristão foi alcançado pela graça, agora tem paz e deseja isso
para outras pessoas.
3.3 Apresenta a salvação em Cristo Jesus as
pessoas. V.4c
“... Cristo Jesus,
nosso Salvador”.
CONCLUSÃO:
Meus amados nós vimos
nesta mensagem que mesmo com tanto falso ensino, tantas heresias; mas existem
os verdadeiros cristãos, trouxemos este assunto a baila com o seguinte esboço:
Tema: Ensinamentos
sobre o verdadeiro cristão
1. As credenciais do verdadeiro cristão.
2. A esperança do Verdadeiro cristão.
3. A relação do verdadeiro cristão com as pessoas.
Faço a seguinte
pergunta: Temos agido como verdadeiros cristãos? Nossa vida, atitudes e o
testemunho das pessoas a seu e a meu respeito indica que somos cristãos
verdadeiros?
APLICAÇÃO:
Quero fazer uma
aplicação retomando o termo falado pelo Rev. Luis Ricardo nas Aulas de
Orientação para Vida Cristã: “Ser cristão no original significa ser maquetes de
Cristo, ou ser parecido com Jesus”. As suas e minhas atitudes demonstram que
somos maquetes de Cristo ou parecidos com Jesus?
Música:
Desafio:
Oração:
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
GENEBRA,
Bíblia de Estudo. Texto Bíblico e notas de rodapé. 2ªED. Ampliada. Campinas –
SP: Editora Cultura Cristã, 2010.
PACKER,
John I. A Soberania de Deus e a Evangelização. 1ª ED. Campinas - SP: Fiel,
2006.
RYLE,
John C., Santidade, sem a qual ninguem verá o Senhor. 1ª ED. Campinas – SP: Fiel,
2006.
CRUZ,
Luiz Ricardo Monteiro da. Orientação para Vida Cristã. 1ªED. Garanhuns – PE,
CPO/IBN, 2006.
NETO,
Carlos Eduardo Aranha. Introdução à Homilética. 1ªED. Garanhuns – PE: CPO/IBN,
2006.
BISPO,
Jardelita. Missões: Um Estilo de Vida. 1ªED. Garanhuns – PE: CPO/IBN,
2006.
GEORGE, Sherron. A Igreja Missionária. 2ªED. Patrocínio – MG: CEIBEL,
1992.
BERKHOF,
Louis. Manual de Doutrina Cristã. 32ªED. Patrocínio – MG: CEIBEL, 1996.
Autor: Presbítero e Missionário Veronilton Paz da Silva (Bacharel
em Teologia pelo ITG Belo Jardim e Graduando em Letras – Língua Portuguesa pela
UEPB Campus VI em Monteiro-PB.
PASSEI SO PARA DESEJAR UM BOM DIA E QUE DEUS TE ABENÇOE
ResponderExcluirGraça e Paz meu irmão em Cristo Jesus.
ResponderExcluirLi seu sermão e senti muito edificado. Oxalá se muitos pregadores tivessem o mesmo interesse em proclamar a mensagem bíblica como ela é. Que o Deus da paz continue usando você em toda graça. Um grande abraço de seu irmão em Cristo, Fernando.
Graça e Paz!
ResponderExcluirObrigado Irmão Fernando, suas palavras me deixaram emocionado.