Por Rev. Marcelo Lemos
Ao ser questionado sobre a falta de “ordem e decência” que estava havendo durante sua pregação, qual foi a resposta do estimado pastor? Ele simplesmente jogou “Escritura contra Escritura”, citando Atos 2 completamente fora de contexto, segundo o seu próprio bel-prazer.
Sei que algumas pessoas poderão me odiar pelo que vou dizer, porém, o fato é que Atos 2 não serve, de forma alguma, para justificar a bagunça que pode ser vista em diversos cultos carismáticos por ai. Certamente alguém me dirá que no referido texto se vê os incrédulos acusando os cristãos primitivos de estarem bêbados. Isso é verdade. Tal acusação foi feita. Todavia, qual era o comportamento deles durante tamanho mover do Espírito?
Segundo o relato de Lucas, o médico evangelista, quando o Espírito desceu sobre a Igreja, os cristãos começaram a falar outros idiomas: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
Por ser a Festa de Pentecostes, a cidade estava cheia de judeus e prosélitos vindos de todas as partes do mundo. Como aconteceria hoje numa Copa do Mundo, a cidade contava com a presença de pessoas de diversas nacionalidades, e que falam diversas línguas. E este foi o milagre daquele dia. Cada uma daquelas pessoas foi capaz de compreender a pregação do Evangelho, e o louvor que saia dos lábios dos cristãos, em seu próprio idioma:
“E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma grande multidão, e estava confusa, porque cada um ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (Atos 2.6-8).
Diante de tal milagre houve duas reações. Alguns ficaram curiosos e maravilhados; enquanto outros simplesmente zombavam dizendo que eles estão bêbados. Ou seja, estes últimos imaginaram que não se tratava de nada especial, apenas um bando de bêbados, certamente instruídos, fazendo algazarra para impressionar os visitantes.
“E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto” (Atos 2.12).
O fato é que esta passagem das Escrituras não pode servir como justificativa para a irracionalidade demonstrada em diversas demonstrações carismáticas que podemos facilmente encontrar em nossos dias. Muito pelo contrário. O resultado do que aconteceu em Pentecostes, foi que os estrangeiros ouviram a PREGAÇÃO DA PALAVRA, cada um em seu próprio idioma. Não houve baderna, desordem, emocionalismos irracionais, ou coisa semelhante! Isolar as zombarias feitas por um grupo de incrédulos e ignorantes não é fazer exegese, é mutilar o texto sagrado visando interesses próprios.
Infelizmente, ‘exegese’ semelhante a esta pode ser vista constantemente por aí…
Ah, antes que eu me esqueça, o pastor Marco se esqueceu de corrigir um detalhe, o mandamento sobre “ordem e decência” não se encontra no capítulo 12, mas sem no capítulo 14.
Fonte: www.olharreformado.wordpress.com
Marcelo Lemos
Os que já me viram, ou ouviram pregar, conhecem o meu estilo de pregação. Sou um pregador eloqüente, de mensagens de avivamento e exortação.Quem já assistiu as pregações do pastor Marco podem imaginar como deve ter sido a experiência que ele relata nos parágrafos acima, e os motivos que levou o obreiro a questionar o que estava acontecendo. O interessante neste trecho da auto-biografia de Marco Feliciano, é que podemos ter uma noção de como algumas pessoas fazem exegese das Escrituras.
Sou um João Batista da vida e, confesso, espero não ter um ministério de apenas três anos e meio, como foi o caso de João. Todavia, prefiro ter a cabeça posta em uma bandeja de prata por falar a verdade, pois sei que, se a cortarem pela manhã, antes de chegar a noite, esta mesma cabeça terá uma coroa no Céu. Mas não pretendo ver a Igreja do Senhor padecer por falta de correção e mensagens que inflamem os corações.
Sempre digo que gostaria que os líderes andassem um pouco mais, viajassem mais, conhecessem outros trabalhos e até mesmo outros ministérios.
Deus não tem monopólio de Igreja. Ele estabeleceu um padrão para a sua Igreja e, quem não se enquadrar neste padrão, estará fora.
Perdemos a nossa identidade pentecostal.Tenho sofrido afrontas e até ameaças por parte de Igrejas que não aceitam a manifestação do Senhor.
Outro dia, estava pregando, após Deus se manifestar com batismo pelo Espírito Santo e os crentes receberem poder até não conseguirem ficar de pé, então, fui questionado por um obreiro:
- Depois disto, Irmão Marco, o que farei com o texto de I Coríntios 12? Ali fala sobre a ordem e decência do culto.
Respondi imediatamente ao santo de Deus:
- E o que eu farei com Atos 2?
A discussão terminou por ali, graças a Deus! É horrível discutir manifestações de Deus com “pentecostais”. Se ainda fosse com “tradicionais”… mas com pentecostais? É um absurdo.
- Marco Feliciano; ‘Chamada de Fogo’; Editora Missão e Vida.
Ao ser questionado sobre a falta de “ordem e decência” que estava havendo durante sua pregação, qual foi a resposta do estimado pastor? Ele simplesmente jogou “Escritura contra Escritura”, citando Atos 2 completamente fora de contexto, segundo o seu próprio bel-prazer.
Sei que algumas pessoas poderão me odiar pelo que vou dizer, porém, o fato é que Atos 2 não serve, de forma alguma, para justificar a bagunça que pode ser vista em diversos cultos carismáticos por ai. Certamente alguém me dirá que no referido texto se vê os incrédulos acusando os cristãos primitivos de estarem bêbados. Isso é verdade. Tal acusação foi feita. Todavia, qual era o comportamento deles durante tamanho mover do Espírito?
Segundo o relato de Lucas, o médico evangelista, quando o Espírito desceu sobre a Igreja, os cristãos começaram a falar outros idiomas: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
Por ser a Festa de Pentecostes, a cidade estava cheia de judeus e prosélitos vindos de todas as partes do mundo. Como aconteceria hoje numa Copa do Mundo, a cidade contava com a presença de pessoas de diversas nacionalidades, e que falam diversas línguas. E este foi o milagre daquele dia. Cada uma daquelas pessoas foi capaz de compreender a pregação do Evangelho, e o louvor que saia dos lábios dos cristãos, em seu próprio idioma:
“E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma grande multidão, e estava confusa, porque cada um ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (Atos 2.6-8).
Diante de tal milagre houve duas reações. Alguns ficaram curiosos e maravilhados; enquanto outros simplesmente zombavam dizendo que eles estão bêbados. Ou seja, estes últimos imaginaram que não se tratava de nada especial, apenas um bando de bêbados, certamente instruídos, fazendo algazarra para impressionar os visitantes.
“E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto” (Atos 2.12).
O fato é que esta passagem das Escrituras não pode servir como justificativa para a irracionalidade demonstrada em diversas demonstrações carismáticas que podemos facilmente encontrar em nossos dias. Muito pelo contrário. O resultado do que aconteceu em Pentecostes, foi que os estrangeiros ouviram a PREGAÇÃO DA PALAVRA, cada um em seu próprio idioma. Não houve baderna, desordem, emocionalismos irracionais, ou coisa semelhante! Isolar as zombarias feitas por um grupo de incrédulos e ignorantes não é fazer exegese, é mutilar o texto sagrado visando interesses próprios.
Infelizmente, ‘exegese’ semelhante a esta pode ser vista constantemente por aí…
Ah, antes que eu me esqueça, o pastor Marco se esqueceu de corrigir um detalhe, o mandamento sobre “ordem e decência” não se encontra no capítulo 12, mas sem no capítulo 14.
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja. Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore. Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” – I Coríntios 14.26-40.Paz e bem!
Fonte: www.olharreformado.wordpress.com
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