quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Calvinismo,à prova de fogo.

O calvinismo como sistema de doutrina já foi tão ameaçado de extinção quanto a Bíblia. No decorrer da história nunca faltaram inimigos para ambos. Mas todos os oponentes esbarraram numa fortaleza sem brecha. Calvinismo não é suposição teológica, calvinismo é teologia da Bíblia. Para destruir um é preciso passar por cima do cadáver do outro, o que é impossível.
O calvinismo está disponível em submeter-se a teste. Se o Evangelho autêntico cair (o que é absolutamente impossível!), o calvinismo tombará. Mas, o que é calvinismo em sua essência? Podemos dizer que é uma excelente e sólida doutrina. E não se resume a teologia dos cinco pontos somente, como querem alguns. “Esses pontos são fundamentais para a correta ênfase da Soberania de Deus e sua aplicação na salvação de Seu povo. Contudo, esses marcos são apenas o princípio, não todo o Calvinismo. Portanto, nem cinco nem cinqüenta!”.
O calvinismo é muito mais amplo do que parecem indicar os Cinco Pontos. O calvinismo é uma maneira teocêntrica de pensar. O calvinismo é a teologia da Bíblia vista da perspectiva da Bíblia. Nas palavras de Packer, “os Cinco Pontos asseveram precisamente que Deus é soberano quando salva o indivíduo; mas o calvinismo, como tal, preocupa-se com afirmações muito mais amplas, acerca do fato que Deus é soberano em tudo”.
“Freqüentemente é dito que as doutrinas que cremos têm uma tendência a levar-nos ao pecado. Não sei quem tem a audácia e o atrevimento de fazer tal afirmação tendo em vista o fato de que os mais santos homens que já existiram criam nelas. Quem se atreve a dizer que o Calvinismo é uma religião licenciosa?; o que ele pensa do caráter de Agostinho, Whitefield, Owen, Calvino os quais foram os grandes expositores destas verdades; o que dirá dos puritanos? Se um homem houvesse sido um arminiano nesta época ele teria sido reputado como o pior dos hereges, mas agora nós somos vistos como hereges e eles como ortodoxos. Nós temos regressado à antiga escola, podemos trazer nossa descendência até os apóstolos (…) podemos correr uma linha de ouro até Jesus Cristo passando por uma lista de poderosos pais, os quais todos sustentavam estas gloriosas verdades. Pergunto: ‘’Onde acharemos homens melhores e mais santos?’’ (…) Nada faz um homem mais virtuoso do que uma fé na verdade.” (C.H.Spurgeon). O calvinismo é que sustenta o que a Bíblia realmente diz.
Traçando essa linha histórica que Spurgeon traçou, podemos dizer sem medo que o calvinismo é à prova de fogo. Qual é a teologia que se intitule bíblica que se atreve a levar o calvinismo para um tribunal?A Bíblia é à nosso favor!
“Calvinismo é um daqueles nomes odiosos que o preconceito acumulado em séculos tem conferido pejorativamente à posição bíblica. Mas a verdade é que o calvinismo reflete com precisão o evangelho ensinado na Bíblia” (Spurgeon).
“O calvinismo é aquilo que a verdadeira Igreja de Cristo sempre defendeu e ensinou, quando sua mente não estava desviada pela controvérsia e pelas tradições falsas”. (Packer)
C. H. Spurgeon estava com toda a razão, ao dizer: “Minha opinião é que não há tal coisa como a pregação de Cristo, e Este crucificado, a menos que se pregue aquilo que atualmente se chama calvinismo. É um apelido chamar isso de calvinismo; pois o calvinismo é o evangelho, e nada mais. Não creio que possamos pregar o evangelho… a menos que preguemos a soberania de Deus em Sua dispensação da graça; e também a menos que exaltemos o amor eletivo imutável, eterno, inalterável e conquistador do SENHOR; como também não penso que possamos pregar o evangelho a menos que o alicercemos sobre a redenção especial e particular de Seu povo eleito e escolhido, que Cristo realizou na cruz; e também não posso compreender um evangelho que permite que os santos apostatem, depois de terem sido chamados”.
Portanto, o calvinismo é à prova de fogo, porque é um sistema doutrinário bíblico e honra a Deus. “Exalta a Cristo, pois ensina os crentes a gloriarem-se exclusivamente na Sua cruz, extraindo sua esperança e segurança somente da morte e intercessão do seu Salvador. Em outras palavras, trata-se de uma posição genuinamente evangélica. Na verdade, esse é o evangelho de Deus e a fé universal da Igreja de Cristo”. [Packer]
Raniere Menezes

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